No Blog de Política (Diário de Pernambuco Online),
por César Rocha:
Renildo disparado em Olinda; e o Recife?
. O candidato governista Renildo Calheiros (PCdoB) lidera a disputa pela Prefeitura de Olinda, com 41,1% das intenções de votos, conforme pesquisa realizada pela Universidade Federal de Pernambuco e publicada na Folha desta segunda-feira (29).
Renildo cresceu 13,9 pontos percentuais em um mês, já soma 50% dos votos válidos e pode levar no primeiro turno.
. Atrás dele vêem Jacilda Urquisa (PMDB), com 20,2%; Arlindo Siqueira (PTB), com 11,1%; e Alf (PDT), com 7,9%.
. Quanto ao Recife, o internauta Neto me pergunta quando sairão as próximas pesquisas e me pede para redigir um texto sobre minha percepção de possibilidades nesta reta final.
Bem, Neto, há uma série longa de pesquisas para sair nesta semana:
. Tem a do Diario (DiarioData Associados), no dia da eleição; do Jornal do Commercio (Vox Populi); a da Folha de Pernambuco/UFPE; mais uma do Ibope e do Datafolha (TV Globo); da Método/Blog de Magno…
. Enfim, é tanta pesquisa que Raul Henry (PMDB) e Mendonça Filho (DEM) tentaram realizar uma entre a quinta e a sexta-feira (25 e 26) e não conseguiram. Tava faltando pesquisador.
Conversei com muita gente sobre o que pode vir nessas sondagens.
. Há uma certeza: a linha dos votos brancos/nulos deve crescer.
. A perplexidade em relação à condenação de João da Costa (PT) tende a fazer com que eleitores reflitam sobre seus votos e os deixe em suspenso - daí o crescimento de brancos e nulos.
Mas não há certeza sobre a possibilidade de esses votos migrarem para algum dos candidato da oposição. É possível que não.
. Outra dúvida: João da Costa cai ou pára de crescer? Em que proporção? Na sexta-feira (26), inclusive, Antônio Lavareda deu entrevista à Rádio Jornal e disse que se João da Costa caísse cinco pontos, estaríamos em marcha para o segundo turno.
. É possível, mas ele teria que cair mais e o eleitor teria que optar por um adversário.
. Não sei se o crescimento que Raul Henry vem registrando seria ampliado e se seria suficiente para gerar o segundo turno.
. Tenho minhas dúvidas, mas elas são fruto apenas da intuição. É preciso esperar.
. Após cinco dias de bombardeio e de defesas sobre a condenção do petista, talvez tenhamos um retrato mais nítido desse processo nas pesquisas que tenham sido realizadas mais recentemente - de preferência nestes sábado (27) e domingo (28).
A construção coletiva das idéias é uma das mais fascinantes experiências humanas. Pressupõe um diálogo sincero, permanente, em cima dos fatos. Neste espaço, diariamente, compartilhamos com você nossa compreensão sobre as coisas da luta e da vida. Participe. Opine. [Artigos assinados expressam a opinião dos seus autores].
29 setembro 2008
28 setembro 2008
A intuição dos criadores
Ciência Hoje Online:
Pintora que perdeu a fala e músicos de jazz ajudam a entender a criatividade humana no cérebro
.Toda atividade criativa – seja na ciência, na arte ou em qualquer outra ação humana – é função da intuição.
. Esta pode ser definida como o clique evanescente que nos ilumina ocasionalmente, abrindo caminhos para a criação de um conceito científico novo, de uma representação artística original, ou simplesmente para a resposta a alguma pergunta complicada. A intuição seria algo surpreendente, livre, desprovido de lógica, surgido dos devaneios do pensamento, e resultaria em algo não convencional, além dos controles do que já é aceito e considerado “normal”. . Sendo assim tão livre, leve e solto, nem por isso o pensamento criativo deixa de ser um produto da função cerebral – e é, portanto, acessível à investigação dos neurocientistas. Pelo menos, essa é uma hipótese de trabalho suscetível a teste. Mas como algo tão efêmero e aleatório poderia ser objeto de pesquisa experimental? Como se poderia “flagrar” o cérebro em plena ação criativa?
. A história da pintora norte-americana Anne Adams nos dá algumas pistas. Essa artista morreu em 2007 aos 67 anos, após uma longa doença neurodegenerativa que deve ter começado uns quinze anos antes – em 1997 ela já apresentava atrofia cerebral localizada na região de comando da fala, no hemisfério esquerdo. No início de sua carreira, Adams tinha um estilo realista e ingênuo, que se transformou subitamente em uma pintura abstrata, detalhista e muito original quando a doença ainda deveria estar começando, sem os sintomas que a levaram a perder completamente a capacidade de falar.
. Leia a matéria na íntegra http://cienciahoje.uol.com.br/129074
Bom dia, Pedro Américo de Farias
Paralelepípedro
canto pedregoso
em terça rima
Nasci pedro, assim me encaixo
pedregulho entre pedreiras
rolando penhasco abaixo
cresci pedra por ladeiras
açudes, roças e rios
fui trempe para fogueiras
sofri febres, calafrios
senti no couro chibatas
meus ais viraram assobios
sonhei sonhos em cascatas
neles cacei capivaras
vivi com nefelibatas
habitando nuvens raras
caí que nem bendengó
amassando algumas caras
mas hoje sou pedra-mó
canto pedregoso
em terça rima
Nasci pedro, assim me encaixo
pedregulho entre pedreiras
rolando penhasco abaixo
cresci pedra por ladeiras
açudes, roças e rios
fui trempe para fogueiras
sofri febres, calafrios
senti no couro chibatas
meus ais viraram assobios
sonhei sonhos em cascatas
neles cacei capivaras
vivi com nefelibatas
habitando nuvens raras
caí que nem bendengó
amassando algumas caras
mas hoje sou pedra-mó
25 setembro 2008
Coluna semanal no Portal Vermelho
Duas anotações de campanha
Luciano Siqueira
Reta final, intensa atividade. Não é fácil acordar às cinco, ganhar as ruas logo cedo e terminar as ações de campanha no final da noite e ainda manter em dia nossa coluna semanal no Vermelho. Mas é preciso mantê-la. Afinal, desde a primeira semana do portal na rede (já se vão mais de quatro anos), apenas uma quinta-feira falhamos, quando em Luanda, capital de Angola, a internet não funcionou sequer na sede do governo provincial. Até da China, mais de uma vez, foi possível honrar o compromisso com nossos pacientes leitores.
Pois aqui vão duas notas breves a respeito de nossa campanha por uma cadeira de vereador no Recife.
Uma – a história de vida e a trajetória de lutas do candidato pesam. As pessoas estão mais atentas, querem saber detalhes, julgam com mais rigor. Pelo menos em nosso caso, cujo público primário – a parcela mais esclarecida do eleitorado - se traduz num corte multisocial, que vai de trabalhadores residentes em bairros periféricos a empresários, passando por uma camada significativa da chamada “classe média”. - “Conheço sua história”, é comum ouvir tanto em reuniões como no corpo-a-corpo das panfletagens. - “Você é ético”, dizem, talvez usando o termo num sentido genérico que compreende além da conduta ética propriamente dita, a percepção de atitudes políticas firmes, equilibradas, respeitosas para com aliados e adversários.
Lances de nossa trajetória militante, particularmente nos tempos da ditadura militar, e da experiência atual no governo da cidade têm a preferência nas indagações que surgem no transcurso de reuniões destinadas a constituir grupos de apoiadores e mesmo em breves visitas a locais de trabalho ou escolas.
Outra – o impacto que causa a explicitação de um compromisso do candidato, que deveria ser comum, e não é: o de retornar a todos os lugares onde passamos em campanha, após o pleito, para apresentar o plano do primeiro ano de mandato e submetê-lo a avaliação crítica de todos. Isto como ponto de partida de uma rotina de prestações de contas públicas regulares no intuito de compartilhar o mandato não apenas com o Partido, mas também com todo o cidadão ou cidadã que tenha interesse.
As pessoas reagem como se estivessem diante de algo absolutamente inovador, surpreendente e inusitado. E que consideramos, entretanto, elementar para um mandato democrático e efetivamente compromissado com a luta do povo e com fortalecimento do Partido.
Luciano Siqueira
Reta final, intensa atividade. Não é fácil acordar às cinco, ganhar as ruas logo cedo e terminar as ações de campanha no final da noite e ainda manter em dia nossa coluna semanal no Vermelho. Mas é preciso mantê-la. Afinal, desde a primeira semana do portal na rede (já se vão mais de quatro anos), apenas uma quinta-feira falhamos, quando em Luanda, capital de Angola, a internet não funcionou sequer na sede do governo provincial. Até da China, mais de uma vez, foi possível honrar o compromisso com nossos pacientes leitores.
Pois aqui vão duas notas breves a respeito de nossa campanha por uma cadeira de vereador no Recife.
Uma – a história de vida e a trajetória de lutas do candidato pesam. As pessoas estão mais atentas, querem saber detalhes, julgam com mais rigor. Pelo menos em nosso caso, cujo público primário – a parcela mais esclarecida do eleitorado - se traduz num corte multisocial, que vai de trabalhadores residentes em bairros periféricos a empresários, passando por uma camada significativa da chamada “classe média”. - “Conheço sua história”, é comum ouvir tanto em reuniões como no corpo-a-corpo das panfletagens. - “Você é ético”, dizem, talvez usando o termo num sentido genérico que compreende além da conduta ética propriamente dita, a percepção de atitudes políticas firmes, equilibradas, respeitosas para com aliados e adversários.
Lances de nossa trajetória militante, particularmente nos tempos da ditadura militar, e da experiência atual no governo da cidade têm a preferência nas indagações que surgem no transcurso de reuniões destinadas a constituir grupos de apoiadores e mesmo em breves visitas a locais de trabalho ou escolas.
Outra – o impacto que causa a explicitação de um compromisso do candidato, que deveria ser comum, e não é: o de retornar a todos os lugares onde passamos em campanha, após o pleito, para apresentar o plano do primeiro ano de mandato e submetê-lo a avaliação crítica de todos. Isto como ponto de partida de uma rotina de prestações de contas públicas regulares no intuito de compartilhar o mandato não apenas com o Partido, mas também com todo o cidadão ou cidadã que tenha interesse.
As pessoas reagem como se estivessem diante de algo absolutamente inovador, surpreendente e inusitado. E que consideramos, entretanto, elementar para um mandato democrático e efetivamente compromissado com a luta do povo e com fortalecimento do Partido.
Bom dia, Adalberto Monteiro
Última apresentação
O inspetor geral, de Gogol
. Uma cidadezinha de província, algo longínquo, quase um cartão postal, em lugar nenhum e tempo nenhum. Uma história que poderia estar acontecendo em qualquer tempo e lugar.
. Este vilarejo é comandado por um Prefeito corrupto e seus colaboradores igualmente corruptos: o Chefe dos Correios, o Diretor do Hospital, o Diretor da Escola, o Juiz local, o Delegado e os comerciantes emergentes. Eles mantêm as instituições locais sem as mínimas condições de saúde, segurança, organização ou humanidade, tratam os moradores da pior maneira possível pensando apenas nos lucros pessoais. Tudo transcorre desta forma até que recebem a notícia de que o governo enviou um inspetor para averiguar as condições dos órgãos públicos locais. Os dirigentes ficam apavorados, pois a corrupção rola solta, eles tentam consertar de imediato a situação, ou seja, esconder a sujeira embaixo do tapete.
. Enquanto isso o malandro Khlestakov, que está hospedado no hotel local é confundido com o tão temido Inspetor Geral, é levado à presença do Prefeito e demais autoridades, e é tratado com as mais altas regalias, recebe inclusive grandes somas de dinheiro em forma de propina. O forasteiro aproveita-se da situação e após encher o bolso vai embora tendo cortejado a mulher do prefeito e marcado casamento com sua filha. O farsante engana todas as autoridades do local, que descobrem de forma ludibriadas somente no final da trama, quando finalmente chega à cidade o verdadeiro Inspetor Geral convocando a todos para uma reunião geral. É o juízo final.
. amanhã 26 de setembro - Teatro do Parque, 20hs - Ingressos: 10,00 inteira e 5,00 meia - vendas antecipadas e informações: 3071 3379 / 9125 4533
. Uma cidadezinha de província, algo longínquo, quase um cartão postal, em lugar nenhum e tempo nenhum. Uma história que poderia estar acontecendo em qualquer tempo e lugar.
. Este vilarejo é comandado por um Prefeito corrupto e seus colaboradores igualmente corruptos: o Chefe dos Correios, o Diretor do Hospital, o Diretor da Escola, o Juiz local, o Delegado e os comerciantes emergentes. Eles mantêm as instituições locais sem as mínimas condições de saúde, segurança, organização ou humanidade, tratam os moradores da pior maneira possível pensando apenas nos lucros pessoais. Tudo transcorre desta forma até que recebem a notícia de que o governo enviou um inspetor para averiguar as condições dos órgãos públicos locais. Os dirigentes ficam apavorados, pois a corrupção rola solta, eles tentam consertar de imediato a situação, ou seja, esconder a sujeira embaixo do tapete.
. Enquanto isso o malandro Khlestakov, que está hospedado no hotel local é confundido com o tão temido Inspetor Geral, é levado à presença do Prefeito e demais autoridades, e é tratado com as mais altas regalias, recebe inclusive grandes somas de dinheiro em forma de propina. O forasteiro aproveita-se da situação e após encher o bolso vai embora tendo cortejado a mulher do prefeito e marcado casamento com sua filha. O farsante engana todas as autoridades do local, que descobrem de forma ludibriadas somente no final da trama, quando finalmente chega à cidade o verdadeiro Inspetor Geral convocando a todos para uma reunião geral. É o juízo final.
. amanhã 26 de setembro - Teatro do Parque, 20hs - Ingressos: 10,00 inteira e 5,00 meia - vendas antecipadas e informações: 3071 3379 / 9125 4533
24 setembro 2008
Nosso artigo semanal no Blog de Jamildo (JC Online)
Redução da desigualdade pede crescimento acelerado
Luciano Siqueira
É sempre necessário relativizar dados estatísticos, assim como manter a cautela quando se trata de festejar resultados de curto prazo no que se refere a indicadores sócio-econômicos. Feita a ressalva, vale anotar a informação divulgada dias atrás pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) de que nível de desigualdade de renda no Brasil caiu 7% entre 2001 e 2007, passando de 0,593 para 0,552, tendo como referência o coeficiente Gini segundo o qual quanto mais próximo de zero, menor a desigualdade.
Uma boa notícia, sobretudo porque acrescida da avaliação de que, segundo os pesquisadores, “essa queda acentuada e contínua há seis anos na desigualdade é a mais duradoura já ocorrida nas últimas três décadas”.
Relativizar o quê? O fato de que os números dão conta de uma melhora razoável, sim, porém em relação a quase três décadas de semi-estagnação da economia, as tais “décadas perdidas”. Ou seja, se estávamos tão ruins em razão do emperramento do desenvolvimento econômico, sem o que não se pode pensar em reduzir desigualdades, qualquer melhora causa euforia.
Tudo bem. Mas a euforia deveria dar lugar a uma moderada satisfação com o resultado apresentado pelo IPEA, vez que para continuar nos anos seguintes, de modo consistente, a atual expansão das atividades econômicas terá que adquirir sustentabilidade.
Isto significa, na modesta opinião de quem lhes escreve neste instante, avançar também na superação de condicionantes macroeconômicos conservadores que persistem, apesar do crescimento do PIB fundado principalmente no alargamento do mercado consumidor interno, isto é, sem a dependência de antes dos rumos dos acontecimentos fora do país. Claro que não estamos falando de minimizar ou subestimar os riscos advindos da atual crise norte-americana e dos abalos que causa mundo afora; mas estamos apoiados no que afirma o próprio governo, em sucessivos pronunciamentos do presidente Lula e do seu ministro da Fazenda, Guido Mantega, de que não há o que temer.
Se não o que temer, por que a política de juros elevados, que sabidamente retém a expansão das atividades produtivas indispensáveis à desejada sustentabilidade? Porque para a chamada equipe econômica, Banco Central à frente, o foco continua na teimosia em manter o câmbio sobrevalorizado, ainda que com o pretexto de combater a ameaça inflacionária. E assim sendo, o crescimento será sempre moderado e duvidosa a continuidade da curva descendente na redução da desigualdade social.
Luciano Siqueira
É sempre necessário relativizar dados estatísticos, assim como manter a cautela quando se trata de festejar resultados de curto prazo no que se refere a indicadores sócio-econômicos. Feita a ressalva, vale anotar a informação divulgada dias atrás pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) de que nível de desigualdade de renda no Brasil caiu 7% entre 2001 e 2007, passando de 0,593 para 0,552, tendo como referência o coeficiente Gini segundo o qual quanto mais próximo de zero, menor a desigualdade.
