A construção coletiva das idéias é uma das mais fascinantes experiências humanas. Pressupõe um diálogo sincero, permanente, em cima dos fatos. Neste espaço, diariamente, compartilhamos com você nossa compreensão sobre as coisas da luta e da vida. Participe. Opine. [Artigos assinados expressam a opinião dos seus autores].
29 fevereiro 2008
História: 29 de fevereiro de 1956
Acaba, em completo fracasso, a revolta de Jacareacanga, Pará, onde dois oficiais direitistas desviam avião em ensaio de golpe dontra JK.
28 fevereiro 2008
Parlamentares brasileiros manifestam apoio a Fidel e Cuba
No Vermelho www.vermelho.org.br:
. Uma Moção de apoio a Fidel Castro e ao povo cubano foi entregue, na tarde desta quarta-feira (27), por parlamentares do Grupo Parlamentar Brasil Cuba ao embaixador de Cuba no Brasil, Pedro Mosquera. A moção, assinada por cerca de 200 parlamentares, faz saudações a Fidel Castro e ao povo cubano, destacando a Revolução Cubana como ''símbolo da resistência latina, a primeira a rebelar-se contra o imperialismo''.
. Cerca de 20 parlamentares dos partidos de esquerda – PCdoB, PT, PSB, PDT, PSOL e PV, estiveram no prédio da Embaixada de Cuba em Brasília, para dizer ao embaixador cubano que ''o povo (cubano) demonstrou que, quando há decisão e unidade na luta, uma nação recupera sua dignidade, enfrenta e derrota o imperialismo que a espoliava e humilhava''.
. Liderados pela deputada Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), que preside o Grupo Parlamentar Brasil-Cuba, os parlamentares entregaram o documento em que destacam a posição de Fidel Castro que ''depois de quase meio século na direção de seu país, seja como Primeiro-Ministro ou como presidente do Conselho de Estado, sempre com massivo apoio popular, anuncia seu afastamento da direção de seu país, mas não da luta, como ele próprio afirmou: “continuaremos o combate no campo das idéias”.
. Uma Moção de apoio a Fidel Castro e ao povo cubano foi entregue, na tarde desta quarta-feira (27), por parlamentares do Grupo Parlamentar Brasil Cuba ao embaixador de Cuba no Brasil, Pedro Mosquera. A moção, assinada por cerca de 200 parlamentares, faz saudações a Fidel Castro e ao povo cubano, destacando a Revolução Cubana como ''símbolo da resistência latina, a primeira a rebelar-se contra o imperialismo''.
. Cerca de 20 parlamentares dos partidos de esquerda – PCdoB, PT, PSB, PDT, PSOL e PV, estiveram no prédio da Embaixada de Cuba em Brasília, para dizer ao embaixador cubano que ''o povo (cubano) demonstrou que, quando há decisão e unidade na luta, uma nação recupera sua dignidade, enfrenta e derrota o imperialismo que a espoliava e humilhava''.
. Liderados pela deputada Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), que preside o Grupo Parlamentar Brasil-Cuba, os parlamentares entregaram o documento em que destacam a posição de Fidel Castro que ''depois de quase meio século na direção de seu país, seja como Primeiro-Ministro ou como presidente do Conselho de Estado, sempre com massivo apoio popular, anuncia seu afastamento da direção de seu país, mas não da luta, como ele próprio afirmou: “continuaremos o combate no campo das idéias”.
Mercado interno aquecido
. O DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) calcula que o novo salário mínimo de R$ 412,40 por mês, que entra em vigor sábado, beneficiará 45 milhões de trabalhadores e injetará R$ 14,45 bilhões na economia brasileira.
. Também haverá repercussões nas contas da Previdência, pois mais de 13 milhões de aposentados e pensionistas recebem um salário mínimo.
. O reajuste considera a inflação anual acumulada, somada ao crescimento do Produto Interno Bruto do país. Contribui, assim, para o aquecimento do mercado consumidor interno.
. Também haverá repercussões nas contas da Previdência, pois mais de 13 milhões de aposentados e pensionistas recebem um salário mínimo.
. O reajuste considera a inflação anual acumulada, somada ao crescimento do Produto Interno Bruto do país. Contribui, assim, para o aquecimento do mercado consumidor interno.
João Paulo no interior
Natural e certamente necessário, do ponto de vista do PT. Mas não apenas do PT: de todos os demais partidos com os quais o prefeito João Paulo dialogue em suas visitas a outros municípios.
João Paulo é uma de nossas principais lideranças, comanda um governo plural e é credor da confiança dos aliados. Não cabem especulações sobre os motivos de suas viagens ao interior de Pernambuco. Afinal, de todos nós que detemos alguma parcela de liderança em nossos partidos, e não apenas do prefeito, espera-se uma contribuição para o fortalecimento do nosso bloco de forças.
João Paulo é uma de nossas principais lideranças, comanda um governo plural e é credor da confiança dos aliados. Não cabem especulações sobre os motivos de suas viagens ao interior de Pernambuco. Afinal, de todos nós que detemos alguma parcela de liderança em nossos partidos, e não apenas do prefeito, espera-se uma contribuição para o fortalecimento do nosso bloco de forças.
27 fevereiro 2008
O institucional e o político
Do professor Carlos Calado sobre o meu artigo A irrecusável abordagem metropolitana da cidade (veja o texto em postagem anterior): A questão precisa ser tratada sob dois aspectos: o institucional e o político.
O aspecto institucional foi tratado pela FIDEM. Apesar de construído no regime de exceção, o arranjo institucional com o conselho metropolitano e suas câmaras, poderia ter trazido melhores resultados caso tivesse sido melhor utilizado.
Aí aparece o aspecto político. Numa repetição do que ocorreu com a SUDENE, o conselho foi esvaziado a partir da não participação dos gestores maiores, governadores e prefeitos. Suas excelências, salvo honrosas exceções, sempre preferiram ficar em seus gabinetes exercendo aquilo que acreditam ser poder, esquecendo que o verdadeiro poder se constrói com ações planejadas, participativas e compartilhadas, que apresentem à população, resultados.
Assim sendo, creio que o prefeito do Recife poderá de fato ser instrumento de transformação caso venha a capitanear a iniciativa de resgatar, atualizar e melhorar o conselho metropolitano. Mas atenção, deverá chamar o governador para também participar sob pena de vir a ser acusado, estou falando em qualquer época da história e não no momento atual, de estar querendo se preparar para ser governador e com isso, sem querer, atrapalhar a ação administrativa. Afinal, lutamos tanto pela democracia e não queremos retroceder devido a overdoses. Mais democracia e mais responsabilidade administrativa.
O aspecto institucional foi tratado pela FIDEM. Apesar de construído no regime de exceção, o arranjo institucional com o conselho metropolitano e suas câmaras, poderia ter trazido melhores resultados caso tivesse sido melhor utilizado.
Aí aparece o aspecto político. Numa repetição do que ocorreu com a SUDENE, o conselho foi esvaziado a partir da não participação dos gestores maiores, governadores e prefeitos. Suas excelências, salvo honrosas exceções, sempre preferiram ficar em seus gabinetes exercendo aquilo que acreditam ser poder, esquecendo que o verdadeiro poder se constrói com ações planejadas, participativas e compartilhadas, que apresentem à população, resultados.
Assim sendo, creio que o prefeito do Recife poderá de fato ser instrumento de transformação caso venha a capitanear a iniciativa de resgatar, atualizar e melhorar o conselho metropolitano. Mas atenção, deverá chamar o governador para também participar sob pena de vir a ser acusado, estou falando em qualquer época da história e não no momento atual, de estar querendo se preparar para ser governador e com isso, sem querer, atrapalhar a ação administrativa. Afinal, lutamos tanto pela democracia e não queremos retroceder devido a overdoses. Mais democracia e mais responsabilidade administrativa.
Qualidade de vida
Do poeta Cyl Gallindo sobre o meu artigo A irrecusável abordagem metropolitana da cidade (veja o texto em postagem anterior): Este talvez seja um dos mais significativos trabalhos do seu blog, com destaque especial para dois itens, que você deve selecionar para enfocar na campanha:
a) a questão ambiental
b) transportes de massa.
Parecem irmãos siameses no tocante à qualidade de vida.
Dói ver quanto se gasta neste País com futilidades, deixando-se de lado um problema do transporte de massa. Nem quero lembrar a sucateação das rede ferroviária brasileira, para atender ao capitalismo, que impôs a criação de rodovias e mais rodovias, ruas e avenidas, para serem abarrotadas de carros e caminhões, deixando os trens à ferrugem.
Um governante de verdade, enfoca esses problemas, mostrando que a diferença entre uma atitude capitalista, presa à mais valia, e uma atitude socialista, que vê e luta pelo social, pela sociedade, pelo povo.
Esta semana, o povo brasileiro deu-me uma grande alegria, indo de encontro à toda uma mídia: aprovando a Administração do Presidente LULA, aprovando a popularidade da pessoa LULA. Isso é uma pancada nos cornos dessa oposição com seus falsos argumentos, como se não fizesse quinhentos anos que ela manda nesse País.
a) a questão ambiental
b) transportes de massa.
Parecem irmãos siameses no tocante à qualidade de vida.
Dói ver quanto se gasta neste País com futilidades, deixando-se de lado um problema do transporte de massa. Nem quero lembrar a sucateação das rede ferroviária brasileira, para atender ao capitalismo, que impôs a criação de rodovias e mais rodovias, ruas e avenidas, para serem abarrotadas de carros e caminhões, deixando os trens à ferrugem.
Um governante de verdade, enfoca esses problemas, mostrando que a diferença entre uma atitude capitalista, presa à mais valia, e uma atitude socialista, que vê e luta pelo social, pela sociedade, pelo povo.
Esta semana, o povo brasileiro deu-me uma grande alegria, indo de encontro à toda uma mídia: aprovando a Administração do Presidente LULA, aprovando a popularidade da pessoa LULA. Isso é uma pancada nos cornos dessa oposição com seus falsos argumentos, como se não fizesse quinhentos anos que ela manda nesse País.
Boa noite, Clóvis Campelo
De olho em Cuba
De olho em Cuba,
vim do Pina lançando.
Lançando impropérios contra
a arrogância sanguinária
de Tio Sam,
lançando impropérios contra
o motociclista bêbado,
lançando impropérios contra
os buracos das ruas,
lançando impropérios
contra as aves do mangue
que insistem em seus
vôos libertários
enquanto o Homem
destrói o planeta.
De olho em Cuba,
vim do Pina lançando.
Lançando impropérios contra
a arrogância sanguinária
de Tio Sam,
lançando impropérios contra
o motociclista bêbado,
lançando impropérios contra
os buracos das ruas,
lançando impropérios
contra as aves do mangue
que insistem em seus
vôos libertários
enquanto o Homem
destrói o planeta.
Solidariedade a João Paulo
Do professor Tadeu Colares sobre a minha solidariedade ao prefeito João Paulo: Estava ouvindo a CBN, durante minha ida pra casa quando ouvi a notícia de que você foi o único político ligado ao Governo da Prefeitura a dar apoio incondicional de imediato ao prefeito na questão da FINATEC tão explorada pela imprensa. Estranho, quando tal atitude deveria ter partido logo do pessoal do PT.
Todavia você não esperou por tal atitude e partiu com seu apoio ao Prefeito João Paulo antes mesmo que ele desse aquela entrevista coletiva de ontem à tarde.Caro amigo, sua atitude o engrandeceu, pois não se pode titubear, porque a demora e a tergiversação já põem o aliado sob suspeição e ao fogo cerrado da histérica oposição. E uma solidariedade solitária nesses momentos revela que os amigos verdadeiros agem como você.
Todavia você não esperou por tal atitude e partiu com seu apoio ao Prefeito João Paulo antes mesmo que ele desse aquela entrevista coletiva de ontem à tarde.Caro amigo, sua atitude o engrandeceu, pois não se pode titubear, porque a demora e a tergiversação já põem o aliado sob suspeição e ao fogo cerrado da histérica oposição. E uma solidariedade solitária nesses momentos revela que os amigos verdadeiros agem como você.
Distrital Centro articula trabalhadores
O Comitê Distrital Centro do Recife programa um conjunto de reuniões de bases do PCdoB que envolve principalmente categorias assalariadas: bancários, Correios, professores, metalúrgicos, funcionários públicos.
Também bases de bairros como Coelhos e Coque entram na agenda. Assim como bases nas Universidades sediadas na cidade.
Também bases de bairros como Coelhos e Coque entram na agenda. Assim como bases nas Universidades sediadas na cidade.
EUA x Cuba
No Vermelho http://www.vermelho.org.br/:
José Luís Fiori analisa a obsessão dos EUA por Cuba
. Em artigo publicado nesta quarta-feira (27) no Valor Econômico, o economista e professor da UFRJ José Luis Fiori faz um breve histórico da obsessão permanente dos Estados Unidos em relação a Cuba. "Do ponto de vista americano, Cuba lhe pertence e está incluída na sua 'zona de segurança'. Além disto, aos olhos dos americanos, a posição soberana dos cubanos transforma a ilha num aliado potencial dos países que se propõem a exercer influência no continente americano de forma competitiva com os Estados Unidos", diz.
. É a partir desse raciocínio que Fiori diz não ser possível alimentar qualquer tipo de ilusão quanto a possíveis mudanças na relação entre os dois países, apesar do momento de mudanças que ambos vivem.
. Leia texto: http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=33145
José Luís Fiori analisa a obsessão dos EUA por Cuba
. Em artigo publicado nesta quarta-feira (27) no Valor Econômico, o economista e professor da UFRJ José Luis Fiori faz um breve histórico da obsessão permanente dos Estados Unidos em relação a Cuba. "Do ponto de vista americano, Cuba lhe pertence e está incluída na sua 'zona de segurança'. Além disto, aos olhos dos americanos, a posição soberana dos cubanos transforma a ilha num aliado potencial dos países que se propõem a exercer influência no continente americano de forma competitiva com os Estados Unidos", diz.
. É a partir desse raciocínio que Fiori diz não ser possível alimentar qualquer tipo de ilusão quanto a possíveis mudanças na relação entre os dois países, apesar do momento de mudanças que ambos vivem.
. Leia texto: http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=33145
Distrital Norte do PCdoB define programação
O Comitê Distrital Norte do PCdoB no Recife realizou reunião plenária neste final de tarde e definiu programação de reuniões de base para m6es de março.
Estão previstas reuniões nas localidades do Buriti, Alto José Bonifácio, Córrego da Areia, Alto Santa Terezinha, Encruzilhada, Nova Descoberta.
O objetivo das reuniões é unir as cabeças e acertar o passo. Discutir o cenário político, a luta pelas reformas e os preparativos para as eleições de outubro. Ouvir militantes e amigos sobre os problemas locais. Acolher críticas, se houver, e defender a gestão comandada pelo prefeito João Paulo.
São militantes do Partido integrantes de associações de moradores, de agremiações carnavalescas, de grêmios estudantis, de clubes de mães; trabalhadores, donas de casa, comerciantes, funcionários públicos, religiosos; delegados do Orçamento Participativo.
Em certa medida essas reuniões também trazem subsídios para a elaboração da plataforma da campanha para prefeito e para os candidatos a vereador do PCdoB.
Estão previstas reuniões nas localidades do Buriti, Alto José Bonifácio, Córrego da Areia, Alto Santa Terezinha, Encruzilhada, Nova Descoberta.
O objetivo das reuniões é unir as cabeças e acertar o passo. Discutir o cenário político, a luta pelas reformas e os preparativos para as eleições de outubro. Ouvir militantes e amigos sobre os problemas locais. Acolher críticas, se houver, e defender a gestão comandada pelo prefeito João Paulo.
São militantes do Partido integrantes de associações de moradores, de agremiações carnavalescas, de grêmios estudantis, de clubes de mães; trabalhadores, donas de casa, comerciantes, funcionários públicos, religiosos; delegados do Orçamento Participativo.
Em certa medida essas reuniões também trazem subsídios para a elaboração da plataforma da campanha para prefeito e para os candidatos a vereador do PCdoB.
História: 27 de fevereiro de 1933
Recife no contexto metropolitano
Blog de Jamildo (Jornal do Commercio Online):
DEBATE COM OS PREFEITURÁVEIS
A irrecusável abordagem metropolitana da cidade *
Luciano Siqueira
Na recente viagem que fiz a Portugal, a convite do PCP, para conhecer experiências de poder local, procurei me inteirar acerca do modo como lá se trata a questão metropolitana. Encontrei pouco, pois nas duas regiões metropolitanas existentes – a de Lisboa e a da Cidade do Porto -, guardadas as particularidades locais, os problemas urbanos não têm encontrado melhor tratamento do que entre nós. Queixam-se os portugueses, inclusive, de que a Constituição da Revolução dos Cravos prevê a criação de regiões administrativas, mas tal jamais aconteceu. Daí a carência de instrumentos institucionais que dêem conta de uma gestão metropolitana compartilhada entre as unidades municipais.
