A curiosa
confissão de Einstein revelada em manuscritos inéditos
BBC Brasil
Mais de 110 novos documentos
foram colocados em exibição na universidade para comemorar os 140 anos do
nascimento do famoso cientista alemão.
A coleção inclui
trabalhos científicos do ganhador do Nobel de Física em 1921 que nunca foram
publicados ou pesquisados antes.
Os papeis foram doados
pela Crown-Goodman Family Foundation - e tinham sido comprados de um
colecionador particular da Carolina do Norte.
Os manuscritos contém um
apêndice ao artigo de Einstein sobre a Teoria do Campo Unificado que não era
visto desde 1930.
O cientista passou três
décadas tentando criar uma teoria que, além, de explicar os fenômenos
eletromagnéticos, os unificasse com a gravitação - como se ambos fossem
manifestação do mesmo campo. Até hoje a ciência tenta explicar as quatro forças
fundamentais da natureza (gravidade, eletromagnetismo, força nuclear fraca e
força nucelar forte) por um mesmo prisma referencial.
De acordo com a
universidade, acreditava-se que o apêndice estivesse perdido.
Em uma nota ao cientista
italiano Michele Besso, Einstein confessa que, depois de 50 anos de dedicação,
ele ainda não entendia totalmente a natureza quântica da luz.
A coleção também inclui
uma carta na qual Einstein demonstra preocupação com o crescimento do partido Nazista na
Alemanha.
Enviada para seu filho
Hans Albert em 1935, ela diz: "Mesmo na Alemanha as coisas estão começando
a mudar lentamente. Vamos esperar que não tenhamos uma guerra na Europa."
A nova coleção de
documentos agora faz parte dos mais de 80 mil itens dos Arquivos de Albert
Einstein, que também inclui medalhas, diplomas e fotografias.
Einstein foi um dos
fundadores da Universidade Hebraica de Jerusalém e doou documentos pessoais e
trabalhos científicos para a criação dos Arquivos de Albert Einstein.
"Nós da
Universidade Hebraica estamos muito orgulhosos de servir como morada eterna
para o legado intelectual de Albert Einstein, como era seu desejo", disse
Hanoch Gutfreund, diretor acadêmico dos arquivos.
Em 2017, uma carta do
cientista na qual ele discute o conceito de religião foi vendida por quase 2,3
milhões de euros ( R$ 9,9 milhões).
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