Uma boa notícia, sobretudo porque acrescida da avaliação de que, segundo os pesquisadores, “essa queda acentuada e contínua há seis anos na desigualdade é a mais duradoura já ocorrida nas últimas três décadas”.
Relativizar o quê? O fato de que os números dão conta de uma melhora razoável, sim, porém em relação a quase três décadas de semi-estagnação da economia, as tais “décadas perdidas”. Ou seja, se estávamos tão ruins em razão do emperramento do desenvolvimento econômico, sem o que não se pode pensar em reduzir desigualdades, qualquer melhora causa euforia.
Tudo bem. Mas a euforia deveria dar lugar a uma moderada satisfação com o resultado apresentado pelo IPEA, vez que para continuar nos anos seguintes, de modo consistente, a atual expansão das atividades econômicas terá que adquirir sustentabilidade.
Isto significa, na modesta opinião de quem lhes escreve neste instante, avançar também na superação de condicionantes macroeconômicos conservadores que persistem, apesar do crescimento do PIB fundado principalmente no alargamento do mercado consumidor interno, isto é, sem a dependência de antes dos rumos dos acontecimentos fora do país. Claro que não estamos falando de minimizar ou subestimar os riscos advindos da atual crise norte-americana e dos abalos que causa mundo afora; mas estamos apoiados no que afirma o próprio governo, em sucessivos pronunciamentos do presidente Lula e do seu ministro da Fazenda, Guido Mantega, de que não há o que temer.
Se não o que temer, por que a política de juros elevados, que sabidamente retém a expansão das atividades produtivas indispensáveis à desejada sustentabilidade? Porque para a chamada equipe econômica, Banco Central à frente, o foco continua na teimosia em manter o câmbio sobrevalorizado, ainda que com o pretexto de combater a ameaça inflacionária. E assim sendo, o crescimento será sempre moderado e duvidosa a continuidade da curva descendente na redução da desigualdade social.
22 setembro 2008
Depoimento
Compartilho com os amigos e amigas esse depoimento que tanta me emociona.
*
No blog Taci em versos e pedaços
http://www.tacianavalenca.prosaeverso.net:
Homenagem/Luciano Siqueira
Por Taciana Valença
Não parei pra pensar nem entender porque eu, alguém que jamais se engajou na política, venho aqui homenagear Luciano Siqueira. Esclareço então que não faço campanhas, sou politicamente "quase" ignorante, pois não podemos chegar ao cúmulo de ignorar o óbvio e continuo ressaltando que minha homenagem é ao homem, pois ser político foi uma imposição da sua própria conduta diante da vida e das causas pelas quais lutou.
Na semana passada, tive o prazer de conhecer um homem cujo nome é motivo de orgulho para Pernambuco: Luciano Siqueira.
No lençol que estendeu abertamente sobre sua vida, pude perceber o que realmente é ser um homem de coragem, lutando por justiça e liberdade, num destemor digno dos fortes. Sim, porque só os fortes juntam-se aos fracos e têm a coragem de defendê-los e de sofrer, literalmente "na pele" pelas suas causas, que na verdade, são nossas.
Fiquei triste pela frase ignorante que muitas vezes me peguei dizendo: "detesto política". Frase ignorante, dos fracos que não se comprometem, como outras que dizem que "todos são iguais quando estão no poder". Não, não são. Existem os HOMENS, dignos, perseverantes, lutadores, sofredores e respeitados, como ele, que se não tivesse o prazer de ter conhecido, não teria admirado.
O recado é este: procurem conhecer antes de julgar. Na verdade, eu não tinha nenhum candidato a vereador, confesso. Cansada dessas fotos de "filhinhos de papai" que nada sabem da vida, que não sabem o que é LUTAR por uma causa e que fazem da política um emprego muito bem remunerado e divertido. Cansada de ver tantos roubos, fraudes, que continuarão, eu sei, mas a visão tem que ser maior, temos que acreditar sim, talvez em poucos, mas temos que ter pessoas que lutem por nós, através do poder que só teremos através deles.
Precisamos de homens sérios, que conheçam a vida e que saibam, pela própria experiência, por onde ir para atingir os ideais que o povo necessita.
Como ele próprio disse, não é fácil, é um trabalho contínuo, mas se for feito, pouco a pouco os objetivos serão atingidos. Não é mágica, é luta e a luta, como a própria vida, continua.
É fácil permanecer na ignorância dizendo que "ninguém merece meu voto", mas enquanto nosso comodismo aflora, são eleitos vários incapazes e indignos representantes de nós mesmos. Eles são culpados? Não, nós temos nossa imensa parcela de culpa.
Hoje, conscientemente digo: escolham, votem, acompanhem, cobrem o que estão prometendo, de alguma forma, temos que ajudar no futuro do nosso país. Que comecemos pela nossa cidade.
É essa homenagem que faço a esse homem, que felizmente e não por acaso, é um político.
Que Deus abençoe a sua caminhada, como a de tantos que lutam pelos seus justos objetivos.
A você, Luciano, com minha admiração.
*
No blog Taci em versos e pedaços
http://www.tacianavalenca.prosaeverso.net:
Homenagem/Luciano Siqueira
Por Taciana Valença
Não parei pra pensar nem entender porque eu, alguém que jamais se engajou na política, venho aqui homenagear Luciano Siqueira. Esclareço então que não faço campanhas, sou politicamente "quase" ignorante, pois não podemos chegar ao cúmulo de ignorar o óbvio e continuo ressaltando que minha homenagem é ao homem, pois ser político foi uma imposição da sua própria conduta diante da vida e das causas pelas quais lutou.
Na semana passada, tive o prazer de conhecer um homem cujo nome é motivo de orgulho para Pernambuco: Luciano Siqueira.
No lençol que estendeu abertamente sobre sua vida, pude perceber o que realmente é ser um homem de coragem, lutando por justiça e liberdade, num destemor digno dos fortes. Sim, porque só os fortes juntam-se aos fracos e têm a coragem de defendê-los e de sofrer, literalmente "na pele" pelas suas causas, que na verdade, são nossas.
Fiquei triste pela frase ignorante que muitas vezes me peguei dizendo: "detesto política". Frase ignorante, dos fracos que não se comprometem, como outras que dizem que "todos são iguais quando estão no poder". Não, não são. Existem os HOMENS, dignos, perseverantes, lutadores, sofredores e respeitados, como ele, que se não tivesse o prazer de ter conhecido, não teria admirado.
O recado é este: procurem conhecer antes de julgar. Na verdade, eu não tinha nenhum candidato a vereador, confesso. Cansada dessas fotos de "filhinhos de papai" que nada sabem da vida, que não sabem o que é LUTAR por uma causa e que fazem da política um emprego muito bem remunerado e divertido. Cansada de ver tantos roubos, fraudes, que continuarão, eu sei, mas a visão tem que ser maior, temos que acreditar sim, talvez em poucos, mas temos que ter pessoas que lutem por nós, através do poder que só teremos através deles.
Precisamos de homens sérios, que conheçam a vida e que saibam, pela própria experiência, por onde ir para atingir os ideais que o povo necessita.
Como ele próprio disse, não é fácil, é um trabalho contínuo, mas se for feito, pouco a pouco os objetivos serão atingidos. Não é mágica, é luta e a luta, como a própria vida, continua.
É fácil permanecer na ignorância dizendo que "ninguém merece meu voto", mas enquanto nosso comodismo aflora, são eleitos vários incapazes e indignos representantes de nós mesmos. Eles são culpados? Não, nós temos nossa imensa parcela de culpa.
Hoje, conscientemente digo: escolham, votem, acompanhem, cobrem o que estão prometendo, de alguma forma, temos que ajudar no futuro do nosso país. Que comecemos pela nossa cidade.
É essa homenagem que faço a esse homem, que felizmente e não por acaso, é um político.
Que Deus abençoe a sua caminhada, como a de tantos que lutam pelos seus justos objetivos.
A você, Luciano, com minha admiração.
A opinião pessoal de Sérgio Augusto
Desaba outro mito eleitoral?
Sérgio Augusto Silveira*
sergioaugusto_s@yahoo.com.br
As campanhas eleitorais em todo o Brasil – e creio que também no resto do mundo – trazem, toda vez, a cultura de alguns mitos, a exemplo do andor (o nome do candidato sendo sustentado por algum líder de renome). Na atual campanha para as eleições municipais majoritárias estamos vendo a ascensão e muito provável queda de um outro mito, no Recife.
E qual é ele? O de que quem lidera logo de cara nas pesquisas, tende a ir desabando, desabando até acabar enfrentando o fantasma do segundo turno. Eu chamaria a esse da seguinte maneira: o mito da queda.
É o que estamos vendo nesta campanha de 2008. Assistimos a uma verdadeira cruzada dos candidatos Raul Henry (PMDB), Mendonça Filho (DEM) e Cadoca (PSC) – com o apoio, na prática, dos candidatos de esquerda menos preferidos – cruzada com discursos apostando na queda espetacular do candidato petista João da Costa nas preferências a partir de agora, faltando 15 dias para as eleições.
Já foram registrados, numa rodada de pesquisa há uns 10 dias, que o João do João chegou aos 51 por cento das preferências. Depois, outro instituto registrou 49,5 por cento, ao tempo em que Raul Henry subia de cinco para nove por cento, ficando em terceiro lugar, um ponto percentual na frente de Cadoca.
Pronto, esses números serviram para empinar o mito da queda, com muita falação, apostando no início da derrubada de João da Costa da liderança. Só que aquela diferença à qual me referi acima não indicaram, na seqüência, que o líder nas preferências começou a desabar pela escada das preferências dos eleitores.
Até agora a decisão em primeiro turno permanece na agenda. Aquela falação dos que estão embaixo não é um discurso de vitória. É, sim, uma aposta acirrada por algo menor, ou seja, para que “conquistem” o segundo turno. Essa é a “grande vitória” dos que alimentam o mito da queda.
Em paralelo a esse discurso, vai-se alimentando a contra-propaganda, mesmo que ela seja totalmente mentirosa. Seria a chegada do desespero? Exemplo disso foi a tentativa de ligar, como acusação, o candidato petista ao culto dos orixás, dos terreiros, e freqüentador dos candomblés para fazê-lo perder votos.
Trata-se de uma atitude típica do século 19, refletindo o preconceito cultural, o preconceito escravagista que, acreditam alguns, ainda funciona na cuca dos cidadãos recifenses. O líder nas pesquisas tem, sim, apoio de centros culturais afro-brasileiros, e isso é algo para ser elogiado e não estigmatizado. Enfim, com mais esse fato descobrimos que, além da queda, mais um mito é desmascarado nesta campanha: o mito do preconceito.
* Jornalista
Sérgio Augusto Silveira*
sergioaugusto_s@yahoo.com.br
As campanhas eleitorais em todo o Brasil – e creio que também no resto do mundo – trazem, toda vez, a cultura de alguns mitos, a exemplo do andor (o nome do candidato sendo sustentado por algum líder de renome). Na atual campanha para as eleições municipais majoritárias estamos vendo a ascensão e muito provável queda de um outro mito, no Recife.
E qual é ele? O de que quem lidera logo de cara nas pesquisas, tende a ir desabando, desabando até acabar enfrentando o fantasma do segundo turno. Eu chamaria a esse da seguinte maneira: o mito da queda.
É o que estamos vendo nesta campanha de 2008. Assistimos a uma verdadeira cruzada dos candidatos Raul Henry (PMDB), Mendonça Filho (DEM) e Cadoca (PSC) – com o apoio, na prática, dos candidatos de esquerda menos preferidos – cruzada com discursos apostando na queda espetacular do candidato petista João da Costa nas preferências a partir de agora, faltando 15 dias para as eleições.
Já foram registrados, numa rodada de pesquisa há uns 10 dias, que o João do João chegou aos 51 por cento das preferências. Depois, outro instituto registrou 49,5 por cento, ao tempo em que Raul Henry subia de cinco para nove por cento, ficando em terceiro lugar, um ponto percentual na frente de Cadoca.
Pronto, esses números serviram para empinar o mito da queda, com muita falação, apostando no início da derrubada de João da Costa da liderança. Só que aquela diferença à qual me referi acima não indicaram, na seqüência, que o líder nas preferências começou a desabar pela escada das preferências dos eleitores.
Até agora a decisão em primeiro turno permanece na agenda. Aquela falação dos que estão embaixo não é um discurso de vitória. É, sim, uma aposta acirrada por algo menor, ou seja, para que “conquistem” o segundo turno. Essa é a “grande vitória” dos que alimentam o mito da queda.
Em paralelo a esse discurso, vai-se alimentando a contra-propaganda, mesmo que ela seja totalmente mentirosa. Seria a chegada do desespero? Exemplo disso foi a tentativa de ligar, como acusação, o candidato petista ao culto dos orixás, dos terreiros, e freqüentador dos candomblés para fazê-lo perder votos.
Trata-se de uma atitude típica do século 19, refletindo o preconceito cultural, o preconceito escravagista que, acreditam alguns, ainda funciona na cuca dos cidadãos recifenses. O líder nas pesquisas tem, sim, apoio de centros culturais afro-brasileiros, e isso é algo para ser elogiado e não estigmatizado. Enfim, com mais esse fato descobrimos que, além da queda, mais um mito é desmascarado nesta campanha: o mito do preconceito.
* Jornalista
21 setembro 2008
Liberdade de expressão
No Blog de Cesar Rocha:
O dia em que Mendonça tentou tirar o blog do ar
domingo, 21 de setembro, 2008 por Cesar Rocha às 13:22
. José Mendonça Bezerra Filho, 42 anos, candidato a prefeito do Recife, cidade de 1,5 milhão de habitantes, é presidente estadual de um partido que se chama Democratas.
Na sexta-feira (19) à noite, ele deu entrada ao seguinte requerimento na Justiça Eleitoral:
“JOSÉ MENDONÇA BEZERRA FILHO oferece esta Representação Eleitoral contra CÉSAR ROCHA, requerendo, liminarmente, a retirada do ar do blog do Representado por veicular contrapropaganda contra o ora Representante e sua família, consubstanciando-se o perigo da demora no fato de que esta contrapropaganda já estar sendo veiculada e que o referido blog faz parte do Jornal Diário de Pernambuco, havendo a possibilidade de este assunto vir a ser tratando nos jornais e demais veículos de comunicação de amanhã, o que nenhum benefício traz ao processo eleitoral, requerendo, também, a vedação deste assunto nos programas eleitorais”.
. Veja aqui qual é o post que incomoda o democrata.
. Abaixo, o despacho de Paulo Torres, juiz da propaganda eleitoral do Recife:
. “A intenção do Representante é obter ordem em caráter liminar com a intenção de retirar do ar o serviço conhecido por blog e que é mantido pelo ora Representado.
. Argumenta que o mesmo contém uma notícia que se constitui em contrapropaganda, pois envolve o Representante e sua família.
. O blog vem a ser um diário interativo ao qual se acrescentam notícias, tendo sido inicialmente usado como diário, mas que, com sua popularização, tornou-se também um meio de publicação de notícias e divulgação de idéias, dentre outros.
. O do Representado, em especial, de fato mantém vínculos com empresa jornalística de grande porte deste Estado, sendo razoável afirmar que se constitui em fonte de notícias, principalmente as de natureza política.
. Trata-se, portanto, e em última análise, de um órgão de imprensa, e, portanto, sob proteção constitucional, no âmbito da liberdade de informação jornalística em qualquer veículo de comunicação social, estampada no art. 220 da Lei Maior.
. Neste viés, este Juízo rejeita, de forma convicta e contundente, o pedido liminar de retirada do ar do referido noticiário, já que, em se configurando em verdadeira censura à liberdade de imprensa, ofende de morte ao preceito estatuído na lei maior.
. Ademais, embora o blog envolva, de fato, o Representante e seus familiares, não explicita exatamente o motivo pelo qual o assunto deva ser impedido de veiculação, havendo a menção de que era proibido à época, mas não havendo indícios de que o seria na data de hoje.
. Por fim, o mesmo blog informa que a mesma notícia que o Representante pretende impedir acabou no guia eleitoral do atual governador no ano de 2006, a partir de um fato levantado em um debate levado a efeito em uma estação de televisão.
. Nestas circunstâncias, em tendo sido tornado público, menos ainda se justifica que se retire do mundo virtual o diário interativo noticioso mantido pelo ora Representado.
. Este, aliás, é também o motivo pelo qual se rejeita o pedido de vedação do assunto (que este Juízo, aliás, nem sabe do que se trata) nos programas eleitorais, o que merecerá oportuna e eventual apreciação caso tal ocorra e haja a devida provocação pelos interessados.
. Nunca é demais lembrar que a liberdade de que se trata deve ser exercida com responsabilidade, de modo que eventuais excessos cometidos por profissionais de jornalismo poderão ser objeto de reparação, nos termos da lei em vigor, o que, aliás, certamente é do pleno conhecimento do jornalista Representado.
