Defasagem estratégica
Luciano
Siqueira
Leio agora que menos da metade dos professores da educação básica no Brasil tem pós-graduação ou fez algum curso de formação continuada.
O objetivo seria alcançar 100% dos profissionais da educação básica em
2024, de acordo com o Plano Nacional de Educação.
E me veio a lembrança de Cuba, onde as pessoas se apresentam com um
cartão de visitas, que refere a sua condição de professor, com imenso orgulho.
Porque têm consciência de que cumprem um papel estratégico na formação
das novas gerações.
Também me lembro da minha primeira viagem à China, em que fui tomado da
convicção de que ali acontece uma verdadeira orgia da educação e do
trabalho.
Apesar da tecnologia avançada, em todas os aspectos, muitas são as
atividades realizadas de modo mais simples exatamente para permitir a contratação
massiva de mão de obra.
E o investimento em educação em todos os níveis é algo realmente
extraordinário.
Também no gigante asiático socialista o educador é uma espécie de herói
nacional.
No Brasil, o professor é submetido a jornada de trabalho exaustiva (na
rede pública, em geral com vínculos duplos, estado e município) e dificuldades
de sobrevivência proporcionais aos salários insuficientes.
Não há como reduzir drasticamente essa defasagem sem a superação das condições adversas a que são submetidos, no trabalho, os profissionais da educação.
Este é um desafio estratégico no projeto de reconstrução nacional que
inspira o governo Lula.
Avançar é preciso.
Leia sobre o
bolsonarismo contra a educação https://lucianosiqueira.blogspot.com/2022/09/educacao-em-transe.html
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