. Quem influencia a quem na busca do discurso de campanha – Serra ou Jarbas? Nenhum. Apenas “batem cabeça”, como se diz no futebol. O vazio de propostas é o nó que têm dificuldade de desatar.
. Salvo se assumirem sinceramente o ideário neoliberal com o qual estiveram comprometidos na “Era FHC”.
. O confronto Dilma X Serra e Eduardo X Jarbas é esse, não há como fugir.
A construção coletiva das idéias é uma das mais fascinantes experiências humanas. Pressupõe um diálogo sincero, permanente, em cima dos fatos. Neste espaço, diariamente, compartilhamos com você nossa compreensão sobre as coisas da luta e da vida. Participe. Opine. [Artigos assinados expressam a opinião dos seus autores].
31 maio 2010
Meu artigo semanal no site da Revista Algomais
O impiedoso mercado de medicamentos
Luciano Siqueira
Os dados são de pesquisa realizada pelo Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp), mas certamente refletem a realidade de todo o país. “Quase metade dos médicos receita o que a fábrica indica. Quatro em cada cinco médicos recebem visita de fabricantes; desses, 48% indicam remédios sugeridos pela indústria”- assinala a manchete e o lead de extensa reportagem publicada pela Folha de S. Paulo sobre o assunto.
Adiante se registra a conclusão do Cremesp de que existe uma "relação contaminada com a indústria farmacêutica e de equipamentos, que ultrapassa os limites éticos".
Aqui não se trata de satanizar os colegas médicos (o autor dessas linhas é um deles, temporariamente afastado das atividades profissionais). Trata-se de sublinhar os malefícios oriundos de toda uma engrenagem da atenção à saúde predominante no país, que hoje rebaixa sensivelmente a qualidade dos atos médicos. No setor público, via de regra pela precariedade das condições de trabalho; no setor privado, que vive à mercê de convênios com os chamados planos de saúde ou de verbas sempre insuficientes provenientes do SUS, pela pressão diária em favor da produtividade.
Clínicas e outros serviços são montados a custa de pesados investimentos, que exigem retorno. É a “medicina argentária” a que se referia o professor Adônis Carvalho em seu discurso de paraninfo da turma de 1972 da Universidade Federal de Pernambuco, com a qual não pude colar grau por ter sido cassado em meus direitos estudantis pelo regime militar.
O profissional médico termina sendo vítima dessa engrenagem. Sobretudo da indústria farmacêutica e de equipamentos. A cada dia novos medicamentos são criados, assim como sofisticados artefatos destinados ao diagnóstico ou à terapia. É preciso estar atualizado, reza o senso comum. Tanto que o assédio começa ainda durante o curso de graduação, segundo assinala a pesquisa do Cremesp. Nada menos que 74% dos médicos declararam ter presenciado ou recebido benefícios durante os seis anos de curso.
Felizmente não são poucos os médicos que rompem com esse círculo vicioso, apostando na relação mais humana com o paciente, tratando cada caso em sua individualidade e lançando mão de procedimentos terapêuticos mais simples e por isso mesmo mais eficazes.
O fato é que os resultados da pesquisa do Cremesp se constituem em grave problema de saúde pública, típico do desenvolvimento capitalista. Karl Marx tinha razão ao afirmar que o capitalismo a tudo transforma em mercadoria – inclusive, no caso, os agravos à saúde das pessoas.
É preciso superar os padrões atuais de funcionamento da sociedade brasileira para que se retomem os fundamentos éticos e humanitários da atenção à saúde.
Luciano Siqueira
Os dados são de pesquisa realizada pelo Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp), mas certamente refletem a realidade de todo o país. “Quase metade dos médicos receita o que a fábrica indica. Quatro em cada cinco médicos recebem visita de fabricantes; desses, 48% indicam remédios sugeridos pela indústria”- assinala a manchete e o lead de extensa reportagem publicada pela Folha de S. Paulo sobre o assunto.
Adiante se registra a conclusão do Cremesp de que existe uma "relação contaminada com a indústria farmacêutica e de equipamentos, que ultrapassa os limites éticos".
Aqui não se trata de satanizar os colegas médicos (o autor dessas linhas é um deles, temporariamente afastado das atividades profissionais). Trata-se de sublinhar os malefícios oriundos de toda uma engrenagem da atenção à saúde predominante no país, que hoje rebaixa sensivelmente a qualidade dos atos médicos. No setor público, via de regra pela precariedade das condições de trabalho; no setor privado, que vive à mercê de convênios com os chamados planos de saúde ou de verbas sempre insuficientes provenientes do SUS, pela pressão diária em favor da produtividade.
Clínicas e outros serviços são montados a custa de pesados investimentos, que exigem retorno. É a “medicina argentária” a que se referia o professor Adônis Carvalho em seu discurso de paraninfo da turma de 1972 da Universidade Federal de Pernambuco, com a qual não pude colar grau por ter sido cassado em meus direitos estudantis pelo regime militar.
O profissional médico termina sendo vítima dessa engrenagem. Sobretudo da indústria farmacêutica e de equipamentos. A cada dia novos medicamentos são criados, assim como sofisticados artefatos destinados ao diagnóstico ou à terapia. É preciso estar atualizado, reza o senso comum. Tanto que o assédio começa ainda durante o curso de graduação, segundo assinala a pesquisa do Cremesp. Nada menos que 74% dos médicos declararam ter presenciado ou recebido benefícios durante os seis anos de curso.
Felizmente não são poucos os médicos que rompem com esse círculo vicioso, apostando na relação mais humana com o paciente, tratando cada caso em sua individualidade e lançando mão de procedimentos terapêuticos mais simples e por isso mesmo mais eficazes.
O fato é que os resultados da pesquisa do Cremesp se constituem em grave problema de saúde pública, típico do desenvolvimento capitalista. Karl Marx tinha razão ao afirmar que o capitalismo a tudo transforma em mercadoria – inclusive, no caso, os agravos à saúde das pessoas.
É preciso superar os padrões atuais de funcionamento da sociedade brasileira para que se retomem os fundamentos éticos e humanitários da atenção à saúde.
30 maio 2010
Promessa anêmica
. Parece coisa de candidato que já não acredita na vitória.
. Serra assumiu o compromisso de “acumular” os cargos de presidente da República e Superintende da Sudene.
. Não sabe ele que no governo Lula está em um curso uma política nacional de desenvolvimento regional, inspirado em que o presidente determinou a localização da refinaria de petróleo da Petrobras em Suape.
. E impulsionou o desenvolvimento de Pernambuco.
Sinal dos tempos
. De uma matéria na Folha de S. Paulo hoje: “Queda de Serra expõe atritos DEM-PSDB”.
. Mais: “Divergência sobre vice é principal causa de desavença; apenas Aécio é "ponto pacífico'”.
. E sobre o Democratas, na matéria seguinte: “Avariada, sigla perde influência e decresce após escândalo no DF.”
. Mais: “Divergência sobre vice é principal causa de desavença; apenas Aécio é "ponto pacífico'”.
. E sobre o Democratas, na matéria seguinte: “Avariada, sigla perde influência e decresce após escândalo no DF.”
Serra sem saber o que dizer
. Pelo que escreve Ana Lúcia Andrade hoje (Pinga-Fogo) no Jornal do Commercio, angustiada com os desacertos do discurso de Serra, creio que estou certo em meu artigo no Vermelho e no Blog de Jamildo (JC Online): vai predominar, no caso, o ditado popular “pau que nasce torto, morre torto”.
. Está muito difícil encontrar o discurso “da mudança” quando o eleitorado quer a continuidade. É isso.
. Está muito difícil encontrar o discurso “da mudança” quando o eleitorado quer a continuidade. É isso.
Dilemas da candidatura Serra
No Vermelho, por Eduardo Bomfim:
Crise de identidade e ligações perigosas
Nesta quarta-feira passada em um programa de debates na televisão a cabo e, sem nenhum pudor, em campanha para o candidato José Serra, a âncora que comanda o espaço reuniu dois cientistas políticos para avaliar as possíveis alternativas aos tucanos que se debatem em um impasse na estratégia eleitoral, aparentemente insolúvel.
Só que um dos especialistas convidados não era bem um analista do quadro político, mas um candidato a marqueteiro nas hostes do PSDB.
E foi ele mesmo quem sugeriu, clara e abertamente, ao partido do ex-governador paulista assumir a feição ideológica de direita. Mais concretamente deveria identificar-se com a linha adotada pelo reacionário PP de José Maria Aznar da Espanha.
De acordo com o cidadão que nos foi apresentado pela comentarista global, a única saída ao PSDB seria uma carta programática objetivamente antiestado, assumidamente repressiva, definitivamente defensora do neoliberalismo.
Argumenta que os tucanos estão conduzindo a campanha do seu candidato no rumo de uma esquizofrênica crise de identidade porque José Serra apresenta-se ao povo brasileiro como uma espécie de pós Lula, mas no mesmo rumo do governo Lula.
Nesse caso, diz ele, ao povo o mais lógico será mesmo votar na própria candidata do presidente, a Dilma. Ainda no mesmo raciocínio os neoliberais dessa maneira perdem porque não possuem uma tática eleitoral própria e perdem de novo ao abandonar as suas origens ideológicas, programáticas e teóricas.
Assim, seria essa uma das razões da queda acelerada de José Serra e a ascensão fulminante de Dilma Rousseff, o que não deixa de ser verdade. E proclama, nessa batida a candidata de Lula pode ganhar as eleições ainda no primeiro turno.
Caberia ao PSDB invocar “o programa monetarista e ortodoxo radical de Margareth Tatcher na Inglaterra, a linha privatista da administração Reagan nos EUA, a perseguição aos imigrantes proposta pela extrema direita francesa de Jean Marie Le Pen e pelos espanhóis do PP”.
É uma equação complicada ao PSDB porque ou afunda em crise de identidade ou assume as citadas ligações perigosas com a direita mundial. E também não podem combater o projeto de desenvolvimento econômico com inclusão social do governo Lula e sua candidata, Dilma, porque estariam se contrapondo à esmagadora maioria dos brasileiros.
Crise de identidade e ligações perigosas
Nesta quarta-feira passada em um programa de debates na televisão a cabo e, sem nenhum pudor, em campanha para o candidato José Serra, a âncora que comanda o espaço reuniu dois cientistas políticos para avaliar as possíveis alternativas aos tucanos que se debatem em um impasse na estratégia eleitoral, aparentemente insolúvel.
Só que um dos especialistas convidados não era bem um analista do quadro político, mas um candidato a marqueteiro nas hostes do PSDB.
E foi ele mesmo quem sugeriu, clara e abertamente, ao partido do ex-governador paulista assumir a feição ideológica de direita. Mais concretamente deveria identificar-se com a linha adotada pelo reacionário PP de José Maria Aznar da Espanha.
De acordo com o cidadão que nos foi apresentado pela comentarista global, a única saída ao PSDB seria uma carta programática objetivamente antiestado, assumidamente repressiva, definitivamente defensora do neoliberalismo.