. Por estas razões, é de ser rejeitado o pedido de liminar.
. À vista do exposto, INDEFIRO O PEDIDO DE LIMINAR postulado por JOSÉ MENDONÇA BEZERRA FILHO nesta Representação Eleitoral formulada contra CÉSAR ROCHA.
Expeça-se notificação ao Representado para que responda à presente no prazo de lei.
PUBLIQUE-SE.
Recife, 19/setembro/2008.
Paulo Torres P. da SilvaJUIZ DE DIREITO”
O dia em que Mendonça tentou tirar o blog do ar
domingo, 21 de setembro, 2008 por Cesar Rocha às 13:22
. José Mendonça Bezerra Filho, 42 anos, candidato a prefeito do Recife, cidade de 1,5 milhão de habitantes, é presidente estadual de um partido que se chama Democratas.
Na sexta-feira (19) à noite, ele deu entrada ao seguinte requerimento na Justiça Eleitoral:
“JOSÉ MENDONÇA BEZERRA FILHO oferece esta Representação Eleitoral contra CÉSAR ROCHA, requerendo, liminarmente, a retirada do ar do blog do Representado por veicular contrapropaganda contra o ora Representante e sua família, consubstanciando-se o perigo da demora no fato de que esta contrapropaganda já estar sendo veiculada e que o referido blog faz parte do Jornal Diário de Pernambuco, havendo a possibilidade de este assunto vir a ser tratando nos jornais e demais veículos de comunicação de amanhã, o que nenhum benefício traz ao processo eleitoral, requerendo, também, a vedação deste assunto nos programas eleitorais”.
. Veja aqui qual é o post que incomoda o democrata.
. Abaixo, o despacho de Paulo Torres, juiz da propaganda eleitoral do Recife:
. “A intenção do Representante é obter ordem em caráter liminar com a intenção de retirar do ar o serviço conhecido por blog e que é mantido pelo ora Representado.
. Argumenta que o mesmo contém uma notícia que se constitui em contrapropaganda, pois envolve o Representante e sua família.
. O blog vem a ser um diário interativo ao qual se acrescentam notícias, tendo sido inicialmente usado como diário, mas que, com sua popularização, tornou-se também um meio de publicação de notícias e divulgação de idéias, dentre outros.
. O do Representado, em especial, de fato mantém vínculos com empresa jornalística de grande porte deste Estado, sendo razoável afirmar que se constitui em fonte de notícias, principalmente as de natureza política.
. Trata-se, portanto, e em última análise, de um órgão de imprensa, e, portanto, sob proteção constitucional, no âmbito da liberdade de informação jornalística em qualquer veículo de comunicação social, estampada no art. 220 da Lei Maior.
. Neste viés, este Juízo rejeita, de forma convicta e contundente, o pedido liminar de retirada do ar do referido noticiário, já que, em se configurando em verdadeira censura à liberdade de imprensa, ofende de morte ao preceito estatuído na lei maior.
. Ademais, embora o blog envolva, de fato, o Representante e seus familiares, não explicita exatamente o motivo pelo qual o assunto deva ser impedido de veiculação, havendo a menção de que era proibido à época, mas não havendo indícios de que o seria na data de hoje.
. Por fim, o mesmo blog informa que a mesma notícia que o Representante pretende impedir acabou no guia eleitoral do atual governador no ano de 2006, a partir de um fato levantado em um debate levado a efeito em uma estação de televisão.
. Nestas circunstâncias, em tendo sido tornado público, menos ainda se justifica que se retire do mundo virtual o diário interativo noticioso mantido pelo ora Representado.
. Este, aliás, é também o motivo pelo qual se rejeita o pedido de vedação do assunto (que este Juízo, aliás, nem sabe do que se trata) nos programas eleitorais, o que merecerá oportuna e eventual apreciação caso tal ocorra e haja a devida provocação pelos interessados.
. Nunca é demais lembrar que a liberdade de que se trata deve ser exercida com responsabilidade, de modo que eventuais excessos cometidos por profissionais de jornalismo poderão ser objeto de reparação, nos termos da lei em vigor, o que, aliás, certamente é do pleno conhecimento do jornalista Representado.
. Por estas razões, é de ser rejeitado o pedido de liminar.
. À vista do exposto, INDEFIRO O PEDIDO DE LIMINAR postulado por JOSÉ MENDONÇA BEZERRA FILHO nesta Representação Eleitoral formulada contra CÉSAR ROCHA.
Expeça-se notificação ao Representado para que responda à presente no prazo de lei.
PUBLIQUE-SE.
Recife, 19/setembro/2008.
Paulo Torres P. da SilvaJUIZ DE DIREITO”
O prazer de lutar
. A campanha é dura, estafante. Mas prazerosa. Um a da s fontes e prazer: nas reuniões de que participo, inclusive nas áreas mais pobres da cidade, jamais ofereci ou prometi, apenas assumo compromissos – o compromisso de retornar para uma próxima reunião após o pleito, de lutar ao lado das pessoas do lugar e de trabalhar em favor de uma cidade mais humana.
. Um comentário freqüente que escuto: “Você é o primeiro que vem aqui sem dar coisas a gente ou fazer promessas. Gostei. Sentir sinceridade em suas palavras.”
. E assim avançamos diariamente, passo a passo. Sinceramente. Numa campanha temperada a propostas, povo e poesia.
. Um comentário freqüente que escuto: “Você é o primeiro que vem aqui sem dar coisas a gente ou fazer promessas. Gostei. Sentir sinceridade em suas palavras.”
. E assim avançamos diariamente, passo a passo. Sinceramente. Numa campanha temperada a propostas, povo e poesia.
Bom dia, Taciana Valença
Um novo dia
que belo nasça o novo dia
depois d'alma lavada
que cores surjam com alegria
alegrando a estrada
que de hoje as tristezas
adubos se façam
para que nutram as belezas
que hoje embaraçam
nítido seja
o que hoje ofusca
e com destreza
ache o que se busca
com cinzel defina-se
imagem do que grotesco ainda está
para rendermos homenagem
e enfim comemorar.
A economia ajuda
. Ao contrário do que previam os palpiteiros negativistas, incluindo a eterna tucana comentarista Miriam Leitão e os senadores da bancada mais agressiva situada à direita do espectro político (José Agripino Maia, Jarbas Vasconcelos, Heráclito Fortes, Artur Virgílio, dentre outros), o desempenho da economia é bom. E ajuda o eleitor a escolher o seu lado no pleito atual.
. A Folha de S. Paulo de hoje registra que a popularidade recorde registrada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em recente pesquisa Datafolha não é um fenômeno isolado. A análise de levantamentos de diferentes institutos mostra que há outros governantes no poder com altas taxas de aprovação alcançadas nos últimos meses.
. Em setembro, o Datafolha pesquisou as intenções de voto em oito capitais -governadas por PSDB, PT, PMDB e DEM- e incluiu uma pergunta sobre a avaliação do desempenho de cada prefeito. A comparação dos números obtidos em períodos anteriores mostra que somente o prefeito do Rio, Cesar Maia (DEM), não melhorou seu desempenho.
. Especialistas atribuem a atual percepção positiva de políticos ao desempenho da economia brasileira e à visibilidade das campanhas.
. A Folha de S. Paulo de hoje registra que a popularidade recorde registrada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em recente pesquisa Datafolha não é um fenômeno isolado. A análise de levantamentos de diferentes institutos mostra que há outros governantes no poder com altas taxas de aprovação alcançadas nos últimos meses.
. Em setembro, o Datafolha pesquisou as intenções de voto em oito capitais -governadas por PSDB, PT, PMDB e DEM- e incluiu uma pergunta sobre a avaliação do desempenho de cada prefeito. A comparação dos números obtidos em períodos anteriores mostra que somente o prefeito do Rio, Cesar Maia (DEM), não melhorou seu desempenho.
. Especialistas atribuem a atual percepção positiva de políticos ao desempenho da economia brasileira e à visibilidade das campanhas.
A verdade dos fatos
. É certo que pesquisa eleitoral jamais define resultados, apenas indicam tendências do eleitorado num determinado momento da peleja. Mas vai ficando nítida a possibilidade real de João da Costa vencer no primeiro turno, em contraste com o alarde feito pelos candidatos de oposição, reverberado em jornais e blogs, pelo fato de que o prefeito João Paulo ter se pronunciado de modo mais incisivo, no programa de TV da Frente do Recife, criticando governos anteriores dirigidos pelas forças que hoje nos enfrentam. “O prefeito está desesperado”, diziam.
. Desespero não é uma boa sensação, b em não faz a ninguém. Mas se alguém pode estar desesperado a essa altura da luta, não seremos nós da Frente do Recife...
. Desespero não é uma boa sensação, b em não faz a ninguém. Mas se alguém pode estar desesperado a essa altura da luta, não seremos nós da Frente do Recife...
História: 21 de setembro de 1954
Segunda conferência nacional de trabalhadores do campo (S. Paulo) decide criar a Ultab (União dos Lavradores e Trabalhadores Agrícolas do Brasil). Os anos 50 vivem o início da 1ª onda de lutas pela reforma agrária no país. (Vermelho http://www.vermelho.org.br/).
Um dia da caça, outro do pesquisador
Ciência Hoje:
Fósseis encontrados no RS provam interação predador-presa entre animais do Triássico Superior
. É fato bem conhecido que animais herbívoros são presas de carnívoros. Já o registro fóssil da relação entre predadores e sua caça é bastante raro. Mas um estudo feito na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) evidenciou a interação entre dicinodontes e arcossauros do Triássico Superior (aproximadamente 200 milhões de anos atrás). As evidências surgiram da análise de depósitos fossilíferos localizados perto da cidade de Candelária, na região central do RS, a 180 km de Porto Alegre.
. Exclusivamente herbívoros, os dicinodontes eram quadrúpedes cujo tamanho variava de 40 cm (como comprovam fósseis encontrados na África do Sul) a 3 m (caso de espécies encontradas na Argentina e no Brasil). “Quando estudamos o material da coleção da UFRGS, encontrado em sedimentos triássicos, percebemos marcas na escápula do animal [do gênero Jachaleria] que pareciam causadas por dentes”, conta a autora da pesquisa, Cristina Vega-Dias, do Departamento de Geologia da Universidade Federal do Paraná.
. As marcas são uma prova de que os arcossauros (grupo de animais que inclui os fitossauros e os dinossauros) se alimentavam da carne da espécie herbívora. “Não pudemos determinar qual era o arcossauro predador, uma vez que havia restos de fitossauro, dinossauro e outros arcossauros no depósito”, diz Vega-Dias. “No entanto, a descoberta é importante porque revela a interação paleoecológica entre dois grupos de animais do Triássico na região Sul do Brasil.”
. Leia a matéria na íntegra http://cienciahoje.uol.com.br/128116
. Exclusivamente herbívoros, os dicinodontes eram quadrúpedes cujo tamanho variava de 40 cm (como comprovam fósseis encontrados na África do Sul) a 3 m (caso de espécies encontradas na Argentina e no Brasil). “Quando estudamos o material da coleção da UFRGS, encontrado em sedimentos triássicos, percebemos marcas na escápula do animal [do gênero Jachaleria] que pareciam causadas por dentes”, conta a autora da pesquisa, Cristina Vega-Dias, do Departamento de Geologia da Universidade Federal do Paraná.
. As marcas são uma prova de que os arcossauros (grupo de animais que inclui os fitossauros e os dinossauros) se alimentavam da carne da espécie herbívora. “Não pudemos determinar qual era o arcossauro predador, uma vez que havia restos de fitossauro, dinossauro e outros arcossauros no depósito”, diz Vega-Dias. “No entanto, a descoberta é importante porque revela a interação paleoecológica entre dois grupos de animais do Triássico na região Sul do Brasil.”
. Leia a matéria na íntegra http://cienciahoje.uol.com.br/128116
Nas fotos, vista medial da escápula do dicinodonte do gênero Jachaleria com marcas de predação. As setas menores mostram perfurações (Cristina Vega-Dias).
Mobilidade social
No Vermelho:
Pesquisa da FGV aponta 2007 como o "ano da classe média"
. A classe média brasileira atingiu 47,06% da população do país no ano passado, um crescimento de 4,4% frente a 2006, de acordo com dados da pesquisa "Miséria e a nova classe média na década da igualdade", divulgada nesta sexta-feira (19) pelo Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas (CPS/FGV).
. "O ano de 2007 foi o ano da classe média, que conseguiu conquistas importantes, como o aumento do emprego com carteira assinada", ressalta o coordenador do CPS/FGV, Marcelo Neri, lembrando que o estudo considera que a classe média brasileira é aquela com renda mensal domiciliar total - de todas as fontes - entre R$ 1.064 e R$ 4.591.
. Neri acrescenta que a renda média também teve crescimento maior entre o estrato considerado de classe média. Enquanto a renda média dos 10% mais pobres caiu 5,22% no ano passado na comparação com 2006, a renda média dos grupos considerados de classe média cresceu a percentuais que variaram entre 2,52% e 5,96%. O resultado também foi melhor que o dos 10% mais ricos, cuja renda caiu 0,13% entre 2006 e 2007.
. Outro efeito observado em 2007 foi a queda da fatia de miseráveis na população brasileira. Segundo o estudo, a participação no ano passado foi de 18,11%, contra 19,18% em 2006. A queda, de 5,9%, fica abaixo da média de 6,7% observada desde 2001, enquanto a desigualdade da renda domiciliar per capita a uma velocidade 10% acima do observado na média entre 2001 e 2006.
. Neri pondera que os efeitos sobre a miséria não foram tão profundos em 2007 quanto em outros anos da década atual, e acrescenta que o crescimento da renda foi de 2,26% no ano passado, contra média de 2,5% desde 2001.
. "Mesmo assim, o ano de 2007 não foi ruim, embora não tenha sido o espetáculo do crescimento de 2006. Mas se houver dez anos seguidos como 2007, vamos ter ao fim do período um Brasil completamente diferente, e para melhor, do atual", afirma.
Fonte: Valor Econômico
Pesquisa da FGV aponta 2007 como o "ano da classe média"
. A classe média brasileira atingiu 47,06% da população do país no ano passado, um crescimento de 4,4% frente a 2006, de acordo com dados da pesquisa "Miséria e a nova classe média na década da igualdade", divulgada nesta sexta-feira (19) pelo Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas (CPS/FGV).
. "O ano de 2007 foi o ano da classe média, que conseguiu conquistas importantes, como o aumento do emprego com carteira assinada", ressalta o coordenador do CPS/FGV, Marcelo Neri, lembrando que o estudo considera que a classe média brasileira é aquela com renda mensal domiciliar total - de todas as fontes - entre R$ 1.064 e R$ 4.591.
. Neri acrescenta que a renda média também teve crescimento maior entre o estrato considerado de classe média. Enquanto a renda média dos 10% mais pobres caiu 5,22% no ano passado na comparação com 2006, a renda média dos grupos considerados de classe média cresceu a percentuais que variaram entre 2,52% e 5,96%. O resultado também foi melhor que o dos 10% mais ricos, cuja renda caiu 0,13% entre 2006 e 2007.
. Outro efeito observado em 2007 foi a queda da fatia de miseráveis na população brasileira. Segundo o estudo, a participação no ano passado foi de 18,11%, contra 19,18% em 2006. A queda, de 5,9%, fica abaixo da média de 6,7% observada desde 2001, enquanto a desigualdade da renda domiciliar per capita a uma velocidade 10% acima do observado na média entre 2001 e 2006.
. Neri pondera que os efeitos sobre a miséria não foram tão profundos em 2007 quanto em outros anos da década atual, e acrescenta que o crescimento da renda foi de 2,26% no ano passado, contra média de 2,5% desde 2001.
. "Mesmo assim, o ano de 2007 não foi ruim, embora não tenha sido o espetáculo do crescimento de 2006. Mas se houver dez anos seguidos como 2007, vamos ter ao fim do período um Brasil completamente diferente, e para melhor, do atual", afirma.
Fonte: Valor Econômico
18 setembro 2008
Coluna semanal no Portal Vermelho
Razão e emoção na reta final
Luciano Siqueira
Estamos chegando à reta derradeira da batalha eleitoral. Coincidem, agora, um maior interesse da população em relação à peleja e o acirramento do conflito entre as partes litigantes. Todas as cartas à mesa é a palavra de ordem dos que se encontram em inferioridade, assim como dos que desejam consolidar a possibilidade de êxito.
É nessa hora que entra em cena o dado emoção. Por mais morna que seja a campanha – e parece predominar, nas ruas, uma relativa apatia decorrente da transferência gradativa do palco da luta para os meios eletrônicos, a TV em especial -, cumpre alimentar o entusiasmo e a disposição de luta do “exército” de cada um. Sob qualquer argumento ou artifício.
