A construção coletiva das idéias é uma das mais fascinantes experiências humanas. Pressupõe um diálogo sincero, permanente, em cima dos fatos. Neste espaço, diariamente, compartilhamos com você nossa compreensão sobre as coisas da luta e da vida. Participe. Opine. [Artigos assinados expressam a opinião dos seus autores].
30 novembro 2010
O comando está no asfalto
Sempre se disse que os verdadeiros chefes do tráfico estão no asfalto, e não nos morros. É hora de se descobrir os verdadeiros chefes.
Quem escala o time?
Do jeito que as coisas estão, a mídia já escalou o novo Ministério. Basta Dilma recortar as notícias e bater o martelo... Ou não?
História: 30 de novembro de 1979
Figueiredo no centro do conflito
O general Figueiredo, fazendo outro uso de sua política de "mão estendida", responde com banana a protesto estudantil em Florianópolis. Segue-se batalha de 6 h com a PM, a Novembrada. Presos e processados 5 estudantes. A popularidade do governo cai brusca e irremediavelmente. (Vermelho http://www.vermelho.org.br/).
Lula anuncia amanhã novos números do desmatamento na Amazônia
. A notícia é da Agência Brasil. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anuncia amanhã (1°) a nova taxa anual de desmatamento da Amazônia, com os números da devastação entre agosto de 2009 e julho de 2010. O acumulado deve chegar a cerca de 5 mil quilômetros quadrados (km2) a menor taxa desde o início do monitoramento pelo sistema Prodes, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
. Em 2009, a Amazônia perdeu 7,6 mil km² de floresta, consolidando a tendência de queda observada pelo Inpe desde 2005, depois que a derrubada atingiu pico de 27 mi km² de desmate em 2004.
. Em 2009, a Amazônia perdeu 7,6 mil km² de floresta, consolidando a tendência de queda observada pelo Inpe desde 2005, depois que a derrubada atingiu pico de 27 mi km² de desmate em 2004.
O que tem a ver tamanho do cérebro com a inteligência?
Ciência Hoje Online:
Maior cérebro, maior inteligência?
Roberto Lent discute em sua coluna estudo norte-americano que mostra que o tamanho de diversas regiões e estruturas cerebrais está associado ao QI de um indivíduo, medido com base nos diferentes aspectos da cognição.
. Todo mundo sabe intuitivamente o que é a inteligência. O difícil é defini-la com rigor científico. Será a capacidade de resolver problemas? Ou a percepção de emoções sutis dos outros? A habilidade matemática? Talento oratório? Ou a capacidade de compor música?
. A variedade de habilidades humanas indica que a inteligência não é uma só, e que as pessoas podem ser excelentes em um aspecto e não tão boas em outros.
. De fato, o psicólogo norte-americano Howard Gardner, da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, considera que a inteligência é mesmo múltipla e propõe que seus tipos principais são: inteligência espacial, linguística, lógica-matemática, corporal, musical, interpessoal, intrapessoal, naturalística e existencial. Há evidências de que essas “especialidades” cognitivas sejam verdadeiras, mas não há garantias de que sejam as únicas. A lista pode aumentar.
. Leia a matéria na íntegra http://migre.me/2BYcB
Maior cérebro, maior inteligência?
Roberto Lent discute em sua coluna estudo norte-americano que mostra que o tamanho de diversas regiões e estruturas cerebrais está associado ao QI de um indivíduo, medido com base nos diferentes aspectos da cognição.
. Todo mundo sabe intuitivamente o que é a inteligência. O difícil é defini-la com rigor científico. Será a capacidade de resolver problemas? Ou a percepção de emoções sutis dos outros? A habilidade matemática? Talento oratório? Ou a capacidade de compor música?
. A variedade de habilidades humanas indica que a inteligência não é uma só, e que as pessoas podem ser excelentes em um aspecto e não tão boas em outros.
. De fato, o psicólogo norte-americano Howard Gardner, da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, considera que a inteligência é mesmo múltipla e propõe que seus tipos principais são: inteligência espacial, linguística, lógica-matemática, corporal, musical, interpessoal, intrapessoal, naturalística e existencial. Há evidências de que essas “especialidades” cognitivas sejam verdadeiras, mas não há garantias de que sejam as únicas. A lista pode aumentar.
. Leia a matéria na íntegra http://migre.me/2BYcB
Meu artigo semanal no site da Revista Algomais
Celso Amorim em merecido destaque
Luciano Siqueira
O programa humorístico Zorra Total exibiu durante longo período um quadro em que um operário, limpando janelas de um edifício, ao ver passar um avião dizia para um colega: “Olha o presidente Lula indo!”. Algum tempo após, percebendo outro avião em sentido contrário, o colega apontava: “Olha o presidente Lula voltando!”. E ambos arrematavam: “Só a gente não viaja!”
Era o jeito Rede Globo de ridicularizar as viagens internacionais do presidente da República, apresentando-as como inúteis. Na verdade, uma crítica ferina à política externa do governo – que, diferentemente dos tempos de FHC e anteriores, agora assumia postura altiva e soberana no concerto internacional. Mais: ao estabelecer relações diplomáticas e comerciais com grandes países emergentes – China, Índia, Rússia, África do Sul -, o Brasil superava a dependência, em seu comércio exterior, dos EUA e, em certa medida, também da União Europeia.
Hoje, quase oito anos transcorridos do governo Lula, essa política externa se mostra vitoriosa.
E justamente na terra “dos galegos dos olhos azuis”, uma conceituada revista, a A pauta da Foreign Policy é focada em política internacional, economia, integração e ideias consideradas inovadoras.
Na prática, o reconhecimento do papel do ministro das Relações Exteriores no atual cenário mundial. A revista justifica a honraria por Amorim ter contribuído diretamente para que o Brasil venha se convertendo em “uma potência internacional sem seguir cegamente o governo dos Estados Unidos nem romper com os americanos”. Ou seja: por ter praticado uma diplomacia a um só tempo soberana e hábil.
"Sob a liderança de Amorim, o Brasil abraçou entusiasticamente a aliança dos BRIC, com Rússia, Índia e China, que ele acha que tem o poder de 'redefinir a governabilidade mundial'" – assinala a revista.
O fato é mais um dentre muitos, emblemático da derrota sofrida pela grande mídia que combateu, e continua combatendo sem tréguas, um governo que, além de alcançar índices recordes de popularidade interna, logrou um prestígio internacional jamais obtido pelo Brasil.
Luciano Siqueira
O programa humorístico Zorra Total exibiu durante longo período um quadro em que um operário, limpando janelas de um edifício, ao ver passar um avião dizia para um colega: “Olha o presidente Lula indo!”. Algum tempo após, percebendo outro avião em sentido contrário, o colega apontava: “Olha o presidente Lula voltando!”. E ambos arrematavam: “Só a gente não viaja!”
Era o jeito Rede Globo de ridicularizar as viagens internacionais do presidente da República, apresentando-as como inúteis. Na verdade, uma crítica ferina à política externa do governo – que, diferentemente dos tempos de FHC e anteriores, agora assumia postura altiva e soberana no concerto internacional. Mais: ao estabelecer relações diplomáticas e comerciais com grandes países emergentes – China, Índia, Rússia, África do Sul -, o Brasil superava a dependência, em seu comércio exterior, dos EUA e, em certa medida, também da União Europeia.
Hoje, quase oito anos transcorridos do governo Lula, essa política externa se mostra vitoriosa.
E justamente na terra “dos galegos dos olhos azuis”, uma conceituada revista, a A pauta da Foreign Policy é focada em política internacional, economia, integração e ideias consideradas inovadoras.
Na prática, o reconhecimento do papel do ministro das Relações Exteriores no atual cenário mundial. A revista justifica a honraria por Amorim ter contribuído diretamente para que o Brasil venha se convertendo em “uma potência internacional sem seguir cegamente o governo dos Estados Unidos nem romper com os americanos”. Ou seja: por ter praticado uma diplomacia a um só tempo soberana e hábil.
"Sob a liderança de Amorim, o Brasil abraçou entusiasticamente a aliança dos BRIC, com Rússia, Índia e China, que ele acha que tem o poder de 'redefinir a governabilidade mundial'" – assinala a revista.
O fato é mais um dentre muitos, emblemático da derrota sofrida pela grande mídia que combateu, e continua combatendo sem tréguas, um governo que, além de alcançar índices recordes de popularidade interna, logrou um prestígio internacional jamais obtido pelo Brasil.
28 novembro 2010
Tom Jobim vive
“Chega perto, vem sem medo/Chega mais meu coração/Vem ouvir esse segredo/Escondido num choro canção...”.
A partir de hoje venda de antibióticos só com receita médica
. A notícia é da Agência Brasil. A partir deste domingo (28) começam a valer as novas regras para a venda de antibióticos nas farmácias e drogarias de todo o país. Os medicamentos só podem ser vendidos com a apresentação de duas vias da receita médica, sendo que uma delas ficará com o estabelecimento e outra com o consumidor. Essa norma já vale para remédios psicotrópicos, conhecidos como de tarja preta, usados no tratamento de depressão e ansiedade.
. As receitas terão validade por dez dias a partir da prescrição do médico. Os médicos e profissionais habilitados devem prescrever o remédio com letra legível e sem rasuras.
. A regra vale para 93 tipos de substâncias antimicrobianas que compõem todos os antibióticos registrados no Brasil, como amoxicilina, azitromicina, cefalexina e sulfametoxazol, algumas das mais vendidas no país. Estão de fora da lista os antibióticos usados exclusivamente em hospitais.
. O estabelecimento que desrespeitar a regra está sujeito a punição, que vai de multa até interdição. Com a venda mais rígida, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) quer evitar o uso indiscriminado de antibiótico pela população e conter o avanço dos casos de contaminação por superbactérias, como a KPC – responsável pelo recente surto de infecção hospitalar no Distrito Federal.
. As receitas terão validade por dez dias a partir da prescrição do médico. Os médicos e profissionais habilitados devem prescrever o remédio com letra legível e sem rasuras.
. A regra vale para 93 tipos de substâncias antimicrobianas que compõem todos os antibióticos registrados no Brasil, como amoxicilina, azitromicina, cefalexina e sulfametoxazol, algumas das mais vendidas no país. Estão de fora da lista os antibióticos usados exclusivamente em hospitais.
. O estabelecimento que desrespeitar a regra está sujeito a punição, que vai de multa até interdição. Com a venda mais rígida, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) quer evitar o uso indiscriminado de antibiótico pela população e conter o avanço dos casos de contaminação por superbactérias, como a KPC – responsável pelo recente surto de infecção hospitalar no Distrito Federal.
Sugestão do poeta
A sugestão de domingo é do poeta Thiago de Mello: “...a alegria será uma bandeira generosa/para sempre desfraldada na alma do povo”.
Coligação ampla e suas implicações
Base de apoia governo, quanto mais ampla melhor. Garante governabilidade. Mas não é fácil administrar. Caso do PSDB, que tende a apoiar o governo Eduardo Campos, em Pernambuco. Em que termos? De outra parte, oposição atuante também faz bem a governos. E à democracia.
Difícil a prática do consumo consciente
. Interessante matéria publicada no Diário de Pernambuco de hoje http://twixar.com/2h0JG dando conta de que 70% da população brasileira já adquiriu algum nível de consciência ambiental, mas encontra enorme dificuldade de mudar hábitos.
. Inclusive hábitos de consumo, na linha do “consumo consciente” que vem sendo disseminada mundo afora.
. Tema necessária em nossa agenda diária.
. Inclusive hábitos de consumo, na linha do “consumo consciente” que vem sendo disseminada mundo afora.
. Tema necessária em nossa agenda diária.
Reforma com financiamento público
. A Folha de S. Paulo registra hoje: Segundo levantamento a ser divulgado amanhã pelo TSE, as campanhas deste ano encerradas no primeiro turno declararam gastos num total de R$ 2,7 bilhões - média de R$ 20 por eleitor. A previsão inicial, calculada em discussões sobre a possibilidade de adoção do financiamento público de campanha, era de R$ 7.
. O custo global da campanha de 2010 ainda incluirá as despesas de Dilma, José Serra e 18 candidatos a governador no segundo turno. Especialistas criticam a ausência de teto para os gastos e o limite folgado estabelecido para os doadores (2% do faturamento de empresas e 10% da renda de pessoas físicas).
. Acrescento cá com os meus botões: a questão nodal é essa: reforma política que implante o financiamento público de campanha.
. O custo global da campanha de 2010 ainda incluirá as despesas de Dilma, José Serra e 18 candidatos a governador no segundo turno. Especialistas criticam a ausência de teto para os gastos e o limite folgado estabelecido para os doadores (2% do faturamento de empresas e 10% da renda de pessoas físicas).
. Acrescento cá com os meus botões: a questão nodal é essa: reforma política que implante o financiamento público de campanha.
27 novembro 2010
Diversidade escondida em caverna da Amazônia
Ciência Hoje Online:
Durante expedição em Rondônia, pesquisadores da USP encontram duas novas espécies de carrapato e uma inédita no Brasil. A descoberta contribui para os estudos sobre doenças causadas por esses parasitas, como a febre maculosa.
. As cavernas podem esconder uma diversidade de animais insuspeita. Durante expedição em busca de carrapatos em uma caverna da selva amazônica, pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) encontraram cinco espécies, duas delas novas para a ciência e uma inédita no Brasil.
. As novas espécies foram batizadas de Nothoaspis amazoniensis e Carios rondoniensis. A espécie encontrada pela primeira vez em território brasileiro, Ornithodoros marinkellei, já havia sido observada na Colômbia, no Panamá e na Venezuela. As outras duas espécies, Antricola guglielmonei e Antricola delacruzi, haviam sido relatadas anteriormente apenas em Sergipe.
. Leia a matéria completa http://twixar.com/10pGnk
Durante expedição em Rondônia, pesquisadores da USP encontram duas novas espécies de carrapato e uma inédita no Brasil. A descoberta contribui para os estudos sobre doenças causadas por esses parasitas, como a febre maculosa.
. As cavernas podem esconder uma diversidade de animais insuspeita. Durante expedição em busca de carrapatos em uma caverna da selva amazônica, pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) encontraram cinco espécies, duas delas novas para a ciência e uma inédita no Brasil.
. As novas espécies foram batizadas de Nothoaspis amazoniensis e Carios rondoniensis. A espécie encontrada pela primeira vez em território brasileiro, Ornithodoros marinkellei, já havia sido observada na Colômbia, no Panamá e na Venezuela. As outras duas espécies, Antricola guglielmonei e Antricola delacruzi, haviam sido relatadas anteriormente apenas em Sergipe.
. Leia a matéria completa http://twixar.com/10pGnk
FHC palpiteiro
Agora é FHC, que “sugere” a Dilma “medidas duras” frente às dificuldades econômicas externas. FHC devia curtir quieto o seu ostracismo.
26 novembro 2010
Boa noite, Cecília Meireles
Meu Sonho
Parei as águas do meu sonho
para teu rosto se mirar.
Mas só a sombra dos meus olhos
ficou por cima, a procurar...
Os pássaros da madrugada
não têm coragem de cantar,
vendo o meu sonho interminável
e a esperança do meu olhar.
Procurei-te em vão pela terra,
perto do céu, por sobre o mar.
Se não chegas nem pelo sonho,
por que insisto em te imaginar?
Quando vierem fechar meus olhos,
talvez não se deixem fechar.
Talvez pensem que o tempo volta,
e que vens, se o tempo voltar.
Parei as águas do meu sonho
para teu rosto se mirar.
Mas só a sombra dos meus olhos
ficou por cima, a procurar...
Os pássaros da madrugada
não têm coragem de cantar,
vendo o meu sonho interminável
e a esperança do meu olhar.
Procurei-te em vão pela terra,
perto do céu, por sobre o mar.
Se não chegas nem pelo sonho,
por que insisto em te imaginar?
Quando vierem fechar meus olhos,
talvez não se deixem fechar.
