13 outubro 2020

Poetas, quais?

Difícil escolha

Luciano Siqueira

 

 

A amiga gosta de poesia tanto quanto eu ou mais até. Segue-me no instagram.com/lucianosiqueira65 e acompanha meus registros diários, no stories.

Logo cedo, muitas vezes antes das 6, pinço de um poema um fragmento e o transcrevo sobre tela de artista deste mundo imenso ou de uma foto que fiz, abstrata ou figurativa.

Pois bem.

Curtida aqui e acolá, comentários de vez em quando... até que se anima a me perguntar que poeta tem a minha preferência.

— Não tenho uma única preferência, digamos, que seja especial.

— Não tem ou prefere não dizer?

— Por que não diria?

— Sei lá, pra não cometer uma injustiça...

Uma boa dica, não ser injusto com tanta gente que me ajuda a viver através de suas construções poéticas.

Na verdade, minhas “preferências” são circunstanciais. Pois embora cultive o hábito de pegar livros de poesia ao acaso, dirigindo-me às estantes da biblioteca aqui de casa de olhos fechados, confesso que às vezes trapaceio e com um olho aberto “acho” Neruda, Cecília, Dummond, Mia Couto...

Ao confessar o pecado, a amiga não se fez de rogada:

— Tá vendo que você tem seus escolhidos e não quer dizer!

Pra que arengar por motivo tão banal e a propósito de gente tão preciosa como poetas?

Saí pela tangente provocando-a:

— Você faz poemas?

— Sim, eu arrisco um haikai de vez em quando e quando mais inspirada faço sonetos.

— Ótimo! Mande pra mim que eu publico no meu blog.

E assim fiquei livre de uma missão para a qual jamais estarei apto: eleger dentre homens e mulheres geniais quem mais me toca a sensibilidade e a emoção.

Veja: Razão e emoção na campanha eleitoral https://bit.ly/3d9XgLy

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