Afinal, conhecida é a tese de Clausewitz, grande estudioso da guerra clássica, de que muitos exércitos naufragaram porque seus generais se descuidaram de proclamar a vitória numa batalha, permitindo que a moral da tropa arrefecesse tendo em vista a batalha seguinte. Portanto, sempre é necessário manter a fronte erguida – mesmo quando o desenrolar da disputa não parece favorável; mesmo quando a correlação de forças teima em permanecer adversa.
A pesquisa Ibope divulgada no sábado passado acerca das tendências do eleitorado nas principais capitais do país forneceu argumentos para a tentativa de manter a chama acesa entre as forças em desvantagem – no caso específico, coligações comandadas pelos principais partidos de oposição ao governo Lula, o PSDB e o DEM. Cá na província, então, a coisa ultrapassa os limites da racionalidade. Jornais locais apontam uma suposta “onda de entusiasmo” pelo simples fato de que, no Recife, o candidato João da Costa (PT e mais quinze partidos, inclusive o PCdoB) repetiu o mesmo índice da pesquisa anterior, embora os oposicionistas não tenham crescido. Entusiasmo de quem? Onde? Dos marqueteiros e dirigentes de campanha, em seus gabinetes e nas páginas dos jornais. Só.
Ora, se a tendência objetiva não se inverteu, ao contrário, se manteve, resta artificializar a leitura da pesquisa para tentar a tão aspirada e aparentemente impossível reviravolta. Mas o buraco é mais embaixo. Emoção não brota do nada, nem prospera tão somente por truques de mídia.
Senhores marqueteiros e manobreiros da mídia, as emoções dão cor à vida e se apóiam na realidade concreta. Fora disso, são passageiras e não mudam o curso dos acontecimentos. Inclusive na pugna eleitoral.
Luciano Siqueira
Estamos chegando à reta derradeira da batalha eleitoral. Coincidem, agora, um maior interesse da população em relação à peleja e o acirramento do conflito entre as partes litigantes. Todas as cartas à mesa é a palavra de ordem dos que se encontram em inferioridade, assim como dos que desejam consolidar a possibilidade de êxito.
É nessa hora que entra em cena o dado emoção. Por mais morna que seja a campanha – e parece predominar, nas ruas, uma relativa apatia decorrente da transferência gradativa do palco da luta para os meios eletrônicos, a TV em especial -, cumpre alimentar o entusiasmo e a disposição de luta do “exército” de cada um. Sob qualquer argumento ou artifício.
Afinal, conhecida é a tese de Clausewitz, grande estudioso da guerra clássica, de que muitos exércitos naufragaram porque seus generais se descuidaram de proclamar a vitória numa batalha, permitindo que a moral da tropa arrefecesse tendo em vista a batalha seguinte. Portanto, sempre é necessário manter a fronte erguida – mesmo quando o desenrolar da disputa não parece favorável; mesmo quando a correlação de forças teima em permanecer adversa.
A pesquisa Ibope divulgada no sábado passado acerca das tendências do eleitorado nas principais capitais do país forneceu argumentos para a tentativa de manter a chama acesa entre as forças em desvantagem – no caso específico, coligações comandadas pelos principais partidos de oposição ao governo Lula, o PSDB e o DEM. Cá na província, então, a coisa ultrapassa os limites da racionalidade. Jornais locais apontam uma suposta “onda de entusiasmo” pelo simples fato de que, no Recife, o candidato João da Costa (PT e mais quinze partidos, inclusive o PCdoB) repetiu o mesmo índice da pesquisa anterior, embora os oposicionistas não tenham crescido. Entusiasmo de quem? Onde? Dos marqueteiros e dirigentes de campanha, em seus gabinetes e nas páginas dos jornais. Só.
Ora, se a tendência objetiva não se inverteu, ao contrário, se manteve, resta artificializar a leitura da pesquisa para tentar a tão aspirada e aparentemente impossível reviravolta. Mas o buraco é mais embaixo. Emoção não brota do nada, nem prospera tão somente por truques de mídia.
Senhores marqueteiros e manobreiros da mídia, as emoções dão cor à vida e se apóiam na realidade concreta. Fora disso, são passageiras e não mudam o curso dos acontecimentos. Inclusive na pugna eleitoral.
17 setembro 2008
Bom dia, Clóvis Campêlo
No terreiro da paz Salu descansa
silencia a rabeca genial
Bem mais longe de onde o olhar alcança,
bem depois do azul celestial,
entre as cores dos caboclos de lança,
sob o som de um batuque triunfal,
diferente, com uma semelhança,
sob o umbral da porta principal,
iluminado por uma esperança,
regressando ao estado original,
no terreiro da paz Salu descansa,
silencia a rabeca genial.
Jogo de cena
. Quando não se tem razão, busca-se um pretexto para escapar da verdade. Muitos agem assim, como candidatos majoritários em desvantagem. É o que corre neste instante com os oposicionistas Mendonça Filho, Carlos Cadoca e Raul Henri, emulados pela cobertura jornalística que lhes é favorável.
. Qual o pretexto? Uma fala incisiva do refeito João Paulo no programa eleitoral da Frente do Recife, indicando responsabilidades de gestores anteriores por problemas da cidade agora destacados pelos adversários, justamente comprometidos com as tais gestões que nos precederam. É o moto dos oposicionistas, e da cobertura jornalística, para alardearem a possibilidade de um segundo turno. “Sinal de alerta”, “bolha” e quejandos pontificam nas declarações dos candidatos em desvantagem.
. Qual a verdade? É que pelo menos por enquanto não há nenhum sinal de que a tendência ao crescimento da candidatura de João da Costa tenha sido interrompida.
. Mas ao comando da campanha da Frente do Recife cabe uma advertência: é preciso mobilizar a militância e o povo. Nas ruas. Só a TV e o rádio são insuficientes para garantir a vitória já no primeiro turno.
. Qual o pretexto? Uma fala incisiva do refeito João Paulo no programa eleitoral da Frente do Recife, indicando responsabilidades de gestores anteriores por problemas da cidade agora destacados pelos adversários, justamente comprometidos com as tais gestões que nos precederam. É o moto dos oposicionistas, e da cobertura jornalística, para alardearem a possibilidade de um segundo turno. “Sinal de alerta”, “bolha” e quejandos pontificam nas declarações dos candidatos em desvantagem.
. Qual a verdade? É que pelo menos por enquanto não há nenhum sinal de que a tendência ao crescimento da candidatura de João da Costa tenha sido interrompida.
. Mas ao comando da campanha da Frente do Recife cabe uma advertência: é preciso mobilizar a militância e o povo. Nas ruas. Só a TV e o rádio são insuficientes para garantir a vitória já no primeiro turno.
Nosso artigo semanal no Blog de Jamildo (JC Online)
A economia no dilema entre o bom e ótimo
Luciano Siqueira
No debate sobre os rumos da economia, ao longo de décadas sempre esteve entre as aspirações mais acalentadas pelos defensores do desenvolvimento como meio de reduzir as desigualdades sociais ter o mercado interno como propulsor do crescimento. Examinando-se os dados da evolução recente do PIB, sob o governo Lula, verifica-se que essa velha aspiração tornou-se realidade.
Analistas de diversas tendências têm convergido na constatação de que desde 2007 ocorre uma aceleração gradual da economia, de modo que este ano a indústria cresceu 6,3% em relação ao primeiro semestre de 2007; a agropecuária, 5,2%; o setor de serviços, 5,3%. Tanto que passou a existir o receio de que a expansão da demanda viesse a ultrapassar a capacidade produtiva e, assim, ensejasse pressão inflacionária, ampliação excessiva das importações e desequilíbrio nas contas externas.
Mas não é o que acontece. Ao contrário, os investimentos produtivos vêm apresentando desempenho notável. Há exatos oito semestres seguidos a formação bruta de capital fixo tem aumentado, chegando, no segundo trimestre deste ano, a atingir 16,2% além do verificado no mesmo período do ano passado.
Em outras palavras: o volume de investimentos tem acompanhado o crescimento da produção e o aumento do consumo, assegurando consistência ao incremento da economia. Donde se conclui que na atualidade o fator propulsor desse processo é o mercado interno – imenso mercado incrementado pela redução da exclusão social e pela incorporação de milhões ao consumo.
A produção orientada para o consumo interno alavanca o crescimento e engendra mais trabalho e mais renda, ainda que estejamos longe de superar as desigualdades sociais.
O desafio, nessas condições, é superar o bom pelo melhor – avançar mais ainda. Mas aí entra em cena a política monetária conservadora, que contrasta com as potencialidades de crescimento retendo-o, sob o pretexto de conter a inflação. Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central deu-se um novo aumento (0,75%) na taxa de juro básico (Selic), elevando-a para 13,75% ao ano. É como se o Copom se insurgisse contra a realidade que, segundo o IBGE, revela um crescimento do PIB no primeiro semestre deste ano da ordem de 6% em relação ao primeiro semestre de 2007, acumulando um aumento de 25,8% nos últimos doze meses. Isso significa uma média trimestral de 6,5% de crescimento, a maior em trinta anos, quase no patamar alcançado nas décadas de 1960 e 1970.
Pela vontade do Copom, o país não deve crescer além do razoável, e é preciso conter o crescimento com taxas de juros elevadas. Ou seja, bom já é demais; ótimo seria arriscado...
Luciano Siqueira
No debate sobre os rumos da economia, ao longo de décadas sempre esteve entre as aspirações mais acalentadas pelos defensores do desenvolvimento como meio de reduzir as desigualdades sociais ter o mercado interno como propulsor do crescimento. Examinando-se os dados da evolução recente do PIB, sob o governo Lula, verifica-se que essa velha aspiração tornou-se realidade.
Analistas de diversas tendências têm convergido na constatação de que desde 2007 ocorre uma aceleração gradual da economia, de modo que este ano a indústria cresceu 6,3% em relação ao primeiro semestre de 2007; a agropecuária, 5,2%; o setor de serviços, 5,3%. Tanto que passou a existir o receio de que a expansão da demanda viesse a ultrapassar a capacidade produtiva e, assim, ensejasse pressão inflacionária, ampliação excessiva das importações e desequilíbrio nas contas externas.
Mas não é o que acontece. Ao contrário, os investimentos produtivos vêm apresentando desempenho notável. Há exatos oito semestres seguidos a formação bruta de capital fixo tem aumentado, chegando, no segundo trimestre deste ano, a atingir 16,2% além do verificado no mesmo período do ano passado.
Em outras palavras: o volume de investimentos tem acompanhado o crescimento da produção e o aumento do consumo, assegurando consistência ao incremento da economia. Donde se conclui que na atualidade o fator propulsor desse processo é o mercado interno – imenso mercado incrementado pela redução da exclusão social e pela incorporação de milhões ao consumo.
A produção orientada para o consumo interno alavanca o crescimento e engendra mais trabalho e mais renda, ainda que estejamos longe de superar as desigualdades sociais.
O desafio, nessas condições, é superar o bom pelo melhor – avançar mais ainda. Mas aí entra em cena a política monetária conservadora, que contrasta com as potencialidades de crescimento retendo-o, sob o pretexto de conter a inflação. Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central deu-se um novo aumento (0,75%) na taxa de juro básico (Selic), elevando-a para 13,75% ao ano. É como se o Copom se insurgisse contra a realidade que, segundo o IBGE, revela um crescimento do PIB no primeiro semestre deste ano da ordem de 6% em relação ao primeiro semestre de 2007, acumulando um aumento de 25,8% nos últimos doze meses. Isso significa uma média trimestral de 6,5% de crescimento, a maior em trinta anos, quase no patamar alcançado nas décadas de 1960 e 1970.
Pela vontade do Copom, o país não deve crescer além do razoável, e é preciso conter o crescimento com taxas de juros elevadas. Ou seja, bom já é demais; ótimo seria arriscado...
16 setembro 2008
Tendências na reta final
No Acerto de Contas, por Pierra Lucena:
Surfando na aprovação de João Paulo
Muito difícil João da Costa perder a eleição
. Quem acompanha o blog sabe que não voto no petista. Para falar a verdade, não gosto da segunda gestão de João Paulo.
. Acho que fez algumas obras “cosméticas”, e se faz de morto para dois sérios problemas na cidade: segurança e saneamento. No primeiro diz que é problema do Estado, e no segundo da União.
. Mas isso não vem ao caso, pois todo mundo que lê um blog como o nosso, já é alfabetizado para entender que vou votar em outro candidato, e que os comentários feitos por mim podem conter algum tipo de parcialidade.
. Acredito que é um comportamento mais honesto, até porque nunca anulo meu voto. Mas aqui ninguém vai me ver agredindo o candidato que não gosto, até porque acho que nessa eleição estamos com um bom nível de candidatos. Isso vale inclusive para João da Costa.
Enfim….vamos ao tema do post.
. O livro “Cabeça do Eleitor“, de Alberto Carlos Almeida, é uma verdadeira aula de análise de pesquisas eleitorais, em seu capítulo 2. O autor acompanhou dezenas de pesquisas eleitorais em municípios, durante anos, e apresenta uma análise consistente.
. Segundo o autor, quando o prefeito alcança um nível de aprovação de mais de 50% de bom e ótimo, só não elege o sucessor (ou não se reelege) se acontecerem vários erros de campanha. Ele relata dois casos conhecidos, onde isso aconteceu.
. O primeiro foi em Duque de Caxias, onde o Prefeito Zito (hoje é deputado estadual), tinha 75% de bom e ótimo, e não conseguiu eleger seu secretário. Mas quem se elegeu foi seu vice, que era uma pessoa querida na cidade, e por motivos óbvios, não fez campanha de oposição.
. O segundo caso foi Roberto Magalhães, cujo episódio da “banana” em plena Avenida Boa Viagem, acabou levando a eleição para o segundo turno, onde tudo mudou.
. Dados os exemplos, se as coisas se manterem como estão, dificilmente João da Costa perde esta eleição. A gestão João Paulo tem 61% de bom e ótimo, e pelo jeito está sendo muito bem sucedido na ligação do seu nome com o do seu candidato.
. Claro que Recife é uma cidade peculiar, que tem suas diferenças, já demonstradas em outras eleições, mas a situação da oposição é muito complicada.
. Se a eleição for para o segundo turno, a eleição pode endurecer. Mas a provável desidratação sofrida por Cadoca deve ajudar a liquidar a fatura logo no primeiro turno.
. Se Luciano Siqueira estivesse na disputa, a eleição no segundo turno seria mais tranquila. Acredito inclusive que se Luciano fosse o candidato oficial, a eleição poderia ser mais fácil, mas essa é outra história.
. Na Região Metropolitana, dois prefeitos perigam não se reeleger, pela baixa aprovação: Nilton Carneiro e Yves Ribeiro.
. Em Olinda, Luciana Santos poderia encontrar sérias dificuldades em eleger seu candidato, Renildo Calheiros, já que a aprovação de sua gestão também é muito baixa. Mas neste caso, a diferença de nível entre Renildo e seus concorrentes é tão grande, que deve se eleger.
. Mas como eleição é um evento que pode apresentar surpresas, e a oposição apresenta 3 candidatos competitivos, a disputa promete apresentar vários capítulos emocionantes.
Surfando na aprovação de João Paulo
Muito difícil João da Costa perder a eleição
. Quem acompanha o blog sabe que não voto no petista. Para falar a verdade, não gosto da segunda gestão de João Paulo.
. Acho que fez algumas obras “cosméticas”, e se faz de morto para dois sérios problemas na cidade: segurança e saneamento. No primeiro diz que é problema do Estado, e no segundo da União.
. Mas isso não vem ao caso, pois todo mundo que lê um blog como o nosso, já é alfabetizado para entender que vou votar em outro candidato, e que os comentários feitos por mim podem conter algum tipo de parcialidade.
. Acredito que é um comportamento mais honesto, até porque nunca anulo meu voto. Mas aqui ninguém vai me ver agredindo o candidato que não gosto, até porque acho que nessa eleição estamos com um bom nível de candidatos. Isso vale inclusive para João da Costa.
Enfim….vamos ao tema do post.
. O livro “Cabeça do Eleitor“, de Alberto Carlos Almeida, é uma verdadeira aula de análise de pesquisas eleitorais, em seu capítulo 2. O autor acompanhou dezenas de pesquisas eleitorais em municípios, durante anos, e apresenta uma análise consistente.
. Segundo o autor, quando o prefeito alcança um nível de aprovação de mais de 50% de bom e ótimo, só não elege o sucessor (ou não se reelege) se acontecerem vários erros de campanha. Ele relata dois casos conhecidos, onde isso aconteceu.
. O primeiro foi em Duque de Caxias, onde o Prefeito Zito (hoje é deputado estadual), tinha 75% de bom e ótimo, e não conseguiu eleger seu secretário. Mas quem se elegeu foi seu vice, que era uma pessoa querida na cidade, e por motivos óbvios, não fez campanha de oposição.
