Soneto XVII
Pablo Neruda
Não sei com que face
te amo,
Se com a que tinhas
antes de conhecer-me,
Ou com a que
encontraste ao me conhecer,
Ou com aquela que te
dei.
O teu corpo é um
livro de linhas claras,
Que se pode ler sem
erro,
Mas os seus olhos são
dois caminhos
Que se cruzam e se
perdem.
Não sei com que face
te amo,
Mas sei que te amo, e
que esse saber
É todo o meu ser,
toda a minha alma,
E que é mais que o
meu coração.
Então, não me
perguntes com que face,
Pois não sei, mas sei
que te amo.
Leia também 'Chama', um poema de Cida Pedrosa https://lucianosiqueira.blogspot.com/2024/10/palavra-de-poeta-cida-pedrosa_26.html
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