No Brasil essa é uma questão candente. E até avançamos mais. Pois ainda no regime militar, através da Lei Complementar Federal 14/73 de 8 de junho de 1973, ficou estabelecido o poder dos Estados de criarem regiões metropolitanas. Nossa região metropolitana, composta, além do Recife, pelos municípios de Jaboatão dos Guararapes, Olinda, Paulista, Abreu e Lima, Igarassu, Camaragibe, Cabo de Santo Agostinho, São Lourenço da Mata, Araçoiaba, Ilha de Itamaracá, Ipojuca, Moreno, Itapissuma , data dessa época e está entre as nove primeiras instituídas.
A questão é que as cidades do aglomerado metropolitano enfentam problemas comuns, de caráter estrutural - desenvolvimento econômico com insuficiente oferta de emprego e exclusão social, aporte de novas tecnologias ao sistema produtivo com degradação ambiental, crise do sistema de transporte de massas, déficit habitacional pronunciado, impasse na coleta, armazenamento e tratamento do lixo, violência criminal urbana, dentre outros - que reclamam soluções compartilhadas. Entretanto, a condição de região metropolitana não significa provimento de instrumento institucional de gestão que dê conta dessa necessidade. As RMs não possuem personalidade jurídica própria. A Assembléia Constituinte de 87-88 passou ao largo do problema.
A Lei 11.107, de 6 de abril de 2005, que dispõe sobre normas gerais de contratação de consórcios públicos, regulamentada pelo Decreto 6.017, de 17 de janeiro de 2007 procura responder a essa demanda. É a assim chamada Lei dos Consórcios Públicos, que enseja quatro tipos de consórcios: entre Municípios; entre os Municípios e o Estado; entre o Estado e a União; entre os três entes, União, Estado e Município – mediante adesão voluntária e submissão a regras de funcionamento que preservam a autonomia de cada ente federado consignada na Constituição.
Entendo que é possível encontrar soluções compartilhadas para problemas comuns ao conjunto das cidades metropolitanas e reverter paulatinamente a cultura dominante da segregação socioespacial. Desde que haja vontade política dos gestores municipais e do governo estadual.
E isto é tão necessário quanto urgente, uma vez que o novo ciclo de crescimento econômico que se inicia em Pernambuco, a partir principalmente dos grandes empreendimentos industriais situados no complexo portuário de Suape, implica em novas oportunidades e sobretudo novos desafios para as cidades metropolitanas, o Recife em especial por sua condição de cidade-pólo.
Nesse sentido, o sucessor de João Paulo terá que assumir um papel articulador no território metropolitano, juntamente com o governador Eduardo Campos, que tem dado mostras de interesse na matéria.
Este é, a meu ver, um componente irrecusável de uma nova agenda da cidade.
* Excepcionalmente este será também o texto da minha coluna semanal no portal Vermelho, a ser publicado amanhã. Falta uma brecha na agenda para escrever um texto original para a coluna. Coisa de quem está em pré-campanha... (LS).
DEBATE COM OS PREFEITURÁVEIS
A irrecusável abordagem metropolitana da cidade *
Luciano Siqueira
Na recente viagem que fiz a Portugal, a convite do PCP, para conhecer experiências de poder local, procurei me inteirar acerca do modo como lá se trata a questão metropolitana. Encontrei pouco, pois nas duas regiões metropolitanas existentes – a de Lisboa e a da Cidade do Porto -, guardadas as particularidades locais, os problemas urbanos não têm encontrado melhor tratamento do que entre nós. Queixam-se os portugueses, inclusive, de que a Constituição da Revolução dos Cravos prevê a criação de regiões administrativas, mas tal jamais aconteceu. Daí a carência de instrumentos institucionais que dêem conta de uma gestão metropolitana compartilhada entre as unidades municipais.
No Brasil essa é uma questão candente. E até avançamos mais. Pois ainda no regime militar, através da Lei Complementar Federal 14/73 de 8 de junho de 1973, ficou estabelecido o poder dos Estados de criarem regiões metropolitanas. Nossa região metropolitana, composta, além do Recife, pelos municípios de Jaboatão dos Guararapes, Olinda, Paulista, Abreu e Lima, Igarassu, Camaragibe, Cabo de Santo Agostinho, São Lourenço da Mata, Araçoiaba, Ilha de Itamaracá, Ipojuca, Moreno, Itapissuma , data dessa época e está entre as nove primeiras instituídas.
A questão é que as cidades do aglomerado metropolitano enfentam problemas comuns, de caráter estrutural - desenvolvimento econômico com insuficiente oferta de emprego e exclusão social, aporte de novas tecnologias ao sistema produtivo com degradação ambiental, crise do sistema de transporte de massas, déficit habitacional pronunciado, impasse na coleta, armazenamento e tratamento do lixo, violência criminal urbana, dentre outros - que reclamam soluções compartilhadas. Entretanto, a condição de região metropolitana não significa provimento de instrumento institucional de gestão que dê conta dessa necessidade. As RMs não possuem personalidade jurídica própria. A Assembléia Constituinte de 87-88 passou ao largo do problema.
A Lei 11.107, de 6 de abril de 2005, que dispõe sobre normas gerais de contratação de consórcios públicos, regulamentada pelo Decreto 6.017, de 17 de janeiro de 2007 procura responder a essa demanda. É a assim chamada Lei dos Consórcios Públicos, que enseja quatro tipos de consórcios: entre Municípios; entre os Municípios e o Estado; entre o Estado e a União; entre os três entes, União, Estado e Município – mediante adesão voluntária e submissão a regras de funcionamento que preservam a autonomia de cada ente federado consignada na Constituição.
Entendo que é possível encontrar soluções compartilhadas para problemas comuns ao conjunto das cidades metropolitanas e reverter paulatinamente a cultura dominante da segregação socioespacial. Desde que haja vontade política dos gestores municipais e do governo estadual.
E isto é tão necessário quanto urgente, uma vez que o novo ciclo de crescimento econômico que se inicia em Pernambuco, a partir principalmente dos grandes empreendimentos industriais situados no complexo portuário de Suape, implica em novas oportunidades e sobretudo novos desafios para as cidades metropolitanas, o Recife em especial por sua condição de cidade-pólo.
Nesse sentido, o sucessor de João Paulo terá que assumir um papel articulador no território metropolitano, juntamente com o governador Eduardo Campos, que tem dado mostras de interesse na matéria.
Este é, a meu ver, um componente irrecusável de uma nova agenda da cidade.
* Excepcionalmente este será também o texto da minha coluna semanal no portal Vermelho, a ser publicado amanhã. Falta uma brecha na agenda para escrever um texto original para a coluna. Coisa de quem está em pré-campanha... (LS).
Lição de sonho
“Por insistir num sonho que passou/Se acaso eu jogo a minha juventude à toa/Nas águas desse pranto, me perdoa” (Ivan Lins - Amiga).
26 fevereiro 2008
A liderança de Renildo
No Vermelho:
Renildo Calheiros assume liderança do Bloco de Esquerda
. O deputado Renildo Calheiros (PCdoB-PE) é o novo líder do Bloco de Esquerda, formado pelo PCdoB, PSB, PDT, PMN e PRBR. O anúncio foi feito pelo deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (PDT-SP), na noite desta terça-feira (26) durante votação da matéria sobre a criação da TV Pública. Paulinho, que até então ocupava o cargo, informou que "a partir desta data, o Líder do Bloco de Esquerda da Câmara dos Deputados é o nobre deputado Renildo Calheiros".
. Os novos líderes das Bancadas que formam Bloco de Esquerda, também apresentados durante a sessão plenária são: Márcio França (PSB); Vieira da Cunha (PDT), Jô Moraes (PCdoB), Fábio Faria (PMN) e Leo Vivas (representante PRB). Com 77 deputados, o Bloco de Esquerda é a terceira maior bancada da Casa.
. O novo líder, Renildo Calheiros, está otimista com a ação coordenada do Bloco e destaca que "a união desses Partidos é mais ambiciosa do que constituir um bloco parlamentar, ela também implica em prioridade na constituição de coligações nas eleições municipais deste ano", afirmou.
. O deputado Renildo Calheiros (PCdoB-PE) é o novo líder do Bloco de Esquerda, formado pelo PCdoB, PSB, PDT, PMN e PRBR. O anúncio foi feito pelo deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (PDT-SP), na noite desta terça-feira (26) durante votação da matéria sobre a criação da TV Pública. Paulinho, que até então ocupava o cargo, informou que "a partir desta data, o Líder do Bloco de Esquerda da Câmara dos Deputados é o nobre deputado Renildo Calheiros".
. Os novos líderes das Bancadas que formam Bloco de Esquerda, também apresentados durante a sessão plenária são: Márcio França (PSB); Vieira da Cunha (PDT), Jô Moraes (PCdoB), Fábio Faria (PMN) e Leo Vivas (representante PRB). Com 77 deputados, o Bloco de Esquerda é a terceira maior bancada da Casa.
. O novo líder, Renildo Calheiros, está otimista com a ação coordenada do Bloco e destaca que "a união desses Partidos é mais ambiciosa do que constituir um bloco parlamentar, ela também implica em prioridade na constituição de coligações nas eleições municipais deste ano", afirmou.
Pré-campanha no Recife: agenda intensa
Do jeito que o diabo gosta, diria um velho amigo mais do que disposto à luta. Assim é a agenda que começo a cumprir desde agora.
Sem prejuízo de minhas responsabilidades administrativas, que devo cumprir durante as manhãs e as tardes, horário de almoço e das sete da noite em diante, a pauta se altera: todas as minhas energias estarão concentradas na construção da candidatura. Isto a partir de 1 de março.
Trata-se de mobilizar o nosso “exército”. As bases do PCdoB, os pré-candidatos a vereador, os muitos amigos do mundo da cultura, da academia, da comunidade técnica; sindicalistas, ativistas do movimento estudantil, lideranças comunitárias.
Ao mesmo tempo, a complexa e delicada costura de alianças partidárias continua como prioridade cotidiana.
Sem prejuízo de minhas responsabilidades administrativas, que devo cumprir durante as manhãs e as tardes, horário de almoço e das sete da noite em diante, a pauta se altera: todas as minhas energias estarão concentradas na construção da candidatura. Isto a partir de 1 de março.
Trata-se de mobilizar o nosso “exército”. As bases do PCdoB, os pré-candidatos a vereador, os muitos amigos do mundo da cultura, da academia, da comunidade técnica; sindicalistas, ativistas do movimento estudantil, lideranças comunitárias.
Ao mesmo tempo, a complexa e delicada costura de alianças partidárias continua como prioridade cotidiana.
“Se liga 16”
Mais luta contra a pobreza
O Programa Territórios da Cidadania, lançado ontem pelo presidente Lula, prevê investimentos de mais de R$ 11 bilhões para redução da pobreza no meio rural. Ações integradas se desenvolverão em 60 territórios neste ano e outros 120 em 2009, em todo o País.
A oposição já se precipita ao afirmar que se trata de programa de caráter eleitoreiro... porque serve aos pobres!
A oposição já se precipita ao afirmar que se trata de programa de caráter eleitoreiro... porque serve aos pobres!
História: 23 de fevereiro de 1969
Centrais querem evitar novo rombo
A redução da contribuição das empresas para a Previdência, contida na proposta de reforma tributária, é contestada pelas centrais sindicais, que solicitaram apoio do presidente Lula nesse sentido.
A redução da contribuição patronal significará uma perda de R$ 30 bilhões para os cofres da Previdência e o governo ainda não tem uma forma de repor essa arrecadação.
A redução da contribuição patronal significará uma perda de R$ 30 bilhões para os cofres da Previdência e o governo ainda não tem uma forma de repor essa arrecadação.
João Paulo de mãos limpas
A bancada de oposição na Câmara Municipal cumpre o seu papel ao pedir informações acerca dos contratos da Prefeitura com a Finatec, instituição vinculada à Universidade de Brasília, para serviços de consultoria.
Nenhuma pergunta ficará sem resposta – porque não há o que esconder.
João Paulo é um governante correto. Jamais permitiria irregularidades na administração. A cada questionamento, torna-se mais engrandecido ainda e credor da confiança da população.
Nenhuma pergunta ficará sem resposta – porque não há o que esconder.
João Paulo é um governante correto. Jamais permitiria irregularidades na administração. A cada questionamento, torna-se mais engrandecido ainda e credor da confiança da população.
Correção
De Fernando Paz sobre a postagem acerca da reunião plenária do CC do PCdoB:
No seu Blog, você tece comentários sobre a falação de Renato Rabelo e qando se refere ao pré candidato à presidente dos EUA, Barack Obama, está registrado BARAK OSAMA.
Engano similar cometeu o âncora do Jornal da Rede amaraicana de televisão, em recente notícia sobre o desempenho de Obama, tendo sido mostrado a fotografia de Osama.
No seu Blog, você tece comentários sobre a falação de Renato Rabelo e qando se refere ao pré candidato à presidente dos EUA, Barack Obama, está registrado BARAK OSAMA.
Engano similar cometeu o âncora do Jornal da Rede amaraicana de televisão, em recente notícia sobre o desempenho de Obama, tendo sido mostrado a fotografia de Osama.
Bom dia, Fernando Pessoa
25 fevereiro 2008
Mais incentivo
A festa foi de Armando Neto, que recebeu de muita gente o abraço pelos seus 56 anos de idade, hoje, no restaurante Boi Preto.
Mas também tive a minha festa particular – discreta e consistente. Recebi mais incentivo de muitos amigos do aniversariante, que manifestaram apoio à minha candidatura a prefeito do Recife.
Mas também tive a minha festa particular – discreta e consistente. Recebi mais incentivo de muitos amigos do aniversariante, que manifestaram apoio à minha candidatura a prefeito do Recife.
24 fevereiro 2008
Reunião do Comitê Central do PCdoB
No Vermelho http://www.vermelho.org.br/:
Mudar a agenda conservadora
Com uma avaliação criteriosa da crise econômica em curso no centro do sistema capitalista, Renato Rabelo (foto), presidente nacional do Partido Comunista do Brasil abriu na manhã de hoje, em São Paulo, a 9º Reunião Ordinária do Comitê Central do PCdoB, que ocorre neste final de semana.
É preciso sair da especulação e fazer um esforço para compreender as causas da crise e suas tendências, ressaltou o dirigente comunista. Fazendo um retrospecto, ele lembrou que a origem da crise está ligada aos chamados ''subprime'', créditos imobiliários concedidos a emprestadores com capacidade de pagamento duvidosa e que, exatamente por isso, renderam altos juros para os especuladores. Quando a previsível incapacidade de pagamento daqueles devedores se manifestou, a crise contaminou, como uma onda, as finanças de todos os países ricos, passando dos EUA para a Europa e Japão.
Os sinais apontam para a persistência da crise, que levou à recessão nos EUA e ameaça a economia dos demais países ricos. Analistas prevêem que o crescimento do PIB nos EUA, este ano, ficará entre 1,3% e 2%, e que a crise já gerou, desde outubro de 2007, prejuízos de 7,7 trilhões de dólares no mercado financeiro mundial. Nos EUA, a inflação de 2007 é alta para os padrões locais (4,2%) e há sinais de que ela poderá crescer este ano, e muitos especialistas falam em estagflação - uma combinação entre estagnação da economia e inflação.
Renato Rabelo ressaltou a ironia da situação atual. O FED, banco central dos EUA, tem insistido no corte de juros que, hoje, estão na casa dos 3% ao ano; o presidente George Bush anunciou um pacote fiscal para aquecer a economia. Tudo isso no sentido de estimular a atividade econômica, na contramão da pregação monetarista patrocinada pelos EUA e imposta pelo Fundo Monetário Mundial e por organismos econômicos internacionais aos países em desenvolvimento quando enfrentam crises semelhantes à dos EUA. Lá, a orientação monetarista é apoiar a atividade econômica, baixando juros, mesmo com risco de inflação. Nos países em desenvolvimento, ao contrário, a orientação ortodoxa patrocinada pelos EUA é elevar os juros e pisar no freio do desenvolvimento. Política que os pregoeiros do neoliberalismo e do sistema financeiros começaram a apregoar por aqui após a eclosão da crise, quando passaram a defender a retomada da alta dos juros e a contenção do ritmo de desenvolvimento do país.
