Mais um genocídio anunciado, e executado, pelo mito
Enio Lins www.eniolins.com.br
Pelas fotos é
inegável a semelhança entre pessoas judias aprisionadas nos
campos de concentração nazistas e Yanomamis depois de quatro anos de abandono
pelo governo bolsonarista. Corpos esquálidos, pele e ossos.
Parece que a diferença entre os campos de extermínio de Hitler e os campos
ianomamis, vítimas da política de inanição do bolsonarismo, é a tentativa do
Jair Genocida de economizar o dinheiro para construção das câmaras de gás e os
fornos crematórios – no mais, o horror da morte de uma etnia pela fome
(provocada) é o mesmo.
Mais uma vez a desprezível criatura que presidiu o Brasil por quatro funestos anos faz
jus ao epíteto “genocida”. É um matador em série, covarde, atuando sempre no
sentido de comprovar seu próprio infeliz dito que teria sido “treinado para
matar”.
Jair Genocida, enquanto deputado federal pelo PPB (sigla transmutada
depois no PP), em discurso proferido no dia 15 de abril de 1998, deixou
escapar, do fundo de sua alma sebosa, a seguinte frase: “Competente, sim, foi a
cavalaria norte-americana, que dizimou seus índios no passado e hoje em dia não
tem esse problema no seu país”.
A defecação verbal do falso Messias foi parte de um pronunciamento sobre
“o problema” das demarcações das terras indígenas. O miserável tentou – como é
de seu histórico de covarde – corrigir a desumanidade dita antes, desdizendo-se
que “não defendia isso para o Brasil”. Coisa de canalha, tentando amenizar o
que sabe ser uma fala criminosa.
A visão “messiânica” da cavalaria dizimadora foi o que o genocida Jair projetou
como morte real, a galope, contra a população Yanomani, e fez isto acontecer
entre 2019 e 2022. Os números são imprecisos, mas os fatos, nas fotos, saltam
aos olhos. Puro terror.
O socorro imediato está acontecendo, em mais um acerto do início do governo
Lula/Alckmin. Mas o grau da desnutrição coletiva é tão alto que muitas vidas
não poderão ser salvas, mesmo com o socorro que está sendo prestado a partir de
agora. Uma das índias retratadas em estado de subnutrição profunda morreu pouco
tempo depois de receber os primeiros cuidados médicos e se consolidou como
imagem da tragédia ianomami.
Além do socorro imediato e da assistência continuada, o governo federal
precisa fazer o que o desgoverno bolsonarista não fez: atacar as causas desse
extermínio, que são o garimpo e o desmatamento ilegais. Taí um objetivo
estratégico para as forças armadas, – enfrentar, na floresta amazônica, as
milícias armadas do garimpo ilegal e do desmate ilegal. Selva!!
Os fatos em órbitas sucessivas https://bit.ly/3Ye45TD
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