05 julho 2008

Anacronismo ecológico

Ciência Hoje:
Meios alternativos ajudam plantas a resistir à extinção dos dispersores de suas sementes
. Meios alternativos ajudam plantas a resistir à extinção dos dispersores de suas sementes
Plantas das regiões tropicais do continente americano que dependiam de megafauna (grandes mamíferos, com mais de uma tonelada) para dispersar suas sementes conseguiram sobreviver à extinção desses animais graças a meios alternativos de dispersão. Essa foi a conclusão de um trabalho realizado por pesquisadores do Instituto de Física Gleb Wataghin (IFGW) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e da Estação Biológica de Doñana, em Sevilha (Espanha).
. Para os pesquisadores, as plantas da megafauna foram mantidas por animais que se alimentavam ocasionalmente de seus frutos, como a cutia (Dasyprocta aguti). Foto: Rodolfo Lapenta. Os cientistas identificaram 103 plantas brasileiras cujos frutos possuíam as mesmas características dos de vegetais africanos que ainda são dispersos pela megafauna, como rinocerontes e elefantes. Essas espécies teriam sobrevivido graças a roedores estocadores, gado, enchentes e humanos, que ocupariam o lugar dos grandes animais. Os resultados do trabalho foram publicados na revista científica digital PLoS One. A idéia desse anacronismo ecológico já havia sido proposta em um artigo de 1982, publicado na revista científica norte-americana Science. “O problema é que o trabalho não definiu com precisão o que seria um fruto de megafauna. Havia muitas categorias, o que tornava difícil o estudo”, conta o biólogo Paulo Roberto Guimarães Jr., do Departamento de Física da Matéria Condensada do IFGW. Por isso, os autores, além de estudar o problema da dispersão, criaram uma definição operacional de fruto de megafauna para facilitar futuros trabalhos.
. Leia a matéria na íntegra: http://cienciahoje.uol.com.br/121574

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