A crise revela também uma mudança significativa no plano internacional: ela, até agora, não afetou o crescimento previsto para este ano, que poderá chegar a 4% do PIB mundial, mesmo com a tormenta nos países ricos. Isto indica um novo quadro na economia mundial, disse o presidente do PCdoB, com transferência da dinâmica da economia para parte da chamada periferia. Aliás, disse, à luz dessa situação nova é preciso rever a dinâmica centro-periferia. Os países ricos estão muito endividados - não só os EUA, mas também países europeus, particularmente a Grã-Bretanha. E, ao lado disso, muitos países do chamado Terceiro Mundo - particularmente os grandes: China, Índia, Brasil e Rússia - hoje são credores internacionais. O crescimento dos países em desenvolvimento, particularmente China e Índia, tem sido intenso, e o conjunto destes países responde hoje por cerca de metade do PIB mundial.
O presidente do PCdoB chamou atenção também para outros aspectos da situação mundial, particularmente os políticos, como a disputa para a indicação de candidatos para a eleição estadunidense deste ano, a Carta de Fidel Castro onde o veterano dirigente afirmou que não vai concorrer à presidência de Cuba, e a declaração unilateral de independência de Kossovo.
Renato Rabelo considera que a disputa nos EUA reflete o forte anseio por mudança, principalmente entre a juventude, sinalizado pelo ascenso da candidatura de Barak Osama (cujo lema de campanha é justamente ''Mudança'') e que pode indicar também a desaprovação pelos eleitores da política belicista do presidente George Bush. A Carta de Fidel Castro, por sua vez, foi compreendida pelo imperialismo e pela mídia conservadora como uma derrota da revolução. Mas é o contrário, esta interpretação é uma distorção dos fatos, diz Rabelo. A transição em Cuba já dura cerca de dois anos, iniciada com o afastamento de Fidel de seus cargos para tratamento de saúde, e ela prossegue nos marcos do processo revolucionário. Quanto à independência de Kossovo, o dirigente comunista considera que ela abre um foco de graves tensões internacionais, opondo as grandes potências, com Rússia e China (juntamente com outros países) sendo contrárias àquela decisão e, por isso, em oposição aos EUA e a um importante grupo de nações européias, que a apóiam e fomentam. É uma tentativa de enfraquecer a Rússia num momento em que ela reassume um importante protagonismo no cenário mundial e vai se firmando como um decidido oponente do hegemonismo dos EUA.
Retomar a iniciativa política - A oposição neoliberal, juntamente com a mídia conservadora, tentam, novamente, definir a pauta política, aumentando sua pressão contra o governo com um festival de denúncias semelhante ao de 2005. É preciso mudar a agenda conservadora e revanchista, enfatiza Renato Rabelo. É preciso retomar a iniciativa política, diz ele, neste cenário em que, de um lado, a direita e sua mídia vociferam contra o governo, enquanto Lula e seu governo tem índices de aprovação muito altos, superiores aos de 2003. Dados do levantamento feito pela CNT/Sensus mostram que o governo é aprovado por 52,7% dos consultados (mais do que em outubro de 2007, quando a aprovação era de 46,5%); a avaliação pessoal do presidente também cresceu, passando de 61,2% para 66,8% no mesmo período.
Mas, mesmo assim, a direita continua no mesmo esforço para acuar o governo. As denúncias em relação aos cartões corporativos atingem, pela primeira vez, o ministério do Esporte, cujo titular - Orlando Silva - tem todo apoio do Partido Comunista do Brasil, para quem é preciso dar resposta imediata às acusações infundadas contra o ministro, e também tirar lições do episódio.
A mídia conservadora também não repercutiu o balanço de um ano do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC); aliás, a grande imprensa procura desmoralizar o plano, desconhecendo os avanços alcançados. Aliás, a mídia desempenha este papel mesmo em relação a propostas anunciadas mas ainda não apresentadas, como a reforma tributária, cujo anúncio será feito no próximo mês, mas que já é enxovalhada pela mídia. Eles vão, com estas tergiversações, tentando construir uma agenda, que procuram impor ao país, sem levar em conta as mudanças significativas, embora ainda limitadas, que já ocorrem. O cenário previsto para 2008 é de crescimento da economia, sem maior impacto da crise internacional; a estimativa de criação de novos empregos formais é de 1,8 milhões, mais do que em 2007; há previsão de crescimento industrial (principalmente no setor de bens de capital), de ampliação do crédito, do consumo de bens duráveis (como automóveis), atração de investimentos estrangeiros, etc. A taxa de investimento poderá chegar a 19% do PIB, e o nível de reservas internacionais do país superou a marca de 188 bilhões de dólares, levando o Brasil, pela primeira vez desde o final da Segunda Guerra Mundial, à condição de credor internacional, e não devedor, como normalmente tem sido.
Mudar a agenda conservadora
Com uma avaliação criteriosa da crise econômica em curso no centro do sistema capitalista, Renato Rabelo (foto), presidente nacional do Partido Comunista do Brasil abriu na manhã de hoje, em São Paulo, a 9º Reunião Ordinária do Comitê Central do PCdoB, que ocorre neste final de semana.
É preciso sair da especulação e fazer um esforço para compreender as causas da crise e suas tendências, ressaltou o dirigente comunista. Fazendo um retrospecto, ele lembrou que a origem da crise está ligada aos chamados ''subprime'', créditos imobiliários concedidos a emprestadores com capacidade de pagamento duvidosa e que, exatamente por isso, renderam altos juros para os especuladores. Quando a previsível incapacidade de pagamento daqueles devedores se manifestou, a crise contaminou, como uma onda, as finanças de todos os países ricos, passando dos EUA para a Europa e Japão.
Os sinais apontam para a persistência da crise, que levou à recessão nos EUA e ameaça a economia dos demais países ricos. Analistas prevêem que o crescimento do PIB nos EUA, este ano, ficará entre 1,3% e 2%, e que a crise já gerou, desde outubro de 2007, prejuízos de 7,7 trilhões de dólares no mercado financeiro mundial. Nos EUA, a inflação de 2007 é alta para os padrões locais (4,2%) e há sinais de que ela poderá crescer este ano, e muitos especialistas falam em estagflação - uma combinação entre estagnação da economia e inflação.
Renato Rabelo ressaltou a ironia da situação atual. O FED, banco central dos EUA, tem insistido no corte de juros que, hoje, estão na casa dos 3% ao ano; o presidente George Bush anunciou um pacote fiscal para aquecer a economia. Tudo isso no sentido de estimular a atividade econômica, na contramão da pregação monetarista patrocinada pelos EUA e imposta pelo Fundo Monetário Mundial e por organismos econômicos internacionais aos países em desenvolvimento quando enfrentam crises semelhantes à dos EUA. Lá, a orientação monetarista é apoiar a atividade econômica, baixando juros, mesmo com risco de inflação. Nos países em desenvolvimento, ao contrário, a orientação ortodoxa patrocinada pelos EUA é elevar os juros e pisar no freio do desenvolvimento. Política que os pregoeiros do neoliberalismo e do sistema financeiros começaram a apregoar por aqui após a eclosão da crise, quando passaram a defender a retomada da alta dos juros e a contenção do ritmo de desenvolvimento do país.
A crise revela também uma mudança significativa no plano internacional: ela, até agora, não afetou o crescimento previsto para este ano, que poderá chegar a 4% do PIB mundial, mesmo com a tormenta nos países ricos. Isto indica um novo quadro na economia mundial, disse o presidente do PCdoB, com transferência da dinâmica da economia para parte da chamada periferia. Aliás, disse, à luz dessa situação nova é preciso rever a dinâmica centro-periferia. Os países ricos estão muito endividados - não só os EUA, mas também países europeus, particularmente a Grã-Bretanha. E, ao lado disso, muitos países do chamado Terceiro Mundo - particularmente os grandes: China, Índia, Brasil e Rússia - hoje são credores internacionais. O crescimento dos países em desenvolvimento, particularmente China e Índia, tem sido intenso, e o conjunto destes países responde hoje por cerca de metade do PIB mundial.
O presidente do PCdoB chamou atenção também para outros aspectos da situação mundial, particularmente os políticos, como a disputa para a indicação de candidatos para a eleição estadunidense deste ano, a Carta de Fidel Castro onde o veterano dirigente afirmou que não vai concorrer à presidência de Cuba, e a declaração unilateral de independência de Kossovo.
Renato Rabelo considera que a disputa nos EUA reflete o forte anseio por mudança, principalmente entre a juventude, sinalizado pelo ascenso da candidatura de Barak Osama (cujo lema de campanha é justamente ''Mudança'') e que pode indicar também a desaprovação pelos eleitores da política belicista do presidente George Bush. A Carta de Fidel Castro, por sua vez, foi compreendida pelo imperialismo e pela mídia conservadora como uma derrota da revolução. Mas é o contrário, esta interpretação é uma distorção dos fatos, diz Rabelo. A transição em Cuba já dura cerca de dois anos, iniciada com o afastamento de Fidel de seus cargos para tratamento de saúde, e ela prossegue nos marcos do processo revolucionário. Quanto à independência de Kossovo, o dirigente comunista considera que ela abre um foco de graves tensões internacionais, opondo as grandes potências, com Rússia e China (juntamente com outros países) sendo contrárias àquela decisão e, por isso, em oposição aos EUA e a um importante grupo de nações européias, que a apóiam e fomentam. É uma tentativa de enfraquecer a Rússia num momento em que ela reassume um importante protagonismo no cenário mundial e vai se firmando como um decidido oponente do hegemonismo dos EUA.
Retomar a iniciativa política - A oposição neoliberal, juntamente com a mídia conservadora, tentam, novamente, definir a pauta política, aumentando sua pressão contra o governo com um festival de denúncias semelhante ao de 2005. É preciso mudar a agenda conservadora e revanchista, enfatiza Renato Rabelo. É preciso retomar a iniciativa política, diz ele, neste cenário em que, de um lado, a direita e sua mídia vociferam contra o governo, enquanto Lula e seu governo tem índices de aprovação muito altos, superiores aos de 2003. Dados do levantamento feito pela CNT/Sensus mostram que o governo é aprovado por 52,7% dos consultados (mais do que em outubro de 2007, quando a aprovação era de 46,5%); a avaliação pessoal do presidente também cresceu, passando de 61,2% para 66,8% no mesmo período.
Mas, mesmo assim, a direita continua no mesmo esforço para acuar o governo. As denúncias em relação aos cartões corporativos atingem, pela primeira vez, o ministério do Esporte, cujo titular - Orlando Silva - tem todo apoio do Partido Comunista do Brasil, para quem é preciso dar resposta imediata às acusações infundadas contra o ministro, e também tirar lições do episódio.
A mídia conservadora também não repercutiu o balanço de um ano do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC); aliás, a grande imprensa procura desmoralizar o plano, desconhecendo os avanços alcançados. Aliás, a mídia desempenha este papel mesmo em relação a propostas anunciadas mas ainda não apresentadas, como a reforma tributária, cujo anúncio será feito no próximo mês, mas que já é enxovalhada pela mídia. Eles vão, com estas tergiversações, tentando construir uma agenda, que procuram impor ao país, sem levar em conta as mudanças significativas, embora ainda limitadas, que já ocorrem. O cenário previsto para 2008 é de crescimento da economia, sem maior impacto da crise internacional; a estimativa de criação de novos empregos formais é de 1,8 milhões, mais do que em 2007; há previsão de crescimento industrial (principalmente no setor de bens de capital), de ampliação do crédito, do consumo de bens duráveis (como automóveis), atração de investimentos estrangeiros, etc. A taxa de investimento poderá chegar a 19% do PIB, e o nível de reservas internacionais do país superou a marca de 188 bilhões de dólares, levando o Brasil, pela primeira vez desde o final da Segunda Guerra Mundial, à condição de credor internacional, e não devedor, como normalmente tem sido.
A caminho de casa
. Após dez horas de vôo, a partir de Lisboa, via TAP, desde ontem à noite me encontro em São Paulo, onde transcorre reunião plenária do Comitê Central do PCdoB até o final da tarde de hoje.
. Depois, é pegar o caminho de casa para que amanhã possa retornar às tarefas administrativas durante o dia, e à noite seguir na construção da candidatura do PCdoB à prefeitura do Recife.
. Depois, é pegar o caminho de casa para que amanhã possa retornar às tarefas administrativas durante o dia, e à noite seguir na construção da candidatura do PCdoB à prefeitura do Recife.
21 fevereiro 2008
Diferenças e desafios comuns
Coluna semanal no portal Vermelho www.vermelho.org.br:
Poder local: Portugal e Brasil
Luciano Siqueira
Estamos em Portugal, em missão partidária – Ronald Freitas, secretário nacional de Relações Institucionais e Políticas Públicas do PCdoB e eu. O foco é o exame de experiências de poder local e a nossa visita é parte do estreitamento das relações entre o nosso Partido e o Partido Comunista Português. O próprio Secretário-Geral do PCP, Jerônimo de Sousa, praticou o atencioso gesto de nos cumprimentar pessoalmente, antes de uma reunião de trabalho com os membros do Comitê Central Jorge Cordeiro, Manoela Bernardino e Eugênio Pisco.
Dois países muito diferentes, sob todos os aspectos – salvo o idioma comum, assim mesmo falado e escrito de maneira bem distinta por nossos povos.
O Estado português é unitário. O estado brasileiro é uma federação. Aqui o essencial das políticas públicas se concentra no poder central; no Brasil, os três entes federativos, a União, os Estados e os Municípios, gozam de autonomia entre si, conferida pela Constituição de 1988.
Em Portugal, os Municípios (308 no continente e 270 nos Açores e na Ilha da Madeira) são governados por um órgão executivo, a Câmara Municipal, e por um órgão deliberativo, a Assembléia Municipal, cujos membros, em ambos os casos, são eleitos pelo voto direto. As Freguesias, contidas no território dos Municípios, têm, por sua vez, suas Assembléias eleitas, que escolhem os membros do Conselho da Freguesia.
O orçamento do poder local quase que se restringe ao provimento de recursos para custeio. O ensino básico, por exemplo, é administrado no plano local, porém os professores são remunerados pelo governo central.
No início dos nossos trabalhos, duas questões emergem: a democratização da gestão pública e o empenho dos comunistas no sentido de elevar o nível de consciência política do povo. Nesse particular, o PCP e o PCdoB temos objetivos semelhantes, embora tentemos viabilizá-los mediante meios e mecanismos distintos.
O orçamento participativo, por exemplo, explicam os dirigentes lusitanos, aqui não cabe, devido à dimensão limitada dos recursos a administrar. Mas cabe a mobilização do povo em torno de um plano de atividades e de causas de grande interesse público.
Quanto à elevação do nível de consciência do povo no curso das ações governamentais, esse é um nó a desatar – aqui e no Brasil. Que tem tudo a ver com os propósitos libertários de nossa presença nos governos e com o desejado acúmulo de forças tendo em vista nossos objetivos estratégicos.
Desde ontem realizamos visitas técnicas e breves reuniões com gestores locais. Certamente será uma viagem muito proveitosa.
Poder local: Portugal e Brasil
Luciano Siqueira
Estamos em Portugal, em missão partidária – Ronald Freitas, secretário nacional de Relações Institucionais e Políticas Públicas do PCdoB e eu. O foco é o exame de experiências de poder local e a nossa visita é parte do estreitamento das relações entre o nosso Partido e o Partido Comunista Português. O próprio Secretário-Geral do PCP, Jerônimo de Sousa, praticou o atencioso gesto de nos cumprimentar pessoalmente, antes de uma reunião de trabalho com os membros do Comitê Central Jorge Cordeiro, Manoela Bernardino e Eugênio Pisco.
Dois países muito diferentes, sob todos os aspectos – salvo o idioma comum, assim mesmo falado e escrito de maneira bem distinta por nossos povos.
O Estado português é unitário. O estado brasileiro é uma federação. Aqui o essencial das políticas públicas se concentra no poder central; no Brasil, os três entes federativos, a União, os Estados e os Municípios, gozam de autonomia entre si, conferida pela Constituição de 1988.
Em Portugal, os Municípios (308 no continente e 270 nos Açores e na Ilha da Madeira) são governados por um órgão executivo, a Câmara Municipal, e por um órgão deliberativo, a Assembléia Municipal, cujos membros, em ambos os casos, são eleitos pelo voto direto. As Freguesias, contidas no território dos Municípios, têm, por sua vez, suas Assembléias eleitas, que escolhem os membros do Conselho da Freguesia.