Argumenta que os tucanos estão conduzindo a campanha do seu candidato no rumo de uma esquizofrênica crise de identidade porque José Serra apresenta-se ao povo brasileiro como uma espécie de pós Lula, mas no mesmo rumo do governo Lula.
Nesse caso, diz ele, ao povo o mais lógico será mesmo votar na própria candidata do presidente, a Dilma. Ainda no mesmo raciocínio os neoliberais dessa maneira perdem porque não possuem uma tática eleitoral própria e perdem de novo ao abandonar as suas origens ideológicas, programáticas e teóricas.
Assim, seria essa uma das razões da queda acelerada de José Serra e a ascensão fulminante de Dilma Rousseff, o que não deixa de ser verdade. E proclama, nessa batida a candidata de Lula pode ganhar as eleições ainda no primeiro turno.
Caberia ao PSDB invocar “o programa monetarista e ortodoxo radical de Margareth Tatcher na Inglaterra, a linha privatista da administração Reagan nos EUA, a perseguição aos imigrantes proposta pela extrema direita francesa de Jean Marie Le Pen e pelos espanhóis do PP”.
É uma equação complicada ao PSDB porque ou afunda em crise de identidade ou assume as citadas ligações perigosas com a direita mundial. E também não podem combater o projeto de desenvolvimento econômico com inclusão social do governo Lula e sua candidata, Dilma, porque estariam se contrapondo à esmagadora maioria dos brasileiros.
História: 30 de maio de 1778
Morre aos 84 anos, chorado pelo povo, o escritor francês François Arouet, dito Voltaire. Polemista de ironia fina e corrosiva, pôs a nu o regime feudal-absolutista, ajudando a preparar a Revolução de 1789. (Vermelho http://www.vermelho.org.br/).
Minha coluna semanal no portal Vermelho
Há tempo pra tudo, mas nem sempre
Luciano Siqueira
Sempre é tempo – para amar, para retornar aos bancos escolares, para corrigir erros e tudo o que se possa imaginar e viver na vida. Nossa relação com a variável tempo é quase um fetiche.
“O tempo é o senhor da razão”, dizemos todos quando desejamos amadurecer uma idéia ou gestar condições para solucionar determinado problema.
Mas nem sempre as coisas funcionam assim. Na luta política, por exemplo – em especial em disputas eleitorais em torno de cargos majoritários. Há o tempo da formatação de um projeto e o tempo de sua execução. A experiência demonstra que quando se começa errado dificilmente há tempo hábil para corrigir o erro.
Creio que esta é, concretamente, uma ameaça que paira agora sobre a candidatura de José Serra à presidência da República, pelo PSDB. O ex-governador de São Paulo padece de uma dificuldade congênita que é o posicionamento político. Como bem assinalou outro dia Marcos Coimbra, do Instituto Vox Populi, em 2002 Serra se apresentava como continuidade da era FHC quando a maioria da população tendia à mudança. Agora se vê aprisionado na teia oposicionista quando o ambiente é plenamente favorável à continuidade do projeto político-administrativo liderado pelo presidente Lula.
Daí porque o candidato tucano iniciou a pré-campanha praticamente se recusando ao papel de oposicionista, afirmando que daria continuidade a políticas públicas essenciais do atual governo, para as quais estaria melhor preparado como gestor. “Lula está acima do bem e do mal”, chegou a dizer em visita recente ao Recife, para desgosto do candidato a governador que lhe dá palanque aqui, Jarbas Vasconcelos, para quem Lula é a própria encarnação do Satanás.
Serra assim procedia certamente orientado por pesquisas quantitativas e qualitativas e por recomendações de marqueteiros. E sob o estímulo de colunistas políticos que afirmavam, quase em uníssono, que a partir do instante em que a sua candidatura se confirmasse, a tendência natural seria distanciar-se da ex-ministra Dilma nas pesquisas.
Mas aconteceu tudo ao contrário. Pelo menos em três sondagens recentes – Vox Populi, CNT-Sensus e Datafolha – verificou-se empate técnico na corrida presidencial, com ligeira vantagem para a ex-ministra. Com o agravante de que a candidata do PT cresce de modo consistente em todas as camadas sociais e em todas as regiões do País, denotando, assim, uma tendência consistente a um posicionamento da maioria dos eleitores em favor da continuidade.
Como reage Serra? Alterando o conteúdo e o tom do discurso, agora procurando se afirmar como oposicionista – como aconteceu ontem no encontro com os três candidatos à presidência patrocinado pela CNI. Dará certo? Há tempo para essa mudança de rumo?
Não é fácil, pois a tendência à continuidade é fruto de um conjunto de variáveis em relação às quais a candidatura tucana está mal posicionada. Talvez ao invés de “sempre é tempo para mudar”, prevaleça outro adágio popular: “pau que nasce torto, morre torto”. É acompanhar para ver.
Luciano Siqueira
Sempre é tempo – para amar, para retornar aos bancos escolares, para corrigir erros e tudo o que se possa imaginar e viver na vida. Nossa relação com a variável tempo é quase um fetiche.
“O tempo é o senhor da razão”, dizemos todos quando desejamos amadurecer uma idéia ou gestar condições para solucionar determinado problema.
Mas nem sempre as coisas funcionam assim. Na luta política, por exemplo – em especial em disputas eleitorais em torno de cargos majoritários. Há o tempo da formatação de um projeto e o tempo de sua execução. A experiência demonstra que quando se começa errado dificilmente há tempo hábil para corrigir o erro.
Creio que esta é, concretamente, uma ameaça que paira agora sobre a candidatura de José Serra à presidência da República, pelo PSDB. O ex-governador de São Paulo padece de uma dificuldade congênita que é o posicionamento político. Como bem assinalou outro dia Marcos Coimbra, do Instituto Vox Populi, em 2002 Serra se apresentava como continuidade da era FHC quando a maioria da população tendia à mudança. Agora se vê aprisionado na teia oposicionista quando o ambiente é plenamente favorável à continuidade do projeto político-administrativo liderado pelo presidente Lula.
Daí porque o candidato tucano iniciou a pré-campanha praticamente se recusando ao papel de oposicionista, afirmando que daria continuidade a políticas públicas essenciais do atual governo, para as quais estaria melhor preparado como gestor. “Lula está acima do bem e do mal”, chegou a dizer em visita recente ao Recife, para desgosto do candidato a governador que lhe dá palanque aqui, Jarbas Vasconcelos, para quem Lula é a própria encarnação do Satanás.
Serra assim procedia certamente orientado por pesquisas quantitativas e qualitativas e por recomendações de marqueteiros. E sob o estímulo de colunistas políticos que afirmavam, quase em uníssono, que a partir do instante em que a sua candidatura se confirmasse, a tendência natural seria distanciar-se da ex-ministra Dilma nas pesquisas.
Mas aconteceu tudo ao contrário. Pelo menos em três sondagens recentes – Vox Populi, CNT-Sensus e Datafolha – verificou-se empate técnico na corrida presidencial, com ligeira vantagem para a ex-ministra. Com o agravante de que a candidata do PT cresce de modo consistente em todas as camadas sociais e em todas as regiões do País, denotando, assim, uma tendência consistente a um posicionamento da maioria dos eleitores em favor da continuidade.
Como reage Serra? Alterando o conteúdo e o tom do discurso, agora procurando se afirmar como oposicionista – como aconteceu ontem no encontro com os três candidatos à presidência patrocinado pela CNI. Dará certo? Há tempo para essa mudança de rumo?
Não é fácil, pois a tendência à continuidade é fruto de um conjunto de variáveis em relação às quais a candidatura tucana está mal posicionada. Talvez ao invés de “sempre é tempo para mudar”, prevaleça outro adágio popular: “pau que nasce torto, morre torto”. É acompanhar para ver.
29 maio 2010
O cérebro do meu professor de acordeão
Ciência Hoje Online:
Os neurocientistas têm se interessado pelo ouvido absoluto – a capacidade que alguns possuem de identificar tons isolados sem relacioná-los com o resto da melodia. Roberto Lent discute estudos recentes e explica o que o cérebro desses indivíduos tem de diferente.
. Meu professor de acordeão chamava-se Karl Schulz. Era um alemão muito magro, morador de Vila Isabel, que me punha a tocar polcas mazurcas em plena ascensão de Elvis Presley e das guitarras elétricas. Não podia dar certo: eu odiava as aulas de acordeão das manhãs de quinta-feira.
. Mas o professor Schulz tinha uma característica que me impressionava. Começava a aula de olhos fechados, pedindo-me que tocasse brevemente uma única nota do teclado do meu Scandalli. Ouvindo-a, declarava orgulhoso: “lá sustenido”. Resposta correta. Na semana seguinte, o mesmo ritual: “mi bemol”. Correto mais uma vez.
. Eu ficava pasmo, porque precisava de várias notas tocadas em sucessão melódica para identificar o lá sustenido, o mi bemol e qualquer outra (capacidade que, ainda por cima, desaprendi desde então...).
, Leia o texto na íntegra http://migre.me/K2n4
Os neurocientistas têm se interessado pelo ouvido absoluto – a capacidade que alguns possuem de identificar tons isolados sem relacioná-los com o resto da melodia. Roberto Lent discute estudos recentes e explica o que o cérebro desses indivíduos tem de diferente.
. Meu professor de acordeão chamava-se Karl Schulz. Era um alemão muito magro, morador de Vila Isabel, que me punha a tocar polcas mazurcas em plena ascensão de Elvis Presley e das guitarras elétricas. Não podia dar certo: eu odiava as aulas de acordeão das manhãs de quinta-feira.
. Mas o professor Schulz tinha uma característica que me impressionava. Começava a aula de olhos fechados, pedindo-me que tocasse brevemente uma única nota do teclado do meu Scandalli. Ouvindo-a, declarava orgulhoso: “lá sustenido”. Resposta correta. Na semana seguinte, o mesmo ritual: “mi bemol”. Correto mais uma vez.
. Eu ficava pasmo, porque precisava de várias notas tocadas em sucessão melódica para identificar o lá sustenido, o mi bemol e qualquer outra (capacidade que, ainda por cima, desaprendi desde então...).
, Leia o texto na íntegra http://migre.me/K2n4
28 maio 2010
Só pegando no laço...
Aécio diz pela undécima vez que não quer ser o vice de Serra. Por que tanta dificuldade de encontrar um companheiro de chapa?
Governo afirmativo
A intensa agenda de trabalho de Eduardo Campos não é exatamente resposta à oposição. É a confirmação dos êxitos do governo.
Nesta manhã, a homenagem a Heloisa Arcoverde
. Heloisa Arcoverde nasceu em João Pessoa (PB). É mestra em Literatura Brasileira pela Universidade Federal da Paraíba. Sua ligação com o Recife e Pernambuco fez com que em sua dissertação de mestrado optasse pela análise das obras de poetas pernambucanos. Desde então, vem estimulando projetos, realizando estudos e pesquisas referentes à poesia pernambucana contemporânea.
