O cerne do entendimento
Luciano Siqueira, no
portal Vermelho
Até bem pouco tínhamos tão somente e perigosamente a quebra de braço entre o governo e a oposição midiática e partidária, acrescida de insatisfeitos de diversos matizes.
O governo acuado e carente de iniciativa.
Do outro lado da rua, gente como Aécio Neves, histriônico e inconsequente, e Eduardo Cunha, zero em escrúpulos, com as rédeas da onda conservadora. E a ameaça persistente de golpe.
Agora, placas tectônicas se movem no sentido da governabilidade, da manutenção da legalidade constitucional e da superação de impasses na economia.
Constroem-se pontes entre o governo, o Senado, o empresariado e os trabalhadores via movimentos sociais.
O vazio é ocupado pelo diálogo.
Oxalá dois produtos venham a ser gerados nesse esforço de entendimento: 1) o isolamento de Aécio e Eduardo Cunha e com isso o enfraquecimento das ameaças golpistas; 2) passos concretos em favor da governabilidade, da consecução do ajuste fiscal e da retomada do crescimento.
Até bem pouco tínhamos tão somente e perigosamente a quebra de braço entre o governo e a oposição midiática e partidária, acrescida de insatisfeitos de diversos matizes.
O governo acuado e carente de iniciativa.
Do outro lado da rua, gente como Aécio Neves, histriônico e inconsequente, e Eduardo Cunha, zero em escrúpulos, com as rédeas da onda conservadora. E a ameaça persistente de golpe.
Agora, placas tectônicas se movem no sentido da governabilidade, da manutenção da legalidade constitucional e da superação de impasses na economia.
Constroem-se pontes entre o governo, o Senado, o empresariado e os trabalhadores via movimentos sociais.
O vazio é ocupado pelo diálogo.
Oxalá dois produtos venham a ser gerados nesse esforço de entendimento: 1) o isolamento de Aécio e Eduardo Cunha e com isso o enfraquecimento das ameaças golpistas; 2) passos concretos em favor da governabilidade, da consecução do ajuste fiscal e da retomada do crescimento.
A Agenda do Senado é uma
referência importante. Trás no seu cerne riscos e possibilidades.
A abordagem do SUS e das
relações com operadoras de planos privados de saúde revela riscos.
A combinação
de renúncias fiscais com critérios de redução de desigualdades regionais e
geração de emprego e renda aponta num sentido positivo.
Do governo cabe esperar abertura
e largueza política em busca do consenso desejável e, ao mesmo tempo,
fidelidade ao rumo geral adotado desde 2003 –
crescimento inclusivo e soberania.
Não há razão para não acreditar que a presidenta
Dilma não se mantenha fiel a esse rumo.
Da parte do grande empresariado, que se pronuncia
através das Federações das Indústrias de São e do Rio de Janeiro e tem pleitos
relevantes incluídos na Agenda do Senado, o bom senso recomenda empenho real em
contribuir para que o ajuste se dê e se criem as condições para a retomada do
crescimento em seguida.
A largueza de visão no que compete aos
trabalhadores implica ir além da pauta corporativa (justa) e combinar o empenho
pelo emprego, o salário e os direitos trabalhistas fundamentais com a defesa
firme da democracia. A exemplo da Marcha das Margaridas, ontem, que ostenta
proposições avançadas.
Demais, será pela boa polêmica
que se chegará a um padrão mínimo de entendimento que leve o País a seguir
adiante concomitantemente com agravos tipo Operação Lava Jato e com o embate político
governo versus oposição, próprio do processo democrático e naturalmente
revelador de projetos distintos de nação.
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