O orçamento do poder local quase que se restringe ao provimento de recursos para custeio. O ensino básico, por exemplo, é administrado no plano local, porém os professores são remunerados pelo governo central.
No início dos nossos trabalhos, duas questões emergem: a democratização da gestão pública e o empenho dos comunistas no sentido de elevar o nível de consciência política do povo. Nesse particular, o PCP e o PCdoB temos objetivos semelhantes, embora tentemos viabilizá-los mediante meios e mecanismos distintos.
O orçamento participativo, por exemplo, explicam os dirigentes lusitanos, aqui não cabe, devido à dimensão limitada dos recursos a administrar. Mas cabe a mobilização do povo em torno de um plano de atividades e de causas de grande interesse público.
Quanto à elevação do nível de consciência do povo no curso das ações governamentais, esse é um nó a desatar – aqui e no Brasil. Que tem tudo a ver com os propósitos libertários de nossa presença nos governos e com o desejado acúmulo de forças tendo em vista nossos objetivos estratégicos.
Desde ontem realizamos visitas técnicas e breves reuniões com gestores locais. Certamente será uma viagem muito proveitosa.
Na Freguesia de Couço
Em breve visita à Freguesia de Couço, ontem, pudemos observar o grau de capilaridade do poder local em Portugal.
Um conjunto de atividades é realizado pela Junta no sentido de melhorara vida dos habitantes, envolvendo sinalização do trânsito, o apoio às escolas, a revitalização da feira, a realização de uma Semana de Arte, Cultura e Desporto, dentre outras.
Os membros da Junta realizam trabalho voluntário, não são remunerados.
Em Couço também visitamos a sede do PCP.
Na foto, a sede da Junta.
Um conjunto de atividades é realizado pela Junta no sentido de melhorara vida dos habitantes, envolvendo sinalização do trânsito, o apoio às escolas, a revitalização da feira, a realização de uma Semana de Arte, Cultura e Desporto, dentre outras.
Os membros da Junta realizam trabalho voluntário, não são remunerados.
Em Couço também visitamos a sede do PCP.
Na foto, a sede da Junta.
Chico Pinto
Com a morte do ex-prefeito de Feira de Santana (BA) e ex-deputado federal Chico Pinto, aos 77 anos, os comunistas e as correntes progressistas do país perdem um grande aliado.
Chico integrou o grupo “autêntico” do antigo MDB, destacando-se como uma das vozes mais altivas e corajosas no combate à ditadura militar.
Chico integrou o grupo “autêntico” do antigo MDB, destacando-se como uma das vozes mais altivas e corajosas no combate à ditadura militar.
20 fevereiro 2008
Democracia e poder local
Artigo semanal no Blog de Jamildo (Jornal do Commercio Online):
O Recife e a democracia
Luciano Siqueira
Brasil e Portugal são, obviamente, países muito diferentes. As experiências de governo, idem. Mas o diálogo com gestores públicos locais, assim mesmo, implica constatações importantes. É o que fazemos desde ontem, a convite do Partido Comunista Português - o secretário nacional de Relações Institucionais e Políticas Públicas do PCdoB, Ronald Freitas, e eu.
Uma questão veio à tona em nosso primeiro dia de trabalho – a democratização da gestão pública. De pronto Jorge Cordeiro, do Secretariado Nacional do PCP, explica que os Municípios e as Freguesias, que conformam a administração local, não gozam de plena autonomia financeira, daí por que o orçamento participativo não é viável. O Estado português é unitário, diferente do sistema federativo do Brasil. As principais políticas públicas são da alçada do governo central, sobrando ao poder local tarefas de menor porte, acessórias, que realiza com dotação orçamentária reduzida, quase exclusivamente para o custeio. Daí a prática democrática se centra no debate e na decisão sobre o plano de atividades. E há casos em que há uma considerável mobilização do povo nesse sentido, como veremos ainda hoje, quarta-feira, em Moura, ao norte de Lisboa, onde há um movimento de defesa da água pública.
O contraste, de outra parte, realça o quanto temos avançado no Brasil, desde a Constituição de 1988, na prática de mecanismos democráticos de relacionamento entre a sociedade e os governos locais.
Recife é um exemplo emblemático. O nosso Orçamento Participativo tem sido uma experiência muito rica. Em sete anos envolveu, cumulativamente, cerca de 700 mil pessoas e deliberou sobre quase 300 milhões de reais de investimentos diretos, aproximadamente a metade de todas as intervenções feitas com recursos próprios. Nem se compara com o que encontramos da gestão que nos antecedeu, onde apenas uma nesga dos investimentos passava pelo crivo da sociedade. Nem caiu do céu, é criação peculiar do nosso governo, a partir mesmo de 2001. Levamos em consideração a tradição participativa do povo da cidade, que vem desde os governos de Pelópidas da Silveira e Miguel Arraes, antes do Golpe Militar de 1964, e entre 1985 e 1988, no primeiro governo do então prefeito Jarbas Vasconcelos. Observamos também experiências bem sucedidas de outras cidades do país, sem contudo copiá-las. E buscamos nosso próprio formato – para o que tem sido muito importante a contribuição do secretário João da Costa e da equipe de governo.
Mais: quase que duplicamos os Conselhos Setoriais e lhes demos um caráter democrático, paritário entre o governo e a sociedade civil. Tornamos as Conferências Municipais uma rotina de avaliação crítica, de proposições novas e de debate com a sociedade no intuito de aprimorarmos as políticas públicas. O prefeito e o vice-prefeito participam diretamente da mediação de conflitos entre diferentes setores da sociedade e da abordagem de pleitos que nos chegam, às vezes em desacordo com opções administrativas que adotamos.
Há deficiências. Ainda é necessário aprimorar o OP e assegurar dinamismo aos Conselhos (o que depende não apenas do governo, mas da iniciativa das parcelas da sociedade neles envolvidas). Corrigir falhas e insuficiências.
Porém tem sido um aprendizado e tanto a democratização da gestão pública em nossa cidade. E um esforço sério para inserir na vida social e política parcelas do povo economicamente excluídas, ajudando-as a que lutem pela sua emancipação mediante a presença ativa nos espaços públicos constituídos para sediar os conflitos na sociedade.
Num país como o nosso, onde em 119 anos de República tem predominado governos autoritários, e por isso a prática da democracia jamais se consolidou (desde 1985, dá-se o lapso de tempo mais prolongado de vigência do Estado de direito democrático), o que realizamos no Recife tem, assim, um valor estratégico para elevação da consciência política dos seus habitantes.
O Recife e a democracia
Luciano Siqueira
Brasil e Portugal são, obviamente, países muito diferentes. As experiências de governo, idem. Mas o diálogo com gestores públicos locais, assim mesmo, implica constatações importantes. É o que fazemos desde ontem, a convite do Partido Comunista Português - o secretário nacional de Relações Institucionais e Políticas Públicas do PCdoB, Ronald Freitas, e eu.
Uma questão veio à tona em nosso primeiro dia de trabalho – a democratização da gestão pública. De pronto Jorge Cordeiro, do Secretariado Nacional do PCP, explica que os Municípios e as Freguesias, que conformam a administração local, não gozam de plena autonomia financeira, daí por que o orçamento participativo não é viável. O Estado português é unitário, diferente do sistema federativo do Brasil. As principais políticas públicas são da alçada do governo central, sobrando ao poder local tarefas de menor porte, acessórias, que realiza com dotação orçamentária reduzida, quase exclusivamente para o custeio. Daí a prática democrática se centra no debate e na decisão sobre o plano de atividades. E há casos em que há uma considerável mobilização do povo nesse sentido, como veremos ainda hoje, quarta-feira, em Moura, ao norte de Lisboa, onde há um movimento de defesa da água pública.
O contraste, de outra parte, realça o quanto temos avançado no Brasil, desde a Constituição de 1988, na prática de mecanismos democráticos de relacionamento entre a sociedade e os governos locais.
Recife é um exemplo emblemático. O nosso Orçamento Participativo tem sido uma experiência muito rica. Em sete anos envolveu, cumulativamente, cerca de 700 mil pessoas e deliberou sobre quase 300 milhões de reais de investimentos diretos, aproximadamente a metade de todas as intervenções feitas com recursos próprios. Nem se compara com o que encontramos da gestão que nos antecedeu, onde apenas uma nesga dos investimentos passava pelo crivo da sociedade. Nem caiu do céu, é criação peculiar do nosso governo, a partir mesmo de 2001. Levamos em consideração a tradição participativa do povo da cidade, que vem desde os governos de Pelópidas da Silveira e Miguel Arraes, antes do Golpe Militar de 1964, e entre 1985 e 1988, no primeiro governo do então prefeito Jarbas Vasconcelos. Observamos também experiências bem sucedidas de outras cidades do país, sem contudo copiá-las. E buscamos nosso próprio formato – para o que tem sido muito importante a contribuição do secretário João da Costa e da equipe de governo.
Mais: quase que duplicamos os Conselhos Setoriais e lhes demos um caráter democrático, paritário entre o governo e a sociedade civil. Tornamos as Conferências Municipais uma rotina de avaliação crítica, de proposições novas e de debate com a sociedade no intuito de aprimorarmos as políticas públicas. O prefeito e o vice-prefeito participam diretamente da mediação de conflitos entre diferentes setores da sociedade e da abordagem de pleitos que nos chegam, às vezes em desacordo com opções administrativas que adotamos.
Há deficiências. Ainda é necessário aprimorar o OP e assegurar dinamismo aos Conselhos (o que depende não apenas do governo, mas da iniciativa das parcelas da sociedade neles envolvidas). Corrigir falhas e insuficiências.
Porém tem sido um aprendizado e tanto a democratização da gestão pública em nossa cidade. E um esforço sério para inserir na vida social e política parcelas do povo economicamente excluídas, ajudando-as a que lutem pela sua emancipação mediante a presença ativa nos espaços públicos constituídos para sediar os conflitos na sociedade.
Num país como o nosso, onde em 119 anos de República tem predominado governos autoritários, e por isso a prática da democracia jamais se consolidou (desde 1985, dá-se o lapso de tempo mais prolongado de vigência do Estado de direito democrático), o que realizamos no Recife tem, assim, um valor estratégico para elevação da consciência política dos seus habitantes.
Bom dia, Dante Milano
Dirigentes portugueses recebem delegação do PCdoB
A delegação da PCdoB recebe do PCP a melhor das atenções. Ontem. Ao iniciarmos uma reunião de trabalho, veio nos cumprimentar pessoalmente o principal dirigente comunista lusitano, o Secretário-Geral Jerônimo de Souza.
Nossa agenda é acompanhada por três membros do Comitê Central do PCP - o responsável pela área institucional, Jorge Cordeiro, Manoela Bernardino, da seção internacional e Eugênio Pisco.
Nossa agenda é acompanhada por três membros do Comitê Central do PCP - o responsável pela área institucional, Jorge Cordeiro, Manoela Bernardino, da seção internacional e Eugênio Pisco.
Política de bom nível
De Roberta, sobre a nota “Diga ao povo que fico”: Fiquei encantada com o comentário: "Daremos um banho de espírito democrático, uma demonstração pública de como se faz política em termos elevados." É disso que estamos precisando! Políticos Humanos!
Blog estimula propostas para a cidade
O Blog de Jamildo iniciou ontem a publicação de artigos assinados pelos pré-candidatos da Capital, tendo como objetivo debater propostas para a cidade.
Eu já colaboro com o blog desde o fim de outubro de 2006, escrevendo toda quarta-feira. A novidade é que poderei escrever sobre o Recife, o que evitava para que não parecesse uso oportunista do espaço inicialmente concedido por Cesar Rocha, criador do Blog do JC, e depois, quando o blog mudou de nome (Blog de Jamildo) e passou a ser editado por Jamildo Melo
Serão articulistas, a partir de agora, além de mim e de Edílson Silva, do PSOL, que também já colaborava, Raul Jungmann (PPS), João da Costa (PT), Carlos Eduardo Cadoca (PSC), Mendonça Filho (DEM) e Raul Henry (PMDB).
Jamildo Melo esclarece que não existe uma pauta específica pré-definida. Dentro do guarda-chuva “propostas para o Recife”, cada pré-candidato vai escrever, a cada semana, sobre o assunto que quiser.
Iniciei hoje com o artigo O Recife e a democracia (veja acima).
Eu já colaboro com o blog desde o fim de outubro de 2006, escrevendo toda quarta-feira. A novidade é que poderei escrever sobre o Recife, o que evitava para que não parecesse uso oportunista do espaço inicialmente concedido por Cesar Rocha, criador do Blog do JC, e depois, quando o blog mudou de nome (Blog de Jamildo) e passou a ser editado por Jamildo Melo
Serão articulistas, a partir de agora, além de mim e de Edílson Silva, do PSOL, que também já colaborava, Raul Jungmann (PPS), João da Costa (PT), Carlos Eduardo Cadoca (PSC), Mendonça Filho (DEM) e Raul Henry (PMDB).
Jamildo Melo esclarece que não existe uma pauta específica pré-definida. Dentro do guarda-chuva “propostas para o Recife”, cada pré-candidato vai escrever, a cada semana, sobre o assunto que quiser.
Iniciei hoje com o artigo O Recife e a democracia (veja acima).
19 fevereiro 2008
Em Lisboa
. Chegamos a Lisboa às 8 da manhã, 5 horas no Recife, após uma maratona de quase quatorze horas de vôo – Recife-São Paulo-Lisboa.
. No início da tarde teremos a primeira rodada de discussão com dirigentes comunistas portugueses. (Na foto, arredores do Hotel Roma, onde nos encontramos).
. Amanhã, em companhia de Ronald Freitas, secretário nacional de Relações Institucionais do PCdoB, iniciaremos visitas a cidade ao norte da capital e em seguida do Alentejo.
. No início da tarde teremos a primeira rodada de discussão com dirigentes comunistas portugueses. (Na foto, arredores do Hotel Roma, onde nos encontramos).
. Amanhã, em companhia de Ronald Freitas, secretário nacional de Relações Institucionais do PCdoB, iniciaremos visitas a cidade ao norte da capital e em seguida do Alentejo.
18 fevereiro 2008
“Diga ao povo que sou candidato”
Por e-mail, Luiz Figueiredo pergunta: “Existe mesmo a possibilidade de você retirar a sua candidatura a prefeito do Recife, conforme alguns dizem, para atender a um apelo do prefeito João Paulo? E se não retirar, como fica o ótimo entendimento do prefeito e do vice-prefeito?”
*
Meu caro Luiz:
Primeiro, faço questão de sublinhar o caráter partidário e amplo de minha candidatura. Não se trata de postulação pessoal. Por isso, não me caberia retirar a candidatura, essa teria que ser uma decisão partidária. Que o PCdoB não adotaria à revelia de outros partidos que têm revelado o desejo de marchar conosco, nem também de segmentos expressivos da sociedade comprometidos com o nosso projeto.
O PCdoB, através de seus fóruns internos – a exemplo do pleno do Comitê Estadual, reunido no último sábado -, a cada dia consolida a convicção de que a minha candidatura é necessária ao conjunto das forças do atual campo governista no Recife. Não há qualquer intenção, a mínima que seja, de retirá-la. Posso até dizer que, nesse sentido, a minha candidatura tornou-se irreversível.
Demais, o prefeito João Paulo guarda com o PCdoB uma relação de confiança mútua, pautada em compromissos comuns de natureza estratégica e numa prática cotidiana de muito respeito e lealdade. Ele sabe que não se trata de fazer apelos, mas de contraditar argumentos – e que os argumentos do PCdoB e aliados, em favor da minha candidatura, além de sólidos, têm respaldo na realidade, a julgar pela evolução do quadro sucessório (que acredito você, Luiz, esteja acompanhando pela imprensa).
Quanto ao relacionamento entre prefeito e vice-prefeito, em razão das duas candidaturas – a minha e a do secretário João da Costa -, em nada se alterará. Daremos um banho de espírito democrático, uma demonstração pública de como se faz política em termos elevados. Você verá.
Então, meu caro Luiz, já contando com a sua ajuda, solicito que esclareça aos amigos que porventura tenham dúvidas: “Diga ao povo que fico, ou seja, que sou candidato”...
*
Meu caro Luiz:
Primeiro, faço questão de sublinhar o caráter partidário e amplo de minha candidatura. Não se trata de postulação pessoal. Por isso, não me caberia retirar a candidatura, essa teria que ser uma decisão partidária. Que o PCdoB não adotaria à revelia de outros partidos que têm revelado o desejo de marchar conosco, nem também de segmentos expressivos da sociedade comprometidos com o nosso projeto.