. Há quarenta anos Heloisa Arcoverde dedica sua vida profissional à cidade do Recife como professora de francês, de português, de literatura brasileira. É protagonista junto com outros educadores do movimento em Defesa do Livro e da Leitura como uma política de Estado e de emancipação dos cidadãos pernambucanos. Na PCR, organizou festivais, encontros, concursos literários e publicação de livros.
. Entrega do Título de Cidadã a Heloisa Arcoverde. Hoje, 28 de maio de 2010 – 10h. No Salão Nobre do Teatro de Santa Isabel.
(Foto: Tuca Siqueira).
. Há quarenta anos Heloisa Arcoverde dedica sua vida profissional à cidade do Recife como professora de francês, de português, de literatura brasileira. É protagonista junto com outros educadores do movimento em Defesa do Livro e da Leitura como uma política de Estado e de emancipação dos cidadãos pernambucanos. Na PCR, organizou festivais, encontros, concursos literários e publicação de livros.
. Entrega do Título de Cidadã a Heloisa Arcoverde. Hoje, 28 de maio de 2010 – 10h. No Salão Nobre do Teatro de Santa Isabel.
(Foto: Tuca Siqueira).
25 maio 2010
Bom dia, Waldir Pedrosa Amorim
Te amo
Te amo
e amo os dias
ao teu lado.
Os cacoetes
o odor da pele
e do sabonete.
A cabeça
sobre meu peito
em aninho
evolvendo
o protetor e dono
do teu corpo e sono.
Enleado em tuas pernas
roçando os nossos pés
agarrados
feito carrapato.
Arfantes de prazer
de gozo
do azo animal
franqueador do desejo
e preceptor das fronteiras.
Companhia
reflexão
invenção
coragem
de perdurar as conquistas.
Amo sim,
a mulher, que a mim ama;
possuidora
do caleidoscópio
denunciador
da imperfeição
da sucumbência
da pertinácia
da sabedoria
da comiseração
da dor, alegria e esperança
imensurável
humana.
Razões mais ou menos óbvias
Em política uma palha sequer se move sem razão. Por que ninguém quer ser o segundo senador na chapa de oposição em Pernambuco?
24 maio 2010
Discurso furado
Oposição furta-cor muda de argumento contra Dilma como quem troca de camisa, mas as pesquisas mostram que o povo sabe o que quer.
Aonde chegará Marina?
. Marina na CBN, agora pela manhã, anuncia autocríticas sobre questões importantes que a fazem abraçar teses do PSDB.
. Ela é livre para mudar, sem dúvida, inclusive para fazer coro com a direita nacional e os EUA na crítica ao acordo Brasil-Turquia-Irã. Debate revela quem é quem.
. Ela é livre para mudar, sem dúvida, inclusive para fazer coro com a direita nacional e os EUA na crítica ao acordo Brasil-Turquia-Irã. Debate revela quem é quem.
23 maio 2010
O consistente crescimento de Dilma
No Vermelho:
Datafolha: Dilma cresce 7% e Serra cai 5%
Seguindo a tendência de outras pesquisas, que indicam crescimento da pré-candidata petista Dilma Roussef - de acordo com pesquisa do Instituto Vox Populi do último dia 15, na pesquisa estimulada, Dilma teria 38% das intenções de voto e Serra, 35% -, a pesquisa da Datafolha deste sábado (22/5) mostra os dois candidatos empatados em 37%. A coincidência entre as duas pesquisas é o crescimento das intenções de voto para a ex-ministra petista e a queda de pontos percentuais do pré-candidato tucano.
A pesquisa Datafolha foi realizada na quinta e sexta-feira (20 e 21/5), com 2.660 entrevistados. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. A pré-candidata Marina Silva (PV) segue em terceiro lugar, com 12%. A pesquisa apontou que 5% dos pesquisados votariam em branco, nulo ou em nenhum candidato. Os indecisos somam 9% e a margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Dilma cresce, Serra diminui - A alta de sete pontos percentuais é em relação à pesquisa Datafolha de 15 e 16 de abril - quando Dilma aparecia com 30% das intenções de voto. No mesmo período, Serra perdeu cinco pontos percentuais, já que estava com 42% e Marina manteve a pontuação.
Na pesquisa espontânea, quando os candidatos não são apresentados, Dilma também cresceu. Em dezembro, ela tinha 8%, crescendo para 13% em abril e agora, está isolada em 19% em primeiro lugar. José Serra tem 14%. Na mesma pesquisa, 5% dizem votar em Lula, que não pode ser candidato. Outros 3% afirmam votar no "candidato do Lula", e 1% no "candidato do PT". Por isso, virtualmente Dilma teria 28% na espontânea.
Rejeição é maior para tucano - Em relação ao índice de rejeição, a petista Dilma Rousseff também conseguiu um boa pontuação, o índice caiu de 24% para 20%, a rejeição de Marina Silva, também reduziu de 20% para 14%. Já o tucano José Serra teve alta na rejeição de 24% para 27%.
O único empate técnico que aparece na pesquisa é em relação ao segundo turno. A candidata do PT tem 46% e o candidato do PSDB tem 45%. Na última pesquisa Serra estava dez pontos à frente, com 50%, contra os 40% de Dilma.
Programa de TV - Para o diretor-geral do datafolha, Mauro Paulino, “o principal fato que pode ser apontado como responsável por essa alta da candidata é o programa partidário de TV que o PT apresentou recentemente”. A identificação da pré-candidata com o presidente Lula foi bem explorada pelo programa petista e de fato parece ter surtido efeito.
Outros fatores importantes de serem considerados entre as duas pesquisas são a desistência do PSB em lançar Ciro Gomes à presidência e a definição do governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB) de que não será mesmo candidato a vice na chapa tucana. Segundo a Vox Populi, Minas Gerais foi um dos estados onde cresceu a intenção de votos na pré-candidata do PT.
Entretanto, o que a pesquisa da Datafolha ainda não divulgou foi o seu detalhamento, que deverá ser publicado nos próximos dias, indicando onde Dilma cresceu e o Serra caiu. A pesquisa do Vox Populi, da semana anterior, trazia o crescimento de Dilma entre as mulheres e nas regiões Sul e Sudeste.
Datafolha: Dilma cresce 7% e Serra cai 5%
Seguindo a tendência de outras pesquisas, que indicam crescimento da pré-candidata petista Dilma Roussef - de acordo com pesquisa do Instituto Vox Populi do último dia 15, na pesquisa estimulada, Dilma teria 38% das intenções de voto e Serra, 35% -, a pesquisa da Datafolha deste sábado (22/5) mostra os dois candidatos empatados em 37%. A coincidência entre as duas pesquisas é o crescimento das intenções de voto para a ex-ministra petista e a queda de pontos percentuais do pré-candidato tucano.
A pesquisa Datafolha foi realizada na quinta e sexta-feira (20 e 21/5), com 2.660 entrevistados. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. A pré-candidata Marina Silva (PV) segue em terceiro lugar, com 12%. A pesquisa apontou que 5% dos pesquisados votariam em branco, nulo ou em nenhum candidato. Os indecisos somam 9% e a margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Dilma cresce, Serra diminui - A alta de sete pontos percentuais é em relação à pesquisa Datafolha de 15 e 16 de abril - quando Dilma aparecia com 30% das intenções de voto. No mesmo período, Serra perdeu cinco pontos percentuais, já que estava com 42% e Marina manteve a pontuação.
Na pesquisa espontânea, quando os candidatos não são apresentados, Dilma também cresceu. Em dezembro, ela tinha 8%, crescendo para 13% em abril e agora, está isolada em 19% em primeiro lugar. José Serra tem 14%. Na mesma pesquisa, 5% dizem votar em Lula, que não pode ser candidato. Outros 3% afirmam votar no "candidato do Lula", e 1% no "candidato do PT". Por isso, virtualmente Dilma teria 28% na espontânea.
Rejeição é maior para tucano - Em relação ao índice de rejeição, a petista Dilma Rousseff também conseguiu um boa pontuação, o índice caiu de 24% para 20%, a rejeição de Marina Silva, também reduziu de 20% para 14%. Já o tucano José Serra teve alta na rejeição de 24% para 27%.
O único empate técnico que aparece na pesquisa é em relação ao segundo turno. A candidata do PT tem 46% e o candidato do PSDB tem 45%. Na última pesquisa Serra estava dez pontos à frente, com 50%, contra os 40% de Dilma.
Programa de TV - Para o diretor-geral do datafolha, Mauro Paulino, “o principal fato que pode ser apontado como responsável por essa alta da candidata é o programa partidário de TV que o PT apresentou recentemente”. A identificação da pré-candidata com o presidente Lula foi bem explorada pelo programa petista e de fato parece ter surtido efeito.
Outros fatores importantes de serem considerados entre as duas pesquisas são a desistência do PSB em lançar Ciro Gomes à presidência e a definição do governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB) de que não será mesmo candidato a vice na chapa tucana. Segundo a Vox Populi, Minas Gerais foi um dos estados onde cresceu a intenção de votos na pré-candidata do PT.
Entretanto, o que a pesquisa da Datafolha ainda não divulgou foi o seu detalhamento, que deverá ser publicado nos próximos dias, indicando onde Dilma cresceu e o Serra caiu. A pesquisa do Vox Populi, da semana anterior, trazia o crescimento de Dilma entre as mulheres e nas regiões Sul e Sudeste.
O tempo e a saudade
A sugestão de domingo é de Mário Quintana: "O tempo não pára! Só a saudade é que faz as coisas pararem no tempo...".
Andor de barro
Se um influente deputado precisa dizer publicamente que aliados não fazem corpo mole, algo certamente não vai bem na oposição pernambucana.
22 maio 2010
No posto de comando
Dica de sábado: Não perder a iniciativa jamais, sobretudo quando se tem o controle da situação.
Fuga da realidade
. Em nossa imprensa tem gente que afirma que Dilma “está encostando em Serra” nas pesquisas. Oxente, CNT-Sensus e Vox Populi já não dão empate técnico com ligeira vantagem da ex-ministra?
. Por que não reconhecer o fato real e a partir dele construir a análise – mesmo que inspirada na tomada de partido em favor do tucano?
. Por que não reconhecer o fato real e a partir dele construir a análise – mesmo que inspirada na tomada de partido em favor do tucano?
História: 22 de maio de 1937
Na serra do Araripe, CE, Polícia e Exército, aterrorizados pelo espectro de Canudos, atacam inclusive com bombardeio aéreo os beatos vindos do Caldeirão. (Vermelho http://www.vermelho.org.br/).
Direção nacional do PCdoB reunida
Participo hoje e amanhã, aqui em São Paulo, de reunião plenária do Comitê Central do PCdoB. Eleições de outubro são destaque na pauta.
