Amizades muito mais do
que virtuais
Luciano Siqueira
Isolamento social rigoroso, essa medida tão decisiva dentre
outras indicada pela OMS no enfrentamento à pandemia do novo coronavírus, teve
e ainda tem enorme impacto na vida pessoal.
Aconteceu comigo e com todos vocês que entraram nessa onda,
certamente.
Novos hábitos, obrigatoriamente adotados. Da faxina nos
banheiros à lavagem de pratos (pelo menos três vezes ao dia).
E haja trabalho à distância, o tal home office, que no meu caso chega a uma média de dez horas/dia.
E as amizades?
Ouço muitas queixas de que a pandemia afastou a gente dos amigos. Como cultivar o afeto sem o cafezinho na boca da noite ou um chope eventual?
Bem, eu já vivo uma vida de intenso trabalho, no governo e no Partido, que não são comuns esses encontros de finais de tarde ou fins de semana.
Pode não ser muito bom, mas assim me habituei. Somando trabalho e leitura, o dia é curto para mim.
Então o isolamento social alargaria o fosso dos meus contatos pessoais. Certo ou errado?
Errado.
Ou seja, deu muito certo. Minhas amizades têm sido reforçadas pelo contato à distância. Velhas e novas amizades.
Quanta coisa em comum que eu nem desconfiava! Quanto afeto que andava subterrâneo e veio à tona com emocionante leveza!
Disse isso a uma amiga cujo oficio é cuidar de gente e ouvi a óbvia explicação:
- O ser humano é capaz de se adaptar
Diria melhor: é capaz de descobrir. Sempre. Basta respirar e estar atento.
Eu até falei disso em meu canal no YouTube https://bit.ly/3ieArYl
Por isso não posso maldizer do computador, do celular e da internet. Ajudam.
Então, chegue cá para receber o meu abraço.
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