25 setembro 2020

Multinacionais não acreditam...


Risco Bolsonaro afugenta investidores

Portal Vermelho

 

O Brasil registrou uma queda nos investimentos diretos de estrangeiros de 85% em agosto, na comparação com o mesmo mês de 2019, segundo dados divulgados pelo Banco Central (BC). Foram US$ 1,4 bilhões contra US$ 9,5 bilhões. É o menor montante para um mês de agosto desde 2016. Já na comparação com o mês anterior, a queda foi de 48%.

Essa modalidade de investimento é feita por multinacionais, representa importante fonte de recursos para a economia brasileira e já estava em queda desde o primeiro ano do Bolsonaro; com a pandemia se acentuou. Mas as causas principais são a desconfiança crescente no governo Bolsonaro, em meio à recessão global somada à deterioração da imagem do país no exterior, agravada com o desmatamento e as queimadas na Amazônia e no Pantanal.

O BC reduziu a projeção para a entrada de investimento estrangeiro em 2020 de US$ 55 bilhões para US$ 50 bilhões. O número, se a previsão for correta, será a menor entrada de recursos estrangeiros no país desde 2009, após a crise financeira de 2008, e desmente Bolsonaro que em seu discurso na ONU, na terça-feira (22), afirmou que o Brasil está atraindo capital estrangeiro em larga escala.
Os investimentos de brasileiros no exterior, por sua vez, mostram tendência oposta. Segundo o BC, a saída líquida foi de US$ 15,2 bilhões de janeiro a agosto, o pior resultado desde 1982.

São movimentos que atestam o fracasso do governo Bolsonaro também na economia. Seu modelo econômico desconsidera a importância do crescimento econômico para o bem-estar da população. E o Brasil possui condições para fazer essa ideia transformar-se em realidade. Entre os fatores determinantes para a melhor utilização dos recursos disponíveis está o papel do Estado como ente preparado para a prestação de serviços sociais, os investimentos em infraestrutura e a geração de renda.

Para isso, o país precisa de um Estado verdadeiramente nacional, e não um comitê a serviço da ciranda financeira. Um Estado que planeje os investimentos de forma democrática e privilegie as áreas básicas. A relação do Estado com a economia no governo Bolsonaro não é racional. Ela não serve ao desenvolvimento nacional.

Veja: Orçamento de Bolsonaro corta o essencial https://bit.ly/3iTKbYP  

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