06 novembro 2024

Minha opinião

Defasagem estratégica 
Luciano Siqueira 

Leio agora que menos da metade dos professores da educação básica no Brasil tem pós-graduação ou fez algum curso de formação continuada. 

O objetivo seria alcançar 100% dos profissionais da educação básica em 2024, de acordo com o Plano Nacional de Educação.

E me veio a lembrança de Cuba, onde as pessoas se apresentam com um cartão de visitas, que refere a sua condição de professor, com imenso orgulho.

Porque têm consciência de que cumprem um papel estratégico na formação das novas gerações. 

Também me lembro da minha primeira viagem à China, em que fui tomado da convicção de que ali acontece uma verdadeira orgia da educação e do trabalho. 

Apesar da tecnologia avançada, em todas os aspectos, muitas são as atividades realizadas de modo mais simples exatamente para permitir a contratação massiva de mão de obra. 

E o investimento em educação em todos os níveis é algo realmente extraordinário. 

Também no gigante asiático socialista o educador é uma espécie de herói nacional. 

No Brasil, o professor é submetido a jornada de trabalho exaustiva (na rede pública, em geral com vínculos duplos, estado e município) e dificuldades de sobrevivência proporcionais aos salários insuficientes. 

Não há como reduzir drasticamente essa defasagem sem a superação das condições adversas a que são submetidos, no trabalho, os profissionais da educação.

Este é um desafio estratégico no projeto de reconstrução nacional que inspira o governo Lula. 

Avançar é preciso.

Leia sobre o bolsonarismo contra a educação https://lucianosiqueira.blogspot.com/2022/09/educacao-em-transe.html

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