Talvez pensem que o tempo volta,
e que vens, se o tempo voltar.
25 novembro 2010
Minha coluna semanal no portal Vermelho
Zé Trindade, Dilma e a transição
Luciano Siqueira
Personagem do comediante Zé Trindade, em programa humorístico na Rádio Mayrink Veiga, entre os anos 50 e 60, convida os amigos para ajuda-lo a construir um galinheiro, numa manhã de domingo. Entre a fixação de um barrote e de uma ripa, tome pinga e cerveja – e muito palpite. Era palpite pra todo lado, e o galinheiro só ficou pronto ao final da tarde. Muita hidroxila na cuca, comemoravam a grande obra quando descobriram um detalhe: estavam todos presos no galinheiro porque, embriagados, haviam esquecido de fazer a porta.
Claro que as situações são muito diferentes. Mas uma coisa lembra a outra. Iniciada a transição para o novo governo, todos – partidos e personalidades influentes – dão palpites e apresentam pleitos, admissíveis certamente. A política é assim, a vida é assim.
Até a grande mídia, que perdeu a guerra eleitoral, se mete a “interpretar” os desejos da presidenta eleita na tentativa de pautar o novo governo. Sai Mirelles, entra Tobini na presidência do Banco Central. “Nada muda na política macroeconômica”, asseveram de pronto articulistas tucanóides. E assim por diante.
Dilma tem clareza de rumos e pulso suficiente para ouvir a todos e tomar as decisões necessárias. Não há risco de concluir a montagem do governo enclausurada e tonta, como os amigos pinguços de Zé Trindade. Nem permitirá que a pressão midiática a faça recuar em seus propósitos.
Agora cabe distinguir palpites e propostas consistentes; pleitos descabidos e reivindicações justas.
Caso do PCdoB, que levou à equipe de transição um documento conciso e certeiro. Medidas de enfrentamento da guerra cambial que resguardem o processo de industrialização do país e garantam o controle sobre o fluxo de capitais estrangeiros. Juros compatíveis com a necessidade de investimentos produtivos. Conclusão do marco regulatório do Pré-Sal. E, na outra face da economia, aumento real do salário mínimo, jornada de trabalho de quarenta horas semanais; melhoria dos serviços públicos, promoção da segurança do cidadão. E outros itens mais, sintonizados com a ideia de “continuar e avançar”.
Os comunistas têm autoridade para assim procederem, infensos a práticas fisiológicas e a disputas cegas por cargos e posições no governo. Na gestão que finda, quadros do PCdoB cumpriram com inquestionável êxito as missões que receberam do presidente Lula, notadamente no Ministério do Esporte e na Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). E jamais arredaram o pé de uma correta postura ao um só tempo propositiva e crítica.
Luciano Siqueira
Personagem do comediante Zé Trindade, em programa humorístico na Rádio Mayrink Veiga, entre os anos 50 e 60, convida os amigos para ajuda-lo a construir um galinheiro, numa manhã de domingo. Entre a fixação de um barrote e de uma ripa, tome pinga e cerveja – e muito palpite. Era palpite pra todo lado, e o galinheiro só ficou pronto ao final da tarde. Muita hidroxila na cuca, comemoravam a grande obra quando descobriram um detalhe: estavam todos presos no galinheiro porque, embriagados, haviam esquecido de fazer a porta.
Claro que as situações são muito diferentes. Mas uma coisa lembra a outra. Iniciada a transição para o novo governo, todos – partidos e personalidades influentes – dão palpites e apresentam pleitos, admissíveis certamente. A política é assim, a vida é assim.
Até a grande mídia, que perdeu a guerra eleitoral, se mete a “interpretar” os desejos da presidenta eleita na tentativa de pautar o novo governo. Sai Mirelles, entra Tobini na presidência do Banco Central. “Nada muda na política macroeconômica”, asseveram de pronto articulistas tucanóides. E assim por diante.
Dilma tem clareza de rumos e pulso suficiente para ouvir a todos e tomar as decisões necessárias. Não há risco de concluir a montagem do governo enclausurada e tonta, como os amigos pinguços de Zé Trindade. Nem permitirá que a pressão midiática a faça recuar em seus propósitos.
Agora cabe distinguir palpites e propostas consistentes; pleitos descabidos e reivindicações justas.
Caso do PCdoB, que levou à equipe de transição um documento conciso e certeiro. Medidas de enfrentamento da guerra cambial que resguardem o processo de industrialização do país e garantam o controle sobre o fluxo de capitais estrangeiros. Juros compatíveis com a necessidade de investimentos produtivos. Conclusão do marco regulatório do Pré-Sal. E, na outra face da economia, aumento real do salário mínimo, jornada de trabalho de quarenta horas semanais; melhoria dos serviços públicos, promoção da segurança do cidadão. E outros itens mais, sintonizados com a ideia de “continuar e avançar”.
Os comunistas têm autoridade para assim procederem, infensos a práticas fisiológicas e a disputas cegas por cargos e posições no governo. Na gestão que finda, quadros do PCdoB cumpriram com inquestionável êxito as missões que receberam do presidente Lula, notadamente no Ministério do Esporte e na Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). E jamais arredaram o pé de uma correta postura ao um só tempo propositiva e crítica.
História: 25 de novembro de 1979
Amazonas, no aeroporto, abraça a militante Maria Trindade
2 mil vão ao aeroporto de Congonhas, São Paulo, receber João Amazonas que volta do exílio em Paris. O coração de Diógenes Arruda, fragilizado pela tortura, não agüenta e ele morre de enfarto. (Vermelho www.vermelho.org.br).
24 novembro 2010
Meu artigo semanal no Blog de Jamildo (Jornal do Commercio Online)
As nem sempre fáceis relações entre o Executivo e o Legislativo
Luciano Siqueira
O tema é recorrente pelo menos em duas situações corriqueiras: na discussão da Lei Orçamentária e no processo de eleição das Mesas diretoras das Casas Legislativas. E é o que ocorre agora, cá na província. E também por esse imenso Brasil afora – inclusive no âmbito do poder central, em Brasília.
Aqui, prestes a iniciar a nova legislatura, a Assembleia Legislativa começa a debater a eleição da Mesa. Seja por declarações de alguns parlamentares, seja por especulação midiática, vem à tona a dúvida acerca de até que ponto o Palácio do Campo das Princesas pode ou deve influir no processo.
No debate que se verifica na Câmara Municipal do Recife, por seu turno, vereadores se queixam de certa “inutilidade” das emendas oferecidas ao Plano Plurianual e à Lei Orçamentária propostas pelo prefeito.
Vamos por parte.
Nada de anormal em interagirem deputados e o chefe do governo no processo de escolha da direção da Casa. Isso vale para o Legislativo e o Executivo nos três níveis federativos. Afinal, a bancada que dá sustentação ao governo busca uma sintonia mínima com o governante. E esse diálogo pode ser útil, favorecendo a governabilidade sem necessariamente implicar na perda da autonomia e da independência do Legislativo em relação ao Executivo.
Boas relações, se possível harmoniosas, entre os dois Poderes não representam, em si, um problema; antes pode ser solução. Com todo o respeito à minoria oposicionista. A prática o tem confirmado, à exaustão.
Agora as inquietações face à imensa, que alguns consideram exagerada, margem de manobra do prefeito (ou do governador ou do presidente da República) na execução orçamentária, em nada ajuda procurar explicações no estilo ou no humor deste ou daquele governante ou no grau de altivez das instâncias parlamentares. O buraco é mais embaixo: está no sistema de governo adotado no País. O presidencialismo engendra isso e favorece uma inevitável assimetria entre o Executivo e o Legislativo, exacerbando o poder do Executivo. No parlamentarismo as coisas transcorrem diferentes: há como que um compartilhamento do exercício dogoverno entre os dois Poderes.
Assim, mais interessante seria examinar criticamente o sistema de governo que praticamos. E, a depender do ambiente político que se gere talvez em médio prazo, reabrir a polêmica parlamentarismo versus presidencialismo.
Luciano Siqueira
O tema é recorrente pelo menos em duas situações corriqueiras: na discussão da Lei Orçamentária e no processo de eleição das Mesas diretoras das Casas Legislativas. E é o que ocorre agora, cá na província. E também por esse imenso Brasil afora – inclusive no âmbito do poder central, em Brasília.
Aqui, prestes a iniciar a nova legislatura, a Assembleia Legislativa começa a debater a eleição da Mesa. Seja por declarações de alguns parlamentares, seja por especulação midiática, vem à tona a dúvida acerca de até que ponto o Palácio do Campo das Princesas pode ou deve influir no processo.
No debate que se verifica na Câmara Municipal do Recife, por seu turno, vereadores se queixam de certa “inutilidade” das emendas oferecidas ao Plano Plurianual e à Lei Orçamentária propostas pelo prefeito.
Vamos por parte.
Nada de anormal em interagirem deputados e o chefe do governo no processo de escolha da direção da Casa. Isso vale para o Legislativo e o Executivo nos três níveis federativos. Afinal, a bancada que dá sustentação ao governo busca uma sintonia mínima com o governante. E esse diálogo pode ser útil, favorecendo a governabilidade sem necessariamente implicar na perda da autonomia e da independência do Legislativo em relação ao Executivo.
Boas relações, se possível harmoniosas, entre os dois Poderes não representam, em si, um problema; antes pode ser solução. Com todo o respeito à minoria oposicionista. A prática o tem confirmado, à exaustão.
Agora as inquietações face à imensa, que alguns consideram exagerada, margem de manobra do prefeito (ou do governador ou do presidente da República) na execução orçamentária, em nada ajuda procurar explicações no estilo ou no humor deste ou daquele governante ou no grau de altivez das instâncias parlamentares. O buraco é mais embaixo: está no sistema de governo adotado no País. O presidencialismo engendra isso e favorece uma inevitável assimetria entre o Executivo e o Legislativo, exacerbando o poder do Executivo. No parlamentarismo as coisas transcorrem diferentes: há como que um compartilhamento do exercício dogoverno entre os dois Poderes.
Assim, mais interessante seria examinar criticamente o sistema de governo que praticamos. E, a depender do ambiente político que se gere talvez em médio prazo, reabrir a polêmica parlamentarismo versus presidencialismo.
Para incentivar atividades produtivas
Boa iniciativa do governador Eduardo Campos: cria a Agência de Fomento do Estado em momento oportuno, do Brasil e de Pernambuco.
As propostas do PCdoB para o período de transição ao novo Governo
Por Renato Rabelo, em seu blog:
Divulgo para conhecimento público este documento que foi entregue à equipe de transição liderada pelo presidente do PT, José Eduardo Dutra, no primeiro encontro com a delegação da direção nacional do PCdoB, composta pelo senador Inácio Arruda, a vice-presidente nacional Luciana Santos e por mim.
Propostas do PCdoB para o período de transição ao novo governo
O Brasil vive um clima de entusiasmo e esperança com a eleição de Dilma Rousseff para a presidência da República. Essa terceira grande vitória do povo, consagrada em segundo turno, tem importância elevada, estratégica, pois assegura a continuidade da obra realizada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e possibilita a luta por conquistas ainda mais promissoras para o próximo quadriênio. Esse êxito ecoa positivamente no mundo, em especial na América Latina, pois estimula seu atual ciclo progressista. Desse modo, a Comissão Política Nacional do nosso Partido interpretou a vitória de Dilma Rousseff em nota divulgada no último dia 5.
Nesta mesma oportunidade, mais uma vez externamos a confiança dos comunistas na presidenta eleita, afirmando que, por sua história, concepções e competência, tudo fará para que o Brasil dê novos passos no sentido de tornar-se uma nação desenvolvida, cada vez mais soberana e democrática, respeitada no mundo e, sobretudo, capaz de garantir ao povo uma qualidade de vida crescentemente melhor.
Começa, agora, na fase de transição para o novo governo, a luta da presidenta eleita com o respaldo de sua base política e social de apoio, o exercício da imensa responsabilidade de corresponder às expectativas da nação e do povo.
Neste contexto, apresentamos para a presidenta eleita Dilma Rousseff e à equipe de transição sugestões para a definição das prioridades que serão enfrentadas pelo novo governo.
Tais prioridades, obviamente, derivam dos compromissos políticos programáticos assumidos no decorrer da campanha e emergem, também, das demandas da realidade presente. Sublinhamos ser necessário dar nitidez ao projeto com o qual a presidenta foi eleita. A bandeira “desenvolvimento com distribuição de renda e sustentável” – como principal conteúdo de um novo projeto nacional assentado na crescente afirmação da soberania brasileira e na ampliação da democracia – deve nortear a escolha das demandas prementes. O conceito “continuidade é avançar” disseminado por Dilma durante a jornada eleitoral também é um referencial indispensável já nesta etapa.
1) Enfrentar a denominada “guerra cambial” resguardando o interesse nacional com a proteção da economia e da moeda do país. Administrar as flutuações do câmbio com a finalidade de alcançar uma taxa capaz de beneficiar o processo de industrialização. Para tal, entre outras medidas, é necessário estabelecer limites e prazos para a entrada e saída de dólares do país. Além disso, é preciso reduzir a taxa de juros ao patamar da média dos demais países emergentes para que o Brasil deixe de ser um atrativo especial. Tornar mais onerosas e com regulamentação restritiva as operações cambiais no mercado futuro e outras operações financeiras com contratos e derivativos. Fortalecer o Fundo Soberano do Brasil e utilizá-lo na ação governamental contra a volatilidade cambial. Preservar as contas externas da vulnerabilidade combatendo o crescimento do déficit em transações correntes. Incentivar o uso de outras moedas que não o dólar nas relações comerciais com outras nações. A defesa do interesse nacional requer uma ação articulada e conjunta com os países em desenvolvimento para que a unidade desse campo tenha força política internacional capaz de impedir a investida das grandes potências, em especial dos EUA, de lançar o ônus da crise criado por elas sobre os ombros das demais nações do mundo.
2) Concluir a instituição do marco legal do Pré-Sal, com a adoção do contrato de partilha e a criação do Fundo Social e resolver a pendência sobre a distribuição dos royalties. O marco legal é indispensável para dar viabilidade e segurança para o Estado brasileiro agilizar a exploração desta imensa riqueza que impulsionará e financiará parte considerável do desenvolvimento nacional. Esta matéria em forma de projeto de lei está pronta para ser votada em última fase na Câmara dos Deputados.
3) Garantir o aumento real do salário-mínimo e desencadear o debate político pela adoção das 40 horas semanais. A valorização do trabalho e a distribuição de renda são compromissos centrais do programa de governo de Dilma. A continuidade da política de valorização permanente do salário-mínimo com a aprovação do projeto de lei que dispõe sobre esse assunto e o aumento real do mínimo para o ano próximo são sinalizações importantes. Esta política em relação ao mínimo impulsiona o aumento geral dos salários no mercado de trabalho. De igual modo, é importante promover o amplo debate acerca da correta proposta das centrais sindicais de redução constitucional da jornada de trabalho sem redução salarial, com base nos avanços da produtividade. Com aumento da oferta de empregos, impõe-se dar respostas a novas demandas dos trabalhadores: limitar e reduzir a rotatividade, regulamentar e diminuir a terceirização, políticas de desenvolvimento de empregos de qualidade, com a formação e qualificação profissional. Adoção de política progressiva de valorização dos rendimentos dos aposentados; busca de alternativa ao restritivo “Fator Previdenciário”; garantia plena do direito de organização sindical no local de trabalho; e consolidar o reconhecimento formal das centrais sindicais, hoje questionado em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF).
4) Melhorar a qualidade dos serviços públicos, mais urgentemente os referentes à saúde e à segurança públicas.
