20 novembro 2014

Cidadãos Kane nativos

Democracia ameaçada

Eduardo Bomfim, no Vermelho

Pelo que se vê através da grande mídia oligárquica a campanha eleitoral presidencial ainda não terminou, se pretende um terceiro, quantos turnos “eleitorais” forem necessários para derrubar do poder Dilma Rousseff  legitimamente consagrada presidente nas urnas.
A linha dos âncoras da televisão e dos que ditam a versão “oficial” das notícias, de tudo mais que aconteça no País, no mundo, é do golpismo aberto, sem o menor disfarce, para conspurcar a soberania popular.
E quando se fala em soberania popular ela implica em todos os eleitores que votaram nos diversos candidatos, incluindo os eleitores de Aécio Neves, que acreditam na autonomia, na prevalência da vontade eleitoral, a  decisão democrática da sociedade nacional.
Durante a batalha eleitoral surgiram várias baixas em meio a essa grande mídia, jornalistas que ousaram afrontar não a opinião pública mas a aristocracia reinol dos barões da imprensa brasileira.
Monopólio midiático que nada de braçadas a despeito dos eventuais partidos, coalizões que se encontrem inquilinos no Alvorada, ou até de regimes autoritários como se abateu contra nós perdurando 21 anos.
De grandes beneficiários do arbítrio, como se sabe, passaram a falsos embandeirados das liberdades políticas, a democracia etc.
Ninguém é poderoso, por mais força desproporcional que tenha diante do conjunto da sociedade, sem aliados, nos ensina a História.
E esses cidadãos Kane nativos têm aliados: o capital financeiro internacional, regional, a geopolítica imperial, entreguistas que desejam sustar uma realidade mundial, nacional em transição a um tempo de progresso, soberania dos povos, mais democrático.
O que estão articulando à luz do dia, como sempre fizeram, é o vazio de poder, o golpe, sob a bandeira do combate à corrupção, real ou ficcional mas histórica, da qual, sabe-se, foram grandes beneficiários. É o limbo, o fascismo, a pajelança sem contestação com a opinião pública acuada, amordaçada. Esse filme já assistimos.
Assim o que se impõe é que o governo Dilma promova o crescimento econômico, os avanços sociais às grandes maiorias, antes deserdadas de esperanças, a apuração geral de corrupção, transparência com a coisa pública, intensa, ampla mobilização da sociedade brasileira em defesa das liberdades políticas, do progresso, da pátria.
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