Versos compostos durante uma noite de insônia
Alexandre Púchkin
Tudo é sono e escuridão;
Não há luz, nem meu sono.
Perto de mim, uniforme,
Só o som do carrilhão,
Da parca o senil gaguejo,
Da noite dormente o adejo,
Da vida de rato a ação…
por que me inquieta, então?
O que expressa, ruído aborrecido?
Repreensão? Ou gemido por todo meu dia vão?
O que de mim agora exige?
Convoca-me?
Um logotipo prediz?
Gostaria de captar
Teu sentido, e o hei de achar.
[Ilustração: Edvard Munch]
Leia também: "O surfista", poema de Cida Pedrosa https://lucianosiqueira.blogspot.com/2025/07/palavra-de-poeta_7.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário