Risco Bolsonaro afugenta investidores
Portal Vermelho
O Brasil registrou uma queda nos investimentos diretos de
estrangeiros de 85% em agosto, na comparação com o mesmo mês de 2019, segundo dados divulgados pelo Banco Central (BC).
Foram US$ 1,4 bilhões contra US$ 9,5 bilhões. É o menor montante para um mês de
agosto desde 2016. Já na comparação com o mês anterior, a queda foi de 48%.
Essa modalidade de investimento é feita por multinacionais,
representa importante fonte de recursos para a economia brasileira e já estava
em queda desde o primeiro ano do Bolsonaro; com a pandemia se acentuou. Mas as
causas principais são a desconfiança crescente no governo Bolsonaro, em meio à
recessão global somada à deterioração da imagem do país no exterior, agravada
com o desmatamento e as queimadas na Amazônia e no Pantanal.
O BC reduziu a projeção para a entrada de investimento
estrangeiro em 2020 de US$ 55 bilhões para US$ 50 bilhões. O número, se a
previsão for correta, será a menor entrada de recursos estrangeiros no país
desde 2009, após a crise financeira de 2008, e desmente Bolsonaro que em seu
discurso na ONU, na terça-feira (22), afirmou que o Brasil está atraindo
capital estrangeiro em larga escala.
Os investimentos de brasileiros no exterior, por sua vez,
mostram tendência oposta. Segundo o BC, a saída líquida foi de US$ 15,2 bilhões
de janeiro a agosto, o pior resultado desde 1982.
São movimentos que atestam o fracasso do governo Bolsonaro
também na economia. Seu modelo econômico desconsidera a importância do
crescimento econômico para o bem-estar da população. E o Brasil possui
condições para fazer essa ideia transformar-se em realidade. Entre os fatores
determinantes para a melhor utilização dos recursos disponíveis está o papel do
Estado como ente preparado para a prestação de serviços sociais, os
investimentos em infraestrutura e a geração de renda.
Para isso, o país precisa de um Estado verdadeiramente nacional,
e não um comitê a serviço da ciranda financeira. Um Estado que planeje os
investimentos de forma democrática e privilegie as áreas básicas. A relação do
Estado com a economia no governo Bolsonaro não é racional. Ela não serve ao
desenvolvimento nacional.
Veja:
Orçamento
de Bolsonaro corta o essencial https://bit.ly/3iTKbYP
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