4.1) O fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) para garantir o acesso da população aos serviços em todos os níveis de complexidade requer recursos suficientes para investimento, custeio, pessoal e equipamentos. A situação hoje é de estrangulamento, o que provoca diariamente imenso sofrimento aos usuários. A melhora da qualidade dos gastos, a expansão da rede pública, a capacitação e modernização da gestão são importantes, contudo, é impossível resolver este grave problema sem que haja o aumento de recursos para a saúde. Para tal é imperativo a regulamentação da Emenda Constitucional n. 29. O projeto de lei que a regulamenta define o rol de serviços que podem ser considerados gastos com a saúde e estabelece o piso mínimo de gastos com a saúde nas três esferas: União, estados e municípios. Ele também institui a Contribuição Social para a Saúde (CSS), com alíquota de 0,10% sobre as transações financeiras e destinada ao investimento exclusivo na saúde nas três esferas acima do piso constitucional. Consideramos apropriado o amplo debate proposto pela presidenta eleita sobre a adoção desta alternativa, debate este com a sociedade, com o Congresso Nacional e os governadores eleitos. Com mais recursos e melhor gestão é possível adotar um conjunto de melhorias do atendimento, como: aumentar urgentemente os recursos humanos; fortalecer as Farmácias Populares e a Central de regulação de consultas e leitos de atendimento materno-infantil; ampliar e humanizar o atendimento da atenção básica através do Programa de Saúde da Família (PSF) e dos postos de saúde; estender suas ações para o interior, inclusive para a zona rural; interiorizar o Samu; ampliar de modo arrojado as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs);adequar o número de leitos de UTI às necessidades. Em perspectiva, incrementar um complexo industrial de saúde destinado a produzir vacinas, medicamentos e equipamentos.
4.2) Quanto à Segurança pública é preciso que seja orientada por uma nova política nacional que assegure o direito fundamental do cidadão a uma vida com paz e segurança. Entre as medidas para melhorar a segurança pública, impõe-se aprovar a PEC-300 que dispõe sobre o piso salarial do setor.
O novo governo tomará posse com o mandato do povo, que respalda o atual caminho e ordena que por ele o Brasil avance. A oposição conservadora persistirá avessa ao progresso da nação e aos direitos dos trabalhadores e, renitente, tudo fará para obstruir e impedir as realizações. Mas estamos convictos de que o governo Dilma transformará – apoiado na força do povo e na aliança política e social vencedora –, persistentemente, a esperança em realidade.
São Paulo, 8 novembro de 2010
Renato Rabelo
Presidente do Partido Comunista do Brasil-PCdoB
Divulgo para conhecimento público este documento que foi entregue à equipe de transição liderada pelo presidente do PT, José Eduardo Dutra, no primeiro encontro com a delegação da direção nacional do PCdoB, composta pelo senador Inácio Arruda, a vice-presidente nacional Luciana Santos e por mim.
Propostas do PCdoB para o período de transição ao novo governo
O Brasil vive um clima de entusiasmo e esperança com a eleição de Dilma Rousseff para a presidência da República. Essa terceira grande vitória do povo, consagrada em segundo turno, tem importância elevada, estratégica, pois assegura a continuidade da obra realizada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e possibilita a luta por conquistas ainda mais promissoras para o próximo quadriênio. Esse êxito ecoa positivamente no mundo, em especial na América Latina, pois estimula seu atual ciclo progressista. Desse modo, a Comissão Política Nacional do nosso Partido interpretou a vitória de Dilma Rousseff em nota divulgada no último dia 5.
Nesta mesma oportunidade, mais uma vez externamos a confiança dos comunistas na presidenta eleita, afirmando que, por sua história, concepções e competência, tudo fará para que o Brasil dê novos passos no sentido de tornar-se uma nação desenvolvida, cada vez mais soberana e democrática, respeitada no mundo e, sobretudo, capaz de garantir ao povo uma qualidade de vida crescentemente melhor.
Começa, agora, na fase de transição para o novo governo, a luta da presidenta eleita com o respaldo de sua base política e social de apoio, o exercício da imensa responsabilidade de corresponder às expectativas da nação e do povo.
Neste contexto, apresentamos para a presidenta eleita Dilma Rousseff e à equipe de transição sugestões para a definição das prioridades que serão enfrentadas pelo novo governo.
Tais prioridades, obviamente, derivam dos compromissos políticos programáticos assumidos no decorrer da campanha e emergem, também, das demandas da realidade presente. Sublinhamos ser necessário dar nitidez ao projeto com o qual a presidenta foi eleita. A bandeira “desenvolvimento com distribuição de renda e sustentável” – como principal conteúdo de um novo projeto nacional assentado na crescente afirmação da soberania brasileira e na ampliação da democracia – deve nortear a escolha das demandas prementes. O conceito “continuidade é avançar” disseminado por Dilma durante a jornada eleitoral também é um referencial indispensável já nesta etapa.
1) Enfrentar a denominada “guerra cambial” resguardando o interesse nacional com a proteção da economia e da moeda do país. Administrar as flutuações do câmbio com a finalidade de alcançar uma taxa capaz de beneficiar o processo de industrialização. Para tal, entre outras medidas, é necessário estabelecer limites e prazos para a entrada e saída de dólares do país. Além disso, é preciso reduzir a taxa de juros ao patamar da média dos demais países emergentes para que o Brasil deixe de ser um atrativo especial. Tornar mais onerosas e com regulamentação restritiva as operações cambiais no mercado futuro e outras operações financeiras com contratos e derivativos. Fortalecer o Fundo Soberano do Brasil e utilizá-lo na ação governamental contra a volatilidade cambial. Preservar as contas externas da vulnerabilidade combatendo o crescimento do déficit em transações correntes. Incentivar o uso de outras moedas que não o dólar nas relações comerciais com outras nações. A defesa do interesse nacional requer uma ação articulada e conjunta com os países em desenvolvimento para que a unidade desse campo tenha força política internacional capaz de impedir a investida das grandes potências, em especial dos EUA, de lançar o ônus da crise criado por elas sobre os ombros das demais nações do mundo.
2) Concluir a instituição do marco legal do Pré-Sal, com a adoção do contrato de partilha e a criação do Fundo Social e resolver a pendência sobre a distribuição dos royalties. O marco legal é indispensável para dar viabilidade e segurança para o Estado brasileiro agilizar a exploração desta imensa riqueza que impulsionará e financiará parte considerável do desenvolvimento nacional. Esta matéria em forma de projeto de lei está pronta para ser votada em última fase na Câmara dos Deputados.
3) Garantir o aumento real do salário-mínimo e desencadear o debate político pela adoção das 40 horas semanais. A valorização do trabalho e a distribuição de renda são compromissos centrais do programa de governo de Dilma. A continuidade da política de valorização permanente do salário-mínimo com a aprovação do projeto de lei que dispõe sobre esse assunto e o aumento real do mínimo para o ano próximo são sinalizações importantes. Esta política em relação ao mínimo impulsiona o aumento geral dos salários no mercado de trabalho. De igual modo, é importante promover o amplo debate acerca da correta proposta das centrais sindicais de redução constitucional da jornada de trabalho sem redução salarial, com base nos avanços da produtividade. Com aumento da oferta de empregos, impõe-se dar respostas a novas demandas dos trabalhadores: limitar e reduzir a rotatividade, regulamentar e diminuir a terceirização, políticas de desenvolvimento de empregos de qualidade, com a formação e qualificação profissional. Adoção de política progressiva de valorização dos rendimentos dos aposentados; busca de alternativa ao restritivo “Fator Previdenciário”; garantia plena do direito de organização sindical no local de trabalho; e consolidar o reconhecimento formal das centrais sindicais, hoje questionado em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF).
4) Melhorar a qualidade dos serviços públicos, mais urgentemente os referentes à saúde e à segurança públicas.
4.1) O fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) para garantir o acesso da população aos serviços em todos os níveis de complexidade requer recursos suficientes para investimento, custeio, pessoal e equipamentos. A situação hoje é de estrangulamento, o que provoca diariamente imenso sofrimento aos usuários. A melhora da qualidade dos gastos, a expansão da rede pública, a capacitação e modernização da gestão são importantes, contudo, é impossível resolver este grave problema sem que haja o aumento de recursos para a saúde. Para tal é imperativo a regulamentação da Emenda Constitucional n. 29. O projeto de lei que a regulamenta define o rol de serviços que podem ser considerados gastos com a saúde e estabelece o piso mínimo de gastos com a saúde nas três esferas: União, estados e municípios. Ele também institui a Contribuição Social para a Saúde (CSS), com alíquota de 0,10% sobre as transações financeiras e destinada ao investimento exclusivo na saúde nas três esferas acima do piso constitucional. Consideramos apropriado o amplo debate proposto pela presidenta eleita sobre a adoção desta alternativa, debate este com a sociedade, com o Congresso Nacional e os governadores eleitos. Com mais recursos e melhor gestão é possível adotar um conjunto de melhorias do atendimento, como: aumentar urgentemente os recursos humanos; fortalecer as Farmácias Populares e a Central de regulação de consultas e leitos de atendimento materno-infantil; ampliar e humanizar o atendimento da atenção básica através do Programa de Saúde da Família (PSF) e dos postos de saúde; estender suas ações para o interior, inclusive para a zona rural; interiorizar o Samu; ampliar de modo arrojado as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs);adequar o número de leitos de UTI às necessidades. Em perspectiva, incrementar um complexo industrial de saúde destinado a produzir vacinas, medicamentos e equipamentos.
4.2) Quanto à Segurança pública é preciso que seja orientada por uma nova política nacional que assegure o direito fundamental do cidadão a uma vida com paz e segurança. Entre as medidas para melhorar a segurança pública, impõe-se aprovar a PEC-300 que dispõe sobre o piso salarial do setor.
O novo governo tomará posse com o mandato do povo, que respalda o atual caminho e ordena que por ele o Brasil avance. A oposição conservadora persistirá avessa ao progresso da nação e aos direitos dos trabalhadores e, renitente, tudo fará para obstruir e impedir as realizações. Mas estamos convictos de que o governo Dilma transformará – apoiado na força do povo e na aliança política e social vencedora –, persistentemente, a esperança em realidade.
São Paulo, 8 novembro de 2010
Renato Rabelo
Presidente do Partido Comunista do Brasil-PCdoB
23 novembro 2010
Chance para Serra produzir algo consistente
. Serra deverá assumir a presidência do Instituto Teotônio Vilela (ITV) de estudos e pesquisas do PSDB, noticia a imprensa.
. Ou pretende aprofundar o debate acerca do aborto e de como explorar oportunisticamente a religiosidade do nosso povo para fins eleitorais?
. Ou pretende aprofundar o debate acerca do aborto e de como explorar oportunisticamente a religiosidade do nosso povo para fins eleitorais?
Em destaque o Museu do IMIP
Portal da Câmara Municipal do Recife:
Luciano Siqueira comemora inauguração de museu
. Em pronunciamento no plenário na tarde desta terça-feira, 23, o vereador Luciano Siqueira (PC do B) ressaltou a importância do Museu do IMIP, inaugurado ontem, no bairro dos Coelhos. O espaço preserva a história do professor Fernando Figueira, fundador da entidade filantrópica que é reconhecida como um dos hospitais mais importantes do país na área de pediatria.
. “Pessoalmente guardo uma relação de gratidão, amizade, reconhecimento e compreensão da importância histórica e atual daquela instituição pela prestação de saúde de qualidade à população mais pobre”. O parlamentar, que também é médico, destacou sua relação profissional com a entidade, onde atuou como estudante e profissional.
. Luciano Siqueira ressaltou ainda o legado deixado pelo professor Fernando Figueira. “Além de ter fundado o IMIP, ele faz parte de uma página importante da luta democrática em nosso Estado. Fernando Figueira foi presidente de uma comissão de inquérito destinada a examinar uma solicitação imposta pelo então general do 4º exército que solicitava o afastamento sumário de 37 alunos da faculdade porque eram contrários ao regime militar. Depois de ouvir a todos, ele produziu uma belíssima peça em defesa da autonomia da universidades, da democracia e solicitou que não fossemos cassados. Ele escreveu dessa forma sua presença na luta pela democracia de forma corajosa”.
Saiba mais – O Museu do IMIP - Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira - está aberto ao público e funciona no prédio do antigo Hospital Pedro Segundo, Rua dos Coelhos, 300, nos Coelhos. O horário de visitação é de segunda a sexta, das 9h às 17h.
Luciano Siqueira comemora inauguração de museu
. Em pronunciamento no plenário na tarde desta terça-feira, 23, o vereador Luciano Siqueira (PC do B) ressaltou a importância do Museu do IMIP, inaugurado ontem, no bairro dos Coelhos. O espaço preserva a história do professor Fernando Figueira, fundador da entidade filantrópica que é reconhecida como um dos hospitais mais importantes do país na área de pediatria.
. “Pessoalmente guardo uma relação de gratidão, amizade, reconhecimento e compreensão da importância histórica e atual daquela instituição pela prestação de saúde de qualidade à população mais pobre”. O parlamentar, que também é médico, destacou sua relação profissional com a entidade, onde atuou como estudante e profissional.
. Luciano Siqueira ressaltou ainda o legado deixado pelo professor Fernando Figueira. “Além de ter fundado o IMIP, ele faz parte de uma página importante da luta democrática em nosso Estado. Fernando Figueira foi presidente de uma comissão de inquérito destinada a examinar uma solicitação imposta pelo então general do 4º exército que solicitava o afastamento sumário de 37 alunos da faculdade porque eram contrários ao regime militar. Depois de ouvir a todos, ele produziu uma belíssima peça em defesa da autonomia da universidades, da democracia e solicitou que não fossemos cassados. Ele escreveu dessa forma sua presença na luta pela democracia de forma corajosa”.
Saiba mais – O Museu do IMIP - Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira - está aberto ao público e funciona no prédio do antigo Hospital Pedro Segundo, Rua dos Coelhos, 300, nos Coelhos. O horário de visitação é de segunda a sexta, das 9h às 17h.
Bom dia, Waldir Pedroza Amorim
Brevidade
Breve há de ser este poema
dimensão do tempo que disponho.
Breves as horas que mereço,
longo
o tempero dos meus sonhos!
Breve há de ser este poema
dimensão do tempo que disponho.
Breves as horas que mereço,
longo
o tempero dos meus sonhos!
Uma crônica minha no site da Revista Algomais
Bonequinha de louça
Luciano Siqueira
Estatura mediana, esguia, diria até muito magra, de alvura quase leitosa, olhos azuis, batom vermelho vivo igual ao matiz das unhas. Olhar vago, mirando a janela da aeronave como quem enxerga o nada. Mesmo quando percebeu que eu a observava e fazia comentários com meu companheiro de viagem, Tadeu, sequer um sorriso discreto, algum gesto o mais tímido que fosse.
Para completar a imagem insossa, uma boina presa com grampos aos cabelos impecavelmente grudados em gel. Uma bonequinha de louça.
Sim, tudo na aeromoça da Trip lembrava as bonecas de minha irmã, que na infância eu contemplava com certa admiração, atento ao movimento dos olhos e dos cílios e ao som que emitiam quando submetidas a distintas posições. Não sei a razão, todas as que conheci tinham olhos azuis ou esverdeados, a tez alva, lábios e unhas avermelhadas – igual àquela jovem quase robótica que tinha à minha frente.
Ao anúncio de que o serviço de bordo começaria, me animei: a bonequinha vai se mexer, talvez fale.
Falou, porém um lacônico “Senhor, aceita?” e nada mais que isso. Pior: a voz parecia gravada, que nem a que a gente ouvia do peito das bonecas da minha irmã. Um som sem vida, mecânico, falto de emoção.
Pensei: quando ela vier recolher o copo plástico, embalagens da horrível comida de bordo (lixo, sob todos os títulos), talvez eu peça água, ou um cafezinho, sei lá, algo que lhe provoque dizer mais uma frase – mesmo insípida, burocrática, contanto que me tirasse aquela má impressão. Mas quando ela veio, sacola de plástico à mão, balbuciou um mínimo “Posso?” e nem percebeu que eu a olhava nos olhos e lhe oferecia o meu sorriso cúmplice.
No desembarque, a mesma coisa. Sorri, agradeci a atenção e ela nada, o olhar vazio, a face passiva. Em silêncio.
