A crise nacional
Eduardo Bomfim, no Vermelho
A atual crise
nacional possui múltiplas faces, política, econômica, social, institucional.
Mas em todos esses aspectos encontra-se presente um elemento importante: a
ausência de perspectivas em relação ao quadro em que nos encontramos.
A gravidade do
cenário brasileiro combina elementos conjunturais e outros de natureza
estrutural, indicando que um determinado ciclo está chegando ao fim, ou já se
esgotou completamente.
Qualquer tentativa
de saída desse imbróglio e que não tenha como pressuposto a centralidade dos
interesses nacionais, ou está fadada ao fracasso ou, então, é o aprofundamento
da política de subalternidade econômica, diplomática, geopolítica que nos foi
imposta.
O ilegítimo governo
de Temer, um dos mais impopulares de toda a História do País, com 96% de
rejeição segundo vários institutos de pesquisa, é sabido por todos nunca foi em
momento algum protagonista de coisa alguma, trata-se de figura menor, bizarra,
de um golpe orquestrado contra a democracia, os interesses nacionais e os
Históricos direitos dos assalariados brasileiros.
Seu único papel é
conduzir as reformas antinacionais e antissociais como a Trabalhista, a da
Previdência e outras iniciativas de caráter entreguista do patrimônio nacional
como a Petrobrás etc.
Trata-se de governo
servil aos ditames do Mercado financeiro, acumpliciado e ao mesmo tempo refém
da grande mídia hegemônica nativa. Esta sim, uma articuladora de peso no golpe
em curso no País como de resto tem sido a sua trajetória ao longo de décadas na
vida política nacional.
Esse contexto
golpista de retrocessos democráticos, econômicos e sociais dá-se em meio ao
aprofundamento de uma crise financeira internacional e no País provocando a
recessão e o desemprego em níveis já escancarados.
O golpe só poderia
ter acontecido num cenário de profunda instabilidade dos fundamentos
econômicos, sem o que seria impossível plantar uma crise política de tal magnitude
no Brasil.
É vital a
constituição, através da política, de ampla frente democrática, patriótica de
reconstrução nacional. É de Albert Einstein a opinião: nenhum problema pode ser
resolvido pelo mesmo estado de consciência que o criou. Para encontrar novas
respostas é necessário aprender a ver o mundo de uma maneira nova. Assim é
fundamental encontrar outro rumo para o País.
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