01 outubro 2024

China: ciência & tecnologia

China afirma ter alcançado um feito tecnológico que parecia impossível: tudo feito com aço inoxidável (e muita engenhosidade)
msn.com   

China continua se vangloriando de muitos de seus chamados avanços militares. Pesquisadores chineses afirmam ter encontrado uma maneira de usar aço no cone do nariz de um míssil hipersônico. Isso seria uma grande conquista por vários motivos. Por um lado, porque era considerada uma alternativa quase impossível. Por outro lado, porque poderia levar a projéteis mais baratos.

Uma alternativa inovadora

As ligas de tungstênio são consideradas uma das alternativas mais adequadas para revestir as partes mais quentes dos veículos hipersônicos. Quanto maior a velocidade, lembre-se, maior a temperatura que a aeronave ou os mísseis devem suportar. O tungstênio tem um ponto de fusão de 3.422°C, o que o torna especial. 

O problema? Quando falamos de tungstênio, estamos nos referindo a um metal que não é apenas raro, mas também caro e pesado. Embora as empresas chinesas controlem 85% da produção mundial de tungstênio, o Exército de Libertação Popular (PLA) está considerando alternativas mais baratas e viáveis.

A informação vem do SCMP, que relata que um grupo de pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Pequim, liderado pelo professor Huang Fenglei, revelou o projeto de um míssil hipersônico anti-navio cujo cone do nariz é feito de aço inoxidável.

Mas atingir esse marco, segundo eles, não foi uma tarefa fácil. Um míssil hipersônico pode atingir temperaturas superiores a 3.000°C em determinados pontos de seu voo. O aço, no entanto, começa a se deformar em torno de 1.200°C. Para lidar com essa limitação, os pesquisadores afirmam ter desenvolvido um sistema de proteção térmica. 

Isso envolve adicionar uma camada de cerâmica de temperatura ultra-alta à carcaça de aço do míssil hipersônico. Por baixo dela, haveria uma camada de 5 mm de um isolante térmico chamado aerogel. O resultado? Uma estrutura tão eficaz que pretende-se que ela seja capaz de ser usada em mísseis hipersônicos Mach 8.

Huang, vale ressaltar, tem ligações diretas com o setor de defesa da China. O SCMP observa que ele é vice-diretor de pesquisa de um programa militar secreto, consultor técnico da Comissão Militar Central e, como se isso não bastasse, vice-chefe de uma unidade técnica no Departamento de Desenvolvimento de Equipamentos do PLA.

Leia sobre Brasil + China https://lucianosiqueira.blogspot.com/2023/06/brasilchina.html                                        

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