Confesso que não me senti mal tratado. E ela me despertou um irrecusável sentimento de solidariedade – que alimento à distância, em pura abstração, pois sequer o nome da bonequinha de louça em retive. Por que aquele ar sem vida – frustração profissional? Amor fulminado pelo veneno mortal da indiferença?
Já encontrei gente de companhia aérea hospedada no mesmo hotel que o meu e pude observar a alegria no hall, a quase algazarra quando à mesa do restaurante – sinais de alguma felicidade, suponho. Fosse eu um desocupado, bem que procuraria o hotel que o pessoal da Trip frequenta no Recife e iria ao café da manhã tantas vezes quanto necessárias até encontrar, entre seus colegas, a bonequinha de louça. Juro que estaria torcendo para vê-la alegre, conversadeira, sorridente. Assim apagaria a imagem que agora me incomoda toda vez que penso em pessoas infelizes.
Luciano Siqueira
Estatura mediana, esguia, diria até muito magra, de alvura quase leitosa, olhos azuis, batom vermelho vivo igual ao matiz das unhas. Olhar vago, mirando a janela da aeronave como quem enxerga o nada. Mesmo quando percebeu que eu a observava e fazia comentários com meu companheiro de viagem, Tadeu, sequer um sorriso discreto, algum gesto o mais tímido que fosse.
Para completar a imagem insossa, uma boina presa com grampos aos cabelos impecavelmente grudados em gel. Uma bonequinha de louça.
Sim, tudo na aeromoça da Trip lembrava as bonecas de minha irmã, que na infância eu contemplava com certa admiração, atento ao movimento dos olhos e dos cílios e ao som que emitiam quando submetidas a distintas posições. Não sei a razão, todas as que conheci tinham olhos azuis ou esverdeados, a tez alva, lábios e unhas avermelhadas – igual àquela jovem quase robótica que tinha à minha frente.
Ao anúncio de que o serviço de bordo começaria, me animei: a bonequinha vai se mexer, talvez fale.
Falou, porém um lacônico “Senhor, aceita?” e nada mais que isso. Pior: a voz parecia gravada, que nem a que a gente ouvia do peito das bonecas da minha irmã. Um som sem vida, mecânico, falto de emoção.
Pensei: quando ela vier recolher o copo plástico, embalagens da horrível comida de bordo (lixo, sob todos os títulos), talvez eu peça água, ou um cafezinho, sei lá, algo que lhe provoque dizer mais uma frase – mesmo insípida, burocrática, contanto que me tirasse aquela má impressão. Mas quando ela veio, sacola de plástico à mão, balbuciou um mínimo “Posso?” e nem percebeu que eu a olhava nos olhos e lhe oferecia o meu sorriso cúmplice.
No desembarque, a mesma coisa. Sorri, agradeci a atenção e ela nada, o olhar vazio, a face passiva. Em silêncio.
Confesso que não me senti mal tratado. E ela me despertou um irrecusável sentimento de solidariedade – que alimento à distância, em pura abstração, pois sequer o nome da bonequinha de louça em retive. Por que aquele ar sem vida – frustração profissional? Amor fulminado pelo veneno mortal da indiferença?
Já encontrei gente de companhia aérea hospedada no mesmo hotel que o meu e pude observar a alegria no hall, a quase algazarra quando à mesa do restaurante – sinais de alguma felicidade, suponho. Fosse eu um desocupado, bem que procuraria o hotel que o pessoal da Trip frequenta no Recife e iria ao café da manhã tantas vezes quanto necessárias até encontrar, entre seus colegas, a bonequinha de louça. Juro que estaria torcendo para vê-la alegre, conversadeira, sorridente. Assim apagaria a imagem que agora me incomoda toda vez que penso em pessoas infelizes.
Meireles sai. Boa notícia
. Quatro nomes alternativos ao do atual presidente do Banco Central, Henrique Meireles, estariam sendo sondados para substitui-lo.
. Boa oportunidade de substituir um monetarista ortodoxo por um quadro capaz de com binar o rigor monetário com o desenvolvimento.
. E posicionar corretamente o BC.
. Boa oportunidade de substituir um monetarista ortodoxo por um quadro capaz de com binar o rigor monetário com o desenvolvimento.
. E posicionar corretamente o BC.
Conhecendo a economia do Recife
. Hoje, 11h, lançamento da pesquisa “Dinâmica da economia e da inovação e perspectivas de desenvolvimento econômico do município do Recife e suas principais cadeias produtivas”.
. Na Associação Comercial de Pernambuco.
. Importante estudo coordenado pelo economista Sérgio Buarque.
. Na Associação Comercial de Pernambuco.
. Importante estudo coordenado pelo economista Sérgio Buarque.
21 novembro 2010
Brasil tem 20 mil sites que promovem discriminação
. Segundo o Jornal do Brasil, o crime avança no Facebook e no Twitter.
. Negros, homossexuais, religiosos e estrangeiros são alvo de preconceito crescente na internet, e em vários idiomas. A proliferação de lan houses, assim como a falta de leis para investigação e punição dos criminosos, são apontados, por especialistas, como uma das grandes causas do problema, que levou a mais de 52 mil denúncias ano passado.
. Negros, homossexuais, religiosos e estrangeiros são alvo de preconceito crescente na internet, e em vários idiomas. A proliferação de lan houses, assim como a falta de leis para investigação e punição dos criminosos, são apontados, por especialistas, como uma das grandes causas do problema, que levou a mais de 52 mil denúncias ano passado.
Clarice sabia de saudade
"Sinto saudades do presente,/que não aproveitei de todo,/lembrando do passado/e apostando no futuro...".
Enade: 650 mil universitários participam do exame hoje
. A notícia é da Agência Brasil. Hoje (21), 650 mil universitários são esperados para participar do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade). A prova é aplicada aos alunos ingressantes e concluintes de cursos superiores para avaliar a qualidade do ensino oferecido pelas universidades, centros universitários e faculdades. A participação é obrigatória e os faltosos não recebem o diploma ao final da graduação.
. Do total de participantes, 261 mil são ingressantes e 161 mil concluintes. Também farão a prova 227 mil alunos que deveriam ter feito o Enade em anos anteriores e querem regularizar sua situação. O exame será aplicado em mais de 1,3 mil municípios, a partir das 13h (horário de Brasília).
. Tudo bem. Resta verificar se o O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), responsável pelo exame, tomou todas as prfecauções para evitar que se repítam osm problemas verificados com o Enem por dois anos consecutivos.
. Do total de participantes, 261 mil são ingressantes e 161 mil concluintes. Também farão a prova 227 mil alunos que deveriam ter feito o Enade em anos anteriores e querem regularizar sua situação. O exame será aplicado em mais de 1,3 mil municípios, a partir das 13h (horário de Brasília).
. Tudo bem. Resta verificar se o O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), responsável pelo exame, tomou todas as prfecauções para evitar que se repítam osm problemas verificados com o Enem por dois anos consecutivos.
Ai de nós viajantes!
. Noticia-se que a Agência Nacional da Aviação Civil está de olho na venda de passagens para voos extras ainda não autorizados, neste fim de ano.
. Para evitar tumultos nos Aeroportos. Segundo o Estado de São Paulo,uma grande companhia já teria vendido cerca de 10 mil passagens acima da capacidade dos voos programados no período.
. Para evitar tumultos nos Aeroportos. Segundo o Estado de São Paulo,uma grande companhia já teria vendido cerca de 10 mil passagens acima da capacidade dos voos programados no período.
História: 21 de novembro de 1985
A Arquidiocese de SP lança o livro Brasil: Nunca Mais. É o 1º levantamento sistemático dos métodos de repressão durante a ditadura de 1964, inclusive listando os nomes de 444 torturadores. (Vermelho http://www.vermelho.org.br/).
Alegria de viver
A sugestão de domingo é de Ivan Lins e Vitor Martins: “Quero sua risada mais gostosa/Esse seu jeito de achar/Que a vida pode ser maravilhosa”.
20 novembro 2010
Boa noite, Beatriz Montenegro
BLUE
Azul é a tarde
do instante incolor
entrando pela janela aberta.
Azul é o vaso
da rosa vermelha
viajando pelo tempo incólume.
Azul é a flor
da jardineira branca
ressuscitando pela emoção de te amar.
Azul é a tarde
do instante incolor
entrando pela janela aberta.
Azul é o vaso
da rosa vermelha
viajando pelo tempo incólume.
Azul é a flor
da jardineira branca
ressuscitando pela emoção de te amar.
Para quem ainda tem preconceito com o Twitter
Do site de Luis Nassif:
Para que serve o Twitter ? Com a palavra o editor chefe do The Guardian
Durante palestra no Royal Symposium o editor-chefe do The Guardian, Alan Rusbridger, elencou 15 razões que explicam a importância do Twitter para o jornalismo, a saber:
1. É uma forma incrível de distribuição - Não se distraia com a limitação dos 140 caracteres, os melhores tweets oferecem links para o conteúdo. O Twitter é uma ferramenta de distribuição instantânea, um meio onde podemos divulgar a informação de forma rápida.
2. É onde as coisas acontecem primeiro - As chances dos leitores saberem de uma notícia primeiro no Twitter é grande, isso porque o compartilhamento, a filtragem ocorre de forma colaborativo e por milhares de pessoas.
3. É um motor de busca, rival do Google - Em alguns aspectos é melhor utilizar o Twitter para descobrir as coisas do que o Google, isso porque o Google é baseado em algoritimos e o Twitter nas pessoas.
4. O Twitter agrega - Rusbridger brinca e diz que o Twitter não é apenas busca (conforme item acima) ele pode ser também o seu feed de notícias personalizadas. "Você pode sentar e deixar que outras pessoas, que você admira ou respeita, encontre conteúdo relevante para você", pontua.
5. É uma grande ferramenta de comunicação - A sabedoria da multidão pode ajudar os jornalistas no processo de elaboração de suas materias. "Eles sabem mais do que nós", diz.
6. É uma forma fantástica de marketing - Se as pessoas gostarem do que leem, veem ou sentem irão repassar a informação para suas redes. Rusbridger não cita o termo "viralização" mas destaca esse aspecto, focando no poder do Retweet e ampliação do alcance de determinada informação.
7. É uma série de conversas - O Twitter possibilita uma reação imediata aos seus comentários. O mais importante não é a transmissão, e sim, a comunicação.
8. Diversidade - O Twitter dá "voz" a qualquer pessoa, enquanto a mídia tradicional a poucas.
9. Muda o tom da escrita - A plataforma fortalece o tom pessoal das conversas, mais humor, mistura-se o comentário analítico com o fato.
10. Igualdade - O Twitter tem a capacidade de reunir em torno de pessoas "desconhecidas" uma legião de seguidores. Um nome reconhecido pode atrair, inicialmente, muitos seguidores. Porém, uma pessoa "desconhecida", a depender da qualidade e tema dos seus tweets pode atrair "iguais".
11. A valoração de notícias é diferente - As escolhas dos jornalistas nem sempre refletem o interesse do público, e este, a depender da sua movimentação no Twitter pode pautar o mainstream midiático ou demandar dos jornalistas mais dedicação a determinado assunto.
12. Alarga a atenção - O Twitter não é apenas um fluxo efêmero de informação. Ao usuário escolher uma determinada hashtag, por exemplo, indica aos jornais a escassez de informação que possuem sobre determinado tema.
13. Cria comunidades - Ou melhor, comunidades se constituem em torno de questões específicas. Podem ser comunidades fortes e/ou fracas, temporárias ou duradora.
14. Muda a noção de autoridade - Os usuários "aceitam" informações não apenas das autoridades - nós, os jornalistas - mas, sobretudo, daqueles que elas julgam confiavéis e importantes para elas.
15. É um agente de mudança - O Twitter é uma síntese de como a mídia colaborativa mudou as rotinas das empresas e a relação com o público. "Fechar os olhos para essa 'mídia livre' é um erro muito grave", finaliza.
Para que serve o Twitter ? Com a palavra o editor chefe do The Guardian
Durante palestra no Royal Symposium o editor-chefe do The Guardian, Alan Rusbridger, elencou 15 razões que explicam a importância do Twitter para o jornalismo, a saber:
1. É uma forma incrível de distribuição - Não se distraia com a limitação dos 140 caracteres, os melhores tweets oferecem links para o conteúdo. O Twitter é uma ferramenta de distribuição instantânea, um meio onde podemos divulgar a informação de forma rápida.
2. É onde as coisas acontecem primeiro - As chances dos leitores saberem de uma notícia primeiro no Twitter é grande, isso porque o compartilhamento, a filtragem ocorre de forma colaborativo e por milhares de pessoas.
3. É um motor de busca, rival do Google - Em alguns aspectos é melhor utilizar o Twitter para descobrir as coisas do que o Google, isso porque o Google é baseado em algoritimos e o Twitter nas pessoas.
4. O Twitter agrega - Rusbridger brinca e diz que o Twitter não é apenas busca (conforme item acima) ele pode ser também o seu feed de notícias personalizadas. "Você pode sentar e deixar que outras pessoas, que você admira ou respeita, encontre conteúdo relevante para você", pontua.
5. É uma grande ferramenta de comunicação - A sabedoria da multidão pode ajudar os jornalistas no processo de elaboração de suas materias. "Eles sabem mais do que nós", diz.
6. É uma forma fantástica de marketing - Se as pessoas gostarem do que leem, veem ou sentem irão repassar a informação para suas redes. Rusbridger não cita o termo "viralização" mas destaca esse aspecto, focando no poder do Retweet e ampliação do alcance de determinada informação.
7. É uma série de conversas - O Twitter possibilita uma reação imediata aos seus comentários. O mais importante não é a transmissão, e sim, a comunicação.
8. Diversidade - O Twitter dá "voz" a qualquer pessoa, enquanto a mídia tradicional a poucas.
9. Muda o tom da escrita - A plataforma fortalece o tom pessoal das conversas, mais humor, mistura-se o comentário analítico com o fato.
10. Igualdade - O Twitter tem a capacidade de reunir em torno de pessoas "desconhecidas" uma legião de seguidores. Um nome reconhecido pode atrair, inicialmente, muitos seguidores. Porém, uma pessoa "desconhecida", a depender da qualidade e tema dos seus tweets pode atrair "iguais".
11. A valoração de notícias é diferente - As escolhas dos jornalistas nem sempre refletem o interesse do público, e este, a depender da sua movimentação no Twitter pode pautar o mainstream midiático ou demandar dos jornalistas mais dedicação a determinado assunto.
12. Alarga a atenção - O Twitter não é apenas um fluxo efêmero de informação. Ao usuário escolher uma determinada hashtag, por exemplo, indica aos jornais a escassez de informação que possuem sobre determinado tema.
13. Cria comunidades - Ou melhor, comunidades se constituem em torno de questões específicas. Podem ser comunidades fortes e/ou fracas, temporárias ou duradora.
14. Muda a noção de autoridade - Os usuários "aceitam" informações não apenas das autoridades - nós, os jornalistas - mas, sobretudo, daqueles que elas julgam confiavéis e importantes para elas.
15. É um agente de mudança - O Twitter é uma síntese de como a mídia colaborativa mudou as rotinas das empresas e a relação com o público. "Fechar os olhos para essa 'mídia livre' é um erro muito grave", finaliza.
Perseverança também tem limites
Do sábio Epaminondas é a dica de sábado: “Água mole em pedra dura NEM SEMPRE tanto bate até que fura. Pelo menos na política e no amor”.
Sim, o PT precisa de equilíbrio e maturidade
. Faz sentido o apelo da presidenta Dilma a seus companheiros do Partido dos Trabalhadores no sentido de que se conduzam com equilíbrio e maturidade na atual fase de montagem do novo governo.
. Respeito às diferenças e empenho na construção com os partidos aliados em torno do projeto nacional, é que Dilma sugere aos petistas.
