Bolsonaro
obriga Itamaraty a impor veto a União Europeia como observadora das eleições de
2022
A
pedido do presidente, o Ministério das Relações Exteriores objetou o convite
oficial que o TSE faria ao bloco europeu para que enviasse seus representantes
em outubro
Victor Farinelli, Jornal
GGN
O TSE (Tribunal Superior Eleitoral)
anunciou que vai desfazer o convite oficial à União Europeia, enviado em março
passado, para que esta participasse como uma das entidades observadoras das
eleições deste ano, a serem realizadas no mês de outubro.
Segundo
o blog da jornalista
Andréia Sadi no G1, a decisão de excluir a União
Europeia foi fruto de uma objeção ao bloco feita pelo Itamaraty, que, por sua
vez, teria atuado sob pressão do presidente Jair Bolsonaro, que seria contra a
presença da missão europeia nas eleições.
O
Palácio do Planalto alega que “não é da tradição do Brasil ser avaliado por
organização internacional da qual não faz parte”. Efetivamente, esta seria a
primeira vez que uma missão europeia participaria como observadora do pleito no
país.
Diante
desta situação, a Comissão Europeia – o Poder Executivo do bloco europeu –
informou que “recebeu uma carta-convite, no início de março, de parte do TSE
para enviar uma missão exploratórioa”, mas que, nesta semana “o TSE informou
que não dará seguimento ao seu pedido feito em março, devido a reservas expressas
pelo governo brasileiro”, informa matéria do
jornalista João Paulo Charleaux para o Nexo Jornal.
“Nessas circunstâncias, não enviaremos uma
missão exploratória ao Brasil para avaliar uma possível Missão de Observação
Eleitoral”, confirmou a Comissão Europeia.
Assim,
as únicas entidades internacionais que devem participar como observadoras das
eleições brasileiras em 2022 são a OEA (Organização dos Estados Americanos), o
Parlasul (Parlamento do Mercosul) e a Rede Eleitoral da CPLP (Comunidade dos
Países de Língua Portuguesa), todas elas como suas presenças confirmadas pelo
TSE.
Ainda
assim, segundo o blog de Andréia Sadi, o TSE ainda busca outras formas de
garantir a participação de observadores europeus nas eleições. “Nos próximos
meses, se for verificada a necessidade e o interesse de ambos os lados, poderá
haver uma participação mais reduzida e de caráter técnico de membros da União
Europeia no período eleitoral”, afirmou o órgão eleitoral.
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Veja: Riscos da Frente
Popular de Pernambuco na montagem da chapa https://bit.ly/3vxeWLZ
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