O PCdoB, através de seus fóruns internos – a exemplo do pleno do Comitê Estadual, reunido no último sábado -, a cada dia consolida a convicção de que a minha candidatura é necessária ao conjunto das forças do atual campo governista no Recife. Não há qualquer intenção, a mínima que seja, de retirá-la. Posso até dizer que, nesse sentido, a minha candidatura tornou-se irreversível.
Demais, o prefeito João Paulo guarda com o PCdoB uma relação de confiança mútua, pautada em compromissos comuns de natureza estratégica e numa prática cotidiana de muito respeito e lealdade. Ele sabe que não se trata de fazer apelos, mas de contraditar argumentos – e que os argumentos do PCdoB e aliados, em favor da minha candidatura, além de sólidos, têm respaldo na realidade, a julgar pela evolução do quadro sucessório (que acredito você, Luiz, esteja acompanhando pela imprensa).
Quanto ao relacionamento entre prefeito e vice-prefeito, em razão das duas candidaturas – a minha e a do secretário João da Costa -, em nada se alterará. Daremos um banho de espírito democrático, uma demonstração pública de como se faz política em termos elevados. Você verá.
Então, meu caro Luiz, já contando com a sua ajuda, solicito que esclareça aos amigos que porventura tenham dúvidas: “Diga ao povo que fico, ou seja, que sou candidato”...
Experiências de poder local em Portugal
Partimos hoje com destino a Lisboa, na companhia do secretário nacional de Relações Institucionais do PCdoB, Ronald Freitas, para uma permanência de cinco dias
A convite do Partido Comunista de Portugal, visitaremos cidades próximas a Lisboa e no Alentejo para intercâmbio de idéias e experiências acerca de governos locais.
A convite do Partido Comunista de Portugal, visitaremos cidades próximas a Lisboa e no Alentejo para intercâmbio de idéias e experiências acerca de governos locais.
História: 18 de fevereiro de 1962
Conferência extraordinária reorganiza o Partido Comunista do Brasil, na luta contra o oportunismo de direita. Adota a sigla PCdoB e lança Manifesto-programa revolucionário. É o 1º PC fora do poder que rompe com a linha de Kruschev. (Vermelho http://www.vermelho.org.br/).
Sarney, FHC e a reforma política
Em entrevista à Folha de S. Paulo de hoje, o ex-presidente José Sarney afirma que “ninguém governa o tempo que governa. O meu tempo era diferente, de transição. Com a trágica morte do Tancredo [Neves], assumi a Presidência, mas o poder ficou com o Dr. Ulysses [Guimarães], que era o presidente do PMDB, que era quem tinha a força política naquele tempo. Tive de cumprir toda a agenda da ação democrática, que era a convocação da Constituinte, eleições, acabar com todas as leis autoritárias e ao mesmo tempo me legitimar, o que tentei fazer e fiz com o Plano Cruzado” – isto justificando por que não fez a reforma política.
Outro dia foi Fernando Henrique Cardoso, em entrevista à TV Bandeirantes, que afirmou não ter feito a reforma política em razão de outras prioridades, entre as quais “o desmonte do monopólio estatal em setores então estatais, como o das telecomunicações”.
Mas o fato é que a reforma política é tarefa do Congresso Nacional, e não do Executivo – por mais que este influencie a parlamento, nas condições do presidencialismo brasileiro.
O buraco é mais embaixo. Os grandes partidos, detentores de bancadas maiores no Congresso, não desejam a reforma política, sobretudo com um sentido democratizante.
No próximo pleito de 2010, quem sabe, a se eleger uma parcela mais expressiva de parlamentares comprometidos com essa bandeira, possamos ter a reforma. Daqui até lá, é preciso debater o tema amplamente.
Outro dia foi Fernando Henrique Cardoso, em entrevista à TV Bandeirantes, que afirmou não ter feito a reforma política em razão de outras prioridades, entre as quais “o desmonte do monopólio estatal em setores então estatais, como o das telecomunicações”.
Mas o fato é que a reforma política é tarefa do Congresso Nacional, e não do Executivo – por mais que este influencie a parlamento, nas condições do presidencialismo brasileiro.
O buraco é mais embaixo. Os grandes partidos, detentores de bancadas maiores no Congresso, não desejam a reforma política, sobretudo com um sentido democratizante.
No próximo pleito de 2010, quem sabe, a se eleger uma parcela mais expressiva de parlamentares comprometidos com essa bandeira, possamos ter a reforma. Daqui até lá, é preciso debater o tema amplamente.
17 fevereiro 2008
Unidade em dois turnos
De Audisio Costa sobre o meu artigo Obra de engenharia política (ver o texto em postagem anterior): É indiscutível que a gestão democrática é das mais difíceis pela sua complexidade de atender as diferentes concepções de administração pública e ter correlação de força que possa sobreviver as correntes de oposição.
Num sistema democrático é essencial que a população entenda as diversidades de concepções ideológicas em jogo. Só assim pode escolher aquela que melhor atende à maioria da população. Eu disse maioria. Sempre vamos ter os contras. A sociedade é plural. Mas é fundamental que todas as correntes políticas que não se opõem, mas se diferenciam, expressem seu pensamento em determinado momento, até para que num segundo, quando se torna necessário sua unidade, saibamos em que proposta esta se deu. Qual o projeto de unidade, que garanta a convivências dos diferentes.
O instrumento do segundo turno foi criado dentro desta perspectiva. Temos que aprofundar o debate político de concepção ideológica de Estado. Num processo eleitoral, isto é facilitado pela massificação do debate nas diversas formas de comunicação. Pelo clima coletivo de interesse despertado no processo eleitoral, que de certo modo leva a que todos, de forma mais ativa ou não, participem do processo de discussão política.
No segundo turno, já com definição do grau de correlação de força política, se articula a nova composição política, dentro de um programa de ação que possa unir aqueles que concordem com o projeto de gestão. Assim, unindo os que embora diferentes não são antagônicos. É neste processo de engenharia política que se avança na construção da nova sociedade, que em nosso entender deve visualizar uma sociedade socialista, construída com a participação de todos.
Num sistema democrático é essencial que a população entenda as diversidades de concepções ideológicas em jogo. Só assim pode escolher aquela que melhor atende à maioria da população. Eu disse maioria. Sempre vamos ter os contras. A sociedade é plural. Mas é fundamental que todas as correntes políticas que não se opõem, mas se diferenciam, expressem seu pensamento em determinado momento, até para que num segundo, quando se torna necessário sua unidade, saibamos em que proposta esta se deu. Qual o projeto de unidade, que garanta a convivências dos diferentes.
O instrumento do segundo turno foi criado dentro desta perspectiva. Temos que aprofundar o debate político de concepção ideológica de Estado. Num processo eleitoral, isto é facilitado pela massificação do debate nas diversas formas de comunicação. Pelo clima coletivo de interesse despertado no processo eleitoral, que de certo modo leva a que todos, de forma mais ativa ou não, participem do processo de discussão política.
No segundo turno, já com definição do grau de correlação de força política, se articula a nova composição política, dentro de um programa de ação que possa unir aqueles que concordem com o projeto de gestão. Assim, unindo os que embora diferentes não são antagônicos. É neste processo de engenharia política que se avança na construção da nova sociedade, que em nosso entender deve visualizar uma sociedade socialista, construída com a participação de todos.
Campanha e carnaval
De Waldemiro Barros, a propósito do meu artigo Campanha: carnaval, mídia e rua (veja o texto em postagem anterior): Concordo plenamente com o que você falou a respeito do nosso Carnaval. Recife e Olinda foram destaques dentre as cidades pernambucanas. Um carnaval alegre, descontraído, tranqüilo e verdadeiramente multicultural. Este ano eu tive orgulho de ser pernambucano e de participar de uma festa tão democrática. Sou também entusiasmado com as pequenas manifestações tipo "La Ursas", burrinhas, palhaços, troças etc., assim como dos blocos do "eu sozinho". Acho que essa criatividade simples precisa ser mais estimulada, sobretudo pela mídia. Essa cultura não pode ser extinta.
Quanto à campanha eleitoral que se aproxima eu tenho certeza que, mais uma vez, o povo vai se manifestar por governos notadamente populares, a exemplo do estadual, o de Recife e de Olinda, com destaque também para o governo federal. E desta forma teremos a continuidade da democracia que tanto sonhamos.
Quanto à campanha eleitoral que se aproxima eu tenho certeza que, mais uma vez, o povo vai se manifestar por governos notadamente populares, a exemplo do estadual, o de Recife e de Olinda, com destaque também para o governo federal. E desta forma teremos a continuidade da democracia que tanto sonhamos.
Engenharia política
De Sueli Santos, sobre o meu artigo Obra de engenharia política (veja o texto em postagem anterior): Engenharia, substantivo que define tanta coisa, ciência e arte das construções civis e militares, sejam edifícios, máquinas, abertura de minas, etc. Do menor projeto ao macro a engenharia está presente, na política não poderia ser diferente.
O que muda apenas são as fórmulas de edificação dessa engenharia, que na política a máquina mais utilizada, é também a mais complexa das máquinas, a humana! Todo ser é um ser político, pois se ele é um ser social, logo tem que incorporar o elemento político, uma vez que precisa se inserir em uma sociedade que carece de uma organização.
Contudo, para se alcançar essa organização se faz necessário um trabalho árduo e contínuo de todos que convergem em busca de um objetivo comum, para tanto quanto mais agremiações para somar e podermos alcançar a vitória em outubro seja no primeiro turno ou no segundo melhor.
Não importa o grau de entendimento que cada um tenha acerca do que é um Ser político, o importante é o grau de interesse que se tenha pela vitória de uma conjuntura que se propõe a lutar por uma sociedade mais justa e igualitária, e se a união faz a força, que se faça a união entre pessoas partidos aliados, negros, ricos,pobres, leigos, enfim, todas as pessoas e grupos que estejam dispostos a lutar para esse fim. É lutando que se chega lá!
O que muda apenas são as fórmulas de edificação dessa engenharia, que na política a máquina mais utilizada, é também a mais complexa das máquinas, a humana! Todo ser é um ser político, pois se ele é um ser social, logo tem que incorporar o elemento político, uma vez que precisa se inserir em uma sociedade que carece de uma organização.
Contudo, para se alcançar essa organização se faz necessário um trabalho árduo e contínuo de todos que convergem em busca de um objetivo comum, para tanto quanto mais agremiações para somar e podermos alcançar a vitória em outubro seja no primeiro turno ou no segundo melhor.
Não importa o grau de entendimento que cada um tenha acerca do que é um Ser político, o importante é o grau de interesse que se tenha pela vitória de uma conjuntura que se propõe a lutar por uma sociedade mais justa e igualitária, e se a união faz a força, que se faça a união entre pessoas partidos aliados, negros, ricos,pobres, leigos, enfim, todas as pessoas e grupos que estejam dispostos a lutar para esse fim. É lutando que se chega lá!
Para ler e refletir
No Vermelho www.vermelho.org.br
Analistas alertam: cartão corporativo não pode pautar o país
A discussão sobre o uso dos cartões corporativos é importante e deve ser apurada com rigor pelos organismos competentes, mas o tema deve ser tratado com serenidade e não pode pautar o debate nacional. A opinião é de Fábio Wanderley Reis, cientista político e professor emérito da Universidade Federal de Minas Gerais, de Fábio Konder Comparato, professor titular aposentado da Faculdade de Direito da USP, e do filósofo Denis Lerrer Rosenfield.
Conforme reportagem de Lilian Christofoletti para a Folha de S.Paulo deste domingo (17), analistas vêem exagero na cobertura da imprensa. "É um problema autêntico saber se existe uso impróprio de verba pública. Mas deveria existir um equilíbrio justamente para impedir que essa discussão resulte em conseqüências negativas sobre algo que, a princípio, me parece perfeitamente razoável e positivo, como o uso de cartões, o que favorece a transparência", diz Reis.
Rosenfield acrescenta: "Tapioca? Jantar com a delegação chinesa? Meu Deus, isso é patrulhamento moralista. No caso dos cartões, a discussão não deveria estar na tapioca, no colchão ou no jantar, isso é absolutamente irrelevante, mas nos saques que não são contabilizados em lugar nenhum."
"Filtramos um mosquito e engolimos um camelo", afirma Comparato, para quem o escândalo criou uma nuvem de fumaça para outras questões importantes para o país. "A utilização de dinheiro público deve ser em benefício do interesse público. Mas fazemos um escândalo a respeito dos abusos no uso do cartão e dispensamos a discussão de outros casos de apropriação de bem público, caso das reservas florestais e do rio São Francisco. Dois pesos, duas medidas."
Reis critica a cobertura da imprensa. "A imprensa tende a ecoar, de uma forma um tanto exacerbada, o que quer e o que corresponde a uma certa imagem negativa da atividade política, em conexão com a idéia de corrupção."
Entre os entrevistados, Comparato foi o único a desaprovar o uso de cartão corporativo. Para o professor, o emprego do dinheiro público deve ser dificultado, nunca facilitado com cartões distribuídos entre vários funcionários. O caminho, afirma, está no retorno das verbas de representação - a autoridade recebe um valor fixo.
Um ponto convergente entre os estudiosos é a necessidade de ampliar a transparência do uso do dinheiro público, o que incluiu até mesmo os gastos do presidente e seus familiares. Eles criticaram o argumento do governo de que o sigilo dos gastos da Presidência é uma questão de segurança nacional. (Da Redação, com informações da Folha de S.Paulo).
Analistas alertam: cartão corporativo não pode pautar o país
A discussão sobre o uso dos cartões corporativos é importante e deve ser apurada com rigor pelos organismos competentes, mas o tema deve ser tratado com serenidade e não pode pautar o debate nacional. A opinião é de Fábio Wanderley Reis, cientista político e professor emérito da Universidade Federal de Minas Gerais, de Fábio Konder Comparato, professor titular aposentado da Faculdade de Direito da USP, e do filósofo Denis Lerrer Rosenfield.
Conforme reportagem de Lilian Christofoletti para a Folha de S.Paulo deste domingo (17), analistas vêem exagero na cobertura da imprensa. "É um problema autêntico saber se existe uso impróprio de verba pública. Mas deveria existir um equilíbrio justamente para impedir que essa discussão resulte em conseqüências negativas sobre algo que, a princípio, me parece perfeitamente razoável e positivo, como o uso de cartões, o que favorece a transparência", diz Reis.
Rosenfield acrescenta: "Tapioca? Jantar com a delegação chinesa? Meu Deus, isso é patrulhamento moralista. No caso dos cartões, a discussão não deveria estar na tapioca, no colchão ou no jantar, isso é absolutamente irrelevante, mas nos saques que não são contabilizados em lugar nenhum."
"Filtramos um mosquito e engolimos um camelo", afirma Comparato, para quem o escândalo criou uma nuvem de fumaça para outras questões importantes para o país. "A utilização de dinheiro público deve ser em benefício do interesse público. Mas fazemos um escândalo a respeito dos abusos no uso do cartão e dispensamos a discussão de outros casos de apropriação de bem público, caso das reservas florestais e do rio São Francisco. Dois pesos, duas medidas."
Reis critica a cobertura da imprensa. "A imprensa tende a ecoar, de uma forma um tanto exacerbada, o que quer e o que corresponde a uma certa imagem negativa da atividade política, em conexão com a idéia de corrupção."
Entre os entrevistados, Comparato foi o único a desaprovar o uso de cartão corporativo. Para o professor, o emprego do dinheiro público deve ser dificultado, nunca facilitado com cartões distribuídos entre vários funcionários. O caminho, afirma, está no retorno das verbas de representação - a autoridade recebe um valor fixo.
Um ponto convergente entre os estudiosos é a necessidade de ampliar a transparência do uso do dinheiro público, o que incluiu até mesmo os gastos do presidente e seus familiares. Eles criticaram o argumento do governo de que o sigilo dos gastos da Presidência é uma questão de segurança nacional. (Da Redação, com informações da Folha de S.Paulo).
Lição de resistência
“Todas as canções que eu já cantei/Agora têm que me valer/E me fazer acreditar/Que é preciso viver” (Edu Lobo e Lula Freire – Resolução).
Boa noite, Márcia Maia
Versão reduzida do Sistema Solar
Ciência Hoje On-line:
Descobertos dois planetas semelhantes a Júpiter e Saturno em órbita de uma estrela a 5 mil anos-luz
. Uma equipe internacional de astrônomos identificou o que parece ser uma versão em escala reduzida do Sistema Solar: dois planetas semelhantes a Júpiter e Saturno em órbita de uma estrela a 5 mil anos-luz da Terra. A descoberta sugere que esse pode ser apenas o primeiro entre os muitos sistemas planetários similares ao nosso existentes na Via Láctea.
