31 maio 2024

Pelo Estado palestino

Eslovênia reconhece Estado palestino e reforça movimento internacional

Decisão do governo esloveno ocorre após reconhecimentos de Espanha, Noruega e Irlanda
Bárbara Luz/Vermelho


 

Nesta quinta-feira (30), o governo da Eslovênia aprovou uma moção de reconhecimento do Estado palestino, seguindo os passos de Espanha, Noruega e Irlanda, que tomaram a mesma decisão dois dias antes. A medida ainda precisa ser votada pelo Parlamento, onde a coalizão liberal do primeiro-ministro Robert Golob possui uma maioria confortável, tornando a aprovação praticamente garantida.

“Hoje, a Eslovênia decidiu reconhecer a Palestina como um estado independente e soberano”, disse Golob à imprensa Liubliana. Para simbolizar a decisão, o governo hasteou a bandeira palestina ao lado das bandeiras eslovena e da União Europeia.

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Golob destacou que essa “é uma mensagem de paz”, pedindo um cessar-fogo imediato entre Israel e Hamas em Gaza e a libertação dos reféns israelenses capturados nos ataques de 7 de outubro de 2023.

Reações internacionais

A medida eslovena segue a tendência de crescente apoio ao reconhecimento da Palestina. Atualmente, mais de 140 países membros da ONU, incluindo Brasil, reconhecem a Palestina como Estado. Com essa decisão, a Eslovênia se torna o décimo país da União Europeia a oficializar esse reconhecimento.

O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, criticou a decisão eslovena, afirmando que a aprovação “equivaleria a recompensar” o Hamas e fortaleceria o “eixo do mal iraniano”. Ele apelou aos deputados eslovenos para que rejeitem a proposta.

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Outros países europeus também tomaram medidas significativas. O primeiro-ministro irlandês, Simon Harris, fez um apelo a Israel para interromper a crise humanitária em Gaza. “Queríamos reconhecer a Palestina ao final de um processo de paz, mas fizemos este movimento ao lado da Espanha e da Noruega para manter vivo o milagre da paz”, afirmou Harris.

Já o chanceler da Noruega, Espen Barth Eide, destacou o papel histórico de seu país na mediação dos Acordos de Oslo e reiterou o compromisso norueguês com a causa palestina. “Há mais de 30 anos, a Noruega tem sido um dos mais fervorosos defensores de um Estado palestino”, disse Eide.

Contexto do conflito

O conflito em Gaza, que começou com um ataque do Hamas em outubro de 2023, resultou em severas retaliações por parte de Israel. Desde então, mais de 36 mil palestinos morreram, segundo autoridades da Faixa de Gaza. A ofensiva israelense tem causado grande destruição e deslocamento de civis, com 81 mil pessoas feridas sendo a maioria mulheres e crianças (cerca de 75%).

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A aprovação eslovena e o reconhecimento por outros países europeus são vistos como uma resposta à escalada de violência e às condições humanitárias deteriorantes em Gaza. Atualmente, dez dos 27 membros da União Europeia reconhecem oficialmente a Palestina: Suécia, Chipre, Hungria, República Tcheca, Polônia, Eslováquia, Romênia, Bulgária, Espanha e Irlanda. Outros países, como Malta, Reino Unido e Austrália, estão considerando adotar a mesma medida.

Confira abaixo a lista completa de países que aprovam o reconhecimento do Estado Palestino.

  1. Afeganistão
  2. África do Sul
  3. Albânia
  4. Angola
  5. Antígua e Barbuda
  6. Arábia Saudita
  7. Argélia
  8. Argentina
  9. Azerbaijão
  10. Bahamas
  11. Bahrein
  12. Bangladesh
  13. Barbados
  14. Belarus
  15. Belize
  16. Benin
  17. Bolívia
  18. Bósnia
  19. Botsuana
  20. Brasil
  21. Brunei
  22. Bulgária
  23. Burkina Fasso
  24. Burundi
  25. Butão
  26. Cabo Verde
  27. Camboja
  28. Cazaquistão
  29. Chade
  30. Chile
  31. China
  32. Chipre
  33. Colômbia
  34. (ilhas) Comores
  35. Congo
  36. Coreia do Norte
  37. Costa do Marfim
  38. Costa Rica
  39. Cuba
  40. Djibuti
  41. Dominica
  42. Egito
  43. El Salvador
  44. Emirados Árabes Unidos
  45. Equador
  46. Espanha
  47. Eslováquia
  48. Essuatíni (antiga Suazilândia)
  49. Etiópia
  50. Filipinas
  51. Gabão
  52. Gâmbia
  53. Gana
  54. Geórgia
  55. Granada
  56. Guatemala
  57. Guiana
  58. Guiné
  59. Guiné-Bissau
  60. Guiné Equatorial
  61. Haiti
  62. Honduras
  63. Hungria
  64. Iêmen
  65. Índia
  66. Indonésia
  67. Irã
  68. Iraque
  69. Irlanda
  70. Islândia
  71. Jamaica
  72. Jordânia
  73. Kuwait
  74. Laos
  75. Lesoto
  76. Líbano
  77. Libéria
  78. Líbia
  79. Madagascar
  80. Malásia
  81. Maláui
  82. Maldivas
  83. Mali
  84. Marrocos
  85. (ilhas) Maurício
  86. Mauritânia
  87. México
  88. Moçambique
  89. Mongólia
  90. Montenegro
  91. Namíbia
  92. Nepal
  93. Nicarágua
  94. Níger
  95. Nigéria
  96. Noruega
  97. Omã
  98. Papua Nova Guiné
  99. Paquistão
  100. Paraguai
  101. Peru
  102. Polônia
  103. Qatar
  104. Quênia
  105. Quirguistão
  106. República Centro-Africana
  107. República Democrática do Congo
  108. República Dominicana
  109. República Tcheca
  110. Romênia
  111. Ruanda
  112. Rússia
  113. Santa Lúcia
  114. São Cristóvão e Névis
  115. São Tomé e Príncipe
  116. São Vicente e Granadinas
  117. Senegal
  118. Serra Leoa
  119. Sérvia
  120. Seychelles
  121. Síria
  122. Somália
  123. Sri Lanka
  124. Sudão
  125. Sudão do Sul
  126. Suécia
  127. Suriname
  128. Tadjiquistão
  129. Tailândia
  130. Tanzânia
  131. Timor Leste
  132. Togo
  133. Trinidad e Tobago
  134. Tunísia
  135. Turcomenistão
  136. Turquia
  137. Ucrânia
  138. Uganda
  139. Uruguai
  140. Uzbequistão
  141. Vanuatu
  142. Venezuela
  143. Vietnã
  144. Zâmbia
  145. Zimbábue

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