. O segundo caso foi Roberto Magalhães, cujo episódio da “banana” em plena Avenida Boa Viagem, acabou levando a eleição para o segundo turno, onde tudo mudou.
. Dados os exemplos, se as coisas se manterem como estão, dificilmente João da Costa perde esta eleição. A gestão João Paulo tem 61% de bom e ótimo, e pelo jeito está sendo muito bem sucedido na ligação do seu nome com o do seu candidato.
. Claro que Recife é uma cidade peculiar, que tem suas diferenças, já demonstradas em outras eleições, mas a situação da oposição é muito complicada.
. Se a eleição for para o segundo turno, a eleição pode endurecer. Mas a provável desidratação sofrida por Cadoca deve ajudar a liquidar a fatura logo no primeiro turno.
. Se Luciano Siqueira estivesse na disputa, a eleição no segundo turno seria mais tranquila. Acredito inclusive que se Luciano fosse o candidato oficial, a eleição poderia ser mais fácil, mas essa é outra história.
. Na Região Metropolitana, dois prefeitos perigam não se reeleger, pela baixa aprovação: Nilton Carneiro e Yves Ribeiro.
. Em Olinda, Luciana Santos poderia encontrar sérias dificuldades em eleger seu candidato, Renildo Calheiros, já que a aprovação de sua gestão também é muito baixa. Mas neste caso, a diferença de nível entre Renildo e seus concorrentes é tão grande, que deve se eleger.
. Mas como eleição é um evento que pode apresentar surpresas, e a oposição apresenta 3 candidatos competitivos, a disputa promete apresentar vários capítulos emocionantes.
As fichas da oposição
Bastou uma pesquisa Ibope reduzir a velocidade de crescimento de João da Costa para os candidatos de oposição alardearem um segundo turno.
Jogam todas as suas esperanças nisso. Estão no seu direito. Do lado de cá, na Frente do Recife, cabe manter a serenidade e intensificar a campanha. Só. E com muita confiança na vitória.
Jogam todas as suas esperanças nisso. Estão no seu direito. Do lado de cá, na Frente do Recife, cabe manter a serenidade e intensificar a campanha. Só. E com muita confiança na vitória.
14 setembro 2008
História: 14 de setembro de 1984
Primeiro comício da candidatura presidencial de Tancredo, em Goiânia. No estilo das Diretas, com 300 mil pessoas, é a maior manifestação da história da cidade. (Vermelho http://www.vermelho.org.br/).
13 setembro 2008
Sem discurso
. O pior que pode ocorre a quem faz oposição é não ter discurso – ou adotar um sem qualquer consistência.
. Veja que ridículo. A Folha de S. Paulo de hoje registra declarações de líderes oposicionistas tipo José Anibal (PSDB) e José Agripino (DEM) para os quais os elevados índices de aprovação do governo e da figura do presidente Lula são apenas um golpe de sorte.
. Veja que ridículo. A Folha de S. Paulo de hoje registra declarações de líderes oposicionistas tipo José Anibal (PSDB) e José Agripino (DEM) para os quais os elevados índices de aprovação do governo e da figura do presidente Lula são apenas um golpe de sorte.
Os muitos cantos da Amazônia
Ciência Hoje Online:
Pesquisadores lançam coleção de CDs com o som de aves do maior bioma brasileiro
. Aos cientistas, amantes e admiradores de aves, um presente: um grupo de pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) está organizando a coleção de CDs Vozes da Amazônia, que reúne cantos de pássaros nativos da maior floresta tropical do planeta. O primeiro volume, que reúne cantos de aves das florestas de terra firme ao norte de Manaus, foi lançado em julho e apresenta o gorjeio de 340 espécies distribuídas em quatro discos.
. Os pássaros cujo canto foi reunido na coletânea possuem os mais diferentes tipos de vozes. Todas as gravações foram feitas na própria floresta, em expedições às matas do norte amazônico. Em alguns casos, os pássaros foram estimulados a cantar com a ajuda de um recurso conhecido como playback. O método consiste em reproduzir para um pássaro uma gravação da mesma espécie para que ele responda, às vezes de forma diferente.
. Leia e ouça http://cienciahoje.uol.com.br/128113
12 setembro 2008
Boa tarde,Waldir Pedrosa Amorim
Matisse
Como em casa
Como em casa,
na intimidade das coisas conhecidas,
não desisto
de assim andar a vida
a abraçar as flores descobertas.
Como em casa,
qualquer fogão aquece
e meu sorriso nato, mesmo ingênuo,
não esquece,
as verdades andam pelas ruas.
Como em casa,
pouco importa o frio e o quente,
a mesma alma gozosa ou penitente,
se completa nas cobertas
de almas singelas, almas ardentes.
Como em casa,
festejo o mundo,
o doce, o amargo e o permanente,
mesmo que aturdido com o efêmero,
soletre versos incontidos de loucura.
Como em casa,
trajo blusa de algodão roto, puído,
bandeira de almejada intimidade,
e, com pés desnudos em piso frio,
nego-me a estranhar o outro, os arrepios.
Como em casa
movido sou, a eternidades
e quando me catalogam de bondade
digo comigo que se enganam,
apenas sou, uma alma nua passeando.
Como em casa,
na intimidade das coisas conhecidas,
não desisto
de assim andar a vida
a abraçar as flores descobertas.
Como em casa,
qualquer fogão aquece
e meu sorriso nato, mesmo ingênuo,
não esquece,
as verdades andam pelas ruas.
Como em casa,
pouco importa o frio e o quente,
a mesma alma gozosa ou penitente,
se completa nas cobertas
de almas singelas, almas ardentes.
Como em casa,
festejo o mundo,
o doce, o amargo e o permanente,
mesmo que aturdido com o efêmero,
soletre versos incontidos de loucura.
Como em casa,
trajo blusa de algodão roto, puído,
bandeira de almejada intimidade,
e, com pés desnudos em piso frio,
nego-me a estranhar o outro, os arrepios.
Como em casa
movido sou, a eternidades
e quando me catalogam de bondade
digo comigo que se enganam,
apenas sou, uma alma nua passeando.
Aprovação popular
No Vermelho:
Lula é aprovado pela 1ª vez por todas os segmentos sociais
. Pesquisa divulgada pelo Datafolha nesta sexta-feira (12) aponta dois resultados de grande importância: a aprovação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva atingiu seu mais alto índice de aprovação; essa aprovação, pela primeira vez desde janeiro de 2003, atinge todos os segmentos sociais do país.
. De acordo com os dados revelados, 64% da população brasileira considera o governo Lula ótimo ou bom. O recorde anterior já colocava Lula na frente de todos os presidentes eleitos após a redemocratização – 55% de aprovação registrados em março passado.
. O levantamento revela também que a popularidade de Lula acaba de vencer a resistência de segmentos socioeconômicos específicos que mantinham, entre eles, o índice de aprovação abaixo de 50%. Pela primeira vez, Lula tem o apoio da maioria no Sudeste, nas regiões metropolitanas, entre os que têm curso superior e entre os vivem em famílias com renda familiar mensal superior a dez salários mínimos.
Lula é aprovado pela 1ª vez por todas os segmentos sociais
. Pesquisa divulgada pelo Datafolha nesta sexta-feira (12) aponta dois resultados de grande importância: a aprovação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva atingiu seu mais alto índice de aprovação; essa aprovação, pela primeira vez desde janeiro de 2003, atinge todos os segmentos sociais do país.
. De acordo com os dados revelados, 64% da população brasileira considera o governo Lula ótimo ou bom. O recorde anterior já colocava Lula na frente de todos os presidentes eleitos após a redemocratização – 55% de aprovação registrados em março passado.
. O levantamento revela também que a popularidade de Lula acaba de vencer a resistência de segmentos socioeconômicos específicos que mantinham, entre eles, o índice de aprovação abaixo de 50%. Pela primeira vez, Lula tem o apoio da maioria no Sudeste, nas regiões metropolitanas, entre os que têm curso superior e entre os vivem em famílias com renda familiar mensal superior a dez salários mínimos.
Opinião de Sérgio Augusto
Esquerda recifense em vésperas de outra vitória histórica
Sérgio Augusto Silveira*
sergioaugusto_s@yahoo.com.br
A estas alturas da campanha eleitoral municipal é possível avaliar quem será, ou quais serão os grandes derrotados nas urnas de 2008. Neste campeonato às avessas, temos como favorito ou preferido do eleitorado recifense o herdeiro do pefelismo pernambucano (já ia dizendo coronelismo) na figura do ex-governador Mendonça Filho.
Diante dos mais de 20 pontos percentuais a menos que o candidato petista João da Costa, já há quem vem chegando aos ouvidos de Mendonça para avisá-lo que ainda é tempo de tirar o time de campo, abandonar a candidatura e, com isso, evitar um enorme desgaste. Com isso, se preservaria para uma disputa maior em daqui a dois anos.
Sua iminente e rotunda derrota para a esquerda não seria a primeira. No entanto, desta vez revela uma via que leva à segunda grande derrota das forças políticas identificadas como conservadoras nesse Estado.
Estas tiveram a primeira grande derrota nos anos de 1950, quando nasceu a Frente Popular do Recife elegendo o governador Miguel Arraes e o prefeito Pelópidas Silveira. O tempo e as eleições passaram, a malfadada ditadura de 1964 acabou, o?fantasma? do socialismo (ou comunismo, se quiserem) se foi.
Renasceu, então, a concepção de justiça social, distribuição da renda, as mobilizações de trabalhadores em todo o País. Independente dos símbolos mundiais da derrota da esquerda, tais como a queda do muro de Berlim (paradigma do fim de uma época), no Brasil e em Pernambuco aconteceu um avanço das forças de esquerda. E isso é um fato, não uma opinião.
Lembremos do resultado da eleição municipal da virada do século, a de 2000.
Naquele momento, muita gente nos meios políticos locais lembrou-se da frase dita pelo governador Agamenon Magalhães: Recife é uma cidade cruel. Podemos acrescentar, nesta hora, que a crueldade ainda não acabou. Vem mais por aí.
Aqui, nesta megalópolis peculiaríssima, o avanço da esquerda não surpreende aos que a vêem em perspectiva histórica, aos que a vêem como a capital da resistência diante do colonialismo, como linha de frente progressista nos anos de 1950 e início de 1960. Não surpreende agora, nas vésperas do que, ao que tudo indica, se desenha como uma retumbante vitória nas eleições de 2008.
Faltam poucos dias para o eleitorado dar ou não razão a essa expectativa.
*Jornalista
Sérgio Augusto Silveira*
sergioaugusto_s@yahoo.com.br
A estas alturas da campanha eleitoral municipal é possível avaliar quem será, ou quais serão os grandes derrotados nas urnas de 2008. Neste campeonato às avessas, temos como favorito ou preferido do eleitorado recifense o herdeiro do pefelismo pernambucano (já ia dizendo coronelismo) na figura do ex-governador Mendonça Filho.
Diante dos mais de 20 pontos percentuais a menos que o candidato petista João da Costa, já há quem vem chegando aos ouvidos de Mendonça para avisá-lo que ainda é tempo de tirar o time de campo, abandonar a candidatura e, com isso, evitar um enorme desgaste. Com isso, se preservaria para uma disputa maior em daqui a dois anos.
Sua iminente e rotunda derrota para a esquerda não seria a primeira. No entanto, desta vez revela uma via que leva à segunda grande derrota das forças políticas identificadas como conservadoras nesse Estado.
Estas tiveram a primeira grande derrota nos anos de 1950, quando nasceu a Frente Popular do Recife elegendo o governador Miguel Arraes e o prefeito Pelópidas Silveira. O tempo e as eleições passaram, a malfadada ditadura de 1964 acabou, o?fantasma? do socialismo (ou comunismo, se quiserem) se foi.
Renasceu, então, a concepção de justiça social, distribuição da renda, as mobilizações de trabalhadores em todo o País. Independente dos símbolos mundiais da derrota da esquerda, tais como a queda do muro de Berlim (paradigma do fim de uma época), no Brasil e em Pernambuco aconteceu um avanço das forças de esquerda. E isso é um fato, não uma opinião.
Lembremos do resultado da eleição municipal da virada do século, a de 2000.
Naquele momento, muita gente nos meios políticos locais lembrou-se da frase dita pelo governador Agamenon Magalhães: Recife é uma cidade cruel. Podemos acrescentar, nesta hora, que a crueldade ainda não acabou. Vem mais por aí.
Aqui, nesta megalópolis peculiaríssima, o avanço da esquerda não surpreende aos que a vêem em perspectiva histórica, aos que a vêem como a capital da resistência diante do colonialismo, como linha de frente progressista nos anos de 1950 e início de 1960. Não surpreende agora, nas vésperas do que, ao que tudo indica, se desenha como uma retumbante vitória nas eleições de 2008.
Faltam poucos dias para o eleitorado dar ou não razão a essa expectativa.
*Jornalista
11 setembro 2008
A economia se segura
. Dados oficiais indicam que o Produto Interno Bruto (PIB) no 1º semestre de 2008 cresceu 6%, em relação à igual período de 2007, e atingiu o valor de R$ 716,9 bilhões. Em relação ao segundo trimestre do ano passado, o crescimento da economia foi de 6,1%.
. Na comparação de semestres de 2007 e 2008, os setores da indústria e serviços cresceram 6,3% e 5,3%, respectivamente, e a agropecuária 5,2%. Já na comparação com o segundo trimestre de 2007, quem puxou o crescimento foi a agropecuária (7,1%), seguida pela indústria (5,7%) e pelos serviços (5,5%).
. Na comparação de semestres de 2007 e 2008, os setores da indústria e serviços cresceram 6,3% e 5,3%, respectivamente, e a agropecuária 5,2%. Já na comparação com o segundo trimestre de 2007, quem puxou o crescimento foi a agropecuária (7,1%), seguida pela indústria (5,7%) e pelos serviços (5,5%).
. Pelo lado da demanda interna, o investimento (medido pela Formação Bruta de Capital Fixo) cresceu 16,2% na comparação com o segundo trimestre do ano passado. Já o consumo das famílias cresceu 6,7%, a 19ª alta consecutiva nessa comparação, e o consumo da administração pública cresceu 5,3%.
. Pelo lado da demanda externa, as exportações de bens e serviços cresceram 5,1% no período e as importações (25,8%) tiveram o 19º crescimento seguido nesta comparação, desde o quarto trimestre de 2003.
História: 11 de setembro de 1973
Allende (a esq.), última foto
Golpe militar no Chile. O general Pinochet derruba o governo socialista e instala uma ditadura militar. O pres. Salvador Allende morre no decorrer da resistência. O estádio de futebol de Santiago converte-se em prisão. Vários brasileiros exilados no Chile serão presos, 5 assassinados. (Vermelho http://www.vermelho.org.br/).
10 setembro 2008
Coluna semanal no Portal Vermelho
O vídeo e a rua na campanha eleitoral
Luciano Siqueira
A vinte e cinco dias do pleito, no Recife o sucessor do prefeito João Paulo parece já ter sido escolhido pela maioria dos eleitores. Todas as pesquisas publicadas confluem, resalvadas certas nuances metodológicas, para um mesmo resultado – a vitória do candidato João da Costa.
Vinte e cinco dias é muito tempo ainda, você pode objetar. E é. Mais: nossa história eleitoral é rica de exemplos de mudança de inclinação do eleitorado no curso da batalha, especialmente em sua fase derradeira. Mas é pouco provável que aconteça agora, até porque se trata de uma luta que se trava essencialmente no vídeo, sem grandes movimentações de rua.
O vídeo pode tudo, ou quase tudo – adverte o marqueteiro mais próximo. A TV constrói reputações com a mesma velocidade com que as destrói, é o que nos ensina o cotidiano de cidadãos cada vez mais presos à telinha e menos afeitos a manifestações em praça pública. Os adversários do candidato João teriam ainda, em tese, armas que bem utilizadas no jogo virtual da TV ainda lhes dariam alguma chance. Não parece provável, pois a eles falta um discurso convicente capaz de superar a idéia da continuidade da obra de governo que em oito anos tem dado certo e também a noção, forte no sentimento da população, de que há um lado a ser apoiado pelo voto, o lado do presidente Lula (que ostenta índices crescentes de aprovação).
Tudo bem. Conjecturas de lado, vale observar, na cena eleitoral, um detalhe que se afirma nesta eleição, mais ainda do que nas precedentes – o primado da TV sobre a rua. Não é na mobilização do povo que os candidatos apostam suas fichas, é no embate televisivo. E isto tem implicação para além da pugna eleitroral – é uma espécie de americanização das campanhas.
