07 março 2015

Tempos sombrios

Escalada neofascista

Eduardo Bomfim, no Vermelho

O jornalista Aparício Torelly, o Barão de Itararé, impedido de noticiar à época a gravidade do momento político saiu-se com a máxima: há algo no ar além dos aviões de carreira.
Hoje o Barão de Itararé não teria necessidade de recorrer a ambiguidades jornalísticas para escrever sobre a realidade institucional porque há no Brasil a mais irrestrita liberdade política e de imprensa.
No entanto o processo de concentração, controle da mídia de várias formas, chegou a um nível quase que absoluto seja em dimensão global quanto no país, assumiu proporção de monopólio da informação sobre os fatos e sua versão.
Já é recorrente proclamar que essa mídia hegemônica encontra-se há alguns anos associada às estratégias do grande capital financeiro mundial, à ideologia das políticas monetárias neoliberais, junto aos grupos mais retrógrados inclusive no Brasil.
Essas forças compõem o que passou-se a denominar a Governança Mundial reunindo o aparato do complexo ideológico de informação global, congêneres regionais, o mundo das finanças além de organismos internacionais que outrora tinham relativa independência nos conflitos do planeta.
A decadência relativa do poder econômico do império anglo-americano e associados, o surgimento dos BRICS em transição a outra realidade multipolar financeira, comercial, aumentou a violência das agressões bélicas sob a batuta dos EUA.
As iniciativas de desestabilização dos Estados soberanos através do fomento de crises institucionais detalhadamente arquitetadas com apoio da mídia oligárquica, do capital rentista vão assumindo em vários lugares o caráter de lesa-pátria, ações montadas com objetivo de capturar as riquezas dos Países.
A China, Rússia, o Brasil, assim como Argentina, Venezuela encontram-se sob disseminadas articulações golpistas. Mas as duas primeiras nações têm maiores condições de autonomia, resistência, por vários motivos inclusive Defesa militar.
Os democratas, patriotas brasileiros precisam reagir às conspirações da Nova Ordem mundial, de setores reacionários nativos, via escalada de teor neofascista contra a nossa soberania e a democracia na tentativa de depor o governo da presidente Dilma legitimamente eleito.
Essas são as duas questões centrais que desatam vários outros nós da grave crise política que envolve a nação.
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