Verde de plumagem tucana
No Blog da Folha:
Para Siqueira, Marina está cada vez mais tucana
. A presidenciável Marina Silva (PV) tem se colocado com alternativa à polarização entre tucanos e petistas. Militante histórica do PT, a senadora verde não tem se feito de rogada ao reconhecer positivamente algumas ações do governo do PSDB, nem de seu antigo partido. Para o vereador do Recife Luciano Siqueira (PCdoB), entretanto, a postura dela é de aproximação cada vez maior com a cartilha do tucanato.
. “Pouco a pouco Marina vai assumindo ideário do PSDB. A defesa do programa de privatizações de FHC, assim, não surpreende. Segue a trilha de Gabeira. Desse jeito termina descaracterizando sua trajetória militante”, analisa o comunista.
Para Siqueira, Marina está cada vez mais tucana
. A presidenciável Marina Silva (PV) tem se colocado com alternativa à polarização entre tucanos e petistas. Militante histórica do PT, a senadora verde não tem se feito de rogada ao reconhecer positivamente algumas ações do governo do PSDB, nem de seu antigo partido. Para o vereador do Recife Luciano Siqueira (PCdoB), entretanto, a postura dela é de aproximação cada vez maior com a cartilha do tucanato.
. “Pouco a pouco Marina vai assumindo ideário do PSDB. A defesa do programa de privatizações de FHC, assim, não surpreende. Segue a trilha de Gabeira. Desse jeito termina descaracterizando sua trajetória militante”, analisa o comunista.
Encontro com jornalistas chineses
Blog da Folha:
Imprensa chinesa vem ao Recife conhecer relação entre cidades-irmãs
. Entre os dias 22 e 25 deste mês uma comitiva de jornalistas do jornal chinês Guangzhou Daily e de um canal de televisão local estarão no Recife para conhecer um pouco mais sobre a relação entre as duas cidades, que desde 2007 compartem acordo de cooperação técnica. Na oportunidade, os profissionais deverão entrevistar o prefeito João da Costa, o coordenador de Relações Internacionais da Prefeitura, Roberto Trevas, e o vereador Luciano Siqueira, que já esteve no município chinês em decorrência do tratado assinado com a Prefeitura do Recife.
. Outro ponto de interesse dos repórteres chineses que virão ao Recife é a preparação da cidade para a Copa de 2014 e como eventos deste porte podem contribuir para a melhoria da qualidade de vida da população. O futebol local também deverá fazer parte do roteiro dos jornalistas Zhao Jie, Huang Lan, Zhu Yang Chao e Zhou Luo Yi. A comitiva pretende conhecer um pouco do trabalho desenvolvido pelo Santa Cruz Futebol Clube, assim como alguns programas municipais que tenham o esporte como vetor de desenvolvimento social.
. Além do Recife, o diário Guangzhou Daily também está realizando um levantamento do trabalho desenvolvido pelo município em parceria com outras cidades-irmãs espalhadas pelo mundo, como Frankfurt (Alemanha), Arequipa (Peru) e San Francisco (Estados Unidos). Para o coordenador de Relações Internacionais Roberto Trevas, a vinda dos jornalistas contribuirá para a divulgação do trabalho desenvolvido pela PCR e para a atração de novas oportunidades de negócio para o Recife.
. Em setembro, o prefeito João da Costa deverá visitar a China para participar da Expo Xangai 2010. De 15 a 30 daquele mês, o Recife será o centro das atenções no espaço dedicado ao Brasil. Na ocasião, a capital pernambucana divulgará o trabalho de preparação para receber a Copa de 2014, bem como algumas peculiaridades locais como forma de atrair visitantes. O gestor deverá estender sua visita ao município de Guangzhou, acompanhado de secretários municipais e de empresários locais em busca de novos investimentos e acordos de cooperação técnica entre as cidades.
Imprensa chinesa vem ao Recife conhecer relação entre cidades-irmãs
. Entre os dias 22 e 25 deste mês uma comitiva de jornalistas do jornal chinês Guangzhou Daily e de um canal de televisão local estarão no Recife para conhecer um pouco mais sobre a relação entre as duas cidades, que desde 2007 compartem acordo de cooperação técnica. Na oportunidade, os profissionais deverão entrevistar o prefeito João da Costa, o coordenador de Relações Internacionais da Prefeitura, Roberto Trevas, e o vereador Luciano Siqueira, que já esteve no município chinês em decorrência do tratado assinado com a Prefeitura do Recife.
. Outro ponto de interesse dos repórteres chineses que virão ao Recife é a preparação da cidade para a Copa de 2014 e como eventos deste porte podem contribuir para a melhoria da qualidade de vida da população. O futebol local também deverá fazer parte do roteiro dos jornalistas Zhao Jie, Huang Lan, Zhu Yang Chao e Zhou Luo Yi. A comitiva pretende conhecer um pouco do trabalho desenvolvido pelo Santa Cruz Futebol Clube, assim como alguns programas municipais que tenham o esporte como vetor de desenvolvimento social.
. Além do Recife, o diário Guangzhou Daily também está realizando um levantamento do trabalho desenvolvido pelo município em parceria com outras cidades-irmãs espalhadas pelo mundo, como Frankfurt (Alemanha), Arequipa (Peru) e San Francisco (Estados Unidos). Para o coordenador de Relações Internacionais Roberto Trevas, a vinda dos jornalistas contribuirá para a divulgação do trabalho desenvolvido pela PCR e para a atração de novas oportunidades de negócio para o Recife.
. Em setembro, o prefeito João da Costa deverá visitar a China para participar da Expo Xangai 2010. De 15 a 30 daquele mês, o Recife será o centro das atenções no espaço dedicado ao Brasil. Na ocasião, a capital pernambucana divulgará o trabalho de preparação para receber a Copa de 2014, bem como algumas peculiaridades locais como forma de atrair visitantes. O gestor deverá estender sua visita ao município de Guangzhou, acompanhado de secretários municipais e de empresários locais em busca de novos investimentos e acordos de cooperação técnica entre as cidades.
21 maio 2010
Conversa fiada
Voltam as especulações sobre Aécio para a vice de Serra. Com cheio de manobra diversionista enquanto as dificuldades do cabeça de chapa tendem a aumentar.
Marina, para onde vás?
Pouco a pouco Marina vai assumindo ideário do PSDB. A defesa do programa de privatizações de FHC, assim, não surpreende. Segue a trilha de Gabeira. Desse jeito termina descaracterizando sua trajetória militante.
Especialista alerta para aumento do uso de agrotóxicos no país
. A notícia é da Agência Brasil. O uso de agrotóxicos aumentou consideravelmente nos últimos anos no Brasil, em cujas lavouras são usados indiscriminadamente produtos proibidos em outros países. O alerta é da gerente de Normatização e Avaliação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Letícia Silva, que fez palestra ontem (21) na 9ª Jornada de Agroecologia, no município de Francisco Beltrão.
. De acordo com Letícia, só no ano passado, o consumo foi de 790 mil toneladas de ingredientes ativos, avaliados em US$ 6.8 bilhões, de produtos que, formulados, podem ser multiplicados infinitamente. “Isso é muito grave”, afirmou Letícia, adiantando que diversos produtos químicos usados nas lavouras e proibidos em outros países estão passando por reavaliação para verificar a possibilidade de comercialização.
. De acordo com Letícia, só no ano passado, o consumo foi de 790 mil toneladas de ingredientes ativos, avaliados em US$ 6.8 bilhões, de produtos que, formulados, podem ser multiplicados infinitamente. “Isso é muito grave”, afirmou Letícia, adiantando que diversos produtos químicos usados nas lavouras e proibidos em outros países estão passando por reavaliação para verificar a possibilidade de comercialização.
20 maio 2010
Coluna semanal no portal Vermelho
O patético apelo de Grajew
Luciano Siqueira
Dias atrás, manuseando recortes de jornal, encontro em artigo na Folha de S. Paulo, essa pérola de acomodamento ao status quo em matéria de legislação eleitoral e partidária: “As elites empresariais só deveriam financiar e apoiar candidatos com ficha limpa. Elas precisam compatibilizar discurso e prática.”
O autor é Oded Grajew, conhecido empresário, destacado integrante do Movimento Nossa São Paulo e presidente emérito do Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, incluído entre as personalidades de prestígio nacional de pensamento progressista.
Façamos a exegese da frase: “elites empresariais”, você sabe, quer dizer principais detentores do poder econômico; “financiar” significa custear campanhas eleitorais. “Compatibilizar discurso e prática”, no caso, sugere a existência de grandes detentores do capital efetivamente preocupado com a lisura das eleições e na gestão pública.
Tenho cá minhas desconfianças. Mas acredito nas boas intenções de Grajew. No entanto, chama a atenção a sua postura aparentemente acomodada (ou resignada) diante da necessária e sempre postergada reforma política.
Uma reforma política de cunho realmente democrático e moralizador dos processos eleitorais teria que abolir justamente o financiamento privado de campanhas que Grajew toma como mote do seu artigo.
Na realidade, o texto é uma carta dirigida às elites empresariais brasileiras, isto é, às lideranças compostas pelos dirigentes das maiores empresas e das entidades representativas do setor. Onde o autor afirma que apesar do evidente progresso que o Brasil vem experimentando, ainda são negativos “nossos indicadores sociais, a qualidade de nossos políticos e dos serviços e políticas públicas, o funcionamento do nosso sistema judiciário, os índices de degradação ambiental, a violência na sociedade e a corrupção nas relações sociais, econômicas e políticas”.
Assinala ainda que “nossas elites empresariais são muito poderosas. A maioria dos nossos políticos (e na democracia a maioria decide) são simples representantes das empresas que financiam suas campanhas”. Por isso apela justamente a essas “elites empresariais” para financiem os candidatos bem intencionados (sic).
Do arrazoado de Grajew se depreende a absoluta necessidade de incluir o tema da reforma política – o sistema de lista partidárias e o financiamento público de campanhas – no debate eleitoral que se avizinha. Para que não continuemos à mercê do poder econômico nas eleições.
Luciano Siqueira
Dias atrás, manuseando recortes de jornal, encontro em artigo na Folha de S. Paulo, essa pérola de acomodamento ao status quo em matéria de legislação eleitoral e partidária: “As elites empresariais só deveriam financiar e apoiar candidatos com ficha limpa. Elas precisam compatibilizar discurso e prática.”
O autor é Oded Grajew, conhecido empresário, destacado integrante do Movimento Nossa São Paulo e presidente emérito do Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, incluído entre as personalidades de prestígio nacional de pensamento progressista.
Façamos a exegese da frase: “elites empresariais”, você sabe, quer dizer principais detentores do poder econômico; “financiar” significa custear campanhas eleitorais. “Compatibilizar discurso e prática”, no caso, sugere a existência de grandes detentores do capital efetivamente preocupado com a lisura das eleições e na gestão pública.