Já em artigo de 2004, aqui no Vermelho, fiz essa observação. A cultura e o pensamento social brasileiro sempre estiveram marcados por forte influência estrangeira- européia, norte-americana -, a ponto de só no início da década de 20 do século passado se iniciar uma produção intelectual de fôlego apoiada em nossa realidade, revelando-a e interpretando-a segundo abordagem própria. A Semana de Arte Moderna em 1922 e Casa Grande & Senzala, de Gilberto Freyre, concluído em 1933, são algumas referências importantes.
Esse conflito entre as influências forâneas e a cultura e a ciência social de matizes brasileiros continua muito presente na vida dos brasileiros. Em alguns casos, de modo até surpreendente, com a afirmação do que é nosso – a exemplo das redes de TV, que apesar de adotarem postura conservadora, firmaram uma dramaturgia essencialmente brasileira com um padrão técnico de elevada qualidade, reconhecido no mundo inteiro.
Mas quando o assunto é campanha eleitoral, dá-se o inverso. Os meios eletrônicos assumem papel de destaque, reduzindo a uma posição subalterna a abordagem do eleitorado pela via tradicional dos comícios, passeatas e outras formas de mobilização. Com um risco enorme: a poderosa e sofisticada linguagem do vídeo via de regra é empregada mais para artificializar a emoção do telespectador e espetacularizar a campanha do que propriamente expor a natureza dos problemas, as possíveis soluções e os compromissos públicos de cada candidato.
Quanto à rua, no Recife, tirante algumas poucas caminhadas nos bairros, placas, bandeiras e ruidosas biciletas de som ocupam o lugar das ações coletivas. Na campanha dos candidatos a vereador, então, o fenômeno beira ao exagero. Não se vê candidato na rua – este que lhes escreve, que acompanhado de grupos de militantes diariamente comparece aos semáforos de vias movimentadas e aborda eleitores em locais de grande concentração de transeuntes, parece ser, até prova em contrário, uma teimosa exceção.
Luciano Siqueira
A vinte e cinco dias do pleito, no Recife o sucessor do prefeito João Paulo parece já ter sido escolhido pela maioria dos eleitores. Todas as pesquisas publicadas confluem, resalvadas certas nuances metodológicas, para um mesmo resultado – a vitória do candidato João da Costa.
Vinte e cinco dias é muito tempo ainda, você pode objetar. E é. Mais: nossa história eleitoral é rica de exemplos de mudança de inclinação do eleitorado no curso da batalha, especialmente em sua fase derradeira. Mas é pouco provável que aconteça agora, até porque se trata de uma luta que se trava essencialmente no vídeo, sem grandes movimentações de rua.
O vídeo pode tudo, ou quase tudo – adverte o marqueteiro mais próximo. A TV constrói reputações com a mesma velocidade com que as destrói, é o que nos ensina o cotidiano de cidadãos cada vez mais presos à telinha e menos afeitos a manifestações em praça pública. Os adversários do candidato João teriam ainda, em tese, armas que bem utilizadas no jogo virtual da TV ainda lhes dariam alguma chance. Não parece provável, pois a eles falta um discurso convicente capaz de superar a idéia da continuidade da obra de governo que em oito anos tem dado certo e também a noção, forte no sentimento da população, de que há um lado a ser apoiado pelo voto, o lado do presidente Lula (que ostenta índices crescentes de aprovação).
Tudo bem. Conjecturas de lado, vale observar, na cena eleitoral, um detalhe que se afirma nesta eleição, mais ainda do que nas precedentes – o primado da TV sobre a rua. Não é na mobilização do povo que os candidatos apostam suas fichas, é no embate televisivo. E isto tem implicação para além da pugna eleitroral – é uma espécie de americanização das campanhas.
Já em artigo de 2004, aqui no Vermelho, fiz essa observação. A cultura e o pensamento social brasileiro sempre estiveram marcados por forte influência estrangeira- européia, norte-americana -, a ponto de só no início da década de 20 do século passado se iniciar uma produção intelectual de fôlego apoiada em nossa realidade, revelando-a e interpretando-a segundo abordagem própria. A Semana de Arte Moderna em 1922 e Casa Grande & Senzala, de Gilberto Freyre, concluído em 1933, são algumas referências importantes.
Esse conflito entre as influências forâneas e a cultura e a ciência social de matizes brasileiros continua muito presente na vida dos brasileiros. Em alguns casos, de modo até surpreendente, com a afirmação do que é nosso – a exemplo das redes de TV, que apesar de adotarem postura conservadora, firmaram uma dramaturgia essencialmente brasileira com um padrão técnico de elevada qualidade, reconhecido no mundo inteiro.
Mas quando o assunto é campanha eleitoral, dá-se o inverso. Os meios eletrônicos assumem papel de destaque, reduzindo a uma posição subalterna a abordagem do eleitorado pela via tradicional dos comícios, passeatas e outras formas de mobilização. Com um risco enorme: a poderosa e sofisticada linguagem do vídeo via de regra é empregada mais para artificializar a emoção do telespectador e espetacularizar a campanha do que propriamente expor a natureza dos problemas, as possíveis soluções e os compromissos públicos de cada candidato.
Quanto à rua, no Recife, tirante algumas poucas caminhadas nos bairros, placas, bandeiras e ruidosas biciletas de som ocupam o lugar das ações coletivas. Na campanha dos candidatos a vereador, então, o fenômeno beira ao exagero. Não se vê candidato na rua – este que lhes escreve, que acompanhado de grupos de militantes diariamente comparece aos semáforos de vias movimentadas e aborda eleitores em locais de grande concentração de transeuntes, parece ser, até prova em contrário, uma teimosa exceção.
08 setembro 2008
Nada fácil
. Especula-se que o deputado Cadoca poderia retirar sua candidatura a prefeito e apoiar João da Costa, sob a influência do presidente Lula. Nada é impossível. Mas essa certamente não é uma decisão fácil para quem lidera uma aliança heterogênea na qual o PPS – ferrenho opositor da Frente do Recife - provavelmente se rebelaria.
. No Blog de Cesar Rocha há um registro disso, pela palavra do ex-deputado Roberto Freire.
. No Blog de Cesar Rocha há um registro disso, pela palavra do ex-deputado Roberto Freire.
Bom dia, Verônica Aroucha
Apenas adeus!
Nunca mais a poesia se fez em festa
Nas frestas de mim
Ela se foi assim,
Como se não houvesse amanhã
Nunca mais o cheiro de capim,
O perfume das avencas entrando por dentro do meu jardim
Adeus sonhos,
Adeus ilusões
Adeus aos sobrados enluarados
Inventava que banhava de sol para não ver jamais tua correria por sombras...
Adeus poemas nus e cruzes
Que pareciam brilhantes
Esfuziantes de mim
Adeus estrada, o caminho também...
A poeira, o encanto, o pranto.
Adeus meu passarinho.
Cai do ninho não por tua culpa,
Nem minha...
Foi a chuva.
Nas frestas de mim
Ela se foi assim,
Como se não houvesse amanhã
Nunca mais o cheiro de capim,
O perfume das avencas entrando por dentro do meu jardim
Adeus sonhos,
Adeus ilusões
Adeus aos sobrados enluarados
Inventava que banhava de sol para não ver jamais tua correria por sombras...
Adeus poemas nus e cruzes
Que pareciam brilhantes
Esfuziantes de mim
Adeus estrada, o caminho também...
A poeira, o encanto, o pranto.
Adeus meu passarinho.
Cai do ninho não por tua culpa,
Nem minha...
Foi a chuva.
(Enviada pelo amigo Clóvis Campelo)
Literatura e lingüística
. Eutomia – revista online de literatura e lingüística – lançou na rede o seu primeiro número com matérias muito interessantes e projeto gráfico moderno e agradável.
. Duas matérias em destaque: "Bibliotecas de ontem e o futuro das ciências humanas" e "Do jeito delas, vozes femininas de língua inglesa", esta acerca do livro organizado por Márcia Cavendish Wanderley, Carlos Eduardo Fialho e Sueli Cavendish.
. O livro "Do Jeito Delas: Vozes Femininas de Língua Inglesa", inclui poemas de Sylvia Plath, Anne Sexton, Emily Dickinson, Hilda Doolittle, Marianne Moore, Louise Bogan, Elizabeth Bishop, Denise Levertov, Edna St.VincentMillay, Edith Sitwell, Patrícia Hooper e Elinor Wylie , traduzidos por Jorge Wanderley, cuja maestria, já de todos conhecida, marcou a sua contribuição inestimável à poesia em nosso idioma.
. Confira: http://www.ufpe.br/revistaeutomia/home/index.php
. Duas matérias em destaque: "Bibliotecas de ontem e o futuro das ciências humanas" e "Do jeito delas, vozes femininas de língua inglesa", esta acerca do livro organizado por Márcia Cavendish Wanderley, Carlos Eduardo Fialho e Sueli Cavendish.
. O livro "Do Jeito Delas: Vozes Femininas de Língua Inglesa", inclui poemas de Sylvia Plath, Anne Sexton, Emily Dickinson, Hilda Doolittle, Marianne Moore, Louise Bogan, Elizabeth Bishop, Denise Levertov, Edna St.VincentMillay, Edith Sitwell, Patrícia Hooper e Elinor Wylie , traduzidos por Jorge Wanderley, cuja maestria, já de todos conhecida, marcou a sua contribuição inestimável à poesia em nosso idioma.
. Confira: http://www.ufpe.br/revistaeutomia/home/index.php
Análise oportuna
No Vermelho, por Eduardo Bomfim:
Nordeste e eleição
Quando se aproxima o pleito eleitoral de outubro, é sempre importante um balanço da correlação de forças, entre o campo que defende verdadeiramente o desenvolvimento, a inclusão social e a modernização efetiva da sociedade brasileira e aqueles agrupamentos que resistem aos novos tempos, sob os mais variados e disfarçados argumentos.
O Nordeste, por exemplo, é uma das regiões do país em que o resultado das futuras eleições deverá ser significativamente importante. Visto que apesar de ser o berço da nacionalidade, cuja riqueza cultural, histórica, representa um grande acervo para a construção permanente da nossa identidade, não possui igual dimensão em relação às desigualdades sociais e a um desenvolvimento econômico diversificado e sustentável.
O atraso do Nordeste comparado ao Sudeste e ao Sul do Brasil ainda é imenso. A origem dessa assimetria regional repousa na revolução burguesa de 1930 quando foram lançadas por Getúlio Vargas as bases da industrialização nacional.
Esse processo, que substituiu do poder central as velhas oligarquias agrárias, não se efetivou como uma completa modernização. No Nordeste brasileiro permaneceram, no mando, as velhas estruturas fundiárias herdeiras da colonização portuguesa.
Outro grande ensaio para o futuro da região deu-se no governo desenvolvimentista de Juscelino Kubitschek, com a criação da Sudene, impulsionado em seguida pelo governo nacionalista e progressista de João Goulart, visando o planejamento industrial diversificado, sob a orientação do grande pensador e economista Celso Furtado e sua excelente equipe de planejadores.
O golpe de 1964 apoiou os conservadores que se opunham ao crescimento econômico multilateral. Eles temiam a perda da hegemonia política em seus Estados. Assim, o Nordeste foi mais uma vez sobrestado em seus interesses estratégicos.
Hoje, a região possui 28% da população brasileira e participa apenas com 13,1% do PIB nacional. Persistem as desigualdades sociais, concentração da renda e uma modernização industrial quase que vegetativa, apesar dos grandes investimentos no governo Lula.
As mudanças exigem uma nova correlação de forças, saída das lutas políticas. O que parece uma disputa menor, como as eleições a prefeito e vereadores, faz parte, na verdade, de uma batalha cuja dimensão é histórica.
Nordeste e eleição
Quando se aproxima o pleito eleitoral de outubro, é sempre importante um balanço da correlação de forças, entre o campo que defende verdadeiramente o desenvolvimento, a inclusão social e a modernização efetiva da sociedade brasileira e aqueles agrupamentos que resistem aos novos tempos, sob os mais variados e disfarçados argumentos.
O Nordeste, por exemplo, é uma das regiões do país em que o resultado das futuras eleições deverá ser significativamente importante. Visto que apesar de ser o berço da nacionalidade, cuja riqueza cultural, histórica, representa um grande acervo para a construção permanente da nossa identidade, não possui igual dimensão em relação às desigualdades sociais e a um desenvolvimento econômico diversificado e sustentável.
O atraso do Nordeste comparado ao Sudeste e ao Sul do Brasil ainda é imenso. A origem dessa assimetria regional repousa na revolução burguesa de 1930 quando foram lançadas por Getúlio Vargas as bases da industrialização nacional.
Esse processo, que substituiu do poder central as velhas oligarquias agrárias, não se efetivou como uma completa modernização. No Nordeste brasileiro permaneceram, no mando, as velhas estruturas fundiárias herdeiras da colonização portuguesa.
Outro grande ensaio para o futuro da região deu-se no governo desenvolvimentista de Juscelino Kubitschek, com a criação da Sudene, impulsionado em seguida pelo governo nacionalista e progressista de João Goulart, visando o planejamento industrial diversificado, sob a orientação do grande pensador e economista Celso Furtado e sua excelente equipe de planejadores.
O golpe de 1964 apoiou os conservadores que se opunham ao crescimento econômico multilateral. Eles temiam a perda da hegemonia política em seus Estados. Assim, o Nordeste foi mais uma vez sobrestado em seus interesses estratégicos.
Hoje, a região possui 28% da população brasileira e participa apenas com 13,1% do PIB nacional. Persistem as desigualdades sociais, concentração da renda e uma modernização industrial quase que vegetativa, apesar dos grandes investimentos no governo Lula.
As mudanças exigem uma nova correlação de forças, saída das lutas políticas. O que parece uma disputa menor, como as eleições a prefeito e vereadores, faz parte, na verdade, de uma batalha cuja dimensão é histórica.
06 setembro 2008
Bom dia, Hermano Paz
Ciência brasileira
Ciência Hoje Online:
Proteínas da dengue
Moléculas com expressão diferenciada em células infectadas podem servir de marcadores da doença
. Uma pesquisa desenvolvida na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) poderá render aos médicos uma nova ferramenta para acompanhar a evolução da dengue, doença que provocou dezenas de mortes este ano no Brasil. O grupo da UFRJ detectou proteínas que têm expressão diferenciada em células do fígado infectadas com a doença.
. Os resultados, apresentados durante a 23ª Reunião Anual da Federação de Sociedades de Biologia Experimental (Fesbe), realizada de 20 a 23 de agosto em Águas de Lindóia (SP), permitirão ainda um melhor entendimento dos mecanismos da dengue.
. Segundo a pesquisadora que conduziu o estudo – a bioquímica Russolina Zingali, do Instituto de Bioquímica Médica da UFRJ –, o fígado é um importante órgão envolvido na evolução da dengue. O estudo das proteínas expressas pelos genes de suas células (proteômica) pode ajudar a entender melhor seu papel nessa doença. Uma abordagem parecida, usada por um outro grupo de pesquisa e também apresentada na reunião da Fesbe, permitiu um melhor entendimento de uma forma de leucemia.
. Leia a matéria completa http://cienciahoje.uol.com.br/127328
EUA em crise
Na Folha de S. Paulo:
Desemprego nos EUA é maior em cinco anos
Taxa chegou a 6,1% em agosto; avanço em 4 meses é o maior desde 1981, época de uma das piores recessões americanas
. Apesar de exportações terem puxado expansão do 2º tri, indústria foi o o setor que mais cortou vagas em agosto, seguido por serviços
. O desemprego nos EUA voltou a subir e está agora no seu nível mais alto em cinco anos, aumentando os temores de recessão da principal economia mundial. Além de enfrentarem problemas no mercado de trabalho, os consumidores, principal motor da economia americana, têm ainda que lidar com a inflação, em seu nível mais alto em quase 20 anos, e a crise financeira, que derrubou o preço de seus imóveis.
. A taxa de desemprego subiu para 6,1% no mês passado -0,4 ponto percentual superior à de julho- e está no seu maior nível desde julho de 2003. Desde abril, a taxa já se expandiu em 1,1 ponto percentual, fato que não aconteceu nem em 2001, na última recessão dos EUA. A última vez em que o índice de desemprego avançou ao menos 1,1 ponto percentual em quatro meses foi em 1981, quando teve início uma das piores recessões da história dos Estados Unidos.
. No mês passado, 84 mil postos de trabalho deixaram de existir, afetando diversas áreas, como indústria, serviços e construção.
Desemprego nos EUA é maior em cinco anos
Taxa chegou a 6,1% em agosto; avanço em 4 meses é o maior desde 1981, época de uma das piores recessões americanas
. Apesar de exportações terem puxado expansão do 2º tri, indústria foi o o setor que mais cortou vagas em agosto, seguido por serviços
. O desemprego nos EUA voltou a subir e está agora no seu nível mais alto em cinco anos, aumentando os temores de recessão da principal economia mundial. Além de enfrentarem problemas no mercado de trabalho, os consumidores, principal motor da economia americana, têm ainda que lidar com a inflação, em seu nível mais alto em quase 20 anos, e a crise financeira, que derrubou o preço de seus imóveis.