. Nada mais correto e oportuno. Porque ninguém nega os méritos do PT, partido hegemônico na ampla aliança que elegeu Dilma. Mas ainda é parte da prática política dos petistas o desvio “hegemonista”, que tende criar dificuldades à unidade da coligação governista e, por consequência, a gerar graus variados de isolamento do próprio PT.
. Aliado sincero do PT cá com meus botões torço para que os apelos de Dilma sejam devidamente considerados.
. Respeito às diferenças e empenho na construção com os partidos aliados em torno do projeto nacional, é que Dilma sugere aos petistas.
. Nada mais correto e oportuno. Porque ninguém nega os méritos do PT, partido hegemônico na ampla aliança que elegeu Dilma. Mas ainda é parte da prática política dos petistas o desvio “hegemonista”, que tende criar dificuldades à unidade da coligação governista e, por consequência, a gerar graus variados de isolamento do próprio PT.
. Aliado sincero do PT cá com meus botões torço para que os apelos de Dilma sejam devidamente considerados.
Hipnose fora do palco
Ciência Hoje Online:
. Essa prática milenar tem se revelado eficaz no tratamento de problemas físicos e psicológicos e seus benefícios e propriedades têm sido validados por vários estudos científicos, que também buscam entender sua atuação no cérebro.
. Por séculos associada a shows, mágica e misticismo, a hipnose agora se revela como uma técnica eficaz em variados procedimentos médicos, psicológicos e laboratoriais.
. Seja no alívio da dor, no controle de ansiedade e estresse ou no tratamento de fobias e outros problemas psíquicos, os benefícios e propriedades da hipnose têm sido validados por uma série de estudos científicos, que buscam também entender como é sua atuação no cérebro.
. Ainda há muitas questões em aberto, mas uma tendência é clara: a hipnose deve abandonar o palco para se inserir cada vez mais nos consultórios e laboratórios de pesquisa.
. Leia a matéria na íntegra http://twixar.com/9gk
. Essa prática milenar tem se revelado eficaz no tratamento de problemas físicos e psicológicos e seus benefícios e propriedades têm sido validados por vários estudos científicos, que também buscam entender sua atuação no cérebro.
. Por séculos associada a shows, mágica e misticismo, a hipnose agora se revela como uma técnica eficaz em variados procedimentos médicos, psicológicos e laboratoriais.
. Seja no alívio da dor, no controle de ansiedade e estresse ou no tratamento de fobias e outros problemas psíquicos, os benefícios e propriedades da hipnose têm sido validados por uma série de estudos científicos, que buscam também entender como é sua atuação no cérebro.
. Ainda há muitas questões em aberto, mas uma tendência é clara: a hipnose deve abandonar o palco para se inserir cada vez mais nos consultórios e laboratórios de pesquisa.
. Leia a matéria na íntegra http://twixar.com/9gk
19 novembro 2010
Anvisa constata alto teor de sódio em muitos alimentos industrializados
. Cuidado com a sua saúde! Veja. Segundo informação da Agência Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) constatou teores elevados de sódio em vários alimentos industrializados encontrados nas prateleiras dos supermercados. Dos mais de 20 tipos de produtos analisados, o macarrão instantâneo apresentou a maior quantidade de sódio.
. De acordo com o levantamento, algumas marcas têm mais que o dobro de sódio do que o limite recomendável para consumo diário. A ingestão do elemento químico em altas concentrações contribui para o surgimento de doenças cardíacas e renais, obesidade, hipertensão e diabetes.
. A pesquisa revela que os refrigerantes de baixa caloria (light e diet) à base de cola e guaraná têm maior concentração de sódio em comparação com os convencionais.
. O estudo constatou ainda diferenças na quantidade de sódio de uma marca para outra. No caso da batata-palha, algumas marcas apresentaram até 14 vezes mais sódio do que o recomendável. Para a diretora da Anvisa, Maria Cecília Brito, a variação mostra que as empresas podem produzir alimentos com menos sódio e recomenda ao consumidor que observe o rótulo das embalagens.
. De acordo com o levantamento, algumas marcas têm mais que o dobro de sódio do que o limite recomendável para consumo diário. A ingestão do elemento químico em altas concentrações contribui para o surgimento de doenças cardíacas e renais, obesidade, hipertensão e diabetes.
. A pesquisa revela que os refrigerantes de baixa caloria (light e diet) à base de cola e guaraná têm maior concentração de sódio em comparação com os convencionais.
. O estudo constatou ainda diferenças na quantidade de sódio de uma marca para outra. No caso da batata-palha, algumas marcas apresentaram até 14 vezes mais sódio do que o recomendável. Para a diretora da Anvisa, Maria Cecília Brito, a variação mostra que as empresas podem produzir alimentos com menos sódio e recomenda ao consumidor que observe o rótulo das embalagens.
Carlos Pena Filho presente
Ontem no Santander Cultural, abertura da Exposição que marca 50 anos da morte de Carlos Pena Filho. 20 artistas reinterpretam a obra do poeta, poeta, dentre os quais Tuca Siqueira – para nossa alegria e orgulho – que em fotografia faz belíssima e instigante versão do “Soneto para Greta Garbo”. Confira.
Qual oposição?
. O PSDB agora promete fazer “verdadeira oposição” ao governo Dilma.
. Qual? A do tipo udenista, que prevaleceu durante os oitos anos do governo Lula?
. Os tucanos contribuiriam muito para aperfeiçoar o processo democrático se pautasse sua atuação pela apresentação de proposições alternativas ás políticas do governo.
. Serão capazes disso?
. Qual? A do tipo udenista, que prevaleceu durante os oitos anos do governo Lula?
. Os tucanos contribuiriam muito para aperfeiçoar o processo democrático se pautasse sua atuação pela apresentação de proposições alternativas ás políticas do governo.
. Serão capazes disso?
Minha opinião ontem na Rádio Folha
Folha de Pernambuco, por Débora Duque:
Siqueira: Governo opina, mas Assembleia decide
. Apesar de manter-se distante das discussões sobre a composição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, o vereador e deputado estadual eleito Luciano Siqueira (PCdoB) apontou, ontem, a necessidade de a Casa conservar sua autonomia em relação ao Poder Executivo. Diante das queixas sobre a ingerência do Palácio do Campo das Princesas, por meio do ex-secretario de articulação política e atual prefeito de São Lourenço da Mata, Ettore Labanca (PSB), na disputa entre os parlamentares João Fernando Coutinho (PSB) e André Campos (PT) pela primeira secretaria do Legislativo, o ex-prefeito do Recife ressalta que a “decisão final” cabe aos deputados.
. “Ouvir a opinião do Governo do Estado não rompe com a autonomia do Legislativo. É até benéfico. Mas a decisão final cabe aos deputados”, avaliou, em entrevista à Rádio Folha FM 96,7, sem descartar a importância da manutenção de boas relações com o governador.
. Embora só tenha se informado da “briga através dos jornais”, Siqueira considera positiva a antecipação das discussões sobre os cargos a serem ocupados na Casa Joaquim Nabuco a partir da próxima legislatura. Em sua avaliação, será mais fácil chegar a um consenso se a questão for debatida com antecedência.
. Até o momento, ele disse só ter sido procurado por Guilherme Uchôa (PDT), que foi manifestar sua vontade de ser novamente o presidente da Casa. E o contato que teve com João Fernando Coutinho foi para tratar de detalhes da Assembleia, já que seu último mandato como deputado estadual foi há cerca de 20 anos.
Siqueira: Governo opina, mas Assembleia decide
. Apesar de manter-se distante das discussões sobre a composição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, o vereador e deputado estadual eleito Luciano Siqueira (PCdoB) apontou, ontem, a necessidade de a Casa conservar sua autonomia em relação ao Poder Executivo. Diante das queixas sobre a ingerência do Palácio do Campo das Princesas, por meio do ex-secretario de articulação política e atual prefeito de São Lourenço da Mata, Ettore Labanca (PSB), na disputa entre os parlamentares João Fernando Coutinho (PSB) e André Campos (PT) pela primeira secretaria do Legislativo, o ex-prefeito do Recife ressalta que a “decisão final” cabe aos deputados.
. “Ouvir a opinião do Governo do Estado não rompe com a autonomia do Legislativo. É até benéfico. Mas a decisão final cabe aos deputados”, avaliou, em entrevista à Rádio Folha FM 96,7, sem descartar a importância da manutenção de boas relações com o governador.
. Embora só tenha se informado da “briga através dos jornais”, Siqueira considera positiva a antecipação das discussões sobre os cargos a serem ocupados na Casa Joaquim Nabuco a partir da próxima legislatura. Em sua avaliação, será mais fácil chegar a um consenso se a questão for debatida com antecedência.
. Até o momento, ele disse só ter sido procurado por Guilherme Uchôa (PDT), que foi manifestar sua vontade de ser novamente o presidente da Casa. E o contato que teve com João Fernando Coutinho foi para tratar de detalhes da Assembleia, já que seu último mandato como deputado estadual foi há cerca de 20 anos.
18 novembro 2010
Bom dia, Mário Quintana
Do amoroso esquecimento
Eu agora - que desfecho!
Já nem penso mais em ti...
Mas será que nunca deixo
De lembrar que te esqueci?
Eu agora - que desfecho!
Já nem penso mais em ti...
Mas será que nunca deixo
De lembrar que te esqueci?
Minha coluna semanal no portal Vermelho
INMA chega para superar extremos nocivos
Luciano Siqueira
A vitória de Dilma Rousseff no pleito presidencial mantém aberta a possibilidade de se consolidar um novo ciclo de mudanças estruturais no País. Em decorrência, a agenda desenvolvimentista se impõe e condiciona a abordagem dos múltiplos problemas e desafios que comportam a realidade brasileira, plena de contradições, diferenciações e conflitos.
O problema ambiental é um deles. Melhor dizendo: já não é possível debater agravos e ou ameaças ao meio ambiente dissociados do desenvolvimento econômico e social. Alarga-se a visão do problema, estreitando-se as margens ocupadas pelos dois extremos nocivos: a concepção santuarista que conspira contra o desenvolvimento; e a visão depredadora que em nome do crescimento econômico despreza a defesa ambiental.
Nesse contexto, surge o INMA (Instituto Nacional de Pesquisa e Defesa do Meio Ambiente), destinado justamente a combinar a defesa do meio ambiente com o desenvolvimento, as conquistas sociais e a soberania nacional através do desenvolvimento sustentável.
O Instituto teve seu lançamento público ao término do Seminário Internacional Mudanças Climáticas, promovido pela Fundação Maurício Grabois com apoio da Petrobras, da ANP, do Ministério do Meio Ambiente, dentre outras instituições, em Brasília, sexta-feira última.
Uma plêiade de cientistas e personalidades de reconhecida competência e credibilidade forma o seu Conselho Consultivo, dando sustentação a uma diretoria presidida pelo ex-deputado Aldo Arantes.
A presença de Luiz Pinguelli Rosa, secretário executivo do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas; Carlos Walter Porto Gonçalves, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro; Luis Fernandes, presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e Volnei Garrafa, professor da Universidade de Brasília, dentre outros – que figuram com destaque entre os que chancelam o INMA – por si qualificam a pesquisa, a realização de seminários, oficinas e cursos e atividades afins que deverão compor a agenda do Instituto.
Do INMA devem tomar parte não apenas pesquisadores e especialistas na área, mas todo cidadão ou cidadã que tenha compromisso com a promoção do desenvolvimento sustentável. Basta se comunicar pelos e-mails aldoarantes.inma@gmail.com e leandro.inma@gmail.com .
Tiro por mim, modesto vereador do Recife, recém-eleito deputado estadual, que tem como um dos eixos temáticos do mandato parlamentar a defesa do meio ambiente: aderir ao INMA e aglutinar num núcleo local pernambucanos de diversas correntes do pensamento progressista passa a ser uma tarefa imediata, um meio de promover um novo projeto nacional de desenvolvimento com sustentabilidade ambiental.
Luciano Siqueira
A vitória de Dilma Rousseff no pleito presidencial mantém aberta a possibilidade de se consolidar um novo ciclo de mudanças estruturais no País. Em decorrência, a agenda desenvolvimentista se impõe e condiciona a abordagem dos múltiplos problemas e desafios que comportam a realidade brasileira, plena de contradições, diferenciações e conflitos.
O problema ambiental é um deles. Melhor dizendo: já não é possível debater agravos e ou ameaças ao meio ambiente dissociados do desenvolvimento econômico e social. Alarga-se a visão do problema, estreitando-se as margens ocupadas pelos dois extremos nocivos: a concepção santuarista que conspira contra o desenvolvimento; e a visão depredadora que em nome do crescimento econômico despreza a defesa ambiental.
Nesse contexto, surge o INMA (Instituto Nacional de Pesquisa e Defesa do Meio Ambiente), destinado justamente a combinar a defesa do meio ambiente com o desenvolvimento, as conquistas sociais e a soberania nacional através do desenvolvimento sustentável.
O Instituto teve seu lançamento público ao término do Seminário Internacional Mudanças Climáticas, promovido pela Fundação Maurício Grabois com apoio da Petrobras, da ANP, do Ministério do Meio Ambiente, dentre outras instituições, em Brasília, sexta-feira última.
Uma plêiade de cientistas e personalidades de reconhecida competência e credibilidade forma o seu Conselho Consultivo, dando sustentação a uma diretoria presidida pelo ex-deputado Aldo Arantes.
A presença de Luiz Pinguelli Rosa, secretário executivo do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas; Carlos Walter Porto Gonçalves, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro; Luis Fernandes, presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e Volnei Garrafa, professor da Universidade de Brasília, dentre outros – que figuram com destaque entre os que chancelam o INMA – por si qualificam a pesquisa, a realização de seminários, oficinas e cursos e atividades afins que deverão compor a agenda do Instituto.
Do INMA devem tomar parte não apenas pesquisadores e especialistas na área, mas todo cidadão ou cidadã que tenha compromisso com a promoção do desenvolvimento sustentável. Basta se comunicar pelos e-mails aldoarantes.inma@gmail.com e leandro.inma@gmail.com .
Tiro por mim, modesto vereador do Recife, recém-eleito deputado estadual, que tem como um dos eixos temáticos do mandato parlamentar a defesa do meio ambiente: aderir ao INMA e aglutinar num núcleo local pernambucanos de diversas correntes do pensamento progressista passa a ser uma tarefa imediata, um meio de promover um novo projeto nacional de desenvolvimento com sustentabilidade ambiental.
História: 18 de novembro de 1918
Ensaio insurrecional anarquista conectado à greve geral no Rio-Niterói. Mobiliza tecelões, metalúrgicos e operários da construção para ocupar o palácio presidencial, Câmara, Senado, arsenais, quartéis. Ataca a delegacia distrital de polícia, mas sucumbe ante a chegada de reforços. Dezenas de presos. (Vermelho www.vermelho.org.br).
Mantega fica? Ponto para os desenvolvimentistas
. Se for verdade o que está nos jornais de hoje, Dilma faz a primeira escolha na montagem da equipe econômica dando força à ala desenvolvimentista do atual governo: o ministra da Fazenda, Guido Mantega, permaneceria no cargo.
. E Meireles fica? Os monetaristas desejam que sim. Resta saber o que fará a presidenta eleita.
. E Meireles fica? Os monetaristas desejam que sim. Resta saber o que fará a presidenta eleita.
17 novembro 2010
Meu artigo semanal no Blog de Jamildo (Jornal do Commercio Online)
Conferência qualifica UPE para um novo ciclo de desenvolvimento
Luciano Siqueira
Tempo de mudanças, templo de repensar conceitos e práticas. Ocorre em qualquer sociedade que, como o Brasil dos nossos dias, tenha diante de si a possibilidade de um salto adiante em seu desenvolvimento e se vê, assim, instada a se auto avaliar e a uma releitura da própria História.
A Pró-Reitoria de Graduação (Prograd) realiza, desde ontem até amanhã, 18, a I Conferência de Graduação, tendo como objetivos construir conceitos, diretrizes e estratégias com a perspectiva de subsidiar a Política de Formação da Universidade de Pernambuco.
