Quem é quem na videoconferência
Luciano Siqueira
As emoções dão cor à
vida, dizem os psicólogos. E também tornam interessantes vídeoconferências, às
vezes prolongadas e cansativas.
A videoconferência é
um subproduto da pandemia. Veio para ficar. Que beleza: fazemos nossas reuniões
nacionais que antes implicavam custos de passagens de avião e hospedagem em
hotel, agora à distância, na tela do computador.
Cansativas reuniões é
verdade, quando prolongadas ao excesso ou mal conduzidas.
Prazerosas na maioria
das vezes.
Frequentemente
divertidas — se você praticar a atenção difusa: um olho no debate, o outro no
comportamento dos participantes.
A maioria se comporta
com muita disciplina e atenção. O grau de concentração é muito bom.
Mas tanto quanto em
reuniões presenciais, há casos em que fluem a vaidade, a presunção e que tais.
Já vi gente
pronunciar tantas vezes o pronome pessoal “eu” que imaginei existir, por trás
da tela do computador, um imenso espelho!
Se a coordenação da
reunião não põe ordem, gente assim fala repetidas vezes, opina sobre todos os
detalhes (mesmo por mero chute) e se vangloria de saber, de ter feito, de ter
comandado (sic) e por pouco não pede aplausos da plateia.
A conclusão
inevitável é que a vaidade humana se expressa por qualquer meio — inclusive nas
salas virtuais.
E como hoje há
aplicativos para medir tudo ou quase tudo, bem que se poderia inventar um modo
de aferir a taxa média de vaidade numa videoconferência.
Paciência, gente. Faz
parte do “novo normal” de um almejado pós-pandemia.
Nas ruas, nos salões e nas redes: para superar a crise https://bit.ly/3lg3rl8
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