. A taxa de desemprego subiu para 6,1% no mês passado -0,4 ponto percentual superior à de julho- e está no seu maior nível desde julho de 2003. Desde abril, a taxa já se expandiu em 1,1 ponto percentual, fato que não aconteceu nem em 2001, na última recessão dos EUA. A última vez em que o índice de desemprego avançou ao menos 1,1 ponto percentual em quatro meses foi em 1981, quando teve início uma das piores recessões da história dos Estados Unidos.
. No mês passado, 84 mil postos de trabalho deixaram de existir, afetando diversas áreas, como indústria, serviços e construção.
05 setembro 2008
História: 5 de setembro de 1969
A Junta Militar baixa os Atos Institucionais 13 e 14, que criam as penas de morte e banimento, esta aplicada aos presos trocados pelo embaixador dos EUA. (Vermelho http://www.vermelho.org.br/).
Onda vermelha
No Vermelho, por Bernardo Joffily:
Cotejo de pesquisas aponta "onda vermelha" nas capitais
O Correio Brasiliense publicou, sob o título À espera da "onda vermelha" e sem nenhuma chamada na capa, um interessante levantamento com base nas pesquisas eleitorais nas 26 capitais brasileiras. Os resultados estão em uma tabela que ajuda a entender por que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anda tão sorridente e a oposição tão mal-humorada.
O Correio Brasiliense publicou, sob o título À espera da "onda vermelha" e sem nenhuma chamada na capa, um interessante levantamento com base nas pesquisas eleitorais nas 26 capitais brasileiras. Os resultados estão em uma tabela que ajuda a entender por que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anda tão sorridente e a oposição tão mal-humorada.
. O mérito da matéria do jornalista Daniel Pereira está em arrumar, partido por partido, três informações que normalmente aparecem dispersas pelo noticiário sobre cada disputa municipal: 1) que capitais o partido governa hoje; 2) em que capitais o partido aparece nas pesquisas como favorito (fora da margem de erro); e 3) em que capitais o partido disputa a liderança, em empate técnico com outros candidatos. Como importante complemento, a tabela fornece também o número de eleitores envolvidos em cada uma destas situações.
. O Vermelho arrumou as mesmas informações nos três mapas ao lado, que ajudam a entender a situação de conjunto nas 26 disputas mais importantes desta eleição. As capitais estão representadas proporcionalmente ao número de eleitores, para facilitar o entendimento da importância de cada contenda.
A "onda" e o seu reverso - A possível "onda vermelha" vem do comportamento das pesquisas em três capitais de primeiro escalão – São Paulo, Recife e Fortaleza. Nas três, candidatos do PT (não por acaso apoiados nos tres casos por coligações amplas, que incluem os partidos do Bloco de Esquerda) cresceram ignificativamente nas últimas semanas. Nas duas primeiras, saíram do empate técnico com seus opositores e aparecem isolados no primeiro lugar; em Fortaleza, a prefeita Luizianne figura em primeiro, embora ainda empatada com Moroni Torgan, do DEM.
O reverso da "onda vermelha" pode ser observado pelo desempenho dos partidos de oposição ao governo Lula.
. O PSDB aparece como o favorito em três capitais – Curitiba, São Luís e Teresina, das quais apenas a primeira tem mais de 1 milhão de eleitores. E está na disputa em Salvador e Cuiabá...
Mais dramático ainda é o desempenho do DEM (ex-PFL). Hoje ele controla as prefeituras das duas maiores metrópoles do país – São Paulo e Rio de Janeiro. No entanto, nenhum candidato demista aparece no segundo mapa, dos favoritos fora da margem de erro. Entre as capitais "emboladas", o DEM disputa Salvador (com os tucanos), Fortaleza e Cuiabá.
. Outras legendas que se proclamam de oposição não aparecem no levantamento. Tanto o PPS como o PSOL não governam capitais atualmente e tampouco lideram ou disputam a primazia nas pesquisas.
Disputas "intralulistas" - Em capitais como o Rio e Porto Alegre, trava-se uma disputa renhida e de resultado dificilmente previsível. Mas do ponto de vista de Lula não há maiores problemas: nas duas cidades, os três primeiros colocados nas pesquisas pertencem à base de apoio do governo federal, é até brigam entre si para exibir esta condição.
. A julgar pelo levantamento – que não leva em conta as reviravoltas que sempre podem ocorrer nas intenções de voto –, o PT, que hoje governa 5,4 milhões de munícipes, pode passar para algo entre 10 e 12,6 milhões. Seria o maior crescimento da eleição. Enquanto a queda mais abrupta seria do DEM, que baixaria dos 12,7 milhões de munícipes atuais para algo entre 4,3 milhões e zero – sempre contando apenas as capitais.
. Veja os resultados do levantamento do Correio, partido por partido:
. PT - Governa Belo Horizonte, Fortaleza, Macapá, Palmas, Porto Velho, Recife, Rio Branco e Vitória. Total de eleitores: 5.412.201. Lidera de forma isolada as pesquisas sobre primeiro turno em São Paulo, Recife, Vitória, Porto Velho e Rio Branco. Total de eleitores: 10.005.398. Disputa a liderança no primeiro turno, em situação de empate técnico com outros candidatos, em Porto Alegre, Fortaleza e Palmas. Total de eleitores: 2.652.502.
. PMDB - Governa Campo Grande, Florianópolis, Goiânia, Porto Alegre e Salvador. Total de eleitores: 4.441.580. Lidera de forma isolada as pesquisas sobre primeiro turno em Campo Grande e Goiânia. Total de eleitores: 1.353.450. Disputa a liderança no primeiro turno, em situação de empate técnico com outros candidatos, em Porto Alegre e Rio de Janeiro. Total de eleitores: 5.618.250.
. PSDB Governa Cuiabá, Curitiba e Teresina. Total de eleitores: 2.113.546. Lidera de forma isolada as pesquisas sobre primeiro turno em Curitiba, Teresina e São Luís. Total de eleitores: 2.382.272. Disputa a liderança no primeiro turno, em situação de empate técnico com outros candidatos, em Salvador e Cuiabá. Total de eleitores: 2.115.466.
. PSB - Governa Boa Vista, João Pessoa, Manaus e Natal. Total de eleitores: 2.157.999. Lidera de forma isolada as pesquisas sobre primeiro turno em Belo Horizonte, João Pessoa, e Boa Vista. Total de eleitores: 2.375.079. Disputa a liderança no primeiro turno, em situação de empate técnico com outros candidatos, em Macapá. Total de eleitores: 219.241.
. PCdoB - Governa Aracaju. Total de eleitores: 356.796. Lidera de forma isolada as pesquisas sobre primeiro turno em Aracaju. Total de eleitores: 356.796. Disputa a liderança no primeiro turno, em situação de empate técnico com outros candidatos, em Porto Alegre. Total de eleitores: 1.038.885.
. DEM - Governa São Paulo e Rio de Janeiro. Total de eleitores: 12.777.647. Não lidera de forma isolada pesquisas sobre primeiro turno. Disputa a liderança no primeiro turno, em situação de empate técnico com outros candidatos, em Sal vador, Fortaleza, Belém e Palmas. Total de eleitores: 4.322.127.
. PV - Não governa capitais. Lidera de forma isolada as pesquisas sobre primeiro turno em Natal. Total de eleitores: 498.870. Disputa a liderança no primeiro turno, em situação de empate técnico com outros candidatos, em Palmas. Total de eleitores: 127.106.g
. PP - Governa Maceió. Total de eleitores: 504.462. Lidera de forma isolada as pesquisas sobre primeiro turno em Florianópolis e Maceió. Total de eleitores: 806.429. Disputa a liderança no primeiro turno, em situação de empate técnico com outros candidatos, em Cuiabá. Total de eleitores: 368.188.
. PDT - Governa São Luís. Total de eleitores: 636.914. Não lidera de forma isolada pesquisas sobre primeiro turno.Disputa a liderança no primeiro turno, em situação de empate técnico com outros candidatos, em Macapá. Total de eleitores: 219.241.
. PTB Governa Belém. Total de eleitores: 961.232. Lidera de forma isolada as pesquisas sobre primeiro turno em Manaus. Total de eleitores: 1.056.277. Disputa a liderança no primeiro turno, em situação de empate técnico com outros candidatos, em Belém. Total de eleitores: 961.232.
PRB Não governa capitais. Não lidera de forma isolada as pesquisas sobre primeiro turno. Disputa a liderança no primeiro turno, em situação de empate técnico com outros candidatos, em Rio de Janeiro. Total de eleitores: 4.579.365.
Fontes do Correio Brasiliense: Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com base no número de eleitores em julho deste ano, e os institutos Datafolha, Ibope, Serpes (GO), Jornal Stylo, Dataform e Vozes.
. O Vermelho arrumou as mesmas informações nos três mapas ao lado, que ajudam a entender a situação de conjunto nas 26 disputas mais importantes desta eleição. As capitais estão representadas proporcionalmente ao número de eleitores, para facilitar o entendimento da importância de cada contenda.
A "onda" e o seu reverso - A possível "onda vermelha" vem do comportamento das pesquisas em três capitais de primeiro escalão – São Paulo, Recife e Fortaleza. Nas três, candidatos do PT (não por acaso apoiados nos tres casos por coligações amplas, que incluem os partidos do Bloco de Esquerda) cresceram ignificativamente nas últimas semanas. Nas duas primeiras, saíram do empate técnico com seus opositores e aparecem isolados no primeiro lugar; em Fortaleza, a prefeita Luizianne figura em primeiro, embora ainda empatada com Moroni Torgan, do DEM.
O reverso da "onda vermelha" pode ser observado pelo desempenho dos partidos de oposição ao governo Lula.
. O PSDB aparece como o favorito em três capitais – Curitiba, São Luís e Teresina, das quais apenas a primeira tem mais de 1 milhão de eleitores. E está na disputa em Salvador e Cuiabá...
Mais dramático ainda é o desempenho do DEM (ex-PFL). Hoje ele controla as prefeituras das duas maiores metrópoles do país – São Paulo e Rio de Janeiro. No entanto, nenhum candidato demista aparece no segundo mapa, dos favoritos fora da margem de erro. Entre as capitais "emboladas", o DEM disputa Salvador (com os tucanos), Fortaleza e Cuiabá.
. Outras legendas que se proclamam de oposição não aparecem no levantamento. Tanto o PPS como o PSOL não governam capitais atualmente e tampouco lideram ou disputam a primazia nas pesquisas.
Disputas "intralulistas" - Em capitais como o Rio e Porto Alegre, trava-se uma disputa renhida e de resultado dificilmente previsível. Mas do ponto de vista de Lula não há maiores problemas: nas duas cidades, os três primeiros colocados nas pesquisas pertencem à base de apoio do governo federal, é até brigam entre si para exibir esta condição.
. A julgar pelo levantamento – que não leva em conta as reviravoltas que sempre podem ocorrer nas intenções de voto –, o PT, que hoje governa 5,4 milhões de munícipes, pode passar para algo entre 10 e 12,6 milhões. Seria o maior crescimento da eleição. Enquanto a queda mais abrupta seria do DEM, que baixaria dos 12,7 milhões de munícipes atuais para algo entre 4,3 milhões e zero – sempre contando apenas as capitais.
. Veja os resultados do levantamento do Correio, partido por partido:
. PT - Governa Belo Horizonte, Fortaleza, Macapá, Palmas, Porto Velho, Recife, Rio Branco e Vitória. Total de eleitores: 5.412.201. Lidera de forma isolada as pesquisas sobre primeiro turno em São Paulo, Recife, Vitória, Porto Velho e Rio Branco. Total de eleitores: 10.005.398. Disputa a liderança no primeiro turno, em situação de empate técnico com outros candidatos, em Porto Alegre, Fortaleza e Palmas. Total de eleitores: 2.652.502.
. PMDB - Governa Campo Grande, Florianópolis, Goiânia, Porto Alegre e Salvador. Total de eleitores: 4.441.580. Lidera de forma isolada as pesquisas sobre primeiro turno em Campo Grande e Goiânia. Total de eleitores: 1.353.450. Disputa a liderança no primeiro turno, em situação de empate técnico com outros candidatos, em Porto Alegre e Rio de Janeiro. Total de eleitores: 5.618.250.
. PSDB Governa Cuiabá, Curitiba e Teresina. Total de eleitores: 2.113.546. Lidera de forma isolada as pesquisas sobre primeiro turno em Curitiba, Teresina e São Luís. Total de eleitores: 2.382.272. Disputa a liderança no primeiro turno, em situação de empate técnico com outros candidatos, em Salvador e Cuiabá. Total de eleitores: 2.115.466.
. PSB - Governa Boa Vista, João Pessoa, Manaus e Natal. Total de eleitores: 2.157.999. Lidera de forma isolada as pesquisas sobre primeiro turno em Belo Horizonte, João Pessoa, e Boa Vista. Total de eleitores: 2.375.079. Disputa a liderança no primeiro turno, em situação de empate técnico com outros candidatos, em Macapá. Total de eleitores: 219.241.
. PCdoB - Governa Aracaju. Total de eleitores: 356.796. Lidera de forma isolada as pesquisas sobre primeiro turno em Aracaju. Total de eleitores: 356.796. Disputa a liderança no primeiro turno, em situação de empate técnico com outros candidatos, em Porto Alegre. Total de eleitores: 1.038.885.
. DEM - Governa São Paulo e Rio de Janeiro. Total de eleitores: 12.777.647. Não lidera de forma isolada pesquisas sobre primeiro turno. Disputa a liderança no primeiro turno, em situação de empate técnico com outros candidatos, em Sal vador, Fortaleza, Belém e Palmas. Total de eleitores: 4.322.127.
. PV - Não governa capitais. Lidera de forma isolada as pesquisas sobre primeiro turno em Natal. Total de eleitores: 498.870. Disputa a liderança no primeiro turno, em situação de empate técnico com outros candidatos, em Palmas. Total de eleitores: 127.106.g
. PP - Governa Maceió. Total de eleitores: 504.462. Lidera de forma isolada as pesquisas sobre primeiro turno em Florianópolis e Maceió. Total de eleitores: 806.429. Disputa a liderança no primeiro turno, em situação de empate técnico com outros candidatos, em Cuiabá. Total de eleitores: 368.188.
. PDT - Governa São Luís. Total de eleitores: 636.914. Não lidera de forma isolada pesquisas sobre primeiro turno.Disputa a liderança no primeiro turno, em situação de empate técnico com outros candidatos, em Macapá. Total de eleitores: 219.241.
. PTB Governa Belém. Total de eleitores: 961.232. Lidera de forma isolada as pesquisas sobre primeiro turno em Manaus. Total de eleitores: 1.056.277. Disputa a liderança no primeiro turno, em situação de empate técnico com outros candidatos, em Belém. Total de eleitores: 961.232.
PRB Não governa capitais. Não lidera de forma isolada as pesquisas sobre primeiro turno. Disputa a liderança no primeiro turno, em situação de empate técnico com outros candidatos, em Rio de Janeiro. Total de eleitores: 4.579.365.
Fontes do Correio Brasiliense: Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com base no número de eleitores em julho deste ano, e os institutos Datafolha, Ibope, Serpes (GO), Jornal Stylo, Dataform e Vozes.
Brinde
uma parada para confraternizar com os amigos
por mais um ano de vida
inspirada
nos sonho dos poetas e na força do povo.
Hoje, sexta-feira, 5,
a partir das 19 horas, no Comitê
Rua Amaro Bezerra, 419, Derby,
próximo à Aliança Francesa.
(Com manobrista).
04 setembro 2008
Luta metalúrgica
No Vermelho:
Metalúrgicos: greve-pipoca já ameaça a produção de veículos
. Pela primeira vez desde o início do governo Lula, um movimento grevista dos metalúrgicos ameaça a produção da indústria automobilística. A estratégia de greve geral da categoria, usada pela última vez em 2001, foi substituída pela ''greve-pipoca'', expressão criada há anos pelos operários para definir as paralisações localizadas e em seqüência nas várias indústrias do setor.
. Pela primeira vez desde o início do governo Lula, um movimento grevista dos metalúrgicos ameaça a produção da indústria automobilística. A estratégia de greve geral da categoria, usada pela última vez em 2001, foi substituída pela ''greve-pipoca'', expressão criada há anos pelos operários para definir as paralisações localizadas e em seqüência nas várias indústrias do setor.
. Na segunda-feira (1º), oito mil metalúrgicos do Paraná que trabalham nas montadoras Volkswagen, Renault e Nissan fizeram uma paralisação de 24 horas em resposta à falta de uma nova contraproposta de reajuste salarial pelas empresas, prazo que foi estendido em 48 horas e, na ausência de uma nova oferta das montadoras, será convertida em greve por tempo indeterminado.
