Em mensagem, PCdoB saúda
amizade e conquistas dos 100 anos do PCCh
O Partido Comunista do Brasil (PCdoB) participou, nesta
terça-feira (6), da Cúpula do Partido Comunista da China e Partidos Políticos
do Mundo, em comemoração aos 100 anos do PCCh. O evento reuniu 500 partidos e
organizações políticas de mais de 160 países, totalizando mais de 10 mil
participantes, interligados em tempo real por meio de videoconferência
transmitida ao vivo em sites de notícia e redes sociais da China.
A cúpula teve início com o pronunciamento do secretário
geral do Comitê Central do PCCh e presidente da China, Xi Jinping, realizada
diretamente de Pequim. Em sua fala, o líder comunista salientou a importância
da cooperação entre os partidos e países na construção de um mundo com
felicidade, desenvolvimento, igualdade e progresso para todos os povos.
Ao
longo do seu pronunciamento, o presidente ressaltou também a responsabilidade
dos partidos na busca por um futuro comum à humanidade, tendo como princípios a
justiça, a igualdade e a busca pela paz, de maneira que nenhum país fique para
trás, tendo todos as mesmas condições de desenvolvimento de maneira soberana,
sem hegemonismo e conforme suas condições.
O
líder chinês também destacou a luta do PCCh pela erradicação da pobreza dentro
e fora do país, como um desejo que deve ser comum a todos os povos. Além disso,
tratou dos desafios impostos pela pandemia em nível global e os esforços da
China para tornar a vacina acessível aos povos.
O
presidente chinês ressaltou, ainda, a necessidade de superação dos desafios
ambientais e colocou que o planeta Terra é nosso lugar compartilhado, sendo,
por isso, imprescindível o enfrentamento comum das dificuldades existentes a
fim de que a humanidade possa viver em harmonia. Ao concluir seu
pronunciamento, Xi Jinping enfatizou que o PCCh está disposto a seguir
trabalhando junto aos demais partidos e do lado certo da história.
Participação do PCdoB
Após a fala de Xi Jinping, a palavra foi
aberta aos chefes de Estado presentes. A participação do PCdoB ocorreu por meio
do envio de vídeo feito pela presidenta nacional, Luciana Santos. A presidenta
acompanhou o evento a partir da sede do partido em Brasília, juntamente com o
vice-presidente e secretário nacional de Política e Relações Internacionais do
PCdoB, Walter Sorrentino, além dos membros da comissão de Relações
Internacionais do partido, Ana Prestes e Wevergton Brito.
Após saudar a realização do evento, Luciana destacou que
“o cenário internacional no qual ocorre esta Cúpula é marcado por um contexto
de grandes transformações” e acrescentou que “a característica principal de
nossa época é a crescente tendência à multipolaridade, que tem sido acentuada
em decorrência da pandemia do Sars-CoV-2”.
Neste
ambiente, salientou Luciana, “vivemos uma intensa luta entre as velhas
potências imperialistas, que buscam se manter no centro do poder, e os países
em desenvolvimento que lutam para constituir projetos autônomos e soberanos”.
Luciana apontou que “o capitalismo demonstra, a cada dia,
ser incapaz de responder aos grandes anseios da humanidade, como o direito à
vida, à paz e ao desenvolvimento e progresso social”.
A
dirigente colocou ainda que o centenário do Partido Comunista da China “é uma
demonstração de que sim, há alternativas ao neoliberalismo e ao imperialismo, à
neocolonização e às guerras”. E agregou: “o socialismo, camaradas, se reafirma
como uma necessidade histórica e contemporânea”.
A
presidenta do PCdoB também salientou que “vivemos o tempo de uma nova luta pelo
socialismo, que se desenvolve diante dos desafios de nossa época. Se torna
necessário atualizarmos e desenvolvermos as categorias do marxismo, colocando
luzes sobre novos dilemas que a realidade nos apresenta”.
Luciana
disse, também, que “os êxitos da China e seu papel no mundo constituem reserva
estratégica direta de grande valor para esse novo ciclo de lutas. Trata-se de
um grande acontecimento para os povos do mundo”. E acrescentou que “foi o
marxismo que propiciou respostas teóricas e práticas para avançar na
concretização dos grandes objetivos permanentes da China que podem ser
sintetizados como ‘revitalizar a nação e buscar uma vida melhor para o povo’”.
Fazendo
referência ao líder chinês, Luciana acrescentou que “como afirmou o camarada
secretário-geral e presidente da China, Xi Jinping, sem o PCCh, não haveria
existido a nova China, nem poderia haver uma grande revitalização da nação
chinesa”.
O
PCCh, disse Luciana, celebra seu centenário “atingindo um grande objetivo: a
eliminação da pobreza absoluta, um grande feito, uma das maiores conquistas da
nação chinesa em seus 5 mil anos de história”.
Luciana
agregou ainda que “consideramos ser de importância fundamental para os
trabalhadores em torno do mundo que o PCCh e a China tremulem em alto a
bandeira do socialismo”.
Construção do
socialismo
Dando continuidade à sua fala, Luciana Santos declarou
que “a luta pela construção do socialismo não possui caminhos definidos, regras
estabelecidas. Desbravar esse percurso requer criatividade e coragem, profundo
conhecimento da realidade nacional e de suas peculiaridades e ter no
marxismo-leninismo o guia condutor”.
Para
o Partido Comunista do Brasil, disse Luciana, “a luta pelo socialismo hoje
passa pela necessidade de fortalecer os Estados nacionais, sua soberania e
dotá-los de um projeto nacional de desenvolvimento, como forma de romper com o
neocolonialismo, e construindo assim uma nação próspera, soberana e com justiça
social e ambiental”.
O
PCdoB, acrescentou, “é um partido irmanado com o Partido Comunista da China de
longa data, em torno do ideal da luta pelo socialismo. Estabelecemos com
regularidade intercâmbio entre dirigentes, aprofundando estudos e conhecendo a
realidade de cada uma das nações, de cada um dos partidos, buscando nos
fortalecer mutuamente”.
A
presidenta do PCdoB também ressaltou que “as relações diplomáticas do Brasil
com a China vêm evoluindo de forma intensa, ganhando o status de parceria
estratégica global”.
E
apontou que “apesar das forças políticas que, em nosso país ocupam o governo
central, e buscam sabotar a amizade entre o Brasil e a China, saibam que ela se
fortalece a cada dia, bem como o respeito e a admiração do povo brasileiro pela
China socialista”.
Sobre o contexto nacional enfrentado pelo Brasil, Luciana
pontuou que “lutamos hoje para construir uma Frente Ampla que imponha uma
derrota ao projeto da extrema-direita nas eleições de 2022, abrindo espaço para
um projeto reconstrução nacional”.
Ao
concluir sua fala, Luciana declarou: “Estamos seguros de que, as forças que
buscam a transformação social, conseguirão descortinar novos caminhos para
lutas emancipacionistas. Apesar dos ideólogos do capital, o socialismo afirma-se
se como alternativa para os povos. O tempo presente e futuro é do socialismo!
Viva a amizade entre o Brasil e a China! Viva a amizade entre o PCCh e o PCdoB!
Viva o centenário do PCCh! Viva o socialismo!”.
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