Bons argumentos
dispensam desaforos
Luciano Siqueira
O militante ativo
carrega no peito boa dose de emoção.
Isso não é ruim, é
ótimo.
Convicções se
defendem com argumentos e emoção.
Porém desaforos são
dispensáveis.
Pois é necessário
convencer — e poucos são os que se convencem ouvindo palavras agressivas e
impropérios. Salvo aqueles que, contaminados pela retórica do ódio que ainda
viceja no país, se alimentam da raiva e dispensam a razão.
O debate em torno da
política monetária, por exemplo, requer argumentos fundamentados. Mesmo de quem
não domina o assunto em profundidade. No grito a derrota é certa.
O presidente Lula tem
o dom de falar de assuntos complexos em linguagem simples e de fácil
entendimento.
Arraes também era
assim. Relacionava os fatos do cotidiano com a sua visão de mundo — sobretudo a
crítica ao imperialismo norte-americano, um dos pilares de suas convicções
nacionalistas. Ou inseria uma política pública específica no contexto do
projeto nacional.
Lula também faz isso,
a seu modo.
Ao militante ativo
não se dispensa o exame teórico e político dos problemas, condição sine qua non
de sua capacidade de convencimento.
E é indispensável
convencer a maioria para irmos adiante em nossos propósitos.
Sem desaforos.
Com bons argumentos.
Em qualquer circunstância, a vida é
arriscosa https://bit.ly/3Ye45TD
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