Tenho cá minhas desconfianças. Mas acredito nas boas intenções de Grajew. No entanto, chama a atenção a sua postura aparentemente acomodada (ou resignada) diante da necessária e sempre postergada reforma política.
Uma reforma política de cunho realmente democrático e moralizador dos processos eleitorais teria que abolir justamente o financiamento privado de campanhas que Grajew toma como mote do seu artigo.
Na realidade, o texto é uma carta dirigida às elites empresariais brasileiras, isto é, às lideranças compostas pelos dirigentes das maiores empresas e das entidades representativas do setor. Onde o autor afirma que apesar do evidente progresso que o Brasil vem experimentando, ainda são negativos “nossos indicadores sociais, a qualidade de nossos políticos e dos serviços e políticas públicas, o funcionamento do nosso sistema judiciário, os índices de degradação ambiental, a violência na sociedade e a corrupção nas relações sociais, econômicas e políticas”.
Assinala ainda que “nossas elites empresariais são muito poderosas. A maioria dos nossos políticos (e na democracia a maioria decide) são simples representantes das empresas que financiam suas campanhas”. Por isso apela justamente a essas “elites empresariais” para financiem os candidatos bem intencionados (sic).
Do arrazoado de Grajew se depreende a absoluta necessidade de incluir o tema da reforma política – o sistema de lista partidárias e o financiamento público de campanhas – no debate eleitoral que se avizinha. Para que não continuemos à mercê do poder econômico nas eleições.
História: 20 de maio de 1998
A marcha da CUT contra o desemprego (15 mil pessoas) chega a Brasília. Choque com 2.500 PMs, 21 feridos. (Vermelho http://www.vermelho.org.br/).
Boa tarde, Carlos Drummond de Andrade
Qualquer
Qualquer tempo é tempo.
A hora mesma da morte é hora de nascer.
bastante para a ciência
de ver, rever.
Tempo, contratempo
anulam-se, mas o sonho
resta, de viver.
Meu artiugo semanal no Blog de Jamildo (Jornal do Commercio Online)
A necessidade de um movimento em defesa do Centro do Recife
Luciano Siqueira
O tema é recorrente porque crônico e de natureza estrutural: a tendência quase que inevitável ao esvaziamento e à degradação da área central mais antiga da cidade. Quase inevitável porque com a evolução da cidade surgem novas centralidades, via de regra tendo como referência centros de compras e de lazer. Demais, com a ascensão do veículo individual como de transporte e a defasagem da oferta de transporte público de qualidade, um conjunto de atividades – como escritórios de advocacia, consultórios médicos, etc. – se transferiram para outros territórios onde há menor dificuldade de acesso e estacionamento.
O fenômeno acontece em cidades medias e grandes praticamente do mundo inteiro. Quando vice-prefeito do Recife, a convite do governo francês, tive oportunidade de conhecer a experiência de revitalização de áreas antigas em Paris e arredores.
Em toda parte é consensual que se deva promover um diálogo harmonioso entre o que há que se preservado – o patrimônio histórico, arquitetônico, cultural e paisagístico – com o novo, sob o vetor de atividades econômicas. Mais: é preciso que se restabeleça a área central da cidade como opção de moradia e não apenas de comércio, serviços e lazer.
Tendo em conta esses conceitos a Comissão de Desenvolvimento Econômico, que presido, promoveu ontem, na Câmara Municipal do Recife, uma audiência pública sobre o tema. À mesa o presidente da Câmara de Diretores Lojistas (CDL), empresário Sílvio Vasconcelos, os secretários municipais de Planejamento e Obras, Amir Schwartz e de Serviços Públicos, Isabel Viana, e o presidente do Instituto da Cidade Pelópidas da Silveira, Milton Botler.
Uma reunião das mais concorridas, público atento e participativo. O debate girou em torno da agenda proposta pela CDL, que combina ações imediatas voltadas para o controle urbano e para a manutenção com intervenções urbanísticas estruturantes. A Prefeitura não compareceu de mãos vazias. Trabalha nos dois sentidos e dispõe de um conjunto de projetos que alterarão qualitativamente a infraestrutura e o funcionamento do centro expandido da cidade.
Mas é preciso fazer muito mais. E o que pode ser feito vai muito além das possibilidades do poder público. Há que envolver, além da CDL – parceira importante da Prefeitura – outras instituições direta ou indiretamente interessadas e a população com um todo. A mobilização da sociedade é fator determinante, conforme se pôde constatar no debate de ontem.
Minha compreensão, compartilhada com o presidente Silvio Vasconcelos e a diretoria da CDL e a anuência solidária dos representantes da Prefeitura presentes à reunião, é de que se deva forjar um movimento amplo, plural, desprovido de qualquer conotação político-partidária e que possa contar com a participação ativa dos órgãos de comunicação, em prol de uma um centro da cidade fisicamente organizado e economicamente próspero, assim como de reivindicação junto às instituições financiadoras para que se viabilizem os projetos de natureza estruturante formatados pela PCR.
O trabalho está apenas começando.
Luciano Siqueira
O tema é recorrente porque crônico e de natureza estrutural: a tendência quase que inevitável ao esvaziamento e à degradação da área central mais antiga da cidade. Quase inevitável porque com a evolução da cidade surgem novas centralidades, via de regra tendo como referência centros de compras e de lazer. Demais, com a ascensão do veículo individual como de transporte e a defasagem da oferta de transporte público de qualidade, um conjunto de atividades – como escritórios de advocacia, consultórios médicos, etc. – se transferiram para outros territórios onde há menor dificuldade de acesso e estacionamento.
O fenômeno acontece em cidades medias e grandes praticamente do mundo inteiro. Quando vice-prefeito do Recife, a convite do governo francês, tive oportunidade de conhecer a experiência de revitalização de áreas antigas em Paris e arredores.
Em toda parte é consensual que se deva promover um diálogo harmonioso entre o que há que se preservado – o patrimônio histórico, arquitetônico, cultural e paisagístico – com o novo, sob o vetor de atividades econômicas. Mais: é preciso que se restabeleça a área central da cidade como opção de moradia e não apenas de comércio, serviços e lazer.
Tendo em conta esses conceitos a Comissão de Desenvolvimento Econômico, que presido, promoveu ontem, na Câmara Municipal do Recife, uma audiência pública sobre o tema. À mesa o presidente da Câmara de Diretores Lojistas (CDL), empresário Sílvio Vasconcelos, os secretários municipais de Planejamento e Obras, Amir Schwartz e de Serviços Públicos, Isabel Viana, e o presidente do Instituto da Cidade Pelópidas da Silveira, Milton Botler.
Uma reunião das mais concorridas, público atento e participativo. O debate girou em torno da agenda proposta pela CDL, que combina ações imediatas voltadas para o controle urbano e para a manutenção com intervenções urbanísticas estruturantes. A Prefeitura não compareceu de mãos vazias. Trabalha nos dois sentidos e dispõe de um conjunto de projetos que alterarão qualitativamente a infraestrutura e o funcionamento do centro expandido da cidade.
Mas é preciso fazer muito mais. E o que pode ser feito vai muito além das possibilidades do poder público. Há que envolver, além da CDL – parceira importante da Prefeitura – outras instituições direta ou indiretamente interessadas e a população com um todo. A mobilização da sociedade é fator determinante, conforme se pôde constatar no debate de ontem.
Minha compreensão, compartilhada com o presidente Silvio Vasconcelos e a diretoria da CDL e a anuência solidária dos representantes da Prefeitura presentes à reunião, é de que se deva forjar um movimento amplo, plural, desprovido de qualquer conotação político-partidária e que possa contar com a participação ativa dos órgãos de comunicação, em prol de uma um centro da cidade fisicamente organizado e economicamente próspero, assim como de reivindicação junto às instituições financiadoras para que se viabilizem os projetos de natureza estruturante formatados pela PCR.
O trabalho está apenas começando.
19 maio 2010
Luciano propõe criação de movimento em defesa do Centro do Recife
No site do mandato http://www.lucianosiqueira.com.br/
. A criação de um movimento mais amplo em defesa do Recife foi proposto nesta terça-feira (18) pelo vereador e presidente da Comissão de Desenvolvimento Econômico, da Câmara Municipal do Recife, Luciano Siqueira (PCdoB/PE), ao encerrar a audiência pública que promoveu no Plenarinho da Casa de José Mariano, para debater a requalificação do Centro expandido do Recife. “É oportuno que se faça um movimento em defesa do centro do Recife, especialmente no momento em que Pernambuco inicia um novo ciclo de desenvolvimento econômico”, afirmou.
. Segundo o parlamentar, a idéia é que se estabeleçam parcerias formais e informais ainda mais amplas e plurais entre o Poder Público municipal, o Parlamento e a sociedade civil visando o encaminhamento de soluções para os problemas do centro da Cidade. “Penso que a solução para as questões do centro passa por três iniciativas: ações integradas, parcerias e conscientização da população”, destacou Luciano, lembrando que a discussão do tema “tem hoje uma importância capital”.
. Além de Luciano Siqueira, participaram da mesa de trabalho o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Sílvio Vasconcelos, os secretários municipais Isabel Viana, de Serviços Públicos, e Amir Schvartz, de Controle e Desenvolvimento Urbano e Obras, e o presidente do Instituto da Cidade do Recife Engenheiro Pelópidas Silveira e Milton Botler, da Prefeitura do Recife.
. PRIORIDADES - Em sua exposição, o presidente da CDL, Sílvio Vasconcelos, fez uma retrospectiva das iniciativas da entidade visando à melhoria das condições do centro da Cidade. Ele lembrou as intervenções realizadas pela Prefeitura do Recife dentro do projeto Reviver o Centro do Recife, que incluiu a revitalização de fachadas e a troca de piso das ruas Duque de Caxias, Nova e Imperatriz.
Sílvio Vasconcelos apresentou ainda as principais reivindicações dos lojistas do Centro, entre elas as consideradas prioritárias pela CDL: ordenamento do comércio informal, segurança pública, iluminação pública, limpeza e coleta de lixo, revitalização da Rua Sete de Setembro e recuperação das calçadas. “A atual situação do Centro traz dificuldades para se vender a cidade. Por isso, conclamo toda a população a dar um passo no sentido de termos um centro do Recife do qual possamos ter orgulho de mostrar ao Brasil”.
. Para o secretário de Controle e Desenvolvimento Urbano da PCR, Amir Schvartz, “o centro do Recife tem recebido um tratamento especial da PCR. Várias parcerias foram formalizadas e outras precisam ser consolidadas”, afirmou, lembrando que “o Recife tem demandas maiores do que os recursos disponíveis e os investimentos na área são discutidos no Orçamento Participativo”.
. Segundo Amir Schvartz, a manutenção das calçadas é de responsabilidade dos proprietários. “O prefeito João da Costa criou Grupo de Trabalho para tratar da questão”, disse. Sobre o comércio informal, o secretário afirmou que é preciso encontrar uma solução que vá além da simples retirada do ambulante, “pois ele voltará ao mesmo local”. Ele acredita que a solução é capacitar esses trabalhadores oferecendo-lhe alternativas de trabalho ou inseri-lo formalmente na atividade comercial. O secretario informou ainda que no mês de julho a PCR concluirá a elaboração do cronograma de ações para o centro da cidade, que inclui solicitações dos lojistas como a revitalização da Praça Machado de Assis e das Ruas Martins Júnior e Sete de Setembro, que terá um trecho transformado em via de pedestres.
. A secretária de Serviços Públicos, Isabel Viana, destacou a realização do Projeto Mutirão para o Centro que vem sendo executado pela PCR desde o dia 10 de abril nos finais de semana. Segundo ela, diversas ruas e logradouros do Recife estão passando por serviços de limpeza de canaletas e galerias e poda de árvores. “Os pontos críticos estão recebendo atenção especial”, garantiu a secretária, para quem é preciso apostar nas parcerias e na conscientização da população para garantir a limpeza da cidade.
. Um investimento de cerca de R$ 140 milhões em ações no centro expandido do Recife até 2014 foi anunciado pelo presidente do Instituto Pelópidas da Silveira, Milton Botler. Entre as ações previstas estão a requalificação urbana do bairro de São José, que inclui a melhoria da acessibilidade, construção do anexo do Mercado de São José e a reestruturação do shopping popular de Santa Rita. Os recursos serão investidos ainda na requalificação das avenidas Guararapes e Dantas Barreto e seus entornos, bem como da Rua Imperial, com a retirada de mais de mil palafitas, e na construção de conjuntos habitacionais, entre eles o Sérgio Loreto, próximo à praça do mesmo nome.
. A criação de um movimento mais amplo em defesa do Recife foi proposto nesta terça-feira (18) pelo vereador e presidente da Comissão de Desenvolvimento Econômico, da Câmara Municipal do Recife, Luciano Siqueira (PCdoB/PE), ao encerrar a audiência pública que promoveu no Plenarinho da Casa de José Mariano, para debater a requalificação do Centro expandido do Recife. “É oportuno que se faça um movimento em defesa do centro do Recife, especialmente no momento em que Pernambuco inicia um novo ciclo de desenvolvimento econômico”, afirmou.
. Segundo o parlamentar, a idéia é que se estabeleçam parcerias formais e informais ainda mais amplas e plurais entre o Poder Público municipal, o Parlamento e a sociedade civil visando o encaminhamento de soluções para os problemas do centro da Cidade. “Penso que a solução para as questões do centro passa por três iniciativas: ações integradas, parcerias e conscientização da população”, destacou Luciano, lembrando que a discussão do tema “tem hoje uma importância capital”.
. Além de Luciano Siqueira, participaram da mesa de trabalho o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Sílvio Vasconcelos, os secretários municipais Isabel Viana, de Serviços Públicos, e Amir Schvartz, de Controle e Desenvolvimento Urbano e Obras, e o presidente do Instituto da Cidade do Recife Engenheiro Pelópidas Silveira e Milton Botler, da Prefeitura do Recife.
. PRIORIDADES - Em sua exposição, o presidente da CDL, Sílvio Vasconcelos, fez uma retrospectiva das iniciativas da entidade visando à melhoria das condições do centro da Cidade. Ele lembrou as intervenções realizadas pela Prefeitura do Recife dentro do projeto Reviver o Centro do Recife, que incluiu a revitalização de fachadas e a troca de piso das ruas Duque de Caxias, Nova e Imperatriz.
Sílvio Vasconcelos apresentou ainda as principais reivindicações dos lojistas do Centro, entre elas as consideradas prioritárias pela CDL: ordenamento do comércio informal, segurança pública, iluminação pública, limpeza e coleta de lixo, revitalização da Rua Sete de Setembro e recuperação das calçadas. “A atual situação do Centro traz dificuldades para se vender a cidade. Por isso, conclamo toda a população a dar um passo no sentido de termos um centro do Recife do qual possamos ter orgulho de mostrar ao Brasil”.
. Para o secretário de Controle e Desenvolvimento Urbano da PCR, Amir Schvartz, “o centro do Recife tem recebido um tratamento especial da PCR. Várias parcerias foram formalizadas e outras precisam ser consolidadas”, afirmou, lembrando que “o Recife tem demandas maiores do que os recursos disponíveis e os investimentos na área são discutidos no Orçamento Participativo”.
. Segundo Amir Schvartz, a manutenção das calçadas é de responsabilidade dos proprietários. “O prefeito João da Costa criou Grupo de Trabalho para tratar da questão”, disse. Sobre o comércio informal, o secretário afirmou que é preciso encontrar uma solução que vá além da simples retirada do ambulante, “pois ele voltará ao mesmo local”. Ele acredita que a solução é capacitar esses trabalhadores oferecendo-lhe alternativas de trabalho ou inseri-lo formalmente na atividade comercial. O secretario informou ainda que no mês de julho a PCR concluirá a elaboração do cronograma de ações para o centro da cidade, que inclui solicitações dos lojistas como a revitalização da Praça Machado de Assis e das Ruas Martins Júnior e Sete de Setembro, que terá um trecho transformado em via de pedestres.
. A secretária de Serviços Públicos, Isabel Viana, destacou a realização do Projeto Mutirão para o Centro que vem sendo executado pela PCR desde o dia 10 de abril nos finais de semana. Segundo ela, diversas ruas e logradouros do Recife estão passando por serviços de limpeza de canaletas e galerias e poda de árvores. “Os pontos críticos estão recebendo atenção especial”, garantiu a secretária, para quem é preciso apostar nas parcerias e na conscientização da população para garantir a limpeza da cidade.
. Um investimento de cerca de R$ 140 milhões em ações no centro expandido do Recife até 2014 foi anunciado pelo presidente do Instituto Pelópidas da Silveira, Milton Botler. Entre as ações previstas estão a requalificação urbana do bairro de São José, que inclui a melhoria da acessibilidade, construção do anexo do Mercado de São José e a reestruturação do shopping popular de Santa Rita. Os recursos serão investidos ainda na requalificação das avenidas Guararapes e Dantas Barreto e seus entornos, bem como da Rua Imperial, com a retirada de mais de mil palafitas, e na construção de conjuntos habitacionais, entre eles o Sérgio Loreto, próximo à praça do mesmo nome.
18 maio 2010
Hoje, 9h, audiência pública sobre o Centro do Recife
. Hoje, 9h, Audiência Pública sobre os desafios da revitalização do centro do Recife. Iniciativa do nosso mandato através da Comissão de Desenvolvimento Econômico, que eu presido.
. À mesa, Sílvio Vasconcelos da Câmara de Diretores Lojistas e, pela Prefeitura do Recife, os secretários Amir Schwartz, Isabel Viana e Milton Botler. No Plenarinho da Câmara, aberto ao público.
. A busca de solução para um problema estratégico para a vida na cidade. Minha idéia é que se crie um movimento amplo e plural em defesa do centro expandido da cidade.
. À mesa, Sílvio Vasconcelos da Câmara de Diretores Lojistas e, pela Prefeitura do Recife, os secretários Amir Schwartz, Isabel Viana e Milton Botler. No Plenarinho da Câmara, aberto ao público.
. A busca de solução para um problema estratégico para a vida na cidade. Minha idéia é que se crie um movimento amplo e plural em defesa do centro expandido da cidade.
Por que Serra agora perde nas pesquisas
No Vermelho, por Bernardo Joffily:
Os números dos institutos Vox Populi (divulgados na noite de sábado, 13) e Sensus (desta segunda-feira, 17), deram pela primeira vez a candidata de Lula, Dilma Rousseff, à frente do oposicionista José Serra – embora dentro da margem de erro. No QG da comunicação de Dilma, há hoje um contido entusiasmo, mas não é com a virada nas pesquisas. É com o discurso defensivo de Serra.
Pesquisas vêm e vão. As últimas trazem como novidade a pontuação de Dilma superior à de Serra (35,7% contra 33,2% no Sensus, 38% a 35% no Vox Populi). Foi uma mudança esperada, pois desde o ano passado a trajetória da ex-ministra da Casa Civil é ascendente. Se houve surpresa foi a ultrapassagem acontecer em maio, quando era esperada para o início oficial da campanha, em julho.
Até o insuspeito jornalista Ricardo Noblat pôs no ar, em seu bem visitado blog no site da Globo, uma enquete perguntando "quando Dilma ultrapassará Serra nas pesquisas". As opções eram "até meados de junho (7.04% das respostas)"; "depois do fim da Copa do Mundo (2.90%)"; "quando Lula começar a pedir votos para ela na TV a partir de agosto (12.27%); "não ultrapassará Serra (76.63%)"; e "não sei (1.17%)". Tanto as respostas como as alternativas escolhidas apostaram em um ritmo mais lento.
"Serrinha Paz e Amor" - Porém é outro fator que entusiasma os comunicadores de Dilma. O entusiasmo, só percebido nas entrelinhas, por temor do salto alto, vem da percepção de que o presidenciável do PSDB-DEM-PPS, José Serra, está metendo os pés pelas mãos, sem encontrar um discurso que lhe permita ser o candidato da mudança em uma disputa onde o eleitor quer a continuidade. Os números ds pesquisas, nessa interpretação, são apenas uma consequência.
Desde o discurso em que oficializou sua pré-candidatura, em 10 de abril, Serra escolheu um caminho esquisito. Só tem elogios para o atual governo e o presidente Lula, que considera "acima do bem e do mal" e "um fenômeno".
O discurso soa falso - No QG de Dilma, que acompanha a disputa com pesquisas qualitativas, acredita-se que essa linha vai dar errado. Onde já se viu um candidato da oposição que só fala bem do governo?
O discurso soa falso. Não combina com a trajetória do PSDB-DEM-PPS nestes quase oito anos. Colide também com o histórico do próprio Serra, que enfrentou Lula em 2002 sob a bandeira do medo (simbolizada pelo "Eu tenho medo" da atriz Regina Duarte no programa eleitoral do tucano). O comando do marketing de Dilma avalia que a insinceridade não resistirá a uns poucos depoimentos de Lula no horário eleitoral de TV.
A falsidade dessa premissa desmonta a segunda parte do discurso de Serra, sobre seu suposto maior preparo e competência. Haveria muito a questionar sobre esses predicados autoatribuidos, vindos de quem fez um governo em São Paulo marcado pela mediocridade, as enchentes, os desmoronamentos nas obras do Metrô e do Rodoanel. Mas o seu ponto mais fraco é o ponto de partida: tentar apagar a fronteira entre governo e oposição.
Munição pesada para o plano B - É possível que essa linha de conduta da oposição tenha vida curta. Correm boatos de que a mídia dominante, em especial, está acumulando munição pesada, repugnante mesmo, para desovar na fase aguda da campanha eleitoral.