Tive a felicidade de participar da solenidade de abertura da Conferência, ao lado do reitor Carlos Calado, do professor Aurélio Molina (representando na ocasião o governador Eduardo Campos), da deputada estadual Teresa Leitão, além de dirigentes e docentes, alunos e funcionários da UPE. E do que pude ler e ouvir, não exagero ao afirmar que se trata de um esforço avançado, de natureza eminentemente democrática, no sentido de melhor adequar os cursos de graduação às novas exigências decorrentes das mutações em andamento no perfil socioeconômico de Pernambuco.
Embora o foco da Conferência seja o ensino graduação, mostram-se obvias as interfaces com a extensão e a pesquisa, e mesmo com a pós-graduação – e com sentido inovador.
Aí está a palavra chave: inovação. Pois se ocorre uma mudança qualitativa da matriz produtiva do estado, fruto do papel transformador dos grandes empreendimentos industriais de ponta sediados no Complexo Portuário de Suape, apontando para conquistas substanciais em termos produtivos e talvez sociais, cabe, sim, a chamado aparelho formador, ponde se incluem as Universidades, cuidar de corresponder a demandas que antes não se apresentavam.
Isso se dá, pelo que tenho observado no diálogo com gestores de várias instituições, em todas as direções: da formação de recursos humanos para a área técnico-produtiva, para as disciplinas ditas das ciências humanas, para os diversos segmentos de serviços.
É sob esse prisma que devemos, nós outros cá de fora alimentados pelas melhores expectativas quanto à crescente importância da UPE para um projeto de desenvolvimento economicamente avançado e socialmente justo em Pernambuco, entender as ousadas intenções da Conferência, conforme se pode depreender do documento-base.
Partindo de um diagnóstico da realidade educacional da UPE, a Conferência subsidiará a Política de Formação Universitária, abrangendo especialmente a elaboração do Plano de Desenvolvimento Institucional da UPE, suas Diretrizes, Estratégias e Ações.
Que assim seja – para o fortalecimento da Universidade e benefício de toda a sociedade.
Luciano Siqueira
Tempo de mudanças, templo de repensar conceitos e práticas. Ocorre em qualquer sociedade que, como o Brasil dos nossos dias, tenha diante de si a possibilidade de um salto adiante em seu desenvolvimento e se vê, assim, instada a se auto avaliar e a uma releitura da própria História.
A Pró-Reitoria de Graduação (Prograd) realiza, desde ontem até amanhã, 18, a I Conferência de Graduação, tendo como objetivos construir conceitos, diretrizes e estratégias com a perspectiva de subsidiar a Política de Formação da Universidade de Pernambuco.
Tive a felicidade de participar da solenidade de abertura da Conferência, ao lado do reitor Carlos Calado, do professor Aurélio Molina (representando na ocasião o governador Eduardo Campos), da deputada estadual Teresa Leitão, além de dirigentes e docentes, alunos e funcionários da UPE. E do que pude ler e ouvir, não exagero ao afirmar que se trata de um esforço avançado, de natureza eminentemente democrática, no sentido de melhor adequar os cursos de graduação às novas exigências decorrentes das mutações em andamento no perfil socioeconômico de Pernambuco.
Embora o foco da Conferência seja o ensino graduação, mostram-se obvias as interfaces com a extensão e a pesquisa, e mesmo com a pós-graduação – e com sentido inovador.
Aí está a palavra chave: inovação. Pois se ocorre uma mudança qualitativa da matriz produtiva do estado, fruto do papel transformador dos grandes empreendimentos industriais de ponta sediados no Complexo Portuário de Suape, apontando para conquistas substanciais em termos produtivos e talvez sociais, cabe, sim, a chamado aparelho formador, ponde se incluem as Universidades, cuidar de corresponder a demandas que antes não se apresentavam.
Isso se dá, pelo que tenho observado no diálogo com gestores de várias instituições, em todas as direções: da formação de recursos humanos para a área técnico-produtiva, para as disciplinas ditas das ciências humanas, para os diversos segmentos de serviços.
É sob esse prisma que devemos, nós outros cá de fora alimentados pelas melhores expectativas quanto à crescente importância da UPE para um projeto de desenvolvimento economicamente avançado e socialmente justo em Pernambuco, entender as ousadas intenções da Conferência, conforme se pode depreender do documento-base.
Partindo de um diagnóstico da realidade educacional da UPE, a Conferência subsidiará a Política de Formação Universitária, abrangendo especialmente a elaboração do Plano de Desenvolvimento Institucional da UPE, suas Diretrizes, Estratégias e Ações.
Que assim seja – para o fortalecimento da Universidade e benefício de toda a sociedade.
E se Kassab for para o PMDB?
. Com insistência, noticia-se a possibilidade do prefeito Gilberto Kassab, do DEM, transferir-se para o PMDB.
. Nesse caso, o DEM pediria na Justiça o mandato do prefeito?
. Mais: o prefeito da maior capital do País iria para um partido base governista. Será?
. Nesse caso, o DEM pediria na Justiça o mandato do prefeito?
. Mais: o prefeito da maior capital do País iria para um partido base governista. Será?
Serenidade necessária diante do “blocão”
. A formação de um bloco de partidos da base governista liderado pelo PMDB e com a possível participação do PP, PR, PTB e PSC – totalizando cerca de 200 deputados – já recolheu declarações críticas do presidente Lula e de próceres petistas.
. De outra parte, PCdoB, PSB, PDT e PRB examinam a constituição de um bloco menor, porém muito representativo.
. Cabe serenidade na abordagem do assunto. Certamente a conduta do PT, mais ampla e flexível ou hegemonista é uma variável importante.
. É acompanhar para ver.
. De outra parte, PCdoB, PSB, PDT e PRB examinam a constituição de um bloco menor, porém muito representativo.
. Cabe serenidade na abordagem do assunto. Certamente a conduta do PT, mais ampla e flexível ou hegemonista é uma variável importante.
. É acompanhar para ver.
Ameaça ao clima, agora do espaço
Ciência Hoje Online:
Fuligem liberada por foguetes usados no turismo espacial poderá agravar mudanças climáticas na próxima década. Estudo norte-americano lança o primeiro olhar sobre a questão e prevê alterações nos níveis de ozônio e aumento da temperatura do planeta.
. Em meio ao permanente desafio da redução das emissões de gases do efeito estufa, o clima do planeta parece ter mais uma ameaça pela frente. É o que sugere um estudo sobre o impacto ambiental causado pelos combustíveis que alimentam foguetes usados no turismo espacial.
. Pesquisadores norte-americanos preveem que a fuligem liberada por esses veículos pode ser uma das grandes responsáveis pelas mudanças climáticas na próxima década.
. O turismo espacial hoje já é uma indústria. Desde 2001, quando ocorreu a primeira viagem da categoria, até 2009, sete pessoas já pagaram para ir ao espaço. E esse mercado tende a crescer. Foi esse o panorama considerado pelos envolvidos no estudo, aceito para publicação no Geophysical Research Letters.
. Segundo os pesquisadores, em um futuro próximo, pode chegar a mil o número de lançamentos previstos por ano pelas companhias desse tipo de turismo. Essa quantidade de viagens acumularia mais de mil toneladas de fuligem na estratosfera.
. É nessa camada, a segunda da atmosfera, que a fuligem (ou carbono negro) liberada na queima dos hidrocarbonetos usados como combustível nos voos turísticos suborbitais permaneceria por anos, devido à ausência de chuva ou vento para filtrá-la.
. Leia a matéria na íntegra http://twixar.com/QjrS
Fuligem liberada por foguetes usados no turismo espacial poderá agravar mudanças climáticas na próxima década. Estudo norte-americano lança o primeiro olhar sobre a questão e prevê alterações nos níveis de ozônio e aumento da temperatura do planeta.
. Em meio ao permanente desafio da redução das emissões de gases do efeito estufa, o clima do planeta parece ter mais uma ameaça pela frente. É o que sugere um estudo sobre o impacto ambiental causado pelos combustíveis que alimentam foguetes usados no turismo espacial.
. Pesquisadores norte-americanos preveem que a fuligem liberada por esses veículos pode ser uma das grandes responsáveis pelas mudanças climáticas na próxima década.
. O turismo espacial hoje já é uma indústria. Desde 2001, quando ocorreu a primeira viagem da categoria, até 2009, sete pessoas já pagaram para ir ao espaço. E esse mercado tende a crescer. Foi esse o panorama considerado pelos envolvidos no estudo, aceito para publicação no Geophysical Research Letters.
. Segundo os pesquisadores, em um futuro próximo, pode chegar a mil o número de lançamentos previstos por ano pelas companhias desse tipo de turismo. Essa quantidade de viagens acumularia mais de mil toneladas de fuligem na estratosfera.
. É nessa camada, a segunda da atmosfera, que a fuligem (ou carbono negro) liberada na queima dos hidrocarbonetos usados como combustível nos voos turísticos suborbitais permaneceria por anos, devido à ausência de chuva ou vento para filtrá-la.
. Leia a matéria na íntegra http://twixar.com/QjrS
Banco do Brasil vai financiar agricultores africanos que queiram comprar máquinas brasileiras
. Solidariedade internacional. Informa a Agência Brasil que a partir do próximo ano, os agricultores da África poderão comprar máquinas, tratores e equipamentos do Brasil, com assistência técnica, financiados pelo Banco do Brasil. A Câmara de Comércio Exterior (Camex) aprovou hoje (17) a concessão de empréstimos para o programa Mais Alimentos.
. Para 2011, o programa prevê liberar US$ 240 milhões em novos financiamentos. Em 2012, o limite chegará a US$ 400 milhões. Segundo o secretário executivo da Camex, Hélder Chaves, Gana e Zimbábue serão os primeiros países beneficiados, mas os empréstimos poderão ser concedidos a produtores de todo o Continente Africano.
. Na reunião de hoje, a Camex também autorizou o governo a reduzir o imposto de importação para países pobres, principalmente da África e da Ásia. A proposta atende a um projeto da Organização das Nações Unidas (ONU) para estimular as exportações dos países de baixo grau de desenvolvimento econômico e social.
. Com a nova regra, o Brasil poderá zerar o Imposto de Importação de determinados produtos desses países. Mas, antes, a proposta será analisada pela Casa Civil, que decidirá se encaminha um projeto de lei ou uma medida provisória ao Congresso nesse sentido.
. Para 2011, o programa prevê liberar US$ 240 milhões em novos financiamentos. Em 2012, o limite chegará a US$ 400 milhões. Segundo o secretário executivo da Camex, Hélder Chaves, Gana e Zimbábue serão os primeiros países beneficiados, mas os empréstimos poderão ser concedidos a produtores de todo o Continente Africano.
. Na reunião de hoje, a Camex também autorizou o governo a reduzir o imposto de importação para países pobres, principalmente da África e da Ásia. A proposta atende a um projeto da Organização das Nações Unidas (ONU) para estimular as exportações dos países de baixo grau de desenvolvimento econômico e social.
. Com a nova regra, o Brasil poderá zerar o Imposto de Importação de determinados produtos desses países. Mas, antes, a proposta será analisada pela Casa Civil, que decidirá se encaminha um projeto de lei ou uma medida provisória ao Congresso nesse sentido.
Dilma com as rédeas na mão
. É um período de entressafra na vida política. A falta de informações mais precisas, papel aceita tudo – e haja especulações nos jornais!
. Dentre o que se publica, é bom anotar a notícia de que Dilma toma as rédeas dos entendimentos para a montagem do governo, evitando que a matéria fique ao sabor dos quadros do PT que formam a equipe de transição.
. Parece óbvio, mas não é tanto assim. E é bom a presidenta imponha conteúdo e ritmo. Para evitar embaraços.
. Dentre o que se publica, é bom anotar a notícia de que Dilma toma as rédeas dos entendimentos para a montagem do governo, evitando que a matéria fique ao sabor dos quadros do PT que formam a equipe de transição.
. Parece óbvio, mas não é tanto assim. E é bom a presidenta imponha conteúdo e ritmo. Para evitar embaraços.
16 novembro 2010
Boa noite, Hilda Hilst
Picasso
NaturezaAmor chagado, de púrpura, de desejo
Pontilhado. Volto à seiva de cordas.
Da guitarra, e recheio de sons o teu jazigo.
Volto empoeirada de vestígios, arvoredo de ouro
Do que fomos, gotas de sal na planície do olvido
Para reacender a tua fome.
Amor de sombras de ocasos e de ovelhas.
Volto como quem soma a vida inteira
A todos os outonos. Volto novíssima incoerente
Cógnita
Como quem vê e escuta o cerne da semente
E da altura de dentro já lhe sabe o nome
E reverdeço
No rosa de umas tangerinas
E nos azuis de todos os começos.
Reforço da produção colide com juros altos
. A rigor ainda não acontece, mas o risco existe. Tanto que o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio processo de desindustrialização do País o processo existe, é preocupante e ameaça as contas externas.
. Um documento que o Valor Econômico diz ser reservado, mas que o jornal o obteve, indica que o governo deveria criar uma "diretriz" para elevar o saldo comercial, hoje em torno de 9% das exportações, para um nível mínimo de 14%%.
. Entretanto, com a atual política de juros altos nem se consegue esse desejado superávit, nem sobretudo o reforço da produção industrial.
. Em outras palavras: a ruptura com os condicionantes macroeconômicos herdados de FHC, que Lula não teve condições de realizar, vem á tona com força nesse momento que antecede o início do governo Dilma.
. Um documento que o Valor Econômico diz ser reservado, mas que o jornal o obteve, indica que o governo deveria criar uma "diretriz" para elevar o saldo comercial, hoje em torno de 9% das exportações, para um nível mínimo de 14%%.
. Entretanto, com a atual política de juros altos nem se consegue esse desejado superávit, nem sobretudo o reforço da produção industrial.
. Em outras palavras: a ruptura com os condicionantes macroeconômicos herdados de FHC, que Lula não teve condições de realizar, vem á tona com força nesse momento que antecede o início do governo Dilma.
15 novembro 2010
Museu da República no Rio comemora 50 anos e oferece visitas virtuais pela internet
. O Museu da República, no Rio de Janeiro, comemora hoje (15), dia da Proclamação da República, 50 anos de criação. A data foi marcada com uma programação especial que incluiu o lançamento do projeto de visita virtual. A partir de agora, os interessados em conhecer o Palácio do Catete, na zona sul da cidade, podem acessar a página do Museu da República http://twixar.com/lDq na internet e passear pelo local que, durante 63 anos, foi a sede do Poder Executivo do Brasil. A informação é da Agência Brasil.
. A diretora do museu, Magaly Cabral, informou que é a primeira vez que um museu do estado abre essa possibilidade. “A partir de hoje, o Museu da República pode ser visitado de qualquer parte do mundo. Isso pode atrair novos visitantes, porque uma pessoa pode acessar o link, conhecer a história da República e, depois, querer visitar ao vivo o que viu pelo site”.
. A diretora do museu, Magaly Cabral, informou que é a primeira vez que um museu do estado abre essa possibilidade. “A partir de hoje, o Museu da República pode ser visitado de qualquer parte do mundo. Isso pode atrair novos visitantes, porque uma pessoa pode acessar o link, conhecer a história da República e, depois, querer visitar ao vivo o que viu pelo site”.
Bom senso na montagem de governo
. Tanto aqui como em âmbito federal, nunca será demais uma boa dose de bom senso na montagem dos governos Eduardo e Dilma.
. Que a presidenta e o governador saberão como se conduzir, não restam dúvidas.
. O que se espera – e nisso não há nenhuma novidade, apenas expectativa – é que partidos e segmentos outros da sociedade tenham a grandeza de não perturbarem o processo.
. Quando se trata de montar equipes que reúnam habilidade política e capacidade técnica, o governante precisa de tranquilidade. Ansiedade e açodamento só atrapalham.
. Que a presidenta e o governador saberão como se conduzir, não restam dúvidas.
