04 janeiro 2023

Enio Lins opina

Arte, Cultura e bom senso de volta ao Palácio do Planalto

Enio Lins www.eniolins.com.br

 

Metrópolis, o site, informou na segunda-feira que a primeira-dama do Brasil, Janja da Silva, – durante a posse da Ministra da Cultura, Margareth Meneses – anunciou um projeto para “recompor o patrimônio cultural do Planalto”. Excelente iniciativa!

Não só o Plano Piloto
 e os palácios, mas as obras de arte ali são patrimônio histórico, artístico e cultural brasileiro (da Humanidade, conforme decisão da UNESCO). Cada palácio brasiliense tem acervos de bens móveis que são tesouros culturais.

Inclusive os ditos apartamentos 
funcionais tinham (terão ainda?) equipamentos que deveriam estar tombados. Lógico que por questões óbvias de manutenção, um pequeno número de unidades seria conservado integralmente, mas isso é outra história.

Voltemos ao interpretado
, nesse primeiro momento, da fala de Janja. A mídia tem se concentrado em avaliar o patrimônio contido no Palácio do Planalto, o que tem sua lógica, pois é a mais importante referência do Poder Executivo nacional.

Emblemático é o exemplo 
dado como primeiro passo: a devolução a seu espaço tradicional do quadro “Orixás”, representando três divindades afro-brasileiras. O energúmeno que melou o Planalto entre 2018 e 2022 mandou retirar o quadro em 2020.

“Orixás”, de Djanira
 (1914-1919), pintado em 1960, tem 3,61 x 1,12 metros, é uma obra referencial nas artes plásticas brasileiras, ficava no Salão Nobre do Palacio do Planalto e tem valor avaliado entre R$ 1,5 a R$ 3,5 milhões.

Em gesto que expressou
 sua ignorância geral e preconceito religioso no particular, o mito chorão substituiu essa obra expressiva por uma cópia fuleira de outro quadro do próprio palácio, passando a exibir uma reprodução e o original.

Devolver “Orixás”
 a seu devido lugar simboliza o retorno do respeito à cultura brasileira ao Palácio do Planalto. Só isso, se fosse iniciativa isolada, já valeria a pena. Mas, mais que isso, a primeira-dama anuncia um projeto amplo de recuperação do patrimônio artístico e cultural nos espaços de trabalho da Presidência da República.

Muito melhor
 ainda é se essa política for estendida, como dito no início, para o conjunto dos bens móveis do magnífico patrimônio artístico e cultural brasileiro que está abrigado nos imóveis do Estado em Brasília.

A realidade é furta-cor https://bit.ly/3Ye45TD

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