03 dezembro 2015

Ofensiva conservadora

Direita declara guerra

Roberval Veras
A abertura do processo de impeachment contra a presidenta Dilma, ontem, pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, é uma declaração de guerra da direita golpista e entreguista à democracia, à soberania nacional e às políticas de inclusão social que têm elevada profundamente a melhoria da qualidade de vida do nosso povo. Essas conquistas se deram com muita luta.
A atitude da Direção Nacional do PT de enfrentar a chantagem de Eduardo Cunha e o posicionamento dos deputados petistas no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados pela admissibilidade da abertura do processo de cassação do seu mandato, nos orgulhou e nos anima para a luta.
A firmeza de resposta da Presidenta Dilma no seu curto e contundente pronunciamento nos encoraja e reafirma que temos uma líder que nunca desiste da luta e que podemos confiar.
Os diversos pronunciamentos de dirigentes e parlamentares, em especial do PT e do PCdoB, na defesa da conduta ilibada da Presidenta e do seu Governo, como continuidade do projeto de mudanças e conquistas sociais, iniciado pelo ex-presidente Lula, expressam o vigor da esquerda brasileira. 
Não podemos permitir que essa ofensiva conservadora leve o Brasil ao retrocesso. Portanto, não devemos nos intimidar. Só quem vence é quem luta. Vamos ocupar e disputar todos os espaços que pudermos, principalmente as ruas, como fizemos no 2º turno da eleição para presidente em 2014. E nos transformar numa força avassaladora que assegure e faça avançar o Governo Democrático e Popular da Presidenta Dilma, legitimado pelo voto.
Urge a necessidade de resposta rápida para inibirmos com firmeza a ocupação dos espaços pela elite e seus movimentos golpistas e fascistas. E cabe aos partidos de esquerda, aos movimentos populares e organizações democráticas da sociedade civil a responsabilidade de liderar esse processo de luta. É hora de fortalecer a Frente Brasil Popular, com a definição de uma agenda que anime o povo brasileiro ir às ruas e assumir o seu protagonismo. 
“O impeachment é a revanche dos derrotados, sem qualquer fundamento legal.
E se for preciso lembrar apenas as consequências, e não os princípios democráticos, é preciso ter clareza de que a derrubada de Dilma significa (dentre outras perdas)* a porta aberta para a mudança do marco regulatório do Pré-Sal, para a aprovação da terceirização em atividades fins, para a revisão da política de valorização (congelamento)* do salário mínimo.”
* acréscimos meus.
Roberval Veras é secretário Governo da Prefeitura de Olinda e militante do PT.
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