O publicitário que vai pilotar o programa de TV de Dilma, João Santana, conhece de perto essa alternativa. Ela é, com pequenas variantes, a preferida das forças de direita desalojadas dos governos da maior parte da América Latina. Santana a enfrentou pessoalmente, meses atrás, quando atuou na campanha presidencial em El Salvador. As acusações ao seu candidato, Mauricio Funes (da Frente Farabundo Martí) eram de "terrorista" e "amigo de Hugo Chávez" para baixo. Santana revidou com uma versão em ritmo de salsa do Samba de Martinho da Vila, A vida vai melhorar. Os salvadorenhos votaram na vida melhor e Funes foi eleito em 15 de março.
Gaguejando para o eleitor - Seja com o atual discurso do "Serrinha Paz e Amor", quase ex-oposicionista, ou com um plano B baseado na truculência, a sucessão de Lula será uma disputa dura e de resultado em aberto. Em aberto porque as classes dominantes são Serra, apesar de todo o dinheiro que ganharam no governo Lula (uma interessante enquete do jornal Valor junto a grandes empresários e executivos, em abril, deu Serra 78%, Dilma 9% e Marina 6%; clique aqui para ver mais), a mídia dominante é Serra roxa e a estrutura de poder em geral – que nem de longe se limita ao aparelho de governo – favorece a volta por cima dos que sempre mandaram no país.
Visto isto, é Serra que está hoje na defensiva, nem tanto por ter sido suplantado nas duas últimas pesquisas, mas principalmente porque está gaguejando para o eleitor. Em qualquer eleição isso é um grave defeito. Mais ainda em uma como a de 3 de outubro, que se anuncia plebiscitária e bipolarizada.
Os números dos institutos Vox Populi (divulgados na noite de sábado, 13) e Sensus (desta segunda-feira, 17), deram pela primeira vez a candidata de Lula, Dilma Rousseff, à frente do oposicionista José Serra – embora dentro da margem de erro. No QG da comunicação de Dilma, há hoje um contido entusiasmo, mas não é com a virada nas pesquisas. É com o discurso defensivo de Serra.
Pesquisas vêm e vão. As últimas trazem como novidade a pontuação de Dilma superior à de Serra (35,7% contra 33,2% no Sensus, 38% a 35% no Vox Populi). Foi uma mudança esperada, pois desde o ano passado a trajetória da ex-ministra da Casa Civil é ascendente. Se houve surpresa foi a ultrapassagem acontecer em maio, quando era esperada para o início oficial da campanha, em julho.
Até o insuspeito jornalista Ricardo Noblat pôs no ar, em seu bem visitado blog no site da Globo, uma enquete perguntando "quando Dilma ultrapassará Serra nas pesquisas". As opções eram "até meados de junho (7.04% das respostas)"; "depois do fim da Copa do Mundo (2.90%)"; "quando Lula começar a pedir votos para ela na TV a partir de agosto (12.27%); "não ultrapassará Serra (76.63%)"; e "não sei (1.17%)". Tanto as respostas como as alternativas escolhidas apostaram em um ritmo mais lento.
"Serrinha Paz e Amor" - Porém é outro fator que entusiasma os comunicadores de Dilma. O entusiasmo, só percebido nas entrelinhas, por temor do salto alto, vem da percepção de que o presidenciável do PSDB-DEM-PPS, José Serra, está metendo os pés pelas mãos, sem encontrar um discurso que lhe permita ser o candidato da mudança em uma disputa onde o eleitor quer a continuidade. Os números ds pesquisas, nessa interpretação, são apenas uma consequência.
Desde o discurso em que oficializou sua pré-candidatura, em 10 de abril, Serra escolheu um caminho esquisito. Só tem elogios para o atual governo e o presidente Lula, que considera "acima do bem e do mal" e "um fenômeno".
O discurso soa falso - No QG de Dilma, que acompanha a disputa com pesquisas qualitativas, acredita-se que essa linha vai dar errado. Onde já se viu um candidato da oposição que só fala bem do governo?
O discurso soa falso. Não combina com a trajetória do PSDB-DEM-PPS nestes quase oito anos. Colide também com o histórico do próprio Serra, que enfrentou Lula em 2002 sob a bandeira do medo (simbolizada pelo "Eu tenho medo" da atriz Regina Duarte no programa eleitoral do tucano). O comando do marketing de Dilma avalia que a insinceridade não resistirá a uns poucos depoimentos de Lula no horário eleitoral de TV.
A falsidade dessa premissa desmonta a segunda parte do discurso de Serra, sobre seu suposto maior preparo e competência. Haveria muito a questionar sobre esses predicados autoatribuidos, vindos de quem fez um governo em São Paulo marcado pela mediocridade, as enchentes, os desmoronamentos nas obras do Metrô e do Rodoanel. Mas o seu ponto mais fraco é o ponto de partida: tentar apagar a fronteira entre governo e oposição.
Munição pesada para o plano B - É possível que essa linha de conduta da oposição tenha vida curta. Correm boatos de que a mídia dominante, em especial, está acumulando munição pesada, repugnante mesmo, para desovar na fase aguda da campanha eleitoral.
O publicitário que vai pilotar o programa de TV de Dilma, João Santana, conhece de perto essa alternativa. Ela é, com pequenas variantes, a preferida das forças de direita desalojadas dos governos da maior parte da América Latina. Santana a enfrentou pessoalmente, meses atrás, quando atuou na campanha presidencial em El Salvador. As acusações ao seu candidato, Mauricio Funes (da Frente Farabundo Martí) eram de "terrorista" e "amigo de Hugo Chávez" para baixo. Santana revidou com uma versão em ritmo de salsa do Samba de Martinho da Vila, A vida vai melhorar. Os salvadorenhos votaram na vida melhor e Funes foi eleito em 15 de março.
Gaguejando para o eleitor - Seja com o atual discurso do "Serrinha Paz e Amor", quase ex-oposicionista, ou com um plano B baseado na truculência, a sucessão de Lula será uma disputa dura e de resultado em aberto. Em aberto porque as classes dominantes são Serra, apesar de todo o dinheiro que ganharam no governo Lula (uma interessante enquete do jornal Valor junto a grandes empresários e executivos, em abril, deu Serra 78%, Dilma 9% e Marina 6%; clique aqui para ver mais), a mídia dominante é Serra roxa e a estrutura de poder em geral – que nem de longe se limita ao aparelho de governo – favorece a volta por cima dos que sempre mandaram no país.
Visto isto, é Serra que está hoje na defensiva, nem tanto por ter sido suplantado nas duas últimas pesquisas, mas principalmente porque está gaguejando para o eleitor. Em qualquer eleição isso é um grave defeito. Mais ainda em uma como a de 3 de outubro, que se anuncia plebiscitária e bipolarizada.
16 maio 2010
Qual campanha?
Sugestão de domingo: Campanha eleitoral não se resume à busca do voto. É um imenso ato coletivo de amor e confiança na força do povo.
15 maio 2010
Capital parasitário faz seus estragos
No Vermelho, por Eduardo Bomfim:
A economia do terror
As notícias dão conta de que a Europa patina em uma grave crise, e pacotes fiscais neo-ortodoxos são aplicados para estancar a sangria econômica na zona do Euro, vítima do assalto pelo capital especulativo, a única coisa realmente globalizada no planeta.
No Brasil a Federação Brasileira dos Bancos, FEBRABAN, reconhece que o produto interno bruto nacional, o PIB, crescerá por volta de 6,3% este ano, significando que o País terá um extraordinário desenvolvimento econômico em meio a uma profunda crise de caráter mundial.
Um terremoto nas finanças internacional que, como ponta do iceberg, apresentou-se na quebradeira dos grandes bancos de investimentos norte-americanos, abalou as estruturas da economia global, provocando a recessão e agora atinge em cheio a Comunidade Europeia.
E na Europa esses primeiros e fortes sismos acontecem exatamente nas chamadas economias mais frágeis como a Grécia, Portugal, Espanha e dizem os especialistas, também a Itália.
Não faltam também informações abalizadas, e notícias da imprensa, dando conta sobre um violento ataque especulativo contra o Euro em geral e os Países citados em particular.
Quer dizer, o capital financeiro parasitário atua como os predadores que percebem uma presa com algum tipo de dificuldade ou fragilidade e prontamente se lançam sobre a vítima com uma voracidade e sede de sangue ilimitadas, e em pouco tempo o que resta mesmo é a carcaça e a mais pura fedentina.
Mas a grande mídia hegemônica nacional repercute os fatos considerando tal atitude como algo perfeitamente natural e própria da “dinâmica saudável das regras naturais do mercado” e do sistema.
Tanto mais que recentemente divulgou, alegremente, a notícia de que conservadores alemães teriam proposto aos gregos que vendessem uma das suas ilhas, patrimônio da História da civilização grega e ocidental, para saldar a sua dívida.
Já os acordos do FMI e do Banco Central Europeu com a Grécia impõem o chamado choque fiscal neoliberal, massacre dos assalariados, tão conhecidos pelos brasileiros na era FHC.
Quanto ao crescimento nacional essa mídia hegemônica é contra e defende a sua frenagem porque representaria uma economia super aquecida, exigindo, excitada, juros altos, apostando em escalada inflacionária. Trata-se de um condenável ato de terrorismo contra o povo brasileiro.
A economia do terror
As notícias dão conta de que a Europa patina em uma grave crise, e pacotes fiscais neo-ortodoxos são aplicados para estancar a sangria econômica na zona do Euro, vítima do assalto pelo capital especulativo, a única coisa realmente globalizada no planeta.
No Brasil a Federação Brasileira dos Bancos, FEBRABAN, reconhece que o produto interno bruto nacional, o PIB, crescerá por volta de 6,3% este ano, significando que o País terá um extraordinário desenvolvimento econômico em meio a uma profunda crise de caráter mundial.
Um terremoto nas finanças internacional que, como ponta do iceberg, apresentou-se na quebradeira dos grandes bancos de investimentos norte-americanos, abalou as estruturas da economia global, provocando a recessão e agora atinge em cheio a Comunidade Europeia.
E na Europa esses primeiros e fortes sismos acontecem exatamente nas chamadas economias mais frágeis como a Grécia, Portugal, Espanha e dizem os especialistas, também a Itália.
Não faltam também informações abalizadas, e notícias da imprensa, dando conta sobre um violento ataque especulativo contra o Euro em geral e os Países citados em particular.
Quer dizer, o capital financeiro parasitário atua como os predadores que percebem uma presa com algum tipo de dificuldade ou fragilidade e prontamente se lançam sobre a vítima com uma voracidade e sede de sangue ilimitadas, e em pouco tempo o que resta mesmo é a carcaça e a mais pura fedentina.
Mas a grande mídia hegemônica nacional repercute os fatos considerando tal atitude como algo perfeitamente natural e própria da “dinâmica saudável das regras naturais do mercado” e do sistema.
Tanto mais que recentemente divulgou, alegremente, a notícia de que conservadores alemães teriam proposto aos gregos que vendessem uma das suas ilhas, patrimônio da História da civilização grega e ocidental, para saldar a sua dívida.
