Insanidade programada
Eduardo Bomfim
Seja qual for o resultado das eleições presidenciais o
objetivo perseguido foi alcançado em vários aspectos. A nação em profundo
desastre econômico, dezenas de milhões de desempregados, a crise social em
estágio galopante, a quebra de setores industriais, empresas estatais
fundamentais a um projeto soberano de desenvolvimento estratégico abatidas a
pauladas ou seriamente danificadas.
A sociedade brasileira dividida em torno de uma guerra cultural entre “neoliberais multiculturalistas” versus “neoliberais antimulticulturalistas” enquanto as últimas pesquisas de opinião atestam que apenas 12% e 15% dos eleitores dos respectivos candidatos em disputa votam pensando em algum tipo de proposta como alternativa à própria realidade em que vivem.
Nem na rica, enfadada, bovina e pachorrenta Suíça do Primeiríssimo Mundo, a população dá-se a tamanho luxo e desperdício, de ignorar, nas eleições nacionais, os seus problemas centrais econômicos e sociais, para se estapear em uma Guerra Cultural propositalmente ideologizada.
Guerra Ideológica de conceitos e preconceitos que vêm sendo e serão inevitavelmente reduzidos a pó frente às necessidades do desenvolvimento das relações de produção e das forças produtivas em qualquer País significativo do planeta.
Principalmente quando essa Guerra Ideológica é um papel carbono das eleições norte-americanas passadas, literalmente transplantadas ao Brasil sem pagar pelo menos qualquer taxa de importação.
E de repente redescobriram o óbvio, porque já sabido e denunciado: as redes sociais são instrumentos de manipulação de todas as formas, especialmente através de interesses estratégicos internacionais geopolíticos e financeiros, já denunciava há alguns anos atrás o ex-espião da CIA Edward Snowden, citando como um dos alvos específicos o Brasil.
Quando Ciro Gomes, instado a meter-se até o pescoço nessa Guerra Cultural declarou que era candidato à presidência da República e não a “Fiscal de Costumes”, pouca gente percebeu o sentido dessa frase. Não sei nem se ele próprio percebeu a dimensão dela.
Nos anos sessenta passados, o presidente eleito Jânio Quadros resolveu iniciar a sua própria guerra cultural baixando, através de decretos, proibições como briga de galos, muito popular à época, e pasmem, o uso de biquínis nas praias do Brasil, transformando-se num profeta grotesco e felliniano da guerra atual entre multiculturalistas x antimulticulturalistas que incendeia de ódios as atuais eleições.
Com o objetivo de transformar candidatos palatáveis, marqueteiros buscam adequar candidatos multiculturalistas ferrenhos em “produtos” palatáveis ao gosto mais conservador de faixas do eleitorado, e vice-versa com os antimulticulturalistas. O efeito beira ao nonsense.
Enquanto isso o Brasil não discute os seus problemas fundamentais nas áreas de saúde, educação, a retomada fundamental do crescimento econômico sem o que nada se resolve, o narcotráfico transnacional que fez do País a sua escala global, daí a nossa gravíssima tragédia da segurança interna.
Não existe uma proposta que indique a retomada de um projeto nacional de desenvolvimento estratégico, de investimentos em infraestrutura, ciência e tecnologia de ponta, educação voltada aos rumos necessários, o combate às profundas desigualdades sociais etc. E se existe, ninguém percebeu ou se encontra no fundo das gavetas.
Não há clima de eleição democrática no País e nem poderia haver porque o objetivo não é democrático mas de uma Guerra Híbrida. Onde a política foi antecipadamente destruída através de corporações do Estado, que agem autonomamente à revelia dos interesses do Estado nacional, ou contra ele, e agora, essas mesmas corporações passam a ser elogiadas por todos.
A insanidade mental, quase esquizofrênica, em que o País mergulhou não é espontânea. Tem como objetivo a fratura da sociedade nacional em campos irreconciliáveis como se fosse uma guerra entre povos distintos e inimigos Históricos, seculares. E nada disso tem a ver com marxismo ou luta de classes.
Esse é o objetivo central da Guerra Híbrida em curso, contra as amplas liberdades democráticas, as nossas imensuráveis riquezas naturais, o papel geopolítico estratégico de nação continental, a quinta maior do planeta. Essa Guerra Híbrida vem sendo promovida especialmente pelo Mercado Financeiro, os megaespeculadores globais que agem em todo o mundo. E o País é um tesouro muito especial nessa pirataria internacional.
Mas o Brasil é inevitável. E vamos vencer essa batalha tremenda assim como superamos outros períodos dramáticos enquanto jovem nação. Faltam-nos lideranças, Estadistas à altura desse momento Histórico.
Mas a própria História indica que é da necessidade que surgem novas ideias e líderes à altura dos acontecimentos impostos aos povos. Até porque a Guerra Híbrida não vai se encerrar com estas eleições. Vem mais coisa por aí.
A sociedade brasileira dividida em torno de uma guerra cultural entre “neoliberais multiculturalistas” versus “neoliberais antimulticulturalistas” enquanto as últimas pesquisas de opinião atestam que apenas 12% e 15% dos eleitores dos respectivos candidatos em disputa votam pensando em algum tipo de proposta como alternativa à própria realidade em que vivem.
Nem na rica, enfadada, bovina e pachorrenta Suíça do Primeiríssimo Mundo, a população dá-se a tamanho luxo e desperdício, de ignorar, nas eleições nacionais, os seus problemas centrais econômicos e sociais, para se estapear em uma Guerra Cultural propositalmente ideologizada.
Guerra Ideológica de conceitos e preconceitos que vêm sendo e serão inevitavelmente reduzidos a pó frente às necessidades do desenvolvimento das relações de produção e das forças produtivas em qualquer País significativo do planeta.
Principalmente quando essa Guerra Ideológica é um papel carbono das eleições norte-americanas passadas, literalmente transplantadas ao Brasil sem pagar pelo menos qualquer taxa de importação.
E de repente redescobriram o óbvio, porque já sabido e denunciado: as redes sociais são instrumentos de manipulação de todas as formas, especialmente através de interesses estratégicos internacionais geopolíticos e financeiros, já denunciava há alguns anos atrás o ex-espião da CIA Edward Snowden, citando como um dos alvos específicos o Brasil.
Quando Ciro Gomes, instado a meter-se até o pescoço nessa Guerra Cultural declarou que era candidato à presidência da República e não a “Fiscal de Costumes”, pouca gente percebeu o sentido dessa frase. Não sei nem se ele próprio percebeu a dimensão dela.
Nos anos sessenta passados, o presidente eleito Jânio Quadros resolveu iniciar a sua própria guerra cultural baixando, através de decretos, proibições como briga de galos, muito popular à época, e pasmem, o uso de biquínis nas praias do Brasil, transformando-se num profeta grotesco e felliniano da guerra atual entre multiculturalistas x antimulticulturalistas que incendeia de ódios as atuais eleições.
Com o objetivo de transformar candidatos palatáveis, marqueteiros buscam adequar candidatos multiculturalistas ferrenhos em “produtos” palatáveis ao gosto mais conservador de faixas do eleitorado, e vice-versa com os antimulticulturalistas. O efeito beira ao nonsense.
Enquanto isso o Brasil não discute os seus problemas fundamentais nas áreas de saúde, educação, a retomada fundamental do crescimento econômico sem o que nada se resolve, o narcotráfico transnacional que fez do País a sua escala global, daí a nossa gravíssima tragédia da segurança interna.
Não existe uma proposta que indique a retomada de um projeto nacional de desenvolvimento estratégico, de investimentos em infraestrutura, ciência e tecnologia de ponta, educação voltada aos rumos necessários, o combate às profundas desigualdades sociais etc. E se existe, ninguém percebeu ou se encontra no fundo das gavetas.
Não há clima de eleição democrática no País e nem poderia haver porque o objetivo não é democrático mas de uma Guerra Híbrida. Onde a política foi antecipadamente destruída através de corporações do Estado, que agem autonomamente à revelia dos interesses do Estado nacional, ou contra ele, e agora, essas mesmas corporações passam a ser elogiadas por todos.
A insanidade mental, quase esquizofrênica, em que o País mergulhou não é espontânea. Tem como objetivo a fratura da sociedade nacional em campos irreconciliáveis como se fosse uma guerra entre povos distintos e inimigos Históricos, seculares. E nada disso tem a ver com marxismo ou luta de classes.
Esse é o objetivo central da Guerra Híbrida em curso, contra as amplas liberdades democráticas, as nossas imensuráveis riquezas naturais, o papel geopolítico estratégico de nação continental, a quinta maior do planeta. Essa Guerra Híbrida vem sendo promovida especialmente pelo Mercado Financeiro, os megaespeculadores globais que agem em todo o mundo. E o País é um tesouro muito especial nessa pirataria internacional.
Mas o Brasil é inevitável. E vamos vencer essa batalha tremenda assim como superamos outros períodos dramáticos enquanto jovem nação. Faltam-nos lideranças, Estadistas à altura desse momento Histórico.
Mas a própria História indica que é da necessidade que surgem novas ideias e líderes à altura dos acontecimentos impostos aos povos. Até porque a Guerra Híbrida não vai se encerrar com estas eleições. Vem mais coisa por aí.
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