. O que se espera – e nisso não há nenhuma novidade, apenas expectativa – é que partidos e segmentos outros da sociedade tenham a grandeza de não perturbarem o processo.
. Quando se trata de montar equipes que reúnam habilidade política e capacidade técnica, o governante precisa de tranquilidade. Ansiedade e açodamento só atrapalham.
14 novembro 2010
Minha coluna semanal no site da Revista Algomais
Por que o amigo bebe?
Luciano Siqueira
Para quem não tem o hábito de beber, pelo menos em público, nem sente prazer com a algazarra própria das festas, frequentá-las pode ser, em certas circunstâncias, uma experiência torturante. Sobretudo se o cidadão exerce cargo público que lhe confere alguma notoriedade.
Primeiro, ao chegar ao recinto, há o dever de cumprimentar a todos, um por um, mesa a mesa - tarefa que, a depender da dimensão do evento, consome em média umas duas horas; e sempre resta cumprimentar mais um conhecido, ou que como tal se lhe apresenta. Depois, ao encontrar, a muito custo, lugar para sentar, tendo o cuidado de escolher a mesa por acaso, sem nenhum gesto que possa indicar alguma preferência (para não gerar ciúmes!), invariavelmente é castigado pela aproximação de algum conviva, sempre com uma taça de cerveja ou um copo de uísque à mão; que, senta a seu lado e, como que para cumprir algum desígnio misterioso ou insuspeitado dever lhe aborda sobre tema da atualidade:
- Então, Siqueira, qual a sua opinião sobre o escândalo da Parmalat?
E antes que alguma resposta seja balbuciada, dispara o complemento:
- E a FIAT, hein, quem diria! Você acha que a FIAT vai pedir concordata?
Veja que este é um dos exemplos mais simples. Porque às vezes a “pauta” é mais complexa. Tipo os conflitos do Oriente Médio, a polêmica dos transgênicos, a política cambial...
E há os que nem lhe deixam esboçar a resposta, preferem discorrer sobre o assunto. E alugam o seu ouvido com uma longa explanação nem sempre bem fundamentada, ou que nem dá para saber se sim, pois o ambiente de festa decididamente não é para análises nem debates.
No final de dezembro de 2004, cumprindo roteiro de almoços e jantares de confraternização, aos quais compareci no exercício do cargo, eis que surgiu um tipo novo, que até então não havia se apresentado. O “bêbado lúcido” – classifico-o assim inspirado em Antônio Maria, que dizia acreditar na lucidez dos bêbados e dos poetas. O sujeito que já tomou algumas, fala com a língua enrolada, e me pergunta insistentemente:
- Sabe por que estou bebendo? Diga aí; faço questão de ouvir...
Claro que não sei. Sequer desconfio, por absoluto desconhecimento da vida pregressa do interlocutor. Nem me interesso em saber, para falar a verdade.
- Bebo pelo Brasil e pelo nosso presidente Lula, prefeito. Porque estou com um medo danado de que a coisa não dê certo. Esse Palocci, sei não; dizem que é assim com o Malan (aproximando os dois dedos indicadores em paralelo). A economia cresce devagar, no meu ramo tem muito desemprego...
E num arremate definitivo, após sorver o uísque como quem engole uma dose de elixir paregórico, de uma única vez:
- Ou Lula acaba com o desemprego ou “eles” acabam com Lula!
É o caso de admitir: parece que o bêbado tinha razão. Ainda bem que o governo Lula deu certo.
Luciano Siqueira
Para quem não tem o hábito de beber, pelo menos em público, nem sente prazer com a algazarra própria das festas, frequentá-las pode ser, em certas circunstâncias, uma experiência torturante. Sobretudo se o cidadão exerce cargo público que lhe confere alguma notoriedade.
Primeiro, ao chegar ao recinto, há o dever de cumprimentar a todos, um por um, mesa a mesa - tarefa que, a depender da dimensão do evento, consome em média umas duas horas; e sempre resta cumprimentar mais um conhecido, ou que como tal se lhe apresenta. Depois, ao encontrar, a muito custo, lugar para sentar, tendo o cuidado de escolher a mesa por acaso, sem nenhum gesto que possa indicar alguma preferência (para não gerar ciúmes!), invariavelmente é castigado pela aproximação de algum conviva, sempre com uma taça de cerveja ou um copo de uísque à mão; que, senta a seu lado e, como que para cumprir algum desígnio misterioso ou insuspeitado dever lhe aborda sobre tema da atualidade:
- Então, Siqueira, qual a sua opinião sobre o escândalo da Parmalat?
E antes que alguma resposta seja balbuciada, dispara o complemento:
- E a FIAT, hein, quem diria! Você acha que a FIAT vai pedir concordata?
Veja que este é um dos exemplos mais simples. Porque às vezes a “pauta” é mais complexa. Tipo os conflitos do Oriente Médio, a polêmica dos transgênicos, a política cambial...
E há os que nem lhe deixam esboçar a resposta, preferem discorrer sobre o assunto. E alugam o seu ouvido com uma longa explanação nem sempre bem fundamentada, ou que nem dá para saber se sim, pois o ambiente de festa decididamente não é para análises nem debates.
No final de dezembro de 2004, cumprindo roteiro de almoços e jantares de confraternização, aos quais compareci no exercício do cargo, eis que surgiu um tipo novo, que até então não havia se apresentado. O “bêbado lúcido” – classifico-o assim inspirado em Antônio Maria, que dizia acreditar na lucidez dos bêbados e dos poetas. O sujeito que já tomou algumas, fala com a língua enrolada, e me pergunta insistentemente:
- Sabe por que estou bebendo? Diga aí; faço questão de ouvir...
Claro que não sei. Sequer desconfio, por absoluto desconhecimento da vida pregressa do interlocutor. Nem me interesso em saber, para falar a verdade.
- Bebo pelo Brasil e pelo nosso presidente Lula, prefeito. Porque estou com um medo danado de que a coisa não dê certo. Esse Palocci, sei não; dizem que é assim com o Malan (aproximando os dois dedos indicadores em paralelo). A economia cresce devagar, no meu ramo tem muito desemprego...
E num arremate definitivo, após sorver o uísque como quem engole uma dose de elixir paregórico, de uma única vez:
- Ou Lula acaba com o desemprego ou “eles” acabam com Lula!
É o caso de admitir: parece que o bêbado tinha razão. Ainda bem que o governo Lula deu certo.
Bendita paciência
A sugestão de domingo é do sábio Epaminondas: “Os frutos da espera são infinitamente melhores do que os frutos da impaciência.”
12 novembro 2010
Bom dia, Carlos Drummond de Andrade
O tempo passa? Não passa
O tempo passa? Não passa
no abismo do coração.
Lá dentro, perdura a graça
do amor, florindo em canção.
O tempo nos aproxima
cada vez mais, nos reduz
a um só verso e uma rima
de mãos e olhos, na luz.
Não há tempo consumido
nem tempo a economizar.
O tempo é todo vestido
de amor e tempo de amar.
O meu tempo e o teu, amada,
transcendem qualquer medida.
Além do amor, não há nada,
amar é o sumo da vida.
São mitos de calendário
tanto o ontem como o agora,
e o teu aniversário
é um nascer a toda hora.
E nosso amor, que brotou
do tempo, não tem idade,
pois só quem ama escutou
o apelo da eternidade.
O tempo passa? Não passa
no abismo do coração.
Lá dentro, perdura a graça
do amor, florindo em canção.
O tempo nos aproxima
cada vez mais, nos reduz
a um só verso e uma rima
de mãos e olhos, na luz.
Não há tempo consumido
nem tempo a economizar.
O tempo é todo vestido
de amor e tempo de amar.
O meu tempo e o teu, amada,
transcendem qualquer medida.
Além do amor, não há nada,
amar é o sumo da vida.
São mitos de calendário
tanto o ontem como o agora,
e o teu aniversário
é um nascer a toda hora.
E nosso amor, que brotou
do tempo, não tem idade,
pois só quem ama escutou
o apelo da eternidade.
Lula ataca o dólar e defende moeda alternativa na cúpula do G20
No Vermelho, por Umberto Martins:
. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta quinta-feira (11) a discussão, na cúpula do G20, de alternativas ao dólar como moeda de livre curso nas transações econômicas internacionais, hoje marcadas pela instabilidade decorrente dos desequilíbrios da economia norte-americana e perturbadas pela chamada guerra cambial.
. O tema é polêmico, já que está em xeque a liderança econômica dos EUA no mundo e certamente isto não agrada Washington. Mas a necessidade de encontrar um substituto para o dólar nas transações econômicas internacionais ganhou força com a emergência da crise nos Estados Unidos no final de 2007 e as ações do Estado para debelá-la.
. A Casa Branca incorreu num deficit colossal, de US$ 1,6 trilhão em 2009, estimando-se ainda que entre 2010 e 2020 o rombo acumulado nas contas públicas chegue a US$ 8,5 trilhões. Em conseqüência, a dívida pública (líquida) explode e se aproxima de 100% do PIB. Neste ano, o deficit deve ficar em torno de 10% do PIB.
. Leia a matéria na íntegra http://twixar.com/jdqgA
. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta quinta-feira (11) a discussão, na cúpula do G20, de alternativas ao dólar como moeda de livre curso nas transações econômicas internacionais, hoje marcadas pela instabilidade decorrente dos desequilíbrios da economia norte-americana e perturbadas pela chamada guerra cambial.
. O tema é polêmico, já que está em xeque a liderança econômica dos EUA no mundo e certamente isto não agrada Washington. Mas a necessidade de encontrar um substituto para o dólar nas transações econômicas internacionais ganhou força com a emergência da crise nos Estados Unidos no final de 2007 e as ações do Estado para debelá-la.
. A Casa Branca incorreu num deficit colossal, de US$ 1,6 trilhão em 2009, estimando-se ainda que entre 2010 e 2020 o rombo acumulado nas contas públicas chegue a US$ 8,5 trilhões. Em conseqüência, a dívida pública (líquida) explode e se aproxima de 100% do PIB. Neste ano, o deficit deve ficar em torno de 10% do PIB.
. Leia a matéria na íntegra http://twixar.com/jdqgA
Percentual de famílias chefiadas pela mulher avança 8 pontos de 2001 a 2009
. A informação é da Agência Brasil. O número de famílias chefiadas por mulheres aumentou nos últimos nove anos segundo análise feita pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) dos dados da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílio (Pnad). No estudo, divulgado hoje (11), concluiu-se que o número de famílias nas quais a mulher é a chefe subiu de 27% em 2001 para 35% em 2009, o que representa 21.933.180 famílias.
. De acordo com a chefe de Pesquisa do Ipea, Natália Fontoura, esse fenômeno tem a ver com a maior participação das mulheres no mercado de trabalho. "O mais importante talvez seja a participação das mulheres no mercado de trabalho. Mas também a forma como as mulheres estão se inserindo nos diferentes espaços públicos e as mudanças culturais em relação aos lugares ocupados por homens e mulheres na sociedade".
. Com o nome Primeiras Análises: Investigando a Chefia Feminina de Família, o estudo é o quarto da série de análises do Ipea sobre a Pnad, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O aumento das famílias chefiadas por mulheres teve crescimento em todas as regiões: na Sul, foi constatado o maior avanço, passando de 24,4% para 33%, de 2001 a 2009. No Sudeste, a região com o segundo maior crescimento no número de famílias chefiadas por elas, o avanço foi de 28% para 36%.
. Grande parte dessas famílias é composta por mulheres sem cônjuge, o que representa 49,3%. As famílias chefiadas por elas são 17,3 % do total das famílias brasileiras. A Região Nordeste foi a que apresentou a maior proporção desse tipo de família, 19,5%, seguido pela Região Norte, com 18,8%. A Região Sul apresentou o menor percentual, 13,9%. No caso dos casais com ou sem filhos chefiados por mulheres, a Região Norte tem 10,4%, o que supera a média nacional, de 9,2%.
. A análise mostra ainda que, nas famílias chefiadas por mulheres sem cônjuge, 59,1% delas têm emprego e as mulheres chefes de família com cônjuge e que estão empregadas representam 55,6%. Na comparação com os homens chefes de família, mais de 80% deles, em ambos os casos, estão trabalhando.
. Outro dado destacado pelo Ipea é o de que 50,4% das mulheres chefes de família sem cônjuge têm ocupações de melhor qualidade do que os homens. Enquanto nas famílias chefiadas por mulheres que têm cônjuge, 43,9% delas têm uma ocupação de melhor qualidade.
. De acordo com a chefe de Pesquisa do Ipea, Natália Fontoura, esse fenômeno tem a ver com a maior participação das mulheres no mercado de trabalho. "O mais importante talvez seja a participação das mulheres no mercado de trabalho. Mas também a forma como as mulheres estão se inserindo nos diferentes espaços públicos e as mudanças culturais em relação aos lugares ocupados por homens e mulheres na sociedade".
. Com o nome Primeiras Análises: Investigando a Chefia Feminina de Família, o estudo é o quarto da série de análises do Ipea sobre a Pnad, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O aumento das famílias chefiadas por mulheres teve crescimento em todas as regiões: na Sul, foi constatado o maior avanço, passando de 24,4% para 33%, de 2001 a 2009. No Sudeste, a região com o segundo maior crescimento no número de famílias chefiadas por elas, o avanço foi de 28% para 36%.
. Grande parte dessas famílias é composta por mulheres sem cônjuge, o que representa 49,3%. As famílias chefiadas por elas são 17,3 % do total das famílias brasileiras. A Região Nordeste foi a que apresentou a maior proporção desse tipo de família, 19,5%, seguido pela Região Norte, com 18,8%. A Região Sul apresentou o menor percentual, 13,9%. No caso dos casais com ou sem filhos chefiados por mulheres, a Região Norte tem 10,4%, o que supera a média nacional, de 9,2%.
. A análise mostra ainda que, nas famílias chefiadas por mulheres sem cônjuge, 59,1% delas têm emprego e as mulheres chefes de família com cônjuge e que estão empregadas representam 55,6%. Na comparação com os homens chefes de família, mais de 80% deles, em ambos os casos, estão trabalhando.
. Outro dado destacado pelo Ipea é o de que 50,4% das mulheres chefes de família sem cônjuge têm ocupações de melhor qualidade do que os homens. Enquanto nas famílias chefiadas por mulheres que têm cônjuge, 43,9% delas têm uma ocupação de melhor qualidade.
11 novembro 2010
Minha coluna semanal no portal Vermelho
Dilma Rousseff, João Amazonas e Miguel Arraes
Luciano Siqueira
Não sei em que nível mantiveram algum contato a presidenta eleita Dilma Rousseff e esses dois líderes de presença marcante na História recente do Brasil, João Amazonas e Miguel Arraes. Mas há uma linha de convergência entre o pensamento dos três.
Vejamos. Amazonas, que presidiu por décadas o Partido Comunista do Brasil, foi um ideólogo da centralidade da questão nacional, no atual estágio da luta política e social no Brasil e no mundo, na perspectiva do socialismo.
Arraes, que pautou sua vida pública de mais de meio século por um nacionalismo consequente, sempre atualizado, guardava com os comunistas uma fina sintonia na abordagem do tema. Avançar nas conquistas sociais e democráticas, para ele, seria impossível sem a afirmação do Brasil como nação independente e soberana.
Dilma, em sua trajetória na gestão pública tem raciocinado na mesma direção. Enquanto ministra no governo Lula integrou a corrente dos que buscam soluções estruturais para os impasses da sociedade brasileira tendo como pedra de toque a questão nacional.
Daí soar natural e perfeitamente compreensível, na noite de 31 de outubro, que num discurso conciso, destinado a sublinhar os traços essenciais do seu futuro governo, a presidenta eleita tenha dado destaque ao tema.
“No curto prazo, não contaremos com a pujança das economias desenvolvidas para impulsionar nosso crescimento. Por isso, se tornam ainda mais importantes nossas próprias políticas, nosso próprio mercado, nossa própria poupança e nossas próprias decisões econômicas”, diz a presidenta eleita. Uma forma de caracterizar o caráter nacional do projeto de desenvolvimento no qual se empenhará.
