25 janeiro 2023

Enio Lins opina

Mais um genocídio anunciado, e executado, pelo mito

Enio Lins www.eniolins.com.br

 

Pelas fotos é inegável a semelhança entre pessoas judias aprisionadas nos campos de concentração nazistas e Yanomamis depois de quatro anos de abandono pelo governo bolsonarista. Corpos esquálidos, pele e ossos.

Parece que a diferença
 entre os campos de extermínio de Hitler e os campos ianomamis, vítimas da política de inanição do bolsonarismo, é a tentativa do Jair Genocida de economizar o dinheiro para construção das câmaras de gás e os fornos crematórios – no mais, o horror da morte de uma etnia pela fome (provocada) é o mesmo.

Mais uma vez a desprezível 
criatura que presidiu o Brasil por quatro funestos anos faz jus ao epíteto “genocida”. É um matador em série, covarde, atuando sempre no sentido de comprovar seu próprio infeliz dito que teria sido “treinado para matar”.

Jair Genocida
, enquanto deputado federal pelo PPB (sigla transmutada depois no PP), em discurso proferido no dia 15 de abril de 1998, deixou escapar, do fundo de sua alma sebosa, a seguinte frase: “Competente, sim, foi a cavalaria norte-americana, que dizimou seus índios no passado e hoje em dia não tem esse problema no seu país”.

A defecação verbal
 do falso Messias foi parte de um pronunciamento sobre “o problema” das demarcações das terras indígenas. O miserável tentou – como é de seu histórico de covarde – corrigir a desumanidade dita antes, desdizendo-se que “não defendia isso para o Brasil”. Coisa de canalha, tentando amenizar o que sabe ser uma fala criminosa.

A visão “messiânica” 
da cavalaria dizimadora foi o que o genocida Jair projetou como morte real, a galope, contra a população Yanomani, e fez isto acontecer entre 2019 e 2022. Os números são imprecisos, mas os fatos, nas fotos, saltam aos olhos. Puro terror.

O socorro imediato 
está acontecendo, em mais um acerto do início do governo Lula/Alckmin. Mas o grau da desnutrição coletiva é tão alto que muitas vidas não poderão ser salvas, mesmo com o socorro que está sendo prestado a partir de agora. Uma das índias retratadas em estado de subnutrição profunda morreu pouco tempo depois de receber os primeiros cuidados médicos e se consolidou como imagem da tragédia ianomami.

Além do socorro
 imediato e da assistência continuada, o governo federal precisa fazer o que o desgoverno bolsonarista não fez: atacar as causas desse extermínio, que são o garimpo e o desmatamento ilegais. Taí um objetivo estratégico para as forças armadas, – enfrentar, na floresta amazônica, as milícias armadas do garimpo ilegal e do desmate ilegal. Selva!!

Os fatos em órbitas sucessivas https://bit.ly/3Ye45TD

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