Descobertos dois planetas semelhantes a Júpiter e Saturno em órbita de uma estrela a 5 mil anos-luz
. Uma equipe internacional de astrônomos identificou o que parece ser uma versão em escala reduzida do Sistema Solar: dois planetas semelhantes a Júpiter e Saturno em órbita de uma estrela a 5 mil anos-luz da Terra. A descoberta sugere que esse pode ser apenas o primeiro entre os muitos sistemas planetários similares ao nosso existentes na Via Láctea.
. Até hoje, apenas 25 sistemas com mais de um planeta foram observados, mas a maioria é muito diferente do Sistema Solar, porque seus planetas estão todos reunidos em regiões interiores dos sistemas, próximo às estrelas.
. A nova dupla – junto com seu sol – forma um sistema análogo ao nosso. “Trata-se de uma versão reduzida no sentido de que a estrela é menor, mais sombria e mais fria do que o nosso sol”, diz à CH On-line Scott Gaudi, do Departamento de Astronomia da Universidade do Estado de Ohio (Estados Unidos). “E os planetas são proporcionalmente menores e estão mais perto da estrela do que Júpiter e Saturno”, complementa o pesquisador, autor principal do artigo que descreve a descoberta na Science desta semana.
. Leia a matéria na íntegra http://cienciahoje.uol.com.br/111681
. Leia a matéria na íntegra http://cienciahoje.uol.com.br/111681
16 fevereiro 2008
Nova direção executiva do PCdoB
. A nova direção executiva eleita na reunião plenária do Comitê Estadual tem como presidente Alanir Cardoso (presidente, reeleito) e vice-presidente a prefeita Luciana Santos.
. Também integram a direção partidária os deputados Renildo Calheiros e Luciano Moura, o prefeito de Camaragibe João Lemos, o secretário estadual de Esportes, Nelson Pereira. Mais: Augusto Semente, Geraldo Vilar, Lúcio Monteiro, Maksandro Souza, Sibelle Chagas, Valéria Silva, Antonieta Trindade, George Braga, Iron Mendes, Guido Bianchi, José Bertotti, José Inocêncio, Moacir Paulino, Silvana Paula, Marcelino Granja, Sidney Mamede e esse amigo de vocês.
. Também integram a direção partidária os deputados Renildo Calheiros e Luciano Moura, o prefeito de Camaragibe João Lemos, o secretário estadual de Esportes, Nelson Pereira. Mais: Augusto Semente, Geraldo Vilar, Lúcio Monteiro, Maksandro Souza, Sibelle Chagas, Valéria Silva, Antonieta Trindade, George Braga, Iron Mendes, Guido Bianchi, José Bertotti, José Inocêncio, Moacir Paulino, Silvana Paula, Marcelino Granja, Sidney Mamede e esse amigo de vocês.
Na foto, a vice-presidente Luciana Santos
Comitê Estadual reforça postura no Recife
O quadro eleitoral do Recife e a evolução da pré-candidatura do partido à Prefeitura recebeu destaque nas discussões. A conduta que o partido vem adotando mereceu aprovação unânime, sob todos os aspectos considerados – em especial o cuidado de se manter as ótimas relações com o PT e com o prefeito João Paulo.
“A candidatura do PCdoB no Recife é uma necessidade do conjunto de nossas forças, não se fundamenta em nenhuma dificuldade política com o PT, nem sequer em alguma restrição ao nome escolhido pelo PT, o secretário João da Costa”, salientou o presidente estadual (reconduzido à função), Alanir Cardoso.
- As existência de duas candidaturas, de Luciano Siqueira e de João da Costa, não representa a divisão de nossas forças, pois estaremos todos juntos no provável segundo turno, completou Alanir.
A pauta que está sendo levada aos partidos no Recife (plataforma de propostas para a cidade, eleições proporcionais e tática política) recebeu unânime aprovação.
“A candidatura do PCdoB no Recife é uma necessidade do conjunto de nossas forças, não se fundamenta em nenhuma dificuldade política com o PT, nem sequer em alguma restrição ao nome escolhido pelo PT, o secretário João da Costa”, salientou o presidente estadual (reconduzido à função), Alanir Cardoso.
- As existência de duas candidaturas, de Luciano Siqueira e de João da Costa, não representa a divisão de nossas forças, pois estaremos todos juntos no provável segundo turno, completou Alanir.
A pauta que está sendo levada aos partidos no Recife (plataforma de propostas para a cidade, eleições proporcionais e tática política) recebeu unânime aprovação.
PCdoB celebra unidade
Está terminando a reunião plenária do Comitê Estadual do PCdoB. Durante todo o dia, travou-se rico debate em torno dos assuntos em pauta, destacadamente as eleições municipais. Vinte e nove oradores se pronunciaram num sentido convergente – acerca do conteúdo das três tarefas centrais do momento (a luta pelas reformas, o reforço da CTB e o pleito de outubro) e das medidas práticas a adotar para implementá-las.
O PCdoB entra numa fase de intensa mobilização de sua militância e de estreitamento do diálogo com os partidos da coalizão que apóia em Pernambuco os governos Lula e Eduardo Campos e com personalidades, lideranças e dirigentes de segmentos da vida social e de instituições democráticas. A intenção é contribuir para a unidade de propósitos entre todos os que se batem na mesma direção.
O PCdoB entra numa fase de intensa mobilização de sua militância e de estreitamento do diálogo com os partidos da coalizão que apóia em Pernambuco os governos Lula e Eduardo Campos e com personalidades, lideranças e dirigentes de segmentos da vida social e de instituições democráticas. A intenção é contribuir para a unidade de propósitos entre todos os que se batem na mesma direção.
Aliança entre diferentes
De José Amaro sobre o nosso artigo O conteúdo das alianças: Quando freqüentei os bancos escolares, ensinaram-me que o homem não é uma ilha. Como ilha o homem seria solitário, meditativo, pouco ou nada produtivo. É a unanimidade do eu só.
Em não sendo uma ilha, o homem há de viver em sociedade, visando, sobretudo, o bem comum. Dessa forma, há de se respeitar as diferenças onde se encontram todas as idiossincrasias, como os interesses comuns e os coletivos.
As diferenças individuais foi outra lição que a escola nos ensinou, pois, na psicologia da aprendizagem orienta-se que os seres humanos hão de respeitar os outros como são. E, juntando elos de correntes e formando uma grande roda de ciranda, se construirá um mundo justo e perfeito pela felicidade geral.
Por tudo isso, as alianças, com a diversidade, somente contribuirão para se alcançar os objetivos e a unidade almejada.
Se vossa reflexão estiver se referindo a objetivos eleitorais, há de se ter em conta que o óleo não se funde com a água. Busque-se alianças, sim, porém junto àqueles que tenham um discurso assemelhado, apesar das diferenças. É isso.
Em não sendo uma ilha, o homem há de viver em sociedade, visando, sobretudo, o bem comum. Dessa forma, há de se respeitar as diferenças onde se encontram todas as idiossincrasias, como os interesses comuns e os coletivos.
As diferenças individuais foi outra lição que a escola nos ensinou, pois, na psicologia da aprendizagem orienta-se que os seres humanos hão de respeitar os outros como são. E, juntando elos de correntes e formando uma grande roda de ciranda, se construirá um mundo justo e perfeito pela felicidade geral.
Por tudo isso, as alianças, com a diversidade, somente contribuirão para se alcançar os objetivos e a unidade almejada.
Se vossa reflexão estiver se referindo a objetivos eleitorais, há de se ter em conta que o óleo não se funde com a água. Busque-se alianças, sim, porém junto àqueles que tenham um discurso assemelhado, apesar das diferenças. É isso.
Elogio do Carnaval
De Eliane Oliveira, a partir do nosso artigo Campanha: Carnaval, mídia e rua (veja em postagem anterior o texto do artigo): Fazem mais de 20 anos que não brinco o Carnaval,mais esse ano fui às ruas do meu Recife querido. O que vi o povo cheio de garra, com educação e respeito. Se divertindo a valer com as nossa agremiações dando força para que continue esta tão linda tradição.
Na Rua da Imperatriz todos brincavam, cantavam musicas dos blocos que ali passaram. Na Av. Guararapes todos respeitavam e brincavam com educação e qualidade. Na Praça do Arsenal e Recife antigo muita gente e todos a cantando, brincando e sinceramente não vi violência.
Em Olinda todos brincavam, bebiam, comiam e respeitava o outro. E uma pena que a TV só passe as violências (poucas) e grandes desfiles sem dar a mínima das nossas tradições. Ainda bem que temos TV como TV 11 e TV 9 que ainda passaram o encontro de blocos.
Em Olinda todos brincavam, bebiam, comiam e respeitava o outro. E uma pena que a TV só passe as violências (poucas) e grandes desfiles sem dar a mínima das nossas tradições. Ainda bem que temos TV como TV 11 e TV 9 que ainda passaram o encontro de blocos.
O encontro de blocos em Olinda foi lindo e não passou nem um fleche. O Brasil precisa de grande, bons jovem jornalistas que gostem sobretudo da nossa cultura e passe adiante.A equipe da Prefeitura do Recife está muito bem, no que será uma pena se mudarmos isso. Parabéns e vamos tentar e rezar que a mídia mude. Pra melhor.
Boa tarde, Dante Milano
Ao tempo
Tempo, vais para trás ou para diante?
O passado carrega a minha vida
Para trás e eu de mim fiquei distante,
Ou existir é uma contínua ida
E eu me persigo nunca me alcançando?
A hora da despedida é a da partida
A um tempo aproximando e distanciando...
Sem saber de onde vens e aonde irás,
Andando andando andando andando andando
Tempo, vais para diante ou para trás?
Questão de consciência
De Audísio Costa sobre o meu artigo Campanha: carnaval, mídia e rua (veja o texto numa postagem de alguns dias atrás): Fazer o corpo a corpo, debater as idéias, discutir os programas exige a presença do militante político comprometido com uma nova sociedade. Eis uma questão que a mídia procura destruir no cotidiano. Todos os dias temos uma avalanche de notícias referente às corrupções no Brasil. Estas, aliás, são históricas. No nosso país os colonizadores tinham como objetivo roubar nossas riquezas e não o de construir uma nação. Vivemos ainda suas conseqüências.
Em 1964, tínhamos com um crescimento importante da consciência de classe trabalhadora, onde os partidos políticos, os sindicatos, as organizações sociais debatiam constantemente as ideologias que constroem a sociedade. Debatiam programas de interesse social importante. Mas o golpe militar veio apoiado e chefiados pelos "democratas" (vários de Pernambuco), financiado pelo império norte-americano, com objetivo de destruir todos que pensavam em construção de uma sociedade justa, fraterna e solidária. E não mediram esforços, mataram, prenderam, torturaram, etc.
Como formar jovens críticos num regime de exceção, violento, repressor. Não é fácil. O regime durou mais de uma geração que foi proibida de se reunir para debater os seus destinos. Foi formada para obedecer. As corrupções foram proibidas de serem denunciadas. Quem o fizesse era preso e acusado de comunista.
Em 1964, tínhamos com um crescimento importante da consciência de classe trabalhadora, onde os partidos políticos, os sindicatos, as organizações sociais debatiam constantemente as ideologias que constroem a sociedade. Debatiam programas de interesse social importante. Mas o golpe militar veio apoiado e chefiados pelos "democratas" (vários de Pernambuco), financiado pelo império norte-americano, com objetivo de destruir todos que pensavam em construção de uma sociedade justa, fraterna e solidária. E não mediram esforços, mataram, prenderam, torturaram, etc.
Como formar jovens críticos num regime de exceção, violento, repressor. Não é fácil. O regime durou mais de uma geração que foi proibida de se reunir para debater os seus destinos. Foi formada para obedecer. As corrupções foram proibidas de serem denunciadas. Quem o fizesse era preso e acusado de comunista.
História: 18 de fevereiro de 1868
Publicidade e trabalhadores da SP Railway, na virada do século
Aberta ao público a Santos-Jundiaí. Até 1930 a ligação litoral-planalto é monopólio da S. Paulo Railway, a Inglesa, tida como a ferrovia mais lucrativa do mundo. Mas forma-se aí também um núcleo pioneiro da luta proletária. (Vermelho http://www.vermelho.org.br/).
Direção estadual do PCdoB realiza reunião
. O Comitê Estadual do PCdoB realiza neste momento reunião plenária, que se iniciou às 10 horas, em sua sede da Avenida Suassuna.
. A situação política e o empenho militante em relação ao pleito de outubro, a luta pelas reformas (política, educacional, urbana, tributária, agrária e dos meios de comunicação) e o fortalecimento da nova central sindical, a CTB são os pontos em debate.
. Depois de um informe sobre o andamento dessas tarefas em Pernambuco (que me coube apresentar), o deputado Renildo Calheiros (foto) está discorrendo sobe o cenário da luta político no âmbito do Congresso Nacional.
. A intenção é dar dinamismo às atividades partidárias no conjuntos dos mais de cem municípios onde o partido se encontra organizado.
. A situação política e o empenho militante em relação ao pleito de outubro, a luta pelas reformas (política, educacional, urbana, tributária, agrária e dos meios de comunicação) e o fortalecimento da nova central sindical, a CTB são os pontos em debate.
. Depois de um informe sobre o andamento dessas tarefas em Pernambuco (que me coube apresentar), o deputado Renildo Calheiros (foto) está discorrendo sobe o cenário da luta político no âmbito do Congresso Nacional.
. A intenção é dar dinamismo às atividades partidárias no conjuntos dos mais de cem municípios onde o partido se encontra organizado.
15 fevereiro 2008
Eleições em debate
. O Comitê Estadual do PCdoB realiza reunião plenária neste sábado, a partir das 10 horas, em sua sede da Avenida Suassuna.
. Na pauta o exame da situação política e as tarefas atuais dos comunistas, com destaque par o pleito de outubro, a luta pelas reformas (política, educacional, urbana, tributária, agrária e dos meios de comunicação) e o fortalecimento da nova central sindical, a CTB.
. Na ocasião, a nossa direção executiva (Comissão Política Estadual) será eleita pelo pleno do Comitê.
. Alanir Cardoso (foto), atual presidente, dirigirá a reunião.
. Na pauta o exame da situação política e as tarefas atuais dos comunistas, com destaque par o pleito de outubro, a luta pelas reformas (política, educacional, urbana, tributária, agrária e dos meios de comunicação) e o fortalecimento da nova central sindical, a CTB.
. Na ocasião, a nossa direção executiva (Comissão Política Estadual) será eleita pelo pleno do Comitê.
. Alanir Cardoso (foto), atual presidente, dirigirá a reunião.
Defesa do governo
Rádio Vermelho
Renato Rabelo comenta o PAC e a irresponsabilidade da oposição
. Em entrevista à Rádio Vermelho, o presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo, comentou nesta sexta-feira (15) os resultados do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), apresentados na reunião do Conselho Político, realizada na manhã de quinta-feira.
"Os dados apresentados pelo ministro Mantega e a ministra Dilma mostram que o país avança. Só para dar um exemplo, 78% das obras previstas no PAC estão sendo realizadas e a mídia não comenta e não fala sobre isso. É nossa responsabilidade trazer estas informações ao povo brasileiro", destacou Renato.
. Sobre a postura da oposição Rabelo, foi enfático: ''a oposição se desdobrou para retirar os recursos da CPMF, apostando contra o país. É uma irresponsabilidade'', disse o presidente do PCdoB.
. A entrevista foi dividida em duas partes. Confira abaixo:
Clique aqui e ouça a primeira parte da entrevista
. Em entrevista à Rádio Vermelho, o presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo, comentou nesta sexta-feira (15) os resultados do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), apresentados na reunião do Conselho Político, realizada na manhã de quinta-feira.
"Os dados apresentados pelo ministro Mantega e a ministra Dilma mostram que o país avança. Só para dar um exemplo, 78% das obras previstas no PAC estão sendo realizadas e a mídia não comenta e não fala sobre isso. É nossa responsabilidade trazer estas informações ao povo brasileiro", destacou Renato.
. Sobre a postura da oposição Rabelo, foi enfático: ''a oposição se desdobrou para retirar os recursos da CPMF, apostando contra o país. É uma irresponsabilidade'', disse o presidente do PCdoB.
