Democracia ameaçada
Eduardo Bomfim, no Vermelho
Pelo que se vê através da grande mídia
oligárquica a campanha eleitoral presidencial ainda não terminou, se pretende
um terceiro, quantos turnos “eleitorais” forem necessários para derrubar do
poder Dilma Rousseff legitimamente consagrada presidente nas urnas.
A linha dos âncoras da televisão e dos que
ditam a versão “oficial” das notícias, de tudo mais que aconteça no País, no
mundo, é do golpismo aberto, sem o menor disfarce, para conspurcar a soberania
popular.
E quando se fala em soberania popular ela
implica em todos os eleitores que votaram nos diversos candidatos, incluindo os
eleitores de Aécio Neves, que acreditam na autonomia, na prevalência da vontade
eleitoral, a decisão democrática da sociedade nacional.
Durante a batalha eleitoral surgiram várias
baixas em meio a essa grande mídia, jornalistas que ousaram afrontar não a
opinião pública mas a aristocracia reinol dos barões da imprensa brasileira.
Monopólio midiático que nada de braçadas a
despeito dos eventuais partidos, coalizões que se encontrem inquilinos no
Alvorada, ou até de regimes autoritários como se abateu contra nós perdurando
21 anos.
De grandes beneficiários do arbítrio, como se
sabe, passaram a falsos embandeirados das liberdades políticas, a democracia
etc.
Ninguém é poderoso, por mais força
desproporcional que tenha diante do conjunto da sociedade, sem aliados, nos
ensina a História.
E esses cidadãos Kane nativos têm aliados: o
capital financeiro internacional, regional, a geopolítica imperial,
entreguistas que desejam sustar uma realidade mundial, nacional em transição a
um tempo de progresso, soberania dos povos, mais democrático.
O que estão articulando à luz do dia, como
sempre fizeram, é o vazio de poder, o golpe, sob a bandeira do combate à
corrupção, real ou ficcional mas histórica, da qual, sabe-se, foram grandes
beneficiários. É o limbo, o fascismo, a pajelança sem contestação com a opinião
pública acuada, amordaçada. Esse filme já assistimos.
Assim o que se impõe é que o governo Dilma
promova o crescimento econômico, os avanços sociais às grandes maiorias, antes
deserdadas de esperanças, a apuração geral de corrupção, transparência com a
coisa pública, intensa, ampla mobilização da sociedade brasileira em defesa das
liberdades políticas, do progresso, da pátria.
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