06 julho 2021

No Centenário do Partido Comunista da China

Em mensagem, PCdoB saúda amizade e conquistas dos 100 anos do PCCh

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O Partido Comunista do Brasil (PCdoB) participou, nesta terça-feira (6), da Cúpula do Partido Comunista da China e Partidos Políticos do Mundo, em comemoração aos 100 anos do PCCh. O evento reuniu 500 partidos e organizações políticas de mais de 160 países, totalizando mais de 10 mil participantes, interligados em tempo real por meio de videoconferência transmitida ao vivo em sites de notícia e redes sociais da China.

A cúpula teve início com o pronunciamento do secretário geral do Comitê Central do PCCh e presidente da China, Xi Jinping, realizada diretamente de Pequim. Em sua fala, o líder comunista salientou a importância da cooperação entre os partidos e países na construção de um mundo com felicidade, desenvolvimento, igualdade e progresso para todos os povos.

Ao longo do seu pronunciamento, o presidente ressaltou também a responsabilidade dos partidos na busca por um futuro comum à humanidade, tendo como princípios a justiça, a igualdade e a busca pela paz, de maneira que nenhum país fique para trás, tendo todos as mesmas condições de desenvolvimento de maneira soberana, sem hegemonismo e conforme suas condições.

O líder chinês também destacou a luta do PCCh pela erradicação da pobreza dentro e fora do país, como um desejo que deve ser comum a todos os povos. Além disso, tratou dos desafios impostos pela pandemia em nível global e os esforços da China para tornar a vacina acessível aos povos.

O presidente chinês ressaltou, ainda, a necessidade de superação dos desafios ambientais e colocou que o planeta Terra é nosso lugar compartilhado, sendo, por isso, imprescindível o enfrentamento comum das dificuldades existentes a fim de que a humanidade possa viver em harmonia. Ao concluir seu pronunciamento, Xi Jinping enfatizou que o PCCh está disposto a seguir trabalhando junto aos demais partidos e do lado certo da história.

Participação do PCdoB

Após a fala de Xi Jinping, a palavra foi aberta aos chefes de Estado presentes. A participação do PCdoB ocorreu por meio do envio de vídeo feito pela presidenta nacional, Luciana Santos. A presidenta acompanhou o evento a partir da sede do partido em Brasília, juntamente com o vice-presidente e secretário nacional de Política e Relações Internacionais do PCdoB, Walter Sorrentino, além dos membros da comissão de Relações Internacionais do partido, Ana Prestes e Wevergton Brito.

Após saudar a realização do evento, Luciana destacou que “o cenário internacional no qual ocorre esta Cúpula é marcado por um contexto de grandes transformações” e acrescentou que “a característica principal de nossa época é a crescente tendência à multipolaridade, que tem sido acentuada em decorrência da pandemia do Sars-CoV-2”.

Neste ambiente, salientou Luciana, “vivemos uma intensa luta entre as velhas potências imperialistas, que buscam se manter no centro do poder, e os países em desenvolvimento que lutam para constituir projetos autônomos e soberanos”.

Luciana apontou que “o capitalismo demonstra, a cada dia, ser incapaz de responder aos grandes anseios da humanidade, como o direito à vida, à paz e ao desenvolvimento e progresso social”.

A dirigente colocou ainda que o centenário do Partido Comunista da China “é uma demonstração de que sim, há alternativas ao neoliberalismo e ao imperialismo, à neocolonização e às guerras”. E agregou: “o socialismo, camaradas, se reafirma como uma necessidade histórica e contemporânea”.

A presidenta do PCdoB também salientou que “vivemos o tempo de uma nova luta pelo socialismo, que se desenvolve diante dos desafios de nossa época. Se torna necessário atualizarmos e desenvolvermos as categorias do marxismo, colocando luzes sobre novos dilemas que a realidade nos apresenta”.

Luciana disse, também, que “os êxitos da China e seu papel no mundo constituem reserva estratégica direta de grande valor para esse novo ciclo de lutas. Trata-se de um grande acontecimento para os povos do mundo”. E acrescentou que “foi o marxismo que propiciou respostas teóricas e práticas para avançar na concretização dos grandes objetivos permanentes da China que podem ser sintetizados como ‘revitalizar a nação e buscar uma vida melhor para o povo’”.

Fazendo referência ao líder chinês, Luciana acrescentou que “como afirmou o camarada secretário-geral e presidente da China, Xi Jinping, sem o PCCh, não haveria existido a nova China, nem poderia haver uma grande revitalização da nação chinesa”.

O PCCh, disse Luciana, celebra seu centenário “atingindo um grande objetivo: a eliminação da pobreza absoluta, um grande feito, uma das maiores conquistas da nação chinesa em seus 5 mil anos de história”.

Luciana agregou ainda que “consideramos ser de importância fundamental para os trabalhadores em torno do mundo que o PCCh e a China tremulem em alto a bandeira do socialismo”.

Construção do socialismo

Dando continuidade à sua fala, Luciana Santos declarou que “a luta pela construção do socialismo não possui caminhos definidos, regras estabelecidas. Desbravar esse percurso requer criatividade e coragem, profundo conhecimento da realidade nacional e de suas peculiaridades e ter no marxismo-leninismo o guia condutor”.

Para o Partido Comunista do Brasil, disse Luciana, “a luta pelo socialismo hoje passa pela necessidade de fortalecer os Estados nacionais, sua soberania e dotá-los de um projeto nacional de desenvolvimento, como forma de romper com o neocolonialismo, e construindo assim uma nação próspera, soberana e com justiça social e ambiental”.

O PCdoB, acrescentou, “é um partido irmanado com o Partido Comunista da China de longa data, em torno do ideal da luta pelo socialismo. Estabelecemos com regularidade intercâmbio entre dirigentes, aprofundando estudos e conhecendo a realidade de cada uma das nações, de cada um dos partidos, buscando nos fortalecer mutuamente”.

A presidenta do PCdoB também ressaltou que “as relações diplomáticas do Brasil com a China vêm evoluindo de forma intensa, ganhando o status de parceria estratégica global”.

E apontou que “apesar das forças políticas que, em nosso país ocupam o governo central, e buscam sabotar a amizade entre o Brasil e a China, saibam que ela se fortalece a cada dia, bem como o respeito e a admiração do povo brasileiro pela China socialista”.

Sobre o contexto nacional enfrentado pelo Brasil, Luciana pontuou que “lutamos hoje para construir uma Frente Ampla que imponha uma derrota ao projeto da extrema-direita nas eleições de 2022, abrindo espaço para um projeto reconstrução nacional”.

Ao concluir sua fala, Luciana declarou: “Estamos seguros de que, as forças que buscam a transformação social, conseguirão descortinar novos caminhos para lutas emancipacionistas. Apesar dos ideólogos do capital, o socialismo afirma-se se como alternativa para os povos. O tempo presente e futuro é do socialismo! Viva a amizade entre o Brasil e a China! Viva a amizade entre o PCCh e o PCdoB! Viva o centenário do PCCh! Viva o socialismo!”.


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