. A entrevista foi dividida em duas partes. Confira abaixo:
Clique aqui e ouça a primeira parte da entrevista
Recife: no rumo certo
Caminhamos a passos seguros e politicamente acertados na construção da candidatura do PCdoB à Prefeitura do Recife. Essa é a impressão que recolho dos contatos que ontem, aqui em Brasília (onde cumpro agenda administrativa), tive oportunidade de fazer ao lado do presidente estadual do PCdoB, Alanir Cardoso.
Do presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo, a quem fizemos um relato do cenário atual no Recife, recebemos aprovação e estímulo para seguir adiante.
Do deputado Silvio Costa, presidente estadual do PMN, com quem nos reunimos em almoço, recebemos a melhor acolhida à nova pauta que estamos propondo aos partidos e aos demais interlocutores de diferentes segmentos sociais, tendo em vista a acelerar os preparativos para o pleito de outubro.
Com o deputado Inocêncio Oliveira foi possível apenas contato telefônico, por conflito de agendas.
A nova pauta consiste de três pontos: 1) elementos para uma plataforma de campanha, a servir de referência para as alianças partidárias; 2) eleições proporcionais; 3) tática político-eleitoral.
Embora a plataforma (que alguns preferem chamar “programa”) da candidatura e da coligação partidária só deva estar pronta em fins de abril, faz-se necessário discuti-la desde já. Para nortear as alianças partidárias; subsidiar a área de comunicação (que começa a desenhar o conceito, o perfil, as idéias força, o formato dos programas de TV e de rádio e a identidade visual da candidatura); e para dar concretude aos amplos apoios que temos recebido do movimento social, da intelectualidade, do mundo acadêmico, da comunidade técnica, de empresários e do mundo da cultura e das artes.
Também a luta para eleger bancadas de vereadores agora é assunto do interesse de todos. O bom equacionamento dessa questão, tendo na devida conta os legítimos interesses de cada partido, entra agora, obrigatoriamente, na ordem do dia.
E a tática político-eleitoral, que envolve, por exemplo, a conduta a adotar em relação a cada um dos adversários e em relação ao candidato do PT (que não é adversário, é concorrente), faz parte da necessária convergência de idéias e propósitos entre as correntes políticas e os setores da sociedade que estarão envolvidos com a nossa candidatura.
Essa pauta agora passa a ser discutida com todos – inclusive com os partidos que provavelmente não estarão coligadas com o PCdoB, no primeiro turno e com personalidades, lideranças e ativistas dos mais diversos segmentos sociais. Será também objeto de discussão na reunião plenária que o Comitê Estadual do PCdoB realizará sábado, a partir das 10 horas, em sua sede, no Recife.
Não temos tempo a perder.
Do presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo, a quem fizemos um relato do cenário atual no Recife, recebemos aprovação e estímulo para seguir adiante.
Do deputado Silvio Costa, presidente estadual do PMN, com quem nos reunimos em almoço, recebemos a melhor acolhida à nova pauta que estamos propondo aos partidos e aos demais interlocutores de diferentes segmentos sociais, tendo em vista a acelerar os preparativos para o pleito de outubro.
Com o deputado Inocêncio Oliveira foi possível apenas contato telefônico, por conflito de agendas.
A nova pauta consiste de três pontos: 1) elementos para uma plataforma de campanha, a servir de referência para as alianças partidárias; 2) eleições proporcionais; 3) tática político-eleitoral.
Embora a plataforma (que alguns preferem chamar “programa”) da candidatura e da coligação partidária só deva estar pronta em fins de abril, faz-se necessário discuti-la desde já. Para nortear as alianças partidárias; subsidiar a área de comunicação (que começa a desenhar o conceito, o perfil, as idéias força, o formato dos programas de TV e de rádio e a identidade visual da candidatura); e para dar concretude aos amplos apoios que temos recebido do movimento social, da intelectualidade, do mundo acadêmico, da comunidade técnica, de empresários e do mundo da cultura e das artes.
Também a luta para eleger bancadas de vereadores agora é assunto do interesse de todos. O bom equacionamento dessa questão, tendo na devida conta os legítimos interesses de cada partido, entra agora, obrigatoriamente, na ordem do dia.
E a tática político-eleitoral, que envolve, por exemplo, a conduta a adotar em relação a cada um dos adversários e em relação ao candidato do PT (que não é adversário, é concorrente), faz parte da necessária convergência de idéias e propósitos entre as correntes políticas e os setores da sociedade que estarão envolvidos com a nossa candidatura.
Essa pauta agora passa a ser discutida com todos – inclusive com os partidos que provavelmente não estarão coligadas com o PCdoB, no primeiro turno e com personalidades, lideranças e ativistas dos mais diversos segmentos sociais. Será também objeto de discussão na reunião plenária que o Comitê Estadual do PCdoB realizará sábado, a partir das 10 horas, em sua sede, no Recife.
Não temos tempo a perder.
Defesa justa e oportuna
A defesa de Humberto Costa, feita ontem da tribuna da Assembléia Legislativa p;elo deputado Luciano Moura, do PCdoB, face à maneira grosseira e descabida como o senador Jarbas Vasconcelos se dirigiu ao ex-ministro da Saúde, é justa, necessária e oportuna.
Luciano Moura não havia se pronunciado antes em razão do recesso parlamentar. Preferiu fazê-lo ocupando a tribuna da Assembléia, agora que foram reiniciados os trabalhos legislativos.
Luciano Moura não havia se pronunciado antes em razão do recesso parlamentar. Preferiu fazê-lo ocupando a tribuna da Assembléia, agora que foram reiniciados os trabalhos legislativos.
Equilíbrio e bom senso
As declarações do deputado Alberto Feitosa, ontem na Rádio Folha, a propósito do pleito no Recife revelam bom senso e equilíbrio.
O PR está certo ao agir com cautela, examinando a evolução do cenário, e se dispondo a examinar, com abertura, a possibilidade de apoiar um dos candidatos governistas (João da Costa, PT ou Luciano Siqueira, PCdoB) ou o candidato do PSC, Carlos Cadoca.
O deputado Inocêncio Oliveira, presidente estadual do PR, Inocêncio Oliveira, vem reiterando que o seu partido só tomará uma decisão em abril.
O PR está certo ao agir com cautela, examinando a evolução do cenário, e se dispondo a examinar, com abertura, a possibilidade de apoiar um dos candidatos governistas (João da Costa, PT ou Luciano Siqueira, PCdoB) ou o candidato do PSC, Carlos Cadoca.
O deputado Inocêncio Oliveira, presidente estadual do PR, Inocêncio Oliveira, vem reiterando que o seu partido só tomará uma decisão em abril.
Bom dia, Lau Siqueira
14 fevereiro 2008
Tortuosos caminhos da unidade
Coluna semanal no portal Vermelho www.vermelho.org.br:
Obra de engenharia política
Luciano Siqueira
A união faz a força – diz o adágio popular, que se revela verdadeiro quando se luta por um objetivo justo. Mesmo que a união se faça entre diferentes e contraditórios entre si; ou, melhor dizendo, principalmente quando assim acontece.
A História é rica de episódios que o comprovam. A Insurreição Pernambucana (1645-1648) é um belo e emblemático exemplo: senhores de engenho, negros e índios uniram-se para expulsar o invasor holandês. Segmentos sociais distintos que ultrapassaram seus conflitos em nome do objetivo maior.
Acontece aqui e em outras terras mundo afora. A dispersão leva à derrota, a convergência é meio caminho andado para a vitória.
Porém tortuosos são os caminhos da unidade. Dispensam fórmulas e não se enquadram em nenhum esquema rígido. Dependem de muitas variáveis e, sobretudo, do quadro de forças e das circunstâncias da luta em cada momento.
Há duas situações, na atualidade, por si mesmas instigantes e reveladoras. Uma é a busca da unidade do movimento sindical brasileiro a partir da multiplicidade de centrais sindicais. O outro se encontra nas eleições municipais vindouras.
Da CGT à CUT, da Força Sindical à recém-criada CTB há um complexo percurso palmilhado pela união e pela desunião, pela sintonia de idéias e propósitos e por divergências e divisões. Até alguns anos atrás predominava a compreensão de que a unidade do movimento deveria se concretizar numa única central. Hoje, cristalizada a pluralidade de centrais (constituídas a partir de diferentes matrizes conceituais e ideológicas), torna-se inequívoca a percepção de que a unidade há de se fazer a partir dessa pluralidade e se materializar em torno de objetivos comuns, de curto e de médio prazo. É o que indica a campanha pela redução da jornada de trabalho sem diminuição do salário lançada em São Paulo, segunda-feira última, por iniciativa das centrais CUT, CTB, Força Sindical, UGT, NCST e CGTB.
Já o pleito de outubro põe em causa a unidade das onze agremiações partidárias da coalizão que apóia o governo do presidente Lula. Todos num mesmo barco em todos os municípios do país? Nem pensar. A diversidade regional e intra-regional, a peculiaridade e o desenho político das forças em presença em cada município e a débil base programática da maioria dos partidos apontam para a dispersão, mesmo que parcial. Partidos da base governista, sintonizados com o projeto nacional, estarão em palanques diferentes e opostos. Onde o pleito se dará em dois turnos, há ainda a possibilidade de uma unificação no segundo turno. Nos demais, a grande maioria, resta a maturidade de ultrapassar o episódio eleitoral sem desagregações definitivas.
Moral da história: a unidade não depende tão somente de boas intenções, é uma obra de engenharia política.
Obra de engenharia política
Luciano Siqueira
A união faz a força – diz o adágio popular, que se revela verdadeiro quando se luta por um objetivo justo. Mesmo que a união se faça entre diferentes e contraditórios entre si; ou, melhor dizendo, principalmente quando assim acontece.
A História é rica de episódios que o comprovam. A Insurreição Pernambucana (1645-1648) é um belo e emblemático exemplo: senhores de engenho, negros e índios uniram-se para expulsar o invasor holandês. Segmentos sociais distintos que ultrapassaram seus conflitos em nome do objetivo maior.
Acontece aqui e em outras terras mundo afora. A dispersão leva à derrota, a convergência é meio caminho andado para a vitória.
Porém tortuosos são os caminhos da unidade. Dispensam fórmulas e não se enquadram em nenhum esquema rígido. Dependem de muitas variáveis e, sobretudo, do quadro de forças e das circunstâncias da luta em cada momento.
Há duas situações, na atualidade, por si mesmas instigantes e reveladoras. Uma é a busca da unidade do movimento sindical brasileiro a partir da multiplicidade de centrais sindicais. O outro se encontra nas eleições municipais vindouras.
Da CGT à CUT, da Força Sindical à recém-criada CTB há um complexo percurso palmilhado pela união e pela desunião, pela sintonia de idéias e propósitos e por divergências e divisões. Até alguns anos atrás predominava a compreensão de que a unidade do movimento deveria se concretizar numa única central. Hoje, cristalizada a pluralidade de centrais (constituídas a partir de diferentes matrizes conceituais e ideológicas), torna-se inequívoca a percepção de que a unidade há de se fazer a partir dessa pluralidade e se materializar em torno de objetivos comuns, de curto e de médio prazo. É o que indica a campanha pela redução da jornada de trabalho sem diminuição do salário lançada em São Paulo, segunda-feira última, por iniciativa das centrais CUT, CTB, Força Sindical, UGT, NCST e CGTB.
Já o pleito de outubro põe em causa a unidade das onze agremiações partidárias da coalizão que apóia o governo do presidente Lula. Todos num mesmo barco em todos os municípios do país? Nem pensar. A diversidade regional e intra-regional, a peculiaridade e o desenho político das forças em presença em cada município e a débil base programática da maioria dos partidos apontam para a dispersão, mesmo que parcial. Partidos da base governista, sintonizados com o projeto nacional, estarão em palanques diferentes e opostos. Onde o pleito se dará em dois turnos, há ainda a possibilidade de uma unificação no segundo turno. Nos demais, a grande maioria, resta a maturidade de ultrapassar o episódio eleitoral sem desagregações definitivas.
Moral da história: a unidade não depende tão somente de boas intenções, é uma obra de engenharia política.
13 fevereiro 2008
Recife: pauta atual
Na conversa do PCdoB com os aliados, no Recife, começa a se colocar uma pauta nova.
Elementos de uma plataforma de campanha, tática eleitoral (tratamento a dar aos adversários; comportamento diante do candidato do PT, apenas concorrente) e eleições proporcionais são temas que devem ser abordados a partir de agora.
Para que em abril, quando a maioria dos partidos pretende se definir, e em junho, no ato das convenções, a coligação em torno de nossa candidatura esteja unida e em condições de ir à luta.
Elementos de uma plataforma de campanha, tática eleitoral (tratamento a dar aos adversários; comportamento diante do candidato do PT, apenas concorrente) e eleições proporcionais são temas que devem ser abordados a partir de agora.
Para que em abril, quando a maioria dos partidos pretende se definir, e em junho, no ato das convenções, a coligação em torno de nossa candidatura esteja unida e em condições de ir à luta.
Lição de coragem
“Quem sabe da vida espera/dia certo p'ra chegar/capoeira não tem pressa/mas na hora vai lutar” (Geraldo Vandré – Hora de lutar).
João Paulo e a candidatura do PCdoB
. Hoje pela manhã, na abertura do Seminário preparatório da II Conferência Municipal de Direitos Humanos, no Hotel Jangadeiro, o prefeito João Paulo reafirmou a conduta absolutamente correta em relação ao seu vice-prefeito.
. Ao apresentar um balanço das realizações dos seus dois mandatos consecutivos à frente da Prefeitura, reconheceu de público as nossa contribuição ao êxito do governo.
. E, ao finalizar seu discurso, reiterou o desejo de ser sucedido por um companheiro, “ou Luciano Siqueira ou João da Costa”.
. O prefeito conserva a opinião de que as forças governistas deveriam comparecer ao pleito com um único candidato. Mas se esmera no respoeito à posição do PCdoB e de outros aliados, assim como à candidatura do seu vice-prefeito.
. Ao apresentar um balanço das realizações dos seus dois mandatos consecutivos à frente da Prefeitura, reconheceu de público as nossa contribuição ao êxito do governo.
. E, ao finalizar seu discurso, reiterou o desejo de ser sucedido por um companheiro, “ou Luciano Siqueira ou João da Costa”.
. O prefeito conserva a opinião de que as forças governistas deveriam comparecer ao pleito com um único candidato. Mas se esmera no respoeito à posição do PCdoB e de outros aliados, assim como à candidatura do seu vice-prefeito.
É pouco, mas já é alguma coisa
. Não é tanto quanto todos nós desejamos, mas é significativo. O desemprego nas principais regiões metropolitanas cai para 15,5% em 2007, o que corresponde a uma queda de 1,3 pontos percentual em relação a 2006, quando o índice chegou a 16,8% da População Economicamente Ativa (PEA).
. Estudo realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) revela que no ano passado, o número de desempregados no conjunto das seis regiões foi estimado em cerca de 3 milhões de pessoas, 180 mil a menos do que em 2006. No ano, foram gerados 553 mil novos postos de trabalho, número superior ao contingente de pessoas que entraram no mercado de trabalho (374 mil).
. A taxa de desemprego caiu de 14,6% em novembro para 14,2% em dezembro de 2007, a menor taxa desde a agregação dos resultados das regiões pesquisadas, em janeiro de 1998.
. Melhor seria seja estivéssemos operando a economia com baixas taxas de juros. Mas isso é tema para a pressão social.
. Estudo realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) revela que no ano passado, o número de desempregados no conjunto das seis regiões foi estimado em cerca de 3 milhões de pessoas, 180 mil a menos do que em 2006. No ano, foram gerados 553 mil novos postos de trabalho, número superior ao contingente de pessoas que entraram no mercado de trabalho (374 mil).
. A taxa de desemprego caiu de 14,6% em novembro para 14,2% em dezembro de 2007, a menor taxa desde a agregação dos resultados das regiões pesquisadas, em janeiro de 1998.
. Melhor seria seja estivéssemos operando a economia com baixas taxas de juros. Mas isso é tema para a pressão social.
Centrais sindicais proativas
Artigo de toda quarta-feira no Blog de Jamildo (JC Online):
Sinais de vida do movimento sindical
Por Luciano Siqueira
Em conjunturas de recessão e desemprego, os trabalhadores refluem, greves e manifestações de rua escasseiam; eles se concentram, via de regra, na peleja pela preservação do emprego.
Mal conseguem reajustes salariais, a mais das vezes abaixo da inflação. Sentem-se constrangidos a uma posição defensiva nas negociações com o patronato.
