Pesquisa aponta: maioria apoia revoltas e discorda de Trump
Carta Maior
Enquanto
o presidente Donald Trump ameaça invocar a Lei da
Insurreição,para usar as
forças armadas dos EUA contra os norte-americanos envolvidos nas manifestações
em resposta ao assassinato de George Floyd, em Minneapolis na semana passada,
as pesquisas até agora mostram que a maioria das pessoas não está feliz com a
maneira como ele lidou com a situação.
De
fato, os dados demonstram que a maioria dos americanos parece apoiar os
protestos em geral.
Uma
pesquisa da Morning Consult realizada em 31 de maio e 1º de junho - vários dias
após o início das manifestações em protesto pelo assassinato de Floyd, nas mãos
de um policial de Minneapolis que pressionou o joelho contra o pescoço de Floyd
por quase 9 minutos - descobriu que 54% dos norte-americanos ou apoiam
fortemente ou apoiam de alguma forma os protestos que estão acontecendo. Por
outro lado, apenas 22% dizem que se opõem um pouco ou se opõem fortemente às
manifestações.
Esses
protestos têm muito mais apoio, de acordo com a pesquisa, do que os recentes
apelos à “reabertura da América” que ocorreram semanas atrás (e que tiveram o
forte apoio do presidente). A pesquisa sugere que apenas 28% dos entrevistados
acham que aqueles protestos valem a pena, enquanto 46% dizem que se opõem a
eles em um sentido geral.
Quanto
aos confrontos entre manifestantes e a presença da polícia em eventos em todo o
país, mais norte-americanos concordam com os pontos de vista dos manifestantes,
com 55% da pesquisa da Morning Consult dizendo que a violência policial é um
problema maior que a violência contra a polícia. Apenas 30% mantêm a opinião
oposta.
A
maioria dos americanos também não vê a resposta da administração de Trump aos
protestos com bons olhos. Apenas 30% dos americanos acham que ele está lidando
com a situação de maneira "Excelente", "Muito Boa" ou
"Boa". Outros 11% atribuem a ele uma classificação "Justa",
enquanto uma pluralidade de entrevistados (43%) diz que está fazendo um
trabalho "Insatisfatório" até agora.
Na
segunda-feira, Trump anunciou que pode invocar a Lei da Insurreição de 1807
para utilizar as forças armadas dos EUA em resposta aos manifestantes em todo o
país. O ato foi usado pela última vez em 1992, em reação às manifestações
ocorridas contra uma decisão em Los Angeles, Califórnia, que absolveu quatro
policiais acusados de espancar Rodney King.
Trump
explicou em um comunicado na Casa Branca que sua decisão de usar as forças
militares contra os americanos poderia acontecer independentemente de líderes
locais ou estaduais solicitarem sua presença ou não.
"Se
uma cidade ou estado se recusar a tomar as ações necessárias para defender a
vida e a propriedade de seus residentes, convocarei as forças armadas dos
Estados Unidos e rapidamente resolverei o problema para eles", disse
Trump, referindo-se a si mesmo como o "presidente da lei e ordem."
Trump também disse que é um "aliado de todos os manifestantes pacíficos" que atualmente participam de levantes em todo o país. Mas muitos questionaram a legitimidade dessa alegação, apontando declarações passadas em que ele expressava o desejo de dar um soco na cara dos manifestantes, bem como sua oposição vociferante a Colin Kaepernick que se ajoelhou, em protesto, durante a execução do hino nacional antes de um jogo da NFL. (*Publicado originalmente em 'Truthout' | Tradução de César Locatelli)
Trump também disse que é um "aliado de todos os manifestantes pacíficos" que atualmente participam de levantes em todo o país. Mas muitos questionaram a legitimidade dessa alegação, apontando declarações passadas em que ele expressava o desejo de dar um soco na cara dos manifestantes, bem como sua oposição vociferante a Colin Kaepernick que se ajoelhou, em protesto, durante a execução do hino nacional antes de um jogo da NFL. (*Publicado originalmente em 'Truthout' | Tradução de César Locatelli)
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