Renildo: “aumento de 63% nas
bandeiras de energia é coisa de um governo irresponsável”
Blog do Renato
O líder do PCdoB na Câmara, deputado Renildo Calheiros (PE), afirmou que
o aumento de até 63% no valor das bandeiras tarifárias para energia,
determinada pelo governo Bolsonaro, serve para “engordar os lucros já
exorbitantes da iniciativa privada no setor de energia” e tornou inútil a
redução de impostos.
“Nós votamos a redução dos impostos para baratear
energia e o governo aumenta as bandeiras em 63%! Ou seja, o aumento é muito
superior à economia gerada ao consumidor através dos projetos que votamos”,
disse.
“É um governo completamente irresponsável que
mente para as pessoas, mente para a sociedade, estabelecendo um custo cada vez
mais alto para as famílias brasileiras”, completou.
“Isso não é uma coisa séria, não é uma coisa
responsável, não é uma coisa pensada. É um governo que vive da improvisação com
um detalhe: nessa improvisação sempre ganha a iniciativa privada e sempre perde
o consumidor, as famílias brasileiras”, continuou o parlamentar.
O aumento, aprovado pela Agência Nacional de
Energia Elétrica (Aneel), aumentou em 59,5% a taxa da bandeira amarela,
chegando a R$ 2,99 para cada 100 kWh consumidos.
A chamada bandeira vermelha patamar 1 foi a mais
elevada pela Aneel, com um reajuste de 63,7%, passando de R$ 3,97 para R$ 6,50
a cada 100 kWh. Por fim, a bandeira vermelha patamar 2 subiu 3,2% e chegou a R$
9,79.
A bandeira verde, quando não é cobrada nenhuma
tarifa extra, poderá ser mantida pelo governo Bolsonaro somente até depois da
eleição, em uma clara manobra eleitoreira.
Renildo Calheiros lembrou que o governo Bolsonaro
pressionou pela aprovação de leis que diminuem a cobrança do ICMS, que é um
imposto estadual, para a energia, argumentando que isso reduziria o custo final
para as famílias. Logo em seguida, o governo anunciou a elevação das bandeiras
tarifárias.
Leia também: Revogar teto de gastos é essencial para Lula e democracia https://bit.ly/3HNpBXy
“Vejam o que aconteceu no setor de energia:
votamos o PLP 18, que reduziu o ICMS para produtos e serviços essenciais. Eles
terão taxação de 17% a 18%, uma grande redução na arrecadação de Estados e
Municípios, com repercussão na saúde e educação. A argumentação apresentada foi
que a redução no ICMS serviria para diminuir o preço da energia”.
“Nós fizemos essas duas mudanças na tributação da
energia. E, agora, o governo anuncia aumento da bandeira tarifária. Que país é
este?!”, criticou Renildo.
“Então, todo esforço de redução de impostos serviu
não para baratear a conta de luz, mas para engordar os lucros já exorbitantes
da iniciativa privada no setor de energia”.
.
Veja:
Será aceitável que 9 crimes tão graves fiquem impunes? https://youtu.be/sJ2lSvc193E
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