Além disso, ela reafirma o compromisso com a inserção soberana do País no concerto internacional, quando afirma que, ao lado de propugnar a ampla abertura das relações comerciais, insistirá no “fim do protecionismo dos países ricos, que impede as nações pobres de realizar plenamente suas vocações”.
O Brasil de Dilma Rousseff será o mesmo do presidente Lula, mantendo uma postura altiva no âmbito de organismos internacionais, em defesa de “regras mais claras e mais cuidadosas para a retomada dos mercados de financiamento, limitando a alavancagem e a especulação desmedida, que aumentam a volatilidade dos capitais e das moedas”.
Amazonas e Arraes certamente assinariam embaixo.
Luciano Siqueira
Não sei em que nível mantiveram algum contato a presidenta eleita Dilma Rousseff e esses dois líderes de presença marcante na História recente do Brasil, João Amazonas e Miguel Arraes. Mas há uma linha de convergência entre o pensamento dos três.
Vejamos. Amazonas, que presidiu por décadas o Partido Comunista do Brasil, foi um ideólogo da centralidade da questão nacional, no atual estágio da luta política e social no Brasil e no mundo, na perspectiva do socialismo.
Arraes, que pautou sua vida pública de mais de meio século por um nacionalismo consequente, sempre atualizado, guardava com os comunistas uma fina sintonia na abordagem do tema. Avançar nas conquistas sociais e democráticas, para ele, seria impossível sem a afirmação do Brasil como nação independente e soberana.
Dilma, em sua trajetória na gestão pública tem raciocinado na mesma direção. Enquanto ministra no governo Lula integrou a corrente dos que buscam soluções estruturais para os impasses da sociedade brasileira tendo como pedra de toque a questão nacional.
Daí soar natural e perfeitamente compreensível, na noite de 31 de outubro, que num discurso conciso, destinado a sublinhar os traços essenciais do seu futuro governo, a presidenta eleita tenha dado destaque ao tema.
“No curto prazo, não contaremos com a pujança das economias desenvolvidas para impulsionar nosso crescimento. Por isso, se tornam ainda mais importantes nossas próprias políticas, nosso próprio mercado, nossa própria poupança e nossas próprias decisões econômicas”, diz a presidenta eleita. Uma forma de caracterizar o caráter nacional do projeto de desenvolvimento no qual se empenhará.
Além disso, ela reafirma o compromisso com a inserção soberana do País no concerto internacional, quando afirma que, ao lado de propugnar a ampla abertura das relações comerciais, insistirá no “fim do protecionismo dos países ricos, que impede as nações pobres de realizar plenamente suas vocações”.
O Brasil de Dilma Rousseff será o mesmo do presidente Lula, mantendo uma postura altiva no âmbito de organismos internacionais, em defesa de “regras mais claras e mais cuidadosas para a retomada dos mercados de financiamento, limitando a alavancagem e a especulação desmedida, que aumentam a volatilidade dos capitais e das moedas”.
Amazonas e Arraes certamente assinariam embaixo.
Jurandir presidente da Câmara
. Participando do Seminário Internacional sobre Mudanças Climáticas, em Brasília, não compareço à reunião solene da Câmara Municipal, hoje, que elegerá a nova Mesa diretora.
. Deixei declaração de apoio à chapa consensual encabeçada pelo vereador Jurandir Liberal.
. Deixei declaração de apoio à chapa consensual encabeçada pelo vereador Jurandir Liberal.
09 novembro 2010
Brasil e China fazem parceria para ampliar pesquisa de alimentos geneticamente modificados
. Cooperação científica em alto nível. Noticia a Agência Brasil que os governos do Brasil e da China firmaram parceria ontem, 9, para desenvolver pesquisas em organismos geneticamente modificados, de modo a possibilitar ganhos de produtividade agrícola nos dois países.
. O trabalho de pesquisa ficará a cargo da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e da Academia de Ciências Agrícolas da China. A parceria sino-brasileira visa também à ampliação de investimentos no comércio bilateral de produtos de origem agropecuária.
. O trabalho de pesquisa ficará a cargo da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e da Academia de Ciências Agrícolas da China. A parceria sino-brasileira visa também à ampliação de investimentos no comércio bilateral de produtos de origem agropecuária.
Mais mulheres no governo
. Especula-se que Dilma teria a intenção de ampliar a participação de mulheres no primeiro escalão do governo.
. Seria uma decisão sábia. Há muitas mulheres de alta qualificação política e técnica que poderiam contribuir para êxito do governo.
. E de quebra fortalecer a luta pela igualdade de gênero.
. Seria uma decisão sábia. Há muitas mulheres de alta qualificação política e técnica que poderiam contribuir para êxito do governo.
. E de quebra fortalecer a luta pela igualdade de gênero.
08 novembro 2010
Incompetência ou sabotagem?
. Incrível a trapalhada do Enem. Segundo ano consecutivo.
. Das duas, uma: incompetência ou sabotagem. Só pode ser.
. Das duas, uma: incompetência ou sabotagem. Só pode ser.
A incontinência verbal de Serra
. As urnas nem esfriaram ainda, mas o candidato derrotado José Serra prossegue no combate ao governo Lula, agora investido, sim, da condição de oposicionista – que vacilou em assumir plenamente quando em campanha.
. O bom senso recomenda aos derrotados que se recolham por algum tempo, sobretudo aos que padecem de propostas alternativas ao que vem sendo praticado, como é o caso de Serra.
. Mas a incontinência verbal do tucano parece ser mais forte do que o seu equilíbrio emocional. . Que fale, então – e que amargue o desgaste que isso implica.
Transição: a participação dos aliados
. Dilma determinou que José eduardo Dutra, presidente do PT e integrante da equipe de transição, inicie de pronto as conversações com os partidos aliados.
. Correto. As forças que contribuíram para a vitória eleitoral devem ser consideradas no processo de transição do atual ao novo governo.
. Correto. As forças que contribuíram para a vitória eleitoral devem ser consideradas no processo de transição do atual ao novo governo.
Nos EUA, campanhas crescentemente bilionárias
. Está no New York Times de hoje. Derrotados no último pleito, os Democratas discutem a própria ineficiência, em relação aos rivais Republicanos, em kinjetar recursos fabulosos na campanha.
. Harold Ickes, um operador de campanha democrata afirma que é um erro para a Casa Branca evitar gastos profusos em uma batalha.
. Steve Phillips, de um fundo de arrecadação da Califórnia, diz que seus colegas democratas precisam aprender com a ala direita.
Democracia sob corrosão
. No Le Monde, artigo assinado por Georges Ugeux revela perplexidade sobre o que denomina “as complexas relações entre as finanças e a política” na França.
. O amálgama "político-financeiro" se tornou um símbolo da perversão do capitalismo, diz ele.
. E se compromete em analisar, “através dos acontecimentos da forma como finanças e política estão intimamente envolvidas na condução de nossa democracia e da economia. Entender essa relação é técnica e politicamente”.
. Parece que está falando do Brasil, onde a promiscuidade entre grande grupos econômicos e financeiros e as eleições torna a disputa cada vez mais desigual, impondo uma reforma política que adote o financiamento público das campanhas.
. O amálgama "político-financeiro" se tornou um símbolo da perversão do capitalismo, diz ele.
. E se compromete em analisar, “através dos acontecimentos da forma como finanças e política estão intimamente envolvidas na condução de nossa democracia e da economia. Entender essa relação é técnica e politicamente”.
. Parece que está falando do Brasil, onde a promiscuidade entre grande grupos econômicos e financeiros e as eleições torna a disputa cada vez mais desigual, impondo uma reforma política que adote o financiamento público das campanhas.
Veja em busca de credibilidade?
. Depois de se comportar com um panfleto de péssimo gosto durante a campanha, ao estilo clássico da chamada imprensa marrom, a Veja já deu espaço à presidenta eleita Dilma Rousseff e deve publicar, em sua próxima edição, entrevista com o governador Eduardo Campos.
. A entrevista com Eduardo deve sair nas páginas amarelas, portanto, com destaque.
. A entrevista com Eduardo deve sair nas páginas amarelas, portanto, com destaque.
Bom dia, Ferreira Gullar
No corpo
De que vale tentar reconstruir com palavras
O que o verão levou
Entre nuvens e risos
Junto com o jornal velho pelos ares
O sonho na boca, o incêndio na cama,
o apelo da noite
Agora são apenas esta
contração (este clarão)
do maxilar dentro do rosto.
A poesia é o presente.
De que vale tentar reconstruir com palavras
O que o verão levou
Entre nuvens e risos
Junto com o jornal velho pelos ares
O sonho na boca, o incêndio na cama,
o apelo da noite
Agora são apenas esta
contração (este clarão)
do maxilar dentro do rosto.
A poesia é o presente.
EUA querem passar prejuízo ao resto do mundo
. É o que significa a tentativa de Obama no sentido de obter no G-20, nesta semana, em Seul, compromisso de redução de "desequilíbrios comerciais excessivos" investindo sobretudo contra a China.
. Por esse caminho, avaliam observadores da cena internacional, os norte-americanos darão com os burros n'água.
. Dilma, por seu turno, em entrevistas concedidas logo após as eleições, foi enfática em afirmar que o Brasil não aceita esse tipo de solução para a chamada guerra cambial.
. Ou seja: que os EUA busquem a recuperação de sua combalida economia mediante o sacrifício dos demais países, sobretudo o emergentes.
. Por esse caminho, avaliam observadores da cena internacional, os norte-americanos darão com os burros n'água.
. Dilma, por seu turno, em entrevistas concedidas logo após as eleições, foi enfática em afirmar que o Brasil não aceita esse tipo de solução para a chamada guerra cambial.
. Ou seja: que os EUA busquem a recuperação de sua combalida economia mediante o sacrifício dos demais países, sobretudo o emergentes.
07 novembro 2010
Meu artigo semanal no site da Revista Algomais
Praças de nossas vidas
Luciano Siqueira
A cidade e suas praças. Lugares que tingem o tempo, marcando fatos e emoções coletivas; vincando em nossa alma nossas próprias experiências.
Na infância, em Natal, ir às tardes de domingo à Praça Pedro Velho era um deslumbre. Esculturas de bichos talhadas nos pés de fícus por jardineiros habilidosos inspiravam minhas fantasias de menino. As retretas. O amendoim torrado, o sorvete de coco ou de maracujá ou de baunilha. As fotos de família. Minha mãe, aos 93 anos, ainda conservava esmaecido álbum em que os filhos e a única filha posam em bancos de jardim da velha praça.
Uma noite, já adolescente e estudante do Atheneu, ali próximo da águia, na esquina, o estampido e o alvoroço causado pelo suicida anônimo. “Rapaz tão jovem, deve ser coisa de amor incompreendido”, ouvi de uma senhora triste.
As cidades se modernizam. Mutações se sucedem na ocupação e no uso que as pessoas fazem do território. Em favor do progresso, rasgam-se avenidas, mudam-se paisagens. A vida ganha outro ritmo, sob o embalo da concorrência, da TV e da internet. Tudo por um lugar ao sol, que está difícil. E para não correr riscos, que a insegurança é geral, usamos o telefone e o e-mail e os sites de relacionamento – visitas aos amigos podem esperar.
Mas as praças continuam necessárias. Quando restauradas, logo crianças ocupam os brinquedos, adultos se entregam ao tabuleiro de damas ou de dominó. É uma festa na boquinha da noite.
O Recife tem quase três centenas de praças – grandes, médias e pequenas; praças simples, concebidas por arquitetos e paisagistas quase desconhecidos e praças monumentais, assinadas por Burle Marx . Mais de cento e sessenta são adotadas por instituições e empresas, que delas cuidam o ano inteiro e as ornamentam no período natalino.
A Praça Fernando Figueira, na Ilha do Leite, teve a sua iluminação inaugurada numa terça-feira. Belíssima. Lá estive, ainda vice-prefeito, ao lado da direção do IMIP (Instituto Materno-Infantil de Pernambuco), para darmos inicio à programação festiva, com coral e pastoril. Impossível conter a emoção: Fernando Figueira, meu professor de pediatria, no final dos anos sessenta marcou a minha vida e a de mais trinta e seis colegas ao presidir o inquérito que nos livrou da cassação sumária do direito de estudar por três anos, como desejava o general Souto Malan, então comandante do IV Exército.
Em plena ditadura militar, a peça por ele apresentada à Congregação da Faculdade é um manifesto contundente em defesa da liberdade de expressão, da autonomia universitária e da democracia. Sob comoção, por unanimidade ficou decidido que nenhum aluno seria cassado.
Fui cassado, junto com os colegas Marcos Burle e Alírio Guerra, um mês após, em período de férias, por ato solitário do vice-diretor. Mas ficou para sempre a bela página inscrita na História pelo professor Fernando Figueira.
O festival de luzes que embeleza a praça, vejo como expressão da sempre viva luta pela Liberdade.
Luciano Siqueira
A cidade e suas praças. Lugares que tingem o tempo, marcando fatos e emoções coletivas; vincando em nossa alma nossas próprias experiências.
Na infância, em Natal, ir às tardes de domingo à Praça Pedro Velho era um deslumbre. Esculturas de bichos talhadas nos pés de fícus por jardineiros habilidosos inspiravam minhas fantasias de menino. As retretas. O amendoim torrado, o sorvete de coco ou de maracujá ou de baunilha. As fotos de família. Minha mãe, aos 93 anos, ainda conservava esmaecido álbum em que os filhos e a única filha posam em bancos de jardim da velha praça.
Uma noite, já adolescente e estudante do Atheneu, ali próximo da águia, na esquina, o estampido e o alvoroço causado pelo suicida anônimo. “Rapaz tão jovem, deve ser coisa de amor incompreendido”, ouvi de uma senhora triste.
As cidades se modernizam. Mutações se sucedem na ocupação e no uso que as pessoas fazem do território. Em favor do progresso, rasgam-se avenidas, mudam-se paisagens. A vida ganha outro ritmo, sob o embalo da concorrência, da TV e da internet. Tudo por um lugar ao sol, que está difícil. E para não correr riscos, que a insegurança é geral, usamos o telefone e o e-mail e os sites de relacionamento – visitas aos amigos podem esperar.
Mas as praças continuam necessárias. Quando restauradas, logo crianças ocupam os brinquedos, adultos se entregam ao tabuleiro de damas ou de dominó. É uma festa na boquinha da noite.
O Recife tem quase três centenas de praças – grandes, médias e pequenas; praças simples, concebidas por arquitetos e paisagistas quase desconhecidos e praças monumentais, assinadas por Burle Marx . Mais de cento e sessenta são adotadas por instituições e empresas, que delas cuidam o ano inteiro e as ornamentam no período natalino.
A Praça Fernando Figueira, na Ilha do Leite, teve a sua iluminação inaugurada numa terça-feira. Belíssima. Lá estive, ainda vice-prefeito, ao lado da direção do IMIP (Instituto Materno-Infantil de Pernambuco), para darmos inicio à programação festiva, com coral e pastoril. Impossível conter a emoção: Fernando Figueira, meu professor de pediatria, no final dos anos sessenta marcou a minha vida e a de mais trinta e seis colegas ao presidir o inquérito que nos livrou da cassação sumária do direito de estudar por três anos, como desejava o general Souto Malan, então comandante do IV Exército.
Em plena ditadura militar, a peça por ele apresentada à Congregação da Faculdade é um manifesto contundente em defesa da liberdade de expressão, da autonomia universitária e da democracia. Sob comoção, por unanimidade ficou decidido que nenhum aluno seria cassado.
Fui cassado, junto com os colegas Marcos Burle e Alírio Guerra, um mês após, em período de férias, por ato solitário do vice-diretor. Mas ficou para sempre a bela página inscrita na História pelo professor Fernando Figueira.
O festival de luzes que embeleza a praça, vejo como expressão da sempre viva luta pela Liberdade.