Mas quando a economia recomeça a crescer e as atividades produtivas se expandem, os sindicatos ganham força e retomam a iniciativa. Agora não se trata apenas de conservar o emprego nem de recuperar perdas salariais ao nível dos índices inflacionários – querem a valorização da força de trabalho numa dimensão maior.
O lançamento da campanha pela redução da jornada de trabalho sem redução de salário em São Paulo, anteontem, com a presença de mais de mil lideranças e ativistas ligados às centrais sindicais CUT, CTB, Força Sindical, UGT, NCST, CGTB, pode ser um sinal de reanimação do movimento.
O mote é o Projeto de Emenda Constitucional (PEC) número 393/2001, que tramita no Congresso Nacional, propondo a redução progressiva das horas semanais trabalhadas. Se aprovada, a jornada semanal de trabalho passaria de 44 para 40 horas e, após dois anos, para 35 horas.
Essa é uma bandeira histórica, erguida no mundo inteiro. Desde meados do século XIX, quando os trabalhadores – em grande parte crianças, adolescentes e mulheres - eram submetidos a uma jornada de 17 a 20 horas por dia. A palavra de ordem era “oito horas de trabalho, oito de descanso e oito de lazer”.
A medida tem precedentes no Brasil. Ocorreu nas Constituições de 1934 e de 1988 – nesta última a jornada passou de 48 para 44 horas semanais, dentro do limite de oito horas diárias.
Analistas de diversas tendências convergem na opinião de que a redução da jornada de trabalho é um fator de ampliação das oportunidades de emprego, contribui para elevar a qualidade de vida do trabalhador, alargando o seu tempo livre para o lazer, educação e para a vida familiar. Isto desde que seja extinto o expediente das horas extras e o banco de horas a que muitas empresas recorrem.
O incremento do emprego fomenta o mercado de consumo interno e realimenta o crescimento da produção.
As centrais sindicais agora se empenham na mobilização de assinaturas em apoio à PEC em todo o país e anunciam um 1º. De Maio unificado para reforçar essa luta.
PS: Luciano Siqueira é vice-prefeito do Recife, pelo PC do B, e escreve no Blog de Jamildo todas as quartas-feiras.
Sinais de vida do movimento sindical
Por Luciano Siqueira
Em conjunturas de recessão e desemprego, os trabalhadores refluem, greves e manifestações de rua escasseiam; eles se concentram, via de regra, na peleja pela preservação do emprego.
Mal conseguem reajustes salariais, a mais das vezes abaixo da inflação. Sentem-se constrangidos a uma posição defensiva nas negociações com o patronato.
Mas quando a economia recomeça a crescer e as atividades produtivas se expandem, os sindicatos ganham força e retomam a iniciativa. Agora não se trata apenas de conservar o emprego nem de recuperar perdas salariais ao nível dos índices inflacionários – querem a valorização da força de trabalho numa dimensão maior.
O lançamento da campanha pela redução da jornada de trabalho sem redução de salário em São Paulo, anteontem, com a presença de mais de mil lideranças e ativistas ligados às centrais sindicais CUT, CTB, Força Sindical, UGT, NCST, CGTB, pode ser um sinal de reanimação do movimento.
O mote é o Projeto de Emenda Constitucional (PEC) número 393/2001, que tramita no Congresso Nacional, propondo a redução progressiva das horas semanais trabalhadas. Se aprovada, a jornada semanal de trabalho passaria de 44 para 40 horas e, após dois anos, para 35 horas.
Essa é uma bandeira histórica, erguida no mundo inteiro. Desde meados do século XIX, quando os trabalhadores – em grande parte crianças, adolescentes e mulheres - eram submetidos a uma jornada de 17 a 20 horas por dia. A palavra de ordem era “oito horas de trabalho, oito de descanso e oito de lazer”.
A medida tem precedentes no Brasil. Ocorreu nas Constituições de 1934 e de 1988 – nesta última a jornada passou de 48 para 44 horas semanais, dentro do limite de oito horas diárias.
Analistas de diversas tendências convergem na opinião de que a redução da jornada de trabalho é um fator de ampliação das oportunidades de emprego, contribui para elevar a qualidade de vida do trabalhador, alargando o seu tempo livre para o lazer, educação e para a vida familiar. Isto desde que seja extinto o expediente das horas extras e o banco de horas a que muitas empresas recorrem.
O incremento do emprego fomenta o mercado de consumo interno e realimenta o crescimento da produção.
As centrais sindicais agora se empenham na mobilização de assinaturas em apoio à PEC em todo o país e anunciam um 1º. De Maio unificado para reforçar essa luta.
PS: Luciano Siqueira é vice-prefeito do Recife, pelo PC do B, e escreve no Blog de Jamildo todas as quartas-feiras.
12 fevereiro 2008
História: 12 de fevereiro de 1886
Flagrada e processada (mas absolvida) senhora torturadora de escravas, e assassina de uma delas, em Botafogo, Rio de Janeiro. (Vermelho http://www.vermelho.org.br/).
11 fevereiro 2008
Boa tarde, Waldir Pedrosa Amorim
Unidade em duas vias
Na entrevista do secretário Ricardo Leitão ao Jornal do Commerco, domingo, há um reconhecimento explícito da legitimidade e do potencial de nossa candidatura.
Leitão cogita da hipótese de que um dos dois candidatos – Luciano Siqueira ou João da Costa – possa se consolidar como pólo aglutinador do conjunto de nossas forças até junho.
É uma formulação lógica. Porém tudo indica que nos próximos meses ocorrerá a consolidação de ambas as candidaturas, cada uma a seu modo. A unidade se completará no provável segundo turno, em duas vias.
No caso da pré-candidatura do PCdoB, cresce o apoio espontâneo partindo de amplos segmentos da sociedade recifense. Algo de peso, que até o final de março certamente ganhará robustez.
Leitão cogita da hipótese de que um dos dois candidatos – Luciano Siqueira ou João da Costa – possa se consolidar como pólo aglutinador do conjunto de nossas forças até junho.
É uma formulação lógica. Porém tudo indica que nos próximos meses ocorrerá a consolidação de ambas as candidaturas, cada uma a seu modo. A unidade se completará no provável segundo turno, em duas vias.
No caso da pré-candidatura do PCdoB, cresce o apoio espontâneo partindo de amplos segmentos da sociedade recifense. Algo de peso, que até o final de março certamente ganhará robustez.
Pré-candidatura não é projeto pessoal
Aqui e acolá surgem em declarações de aliados referências a um suposto “desejo do vice-prefeito do Recife” disputar o pleito de outubro. João Paulo tem falado assim, assinalando seja “legítima essa pretensão”.
Em termos semelhantes o secretário da Casa Civil Ricardo Leitão se pronuncia em entrevista ao Jornal do Commercio de domingo.
Não é bem assim. Jamais me tornei pré-candidato por vontade pessoal. Esta é uma proposta partidária, assentada numa avaliação multilateral e objetiva do cenário das eleições – que assumo plenamente, por convicção e compromisso militante. E para tanto me sinto apto. Daí o meu empenho diuturno no sentido de viabilizar a candidatura.
Em termos semelhantes o secretário da Casa Civil Ricardo Leitão se pronuncia em entrevista ao Jornal do Commercio de domingo.
Não é bem assim. Jamais me tornei pré-candidato por vontade pessoal. Esta é uma proposta partidária, assentada numa avaliação multilateral e objetiva do cenário das eleições – que assumo plenamente, por convicção e compromisso militante. E para tanto me sinto apto. Daí o meu empenho diuturno no sentido de viabilizar a candidatura.
Primeiro dia do ano
Segunda-feira imediata após o Carnaval. Os últimos blocos desfilaram ontem, domingo. Isto quer dizer que o abençoado ano de 2008 começa hoje. Pra valer. E em todos os sentidos – principalmente quanto aos preparativos para o pleito de outubro.
História: 11 de fevereiro de 1998
Com o Congresso cercado por manifestantes, espancados pela cavalaria da PM, a Câmara aprova em 1º turno a Reforma da Previdência. Manifestações por todo o Brasil. Paralisação de protesto no metrô-São Paulo. (Vermelho http://www.vermelho.org.br/).
Brasil perde R$ 30,4 bilhões com acidentes nas rodovias
. Está na Gazeta Mercantil de hoje. O Brasil perdeu, em 2007, R$ 30,4 bilhões em desastres nas rodovias federais e estaduais e em aglomerações urbanas. O montante, equivalente ao triplo do investimento feito em geração e transmissão de energia elétrica, é apontado em estudo do economista José Aroudo Mota, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).
. É a abordagem, digamos, econômica de um grave problema social. Em minha opinião há que considerar como causas da escalada de acidentes automobilísticos não apenas o péssimo estado das estradas, o alcoolismo e a imperícia de condutores de veículos. A política nacional de transportes precisa se tornar contemporânea, dando o devido peso à ferrovia como meio de transporte de cargas preferencial e, nas cidades, priorizando o transporte de massas ao invés do transporte individual. Para tanto, serão necessários investimentos públicos de grande envergadura, possíveis na medida em que o Estado brasileiro supere sua prolongada crise de financiamento.
. É a abordagem, digamos, econômica de um grave problema social. Em minha opinião há que considerar como causas da escalada de acidentes automobilísticos não apenas o péssimo estado das estradas, o alcoolismo e a imperícia de condutores de veículos. A política nacional de transportes precisa se tornar contemporânea, dando o devido peso à ferrovia como meio de transporte de cargas preferencial e, nas cidades, priorizando o transporte de massas ao invés do transporte individual. Para tanto, serão necessários investimentos públicos de grande envergadura, possíveis na medida em que o Estado brasileiro supere sua prolongada crise de financiamento.
10 fevereiro 2008
História revelada
No Vermelho, por Eduardo Bomfim:
Páginas da História
Quando procuramos observar o passado, não devemos fazê-lo através de um sentimento compulsivo, obsessivo, desligado das relações históricas, separado dos fenômenos que intrigam o presente. Seria como nos debruçarmos sobre uma determinada época pairada no alto, inerte. Não leva a nada, diante do clamor da verdade.
É justa a observação do escritor italiano Salviolli quando assegura – “O presente, ainda depois das mais profundas revoluções morais e sociais, liga-se ao passado por vínculos tais que não se poderiam romper sem torná-lo um enigma”.
Por isso, quando um episódio histórico é impedido de vir à tona, há uma lacuna na crônica de uma nação. Enquanto ele não for elucidado, há a sensação do vazio.
Quando, no Brasil, o regime de exceção começou a perder sustentação e a resistência democrática, popular, começou a passar à ofensiva, exigindo o retorno das liberdades políticas, aconteceram episódios escabrosos, alguns jamais esclarecidos.
Em 1975, quero crer, violenta repressão abateu-se contra a direção nacional do Partido Comunista Brasileiro, PCB, assassinando vários de seus dirigentes, inclusive o alagoano Jaime Miranda.
Depois, em 1976, aconteceu a famigerada chacina da Lapa, bairro de São Paulo, onde membros do Comitê Central do Partido Comunista do Brasil, PCdoB, foram barbaramente trucidados, a exemplo de João Batista Drummond, Pedro Pomar e Ângelo Arroyo. Outros, presos e torturados.
A redemocratização, incontrolável, anunciava-se. Os três políticos de maior representação popular do país, na época, lançaram no exílio a chamada Frente Ampla. Lacerda, Juscelino e João Goulart. Os dois últimos ex-presidentes da República.
Morreram em circunstâncias trágicas, misteriosas. Jornalistas denunciaram assassinatos. Surge, agora, o depoimento de um ex-membro dos órgãos de repressão do Uruguai declarando que participou da operação que envenenou Goulart, sob a direção do tenebroso homicida Fleury.
Disse à Folha de São Paulo que o regime brasileiro queria “limpar a área” diante do inevitável. Começaram a “limpar a área” tentando dizimar os comunistas, como sempre, depois Juscelino, fundador de Brasília, Lacerda, líder da UDN, Jango o reformador. A História, incompleta, como uma página arrancada de um livro, cedo ou tarde reclama o seu continuum.
Páginas da História
Quando procuramos observar o passado, não devemos fazê-lo através de um sentimento compulsivo, obsessivo, desligado das relações históricas, separado dos fenômenos que intrigam o presente. Seria como nos debruçarmos sobre uma determinada época pairada no alto, inerte. Não leva a nada, diante do clamor da verdade.
É justa a observação do escritor italiano Salviolli quando assegura – “O presente, ainda depois das mais profundas revoluções morais e sociais, liga-se ao passado por vínculos tais que não se poderiam romper sem torná-lo um enigma”.
Por isso, quando um episódio histórico é impedido de vir à tona, há uma lacuna na crônica de uma nação. Enquanto ele não for elucidado, há a sensação do vazio.
Quando, no Brasil, o regime de exceção começou a perder sustentação e a resistência democrática, popular, começou a passar à ofensiva, exigindo o retorno das liberdades políticas, aconteceram episódios escabrosos, alguns jamais esclarecidos.
Em 1975, quero crer, violenta repressão abateu-se contra a direção nacional do Partido Comunista Brasileiro, PCB, assassinando vários de seus dirigentes, inclusive o alagoano Jaime Miranda.
Depois, em 1976, aconteceu a famigerada chacina da Lapa, bairro de São Paulo, onde membros do Comitê Central do Partido Comunista do Brasil, PCdoB, foram barbaramente trucidados, a exemplo de João Batista Drummond, Pedro Pomar e Ângelo Arroyo. Outros, presos e torturados.
A redemocratização, incontrolável, anunciava-se. Os três políticos de maior representação popular do país, na época, lançaram no exílio a chamada Frente Ampla. Lacerda, Juscelino e João Goulart. Os dois últimos ex-presidentes da República.
Morreram em circunstâncias trágicas, misteriosas. Jornalistas denunciaram assassinatos. Surge, agora, o depoimento de um ex-membro dos órgãos de repressão do Uruguai declarando que participou da operação que envenenou Goulart, sob a direção do tenebroso homicida Fleury.
Disse à Folha de São Paulo que o regime brasileiro queria “limpar a área” diante do inevitável. Começaram a “limpar a área” tentando dizimar os comunistas, como sempre, depois Juscelino, fundador de Brasília, Lacerda, líder da UDN, Jango o reformador. A História, incompleta, como uma página arrancada de um livro, cedo ou tarde reclama o seu continuum.
09 fevereiro 2008
Viva Baco! Baco viva!
Ciência Hoje On-line:
Colunista faz uma ode ao vinho e discute se ele poderia conter o elixir da longa vida
. O repertório operístico, diga-se de passagem, está repleto de brindes e referências elogiosas ao vinho. O mais popular certamente é o brindisi do primeiro ato da Traviata, ópera de 1853 de Giuseppe Verdi (1813-1901), no qual Alfredo abertamente declara seu amor por Violetta (a “dama das camélias”). Há, entretanto, outro exemplo que acho encantador. É o brinde que Turiddu, o tenor-herói, faz no final de Cavalleria Rusticana, ópera de 1890 composta por Pietro Mascagni (1863-1945): “Viva o vinho espumante, Na taça cintilante, Como o riso da amante. Infunde o doce júbilo! Viva o vinho que é sincero, Que alegra cada pensamento, E que afoga o humor negro, No doce embriagamento.”
. Mas há outra razão para discutirmos o vinho nesta coluna. Acontece que ele é a fonte mais rica de uma molécula orgânica, o resveratrol, que talvez-possivelmente-quem-sabe-um-dia-esperançosamente possa vir a nos dar pistas para concretizar o grande sonho dos alquimistas e de toda a humanidade: o elixir da longa vida.
. Molécula de resveratrol trans-3,4’,5-triidroxistilbeno, com pano de fundo de uvas vermelhas e vinho tinto, no qual ele é encontrado. O resveratrol (trans-3,4’,5-triidroxistilbeno) é um composto polifenólico encontrado em várias plantas. Ele é uma fitoalexina, ou seja, uma molécula produzida pelo vegetal como uma defesa contra a infecção por patógenos. O resveratrol é encontrado especialmente na casca das uvas vermelhas e é um constituinte do vinho tinto. . Para entender a importância e o mecanismo de ação do resveratrol, temos de voltar a 1935, quando experimentos em laboratório mostraram pela primeira vez que a restrição alimentar aumentava a expectativa de vida de camundongos em 30%. Mais tarde, verificou-se que o mesmo ocorria em uma variedade de outros animais experimentais, incluindo a mosca de frutas (drosófila), nematódeos e até a levedura, em que a restrição calórica aumenta o número de divisões celulares.
. Veja o artigo na íntegra http://cienciahoje.uol.com.br/110860