26 setembro 2020

Minha crônica do sábado


Amizades muito mais do que virtuais
Luciano Siqueira

Isolamento social rigoroso, essa medida tão decisiva dentre outras indicada pela OMS no enfrentamento à pandemia do novo coronavírus, teve e ainda tem enorme impacto na vida pessoal.

Aconteceu comigo e com todos vocês que entraram nessa onda, certamente.

Novos hábitos, obrigatoriamente adotados. Da faxina nos banheiros à lavagem de pratos (pelo menos três vezes ao dia).

E haja trabalho à distância, o tal home office, que no meu caso chega a uma média de dez horas/dia.

E as amizades?

Ouço muitas queixas de que a pandemia afastou a gente dos amigos. Como cultivar o afeto sem o cafezinho na boca da noite ou um chope eventual?

Bem, eu já vivo uma vida de intenso trabalho, no governo e no Partido, que não são comuns esses encontros de finais de tarde ou fins de semana.

Pode não ser muito bom, mas assim me habituei. Somando trabalho e leitura, o dia é curto para mim.

Então o isolamento social alargaria o fosso dos meus contatos pessoais. Certo ou errado?

Errado.

Ou seja, deu muito certo. Minhas amizades têm sido reforçadas pelo contato à distância. Velhas e novas amizades.

Quanta coisa em comum que eu nem desconfiava! Quanto afeto que andava subterrâneo e veio à tona com emocionante leveza!

Disse isso a uma amiga cujo oficio é cuidar de gente e ouvi a óbvia explicação:

- O ser humano é capaz de se adaptar

Diria melhor: é capaz de descobrir. Sempre. Basta respirar e estar atento.

Eu até falei disso em meu canal no YouTube https://bit.ly/3ieArYl

Por isso não posso maldizer do computador, do celular e da internet. Ajudam.

Então, chegue cá para receber o meu abraço.

Veja: Viver em quarentena é um desafio https://bit.ly/2Xm2lK5

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