. Na quarta (3), em São Paulo, 14,2 mil metalúrgicos fizeram paralisação de 24 horas em cinco fábricas, para forçar as indústrias a reverem suas propostas de reajuste salarial, cuja data-base é setembro - em um dos casos, com ameaça de greve por tempo indeterminado, dependendo da proposta feita pelas indústrias.
. Na quarta (3), em São Paulo, 14,2 mil metalúrgicos fizeram paralisação de 24 horas em cinco fábricas, para forçar as indústrias a reverem suas propostas de reajuste salarial, cuja data-base é setembro - em um dos casos, com ameaça de greve por tempo indeterminado, dependendo da proposta feita pelas indústrias.
. Leia a matéria completa http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=42891
Saúde na escola
. Na agenda do presidente Lula em Petrolina, hoje, um destaque: o lançamento do Programa Saúde na Escola (PSE), parceria entre os ministérios da Educação e da Saúde. Até 2011, cerca de 26 milhões de alunos da rede pública de 1.242 municípios com baixo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) terão atenção integral à saúde por meio das Equipes Saúde da Família. . Para a escolha dos municípios foi feito o cruzamento de cobertura de 100% da estratégia Saúde da Família (SF) nesses municípios, que resultou numa lista de 647 municípios (dados de abril/2008).
. Além desses municípios, serão contempladas as escolas localizadas nos municípios do Programa Mais Educação, aproximadamente 2.050, em 52 municípios - que são capitais e grandes cidades de regiões metropolitanas, onde será possível a adesão ao PSE, mediante o número de Equipes de Saúde da Família implantadas, na proporção de uma Equipe Saúde da Família para uma Escola Pública.
. Além desses municípios, serão contempladas as escolas localizadas nos municípios do Programa Mais Educação, aproximadamente 2.050, em 52 municípios - que são capitais e grandes cidades de regiões metropolitanas, onde será possível a adesão ao PSE, mediante o número de Equipes de Saúde da Família implantadas, na proporção de uma Equipe Saúde da Família para uma Escola Pública.
03 setembro 2008
Nosso artigo semanal no Blog de Jamildo (JC Online)
O prestígio de Lula e a vida real
Luciano Siqueira
Para usar um bordão tão caro ao próprio Lula, nunca na História do Brasil um presidente foi tão atacado na mídia todos os dias. É crítica por todo lado, procedente ou não; e a tentativa de responsabilizá-lo por tudo de ruim, ou aparentemente ruim, que ocorra: da ameaça inflacionária ao pífio desempenho da seleção olímpica de futebol. Mas as pesquisas de intenção de voto revelam, em todo o país, inclusive na conservadora e preconceituosa cidade de São Paulo, que o prestígio do presidente continua crescendo vertiginosamente e a associação de candidaturas a prefeito à sua figura pesa favoravelmente na inclinação do eleitorado.
Se o governo é tão ruim e o presidente tão precário governante - isto no discurso da barulhenta e nada consistente oposição, com ampla reverberação na grande mídia -, como se explica o fenômeno? A resposta certamente está na vida real, para além do noticiário e da enxurrada de análises (sic) críticas de sentido tendencioso.
Vejamos um dado da vida real: o aumento expressivo do número de empregos formais e do valor real dos salários.
A Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do IBGE, em julho deste ano indica que nas seis regiões pesquisadas, o rendimento médio real dos trabalhadores foi de R$ 1.224,40, apresentando estabilidade em relação ao mês anterior, entretanto na comparação com julho de 2007, cresceu 3,0%. Ao que se acrescenta a criação de 309 mil novos postos de trabalho em junho, equivalentes a um aumento de 1,03% em relação a maio, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Aliás, o Caged informa mais coisas interessantes. Nos primeiros sete meses de 2008, o estoque de empregos formais elevou-se em 5,4%, representando o incremento de 1.564.606 postos de trabalho, o maior saldo registrado nesse período em todos os anos da série do Caged, colocando-se 27% acima do recorde anterior verificado em 2004 (+1.236.689 postos ou +5,30%). Nos últimos 12 meses, a variação acumulada atingiu +6,86% ou +1.959.503 postos, resultado que se revelou mais favorável que o ocorrido no mesmo período do ano anterior (+4,99%, ou +1.373.026 empregos formais).
Moral da história: não é só de Bolsa Família, ProUni e Luz para Todos que se alimenta o prestígio do presidente; o incremento das atividades econômicas com expansão do emprego e valorização do trabalho tem um peso determinante. Só não ver quem não quer – ou politicamente está impedido de enxergar.
Luciano Siqueira
Para usar um bordão tão caro ao próprio Lula, nunca na História do Brasil um presidente foi tão atacado na mídia todos os dias. É crítica por todo lado, procedente ou não; e a tentativa de responsabilizá-lo por tudo de ruim, ou aparentemente ruim, que ocorra: da ameaça inflacionária ao pífio desempenho da seleção olímpica de futebol. Mas as pesquisas de intenção de voto revelam, em todo o país, inclusive na conservadora e preconceituosa cidade de São Paulo, que o prestígio do presidente continua crescendo vertiginosamente e a associação de candidaturas a prefeito à sua figura pesa favoravelmente na inclinação do eleitorado.
Se o governo é tão ruim e o presidente tão precário governante - isto no discurso da barulhenta e nada consistente oposição, com ampla reverberação na grande mídia -, como se explica o fenômeno? A resposta certamente está na vida real, para além do noticiário e da enxurrada de análises (sic) críticas de sentido tendencioso.
Vejamos um dado da vida real: o aumento expressivo do número de empregos formais e do valor real dos salários.
A Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do IBGE, em julho deste ano indica que nas seis regiões pesquisadas, o rendimento médio real dos trabalhadores foi de R$ 1.224,40, apresentando estabilidade em relação ao mês anterior, entretanto na comparação com julho de 2007, cresceu 3,0%. Ao que se acrescenta a criação de 309 mil novos postos de trabalho em junho, equivalentes a um aumento de 1,03% em relação a maio, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Aliás, o Caged informa mais coisas interessantes. Nos primeiros sete meses de 2008, o estoque de empregos formais elevou-se em 5,4%, representando o incremento de 1.564.606 postos de trabalho, o maior saldo registrado nesse período em todos os anos da série do Caged, colocando-se 27% acima do recorde anterior verificado em 2004 (+1.236.689 postos ou +5,30%). Nos últimos 12 meses, a variação acumulada atingiu +6,86% ou +1.959.503 postos, resultado que se revelou mais favorável que o ocorrido no mesmo período do ano anterior (+4,99%, ou +1.373.026 empregos formais).
Moral da história: não é só de Bolsa Família, ProUni e Luz para Todos que se alimenta o prestígio do presidente; o incremento das atividades econômicas com expansão do emprego e valorização do trabalho tem um peso determinante. Só não ver quem não quer – ou politicamente está impedido de enxergar.
02 setembro 2008
01 setembro 2008
História: 1 de setembro de 2002
Começa (até 7/9) o Plebiscito não oficial sobre a participação do Brasil na Alca (Área de Livre Comércio das Américas): 98,32% dos 10.234.143 votantes (em 41.758 urnas) votam que o Brasil não deve assinar o Tratado desejado por Washington. (Vermelho http://www.vermelho.org.br/).
Assobiar e chupar cana
. Basta olhar a agenda para perceber o óbvio: está difícil fazer tanta coisa ao mesmo tempo. Desde 7 horas até o final da noite são muitos os compromissos, fora as atividades administrativas própria do cargo de vice-prefeito. Daí a drástica redução das postagens aqui no blog e a lentidão com que respondo aos inúmeros e-mails que diariamente recebo.
. É o mesmo que tentar assobiar e chupar cana ao mesmo tempo. Mas sei que posso contar com a compreensão dos que acessam o nosso blog e dos amigos e amigas que têm a generosidade e a paciência de se corresponderem comigo através do correio eletrônico.
. É o mesmo que tentar assobiar e chupar cana ao mesmo tempo. Mas sei que posso contar com a compreensão dos que acessam o nosso blog e dos amigos e amigas que têm a generosidade e a paciência de se corresponderem comigo através do correio eletrônico.
A arte de Fernando Neves
. Águas, caminhos e vida é a exposição de fotografias de Fernando Neves, quarta-feira, 4.
. No Sobrado Espaço Cultural, quinta-feira, 19 horas – Rua 15 de Novembro, 119, Varadouro, Olinda.
. No Sobrado Espaço Cultural, quinta-feira, 19 horas – Rua 15 de Novembro, 119, Varadouro, Olinda.
Sociedade vigilante
De Patrícia Montalvão sobre o meu artigo Olhares atentos e rigorosos (veja abaixo postagem da semana passada): Muitos acreditam que "o povo" não pensa nem sente por ser "ignorante" (lato sensu), por isso está desacreditado e desconfiado - não sabe exatamente o que acontece - apenas pré-julga, mas logo esquece "a pão e circo" - E os intelectos como estão? Em contrapartida à sua sabedoria? Talvez mais desacreditados ainda quando se corrompem ao assumirem o poder e desvirtuam a finalidade precípua da representatividade; quando não, são inertes aos que se desviam à mostra. É o que se tem de mais concreto ou não?
Acredito que pessoas como você e outras que sugiro tenham a capacidade da representatividade e ostentação para mudar, pelo menos tentar, a nossa realidade ou como queira a nossa história. Por quê? Através da própria trajetória de vida delas, muito mais do que pelas perspectivas ansiadas e mostradas em campanha.
Hoje, temos a ajuda e os obstáculos da mídia que ora constrói ora destrói tudo em função da mais valia. Ontem, éramos instruídos tão somente pela dor propriamente dita, sentida na carne e na alma. Cabe realmente à sociedade a interpretação, o aproveitamento e como não se pode deixar, a DEFESA, mesmo que a título de desconfiança. É uma precaução. Sem falar nos ditados populares que ainda perduram...mas para mim, sem efeito. Como: "É melhor errar por excesso."
Até porque frases feitas não mudaram e nunca mudarão o mundo, já dizia Olga. A ação, como a sua de ir às ruas e encarar os verdadeiros adversários cara a cara e pedir a solidariedade do voto, é a melhor forma de aproximar-se da verdade. Ah! detalhe, em trajes sociais.
E, se de fato, queremos aproximar-nos da tal verdade, cabe-nos olhar profundamente e rigorosamente cada ser humano para compreender as razões do seu comportamento e trajetória.
Acredito que pessoas como você e outras que sugiro tenham a capacidade da representatividade e ostentação para mudar, pelo menos tentar, a nossa realidade ou como queira a nossa história. Por quê? Através da própria trajetória de vida delas, muito mais do que pelas perspectivas ansiadas e mostradas em campanha.
Hoje, temos a ajuda e os obstáculos da mídia que ora constrói ora destrói tudo em função da mais valia. Ontem, éramos instruídos tão somente pela dor propriamente dita, sentida na carne e na alma. Cabe realmente à sociedade a interpretação, o aproveitamento e como não se pode deixar, a DEFESA, mesmo que a título de desconfiança. É uma precaução. Sem falar nos ditados populares que ainda perduram...mas para mim, sem efeito. Como: "É melhor errar por excesso."
Até porque frases feitas não mudaram e nunca mudarão o mundo, já dizia Olga. A ação, como a sua de ir às ruas e encarar os verdadeiros adversários cara a cara e pedir a solidariedade do voto, é a melhor forma de aproximar-se da verdade. Ah! detalhe, em trajes sociais.
E, se de fato, queremos aproximar-nos da tal verdade, cabe-nos olhar profundamente e rigorosamente cada ser humano para compreender as razões do seu comportamento e trajetória.
Ciência brasileira
Ciência Hoje Online:
Rumo a novos fármacos para asma
Pesquisas brasileiras identificam compostos capazes de reduzir a inflamação pulmonar em animais
. Pesquisas desenvolvidas no Rio de Janeiro e em São Paulo podem dar origem no futuro a novos medicamentos para tratar a asma. Um grupo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) desenvolveu compostos semelhantes ao anestésico lidocaína capazes de reduzir a inflamação pulmonar provocada pela asma. Já uma equipe da Universidade de São Paulo (USP) verificou que substâncias extraídas de duas plantas também têm potencial terapêutico contra a doença. Os resultados foram apresentados durante a 23ª Reunião Anual da Federação de Sociedades de Biologia Experimental (Fesbe), realizada de 20 a 23 de agosto em Águas de Lindóia (SP).
. A asma é uma doença inflamatória crônica que causa o espessamento das vias aéreas e dificulta a respiração. Seu tratamento é difícil e geralmente combina o uso de corticóides (para combater a inflamação) e broncodilatores (que dilatam os brônquios, melhorando o fluxo respiratório). Embora as drogas existentes sejam eficazes para a maioria dos pacientes, há casos de resistência e efeitos colaterais indesejados.
. Recentemente, estudos feitos em humanos mostraram que a nebulização com lidocaína, comumente usada como anestésico local, poderia inibir a asma. No entanto, seu efeito anestésico provocou alta incidência de irritação nas vias aéreas. Com base nesses resultados, um grupo da Fiocruz sintetizou vários compostos a partir de modificações na molécula de lidocaína para reduzir sua ação anestésica.
. Leia a matéria completa http://cienciahoje.uol.com.br/126890
Presença da mulher na política
No Vermelho:
Em nove capitais, nenhuma mulher concorrerá à prefeitura
. Levantamento da Secretaria Especial de Política para as Mulheres, com base em dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mostrou que em nove capitais (Rio Branco, Manaus, Salvador, Vitória, Goiânia, São Luís, Cuiabá, Porto Velho e Boa Vista) o índice de participação feminina à prefeitura é zero. Ou seja, nenhuma mulher vai disputar a vaga à prefeitura da capital.
. Além disso, o estudo mostrou que nenhum partido cumpriu a cota mínima de 30% de mulheres no total de candidaturas para as câmaras municipais. Das 348.564 candidaturas ao legislativo municipal, 271.696 (77,95%) são homens e 76.868 (22,05%), mulheres. Mato Grosso do Sul apresenta o maior índice de candidatas, com 25,16%. O Acre é o último colocado —19,26%.
. O estudo revelou ainda que nas 26 capitais onde ocorrem eleições municipais (Brasília não tem prefeitura e não terá eleições este ano), os partidos que menos atingiram a cota mínima foram o PMDB, o PDT e o PMN. Cada legenda alcançou o percentual de 30% apenas em duas capitais. De acordo com a secretaria, o PCdoB foi partido que mais cumpriu a legislação nas capitais, superando a cota em 12 delas.
. Conforme o levantamento, todos os estados apresentam baixos índices de participação de mulheres candidatas ao cargo de prefeito. O Amapá aparece em primeiro lugar com 17,14% de candidaturas femininas. Novamente o Acre é o último, com 5,97%. Nas capitais, mesmo aquelas com maior número de candidaturas femininas, é pequena a participação das mulheres, à exceção de Porto Alegre, em que a eleição municipal tem quatro candidatos de cada sexo.
. Leia a matéria na íntegra http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=42670
Em nove capitais, nenhuma mulher concorrerá à prefeitura
. Levantamento da Secretaria Especial de Política para as Mulheres, com base em dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mostrou que em nove capitais (Rio Branco, Manaus, Salvador, Vitória, Goiânia, São Luís, Cuiabá, Porto Velho e Boa Vista) o índice de participação feminina à prefeitura é zero. Ou seja, nenhuma mulher vai disputar a vaga à prefeitura da capital.
. Além disso, o estudo mostrou que nenhum partido cumpriu a cota mínima de 30% de mulheres no total de candidaturas para as câmaras municipais. Das 348.564 candidaturas ao legislativo municipal, 271.696 (77,95%) são homens e 76.868 (22,05%), mulheres. Mato Grosso do Sul apresenta o maior índice de candidatas, com 25,16%. O Acre é o último colocado —19,26%.
. O estudo revelou ainda que nas 26 capitais onde ocorrem eleições municipais (Brasília não tem prefeitura e não terá eleições este ano), os partidos que menos atingiram a cota mínima foram o PMDB, o PDT e o PMN. Cada legenda alcançou o percentual de 30% apenas em duas capitais. De acordo com a secretaria, o PCdoB foi partido que mais cumpriu a legislação nas capitais, superando a cota em 12 delas.
. Conforme o levantamento, todos os estados apresentam baixos índices de participação de mulheres candidatas ao cargo de prefeito. O Amapá aparece em primeiro lugar com 17,14% de candidaturas femininas. Novamente o Acre é o último, com 5,97%. Nas capitais, mesmo aquelas com maior número de candidaturas femininas, é pequena a participação das mulheres, à exceção de Porto Alegre, em que a eleição municipal tem quatro candidatos de cada sexo.
. Leia a matéria na íntegra http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=42670