Antes e depois do carnaval
Luciano Siqueira, no Blog de Jamildo/portal ne10
Duas verdades parecem se confirmar sempre: o ano novo começa pra valer após o carnaval; e, terminada uma eleição, os preparativos para a próxima se iniciam no dia seguinte.
Luciano Siqueira, no Blog de Jamildo/portal ne10
Duas verdades parecem se confirmar sempre: o ano novo começa pra valer após o carnaval; e, terminada uma eleição, os preparativos para a próxima se iniciam no dia seguinte.
Tal
como fogo de monturo, a crise segue fazendo estragos na textura da sociedade
brasileira. Aqui e acolá levanta uma labareda, denunciada seja pelos
indicadores econômicos, que pioram a cada dia, contrariando as previsões de que
no pós-impeachment o país voltaria a crescer; seja pelos reiterados atritos (a
face institucional da crise) entre os Três Poderes da República.
Entrementes,
em mais uma cena por todos os títulos desaconselhável, para não dizer estranha,
investigado e investigador viajam juntos a Portugal, Michel Temer e Gilmar
Mendes, para os funerais do ex-primeiro ministro Mário Soares.
Viagem
protocolar? Pode ser. Mas o inconveniente é evidente - e se encaixa no cenário
atual de esgarçamento das instituições.
Por
outro lado, inclusive aqui na província, as especulações em torno de
candidaturas e alianças visando outubro de 2018 começam a ocupar parte do
noticiário.
Nessa
matéria, o adágio popular "o apressado come cru" haverá de se
confirmar na esteira de inevitáveis frustrações futuras.
O que
cabe considerar, em razão da hipótese de uma antecipação das eleições
presidenciais como consequência da instabilidade política, que persiste e tende
a se agravar, são as hipóteses de candidaturas a presidente.
O
PCdoB, em reunião plenária de sua direção nacional em dezembro, resolveu
construir até março uma candidatura própria. O PSB, pela voz de alguns dos seus
quadros de audiência nacional, tem admitido conduta semelhante. O PT ensaia
antecipar o nome de Lula. E, do lado governista, se destaca a disputa interna
no PSDB, pondo em pólos opostos adeptos do governador Geraldo Alckmin e do
senador Aécio Neves.
Tais
candidaturas, estas sim, podem cumprir desde já um papel importante no debate
dos rumos do país e de soluções para a crise estrutural que nos aflige.
As
medidas adotadas pelo atual governo estão muito longe de abordar soluções
reais, até porque tão somente se enquadram na receita urdida pelo rentismo, testadas
e desaprovadas na Zona do Euro.
Vale,
portanto, aprofundar o debate sobre a natureza da crise, ferindo efetivamente
as complexas peculiaridades nacionais, em busca de alternativas factíveis.
Veremos.
Logo após o carnaval.
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lucianosiqueiram
Lido. Ansioso para saber quais serão os nomes de nosso partido. Claras e sensatas poderações.
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