Versos compostos durante uma noite de insônia
Alexandre Púchkin
Tudo é sono e escuridão; 
Não há luz, nem meu sono. 
Perto de mim, uniforme, 
Só o som do carrilhão, 
Da parca o senil gaguejo, 
Da noite dormente o adejo, 
Da vida de rato a ação… 
por que me inquieta, então? 
O que expressa, ruído aborrecido? 
Repreensão? Ou gemido por todo meu dia vão? 
O que de mim agora exige? 
Convoca-me? 
Um logotipo prediz? 
Gostaria de captar 
Teu sentido, e o hei de achar. 
[Ilustração: Edvard Munch]
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