O caos em ordem?
Luciano Siqueira
Li hoje no Twitter
do Sobrevivente do Capibaribe (@caldaspedr): “Hoje é o dia do caos. Ou seja, o dia em que as coisas dão
certo.”
Um colega da
Faculdade de Medicina dado a leituras, digamos, fora do convencional entre nós
que fazíamos o movimento estudantil, costumava dizer que escreveria um livro
cujo título prenunciava elucubrações filosóficas: “O caos em ordem”.
Claro que o
caos absoluto nem sempre pode ser visto como caldo de cultura para
transformações benéficas, ainda que o genial líder da Revolução Russa, Lênin,
tenha observado que a caótica situação em que nem os que governam conseguem
seguir governando, nem os governados aceitam seguir governados como antes
configura a chamada “situação revolucionária”.
Desse caos
tanto pode emergir transformações sociais avançadas, como regimes autoritários
de tipo fascista. Depende da correlação de forças.
O obtuso
presidente atual do nosso país tropical mantém essa estratégia: do caos
sanitário, econômico, social e institucional pretende se fazer governante
absoluto.
Mesmo nesse
tempo de “paz e amor” aparente com o STF e parcelas do Congresso Nacional.
Ninguém se engane.
Pois bem. A
tuitada do Sobrevivente do Capibaribe é correta e oportuna. Reflete a percepção
de que nada na vida acontece em linha reta ou de acordo com um gabarito pré-estabelecido.
As contradições estão na sociedade humana e no mundo mineral.
O repouso é
relativo, o movimento é absoluto. O equilíbrio se apoia no conflito constante
entre forças antípodas. É o que diz a dialética.
Animemo-nos
amigas e amigos e enfrentemos os desafios de agora com a consciência (e a
paciência) de que nada é fácil e é preciso ser decidido e hábil para transpor
obstáculos.
Como diz um
sábio baiano meu amigo, “a vida é assim; se não fosse assim seria de outro
jeito”.
Por que
partidos políticos são tão necessários? https://bit.ly/3jbou6m
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