16 dezembro 2022

Mundo em transição

Conflitos
Pedro de Oliveira*

Nesta última quinta-feira, a Assembleia Geral da ONU aprovou uma resolução por 120 votos a favor recomendando o combate à glorificação do nazismo, ao neonazismo e outras práticas que contribuem para a escalada de formas contemporâneas de racismo, discriminação racial, xenofobia e intolerância correlata.

O que choca a consciência humanista e progressista são os países que se colocaram contra essa resolução: Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido, Ucrânia, França, Espanha, Portugal, Áustria, Bélgica, Holanda, Suécia, Dinamarca, Noruega, Finlândia, Países Bálticos, Canada, Austrália, Japão entre outros.

Além disso terminamos o ano com outra surpreendente declaração da ex-chanceler da Alemanha, Ângela Merkel, confessando que desde pelo menos 2008, os Estados Unidos e a OTAN transformaram a Ucrânia em uma ponta de lança contra a Rússia e que os chamados Acordos de Minsk, nada mais foram do que estratagemas para ganhar tempo para a preparação militar da Ucrânia com o objetivo de atacar a Rússia dentro da estratégia de impedir seu desenvolvimento.

Estes dois fatos assinalados mostram que o mundo ainda se encontra numa fase primitiva da humanidade onde os valores da solidariedade e da cooperação mútua para o desenvolvimento estão longe de serem alcançados.

*Jornalista

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