08 abril 2016

Centro único

São os mesmos
Eduardo Bomfim, no portal Vermelho
Desde a reeleição em 2014 que o governo da presidente Dilma enfrenta um processo de desestabilização diuturno sob a direção de forças conservadoras internas, além das fartas denúncias de ações externas, que não desejam que o País alcance patamares mais elevados.
Sobre iniciativas sabotadoras vale lembrar a espionagem do telefone da presidente da República por parte dos Estados Unidos, reconhecida por Barack Obama, além das reveladoras documentações contra o Brasil, postas à luz do dia por Julian Assange, depois detalhadas pelo ex-agente da NSA Edward Snowden, relativas aos motivos e instrumentos de subversão usados contra os BRICS conduzidos pelos Estados Unidos.
As agressões contra as nações que compõem os BRICS estão se desenrolando de maneira escancarada especialmente quando se trata da ofensiva sobre a China, Rússia e o Brasil. Dos três Países o que se encontra em situação mais fragilizada é exatamente o Brasil.
Mesmo como a 7a maior economia do planeta, falta-lhe um projeto estratégico de nação, recursos mais eficazes para a defesa do Estado soberano, enquanto oligarquias nativas entrincheiram-se na sustentação de estruturas e valores anacrônicos.
Celso Furtado ao final da vida disse que a nação tinha alcançado patamares de desenvolvimento ponderáveis, por isso a 7a economia mundial, mas que esse salto econômico estava mesclado a um forte componente subalterno, de interesses, mentalidade colonizada, especialmente em relação ao capital financeiro global.
Junto aos fatores de entrave ao salto para o desenvolvimento associa-se a grande mídia oligopolista. Estão aí algumas causas centrais que impedem a superação dos nossos males crônicos.
De, pelo menos, 1954 aos dias atuais esses grupos não medem esforços para ancorar o Brasil na dependência econômica, cultural, científica, tecnológica, geopolítica etc.
Nem que, em meio a uma crise capitalista global, tentem paralisar a economia, abanem o fascismo tupiniquim, alimentem ódios, promovam figuras sombrias, medíocres.
É a velha fórmula golpista revestida de feição pós-modernosa, não importa o jeito, a engenharia para o golpe. Já disse o jornalista Fernando Moraes: nós sabemos quem eles são, eles são os mesmos. Daí porque se ergue uma ampla frente pela democracia, o desenvolvimento econômico e a soberania do Brasil.

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