Já os acordos do FMI e do Banco Central Europeu com a Grécia impõem o chamado choque fiscal neoliberal, massacre dos assalariados, tão conhecidos pelos brasileiros na era FHC.
Quanto ao crescimento nacional essa mídia hegemônica é contra e defende a sua frenagem porque representaria uma economia super aquecida, exigindo, excitada, juros altos, apostando em escalada inflacionária. Trata-se de um condenável ato de terrorismo contra o povo brasileiro.
Lagartos em alerta vermelho
Ciência Hoje Online, por Larissa Rangel:
Estudo internacional aciona alarme para o futuro dos lagartos: se o aquecimento global continuar no ritmo atual, dentro de 70 anos, 20% das espécies estarão extintas.
. As temperaturas cada vez mais altas causadas pelo aquecimento global podem levar à extinção de grande parte das espécies de lagartos por todo o mundo. Essa é a conclusão de um estudo publicado na Science, que foi desenvolvido por 26 pesquisadores de 12 países dos cinco continentes.
. O resultado indica que, com a redução de espécies de lagartos – importantes presas de pássaros e cobras, e os maiores predadores de insetos – apareceriam diversas outras falhas na cadeia alimentar, podendo afetar diretamente a vida do homem.
. Barry Sinervo com uma fêmea grávida ‘Sceloporus grammicus’, que já tem algumas populações extintas no México. Reparem no anel do herpetólogo (foto: Jim MacKenzie/UCSC). A proposta para o estudo surgiu a partir da década de 70, quando Barry Sinervo, professor da Universidade de Califórnia de Santa Cruz, nos Estados Unidos, pesquisava aspectos como a cor e comportamento dos lagartos. Em 2002, o herpetólogo voltou aos locais de análise e observou uma redução no número de espécies.
. Leia a matéria na íntegra http://migre.me/F8Yl
Bom dia, Sophia de Mello Breyner Andresen
Com Fúria e Raiva
Com fúria e raiva acuso o demagogo
E o seu capitalismo das palavras
Pois é preciso saber que a palavra é sagrada
Que de longe muito longe um povo a trouxe
E nela pôs sua alma confiada
De longe muito longe desde o início
O homem soube de si pela palavra
E nomeou a pedra a flor a água
E tudo emergiu porque ele disse
Com fúria e raiva acuso o demagogo
Que se promove à sombra da palavra
E da palavra faz poder e jogo
E transforma as palavras em moeda
Como se fez com o trigo e com a terra
(Enviado por Jacqueline Torres).
Com fúria e raiva acuso o demagogo
E o seu capitalismo das palavras
Pois é preciso saber que a palavra é sagrada
Que de longe muito longe um povo a trouxe
E nela pôs sua alma confiada
De longe muito longe desde o início
O homem soube de si pela palavra
E nomeou a pedra a flor a água
E tudo emergiu porque ele disse
Com fúria e raiva acuso o demagogo
Que se promove à sombra da palavra
E da palavra faz poder e jogo
E transforma as palavras em moeda
Como se fez com o trigo e com a terra
(Enviado por Jacqueline Torres).
Haja pesquisa!
. Informa o Blog da Folha que quatorze pesquisas eleitorais foram registradas no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
. São úteis, mas dizem pouco ainda, antes de iniciada a campanha – quando muitas variáveis ainda não presentes na cena política passarão a atuar. Inclusive o comportamento tático das principais candidaturas.
. São úteis, mas dizem pouco ainda, antes de iniciada a campanha – quando muitas variáveis ainda não presentes na cena política passarão a atuar. Inclusive o comportamento tático das principais candidaturas.
PCdoB debate eleições com quadros dirigentes
. Neste instante (sábado, 10,30 horas) ocorre o Encontro Estadual de Organização do PCdoB. Na pauta a mobilização da militância para a batalha eleitoral através da estrutura partidária.
. Walter Sorrentino (foto), secretário nacional de organização, faz a intervenção de abertura. Assinala o momento histórico que o Brasil atravessa e a situação excepcional de Pernambuco, que vive um novo ciclo de desenvolvimento econômico.
. A conjuntura política estadual revela enormes possibilidades para a ação política do PCdoB.
. O Encontro irá até final da tarde de hoje.
. Walter Sorrentino (foto), secretário nacional de organização, faz a intervenção de abertura. Assinala o momento histórico que o Brasil atravessa e a situação excepcional de Pernambuco, que vive um novo ciclo de desenvolvimento econômico.
. A conjuntura política estadual revela enormes possibilidades para a ação política do PCdoB.
. O Encontro irá até final da tarde de hoje.
Minha opinião na Rádio Folha
Na Folha de Pernambuco, por Beatriz Gálvez:
Aliado de Lula discorda de Serra
. Mesmo sendo aliado do presidente Lula (PT), o vereador recifense Luciano Siqueira (PCdoB) admite que o petista não pode ser considerado “acima de tudo”, como disse o presidenciável do PSDB, José Serra. “Ninguém está acima de tudo. Lula é um grande presidente da República, talvez o maior da nossa história, é uma liderança popular marcante, mas não acima de tudo. O Lula também comete equívocos, comete erros, como seu governo comete equívocos e erros”, lembrou o comunista, durante entrevista à Rádio Folha FM 96,7.
. Siqueira criticou a forma como Serra vem tentando ganhar a simpatia do eleitor nordestino, fazendo elogios ao presidente. Por isso, considera que o senador e candidato a governador Jarbas Vasconcelos (PMDB) está sendo mais honesto, ao dizer que continuará fazendo críticas ao Governo Federal.
. “Se eu fosse aliado do Serra, recomendaria que assim não procedesse, porque o eleitorado não é burro. Acho que Serra tem suas opiniões, tem uma linha política completamente distinta da do presidente Lula, e tem atributos para se dirigir ao eleitorado brasileiro de maneira sincera. Esse caminho que ele está percorrendo tem tudo a ver com pesquisa e opinião de marqueteiro, me parece. Dizer essas coisas que ele tem dito, sinceramente, não colam e não contribuem para sua biografia”, censurou.
. Para o parlamentar, é mais válido fazer uma oposição sincera. “A opinião de Jarbas sobre o Governo Lula é equivocada, no entanto eu aplaudo Jarbas quando ele - mesmo pensando errado, do meu ponto de vista - certamente está convencido que está certo e se expressa com nitidez e com clareza. Eu acho que Jarbas está sendo coerente com o seu pensamento e está sendo verdadeiro perante seu eleitorado, o que não acontece com Serra. Serra tenta enrolar, Jarbas está sendo claro”, reforçou.
Aliado de Lula discorda de Serra
. Mesmo sendo aliado do presidente Lula (PT), o vereador recifense Luciano Siqueira (PCdoB) admite que o petista não pode ser considerado “acima de tudo”, como disse o presidenciável do PSDB, José Serra. “Ninguém está acima de tudo. Lula é um grande presidente da República, talvez o maior da nossa história, é uma liderança popular marcante, mas não acima de tudo. O Lula também comete equívocos, comete erros, como seu governo comete equívocos e erros”, lembrou o comunista, durante entrevista à Rádio Folha FM 96,7.
. Siqueira criticou a forma como Serra vem tentando ganhar a simpatia do eleitor nordestino, fazendo elogios ao presidente. Por isso, considera que o senador e candidato a governador Jarbas Vasconcelos (PMDB) está sendo mais honesto, ao dizer que continuará fazendo críticas ao Governo Federal.
. “Se eu fosse aliado do Serra, recomendaria que assim não procedesse, porque o eleitorado não é burro. Acho que Serra tem suas opiniões, tem uma linha política completamente distinta da do presidente Lula, e tem atributos para se dirigir ao eleitorado brasileiro de maneira sincera. Esse caminho que ele está percorrendo tem tudo a ver com pesquisa e opinião de marqueteiro, me parece. Dizer essas coisas que ele tem dito, sinceramente, não colam e não contribuem para sua biografia”, censurou.
. Para o parlamentar, é mais válido fazer uma oposição sincera. “A opinião de Jarbas sobre o Governo Lula é equivocada, no entanto eu aplaudo Jarbas quando ele - mesmo pensando errado, do meu ponto de vista - certamente está convencido que está certo e se expressa com nitidez e com clareza. Eu acho que Jarbas está sendo coerente com o seu pensamento e está sendo verdadeiro perante seu eleitorado, o que não acontece com Serra. Serra tenta enrolar, Jarbas está sendo claro”, reforçou.
14 maio 2010
Parece mas não é
. Quem muito explica (e não justifica), nada esclarece e muito se complica – como faz Serra, que vive o drama de ser oposição a um governo que o povo aprova.
. Aí experimenta um discurso que está anos luz de distância de suas reais convicções. O eleitorado aceita isso? Creio que não.
. Aí experimenta um discurso que está anos luz de distância de suas reais convicções. O eleitorado aceita isso? Creio que não.
Polarização benéfica
No Blog da Folha:
Siqueira vê polarização entre Jarbas e Eduardo como algo "positivo"
. O vereador recifense Luciano Siqueira (PCdoB) admitiu hoje que apesar da situação amplamente favorável para uma reeleição do governador Eduardo Campos (PSB), vê cenário mais competitivo após anúncio do nome do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) para o pleito. O comunista disse reconhecer a densidade eleitoral do peemedebista, ex-governador de Pernambuco por dois mandatos. "Acho positivo que haja essa polarização entre Jarbas e Eduardo Campos", disse.
. Luciano saiu em defesa dos projetos e obras do presidente Lula no País e criticou Jarbas por ter se aliado e aceitado as "políticas neoliberais" implementadas por Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Vale lembrar, que os opositores também enchem a boca para afirmar que o Governo Lula "fez o dever de casa" com a cartilha econômica deixada pelo antecessor do petista.
Siqueira vê polarização entre Jarbas e Eduardo como algo "positivo"
. O vereador recifense Luciano Siqueira (PCdoB) admitiu hoje que apesar da situação amplamente favorável para uma reeleição do governador Eduardo Campos (PSB), vê cenário mais competitivo após anúncio do nome do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) para o pleito. O comunista disse reconhecer a densidade eleitoral do peemedebista, ex-governador de Pernambuco por dois mandatos. "Acho positivo que haja essa polarização entre Jarbas e Eduardo Campos", disse.
. Luciano saiu em defesa dos projetos e obras do presidente Lula no País e criticou Jarbas por ter se aliado e aceitado as "políticas neoliberais" implementadas por Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Vale lembrar, que os opositores também enchem a boca para afirmar que o Governo Lula "fez o dever de casa" com a cartilha econômica deixada pelo antecessor do petista.
O cerne da disputa
. A disputa presidencial não se resume a comparar currículos de candidatos, como sugerem os que pretendem confundir o eleitorado.
. O essencial é debater programas. Nos dois quesitos Dilma leva vantagem.
. O essencial é debater programas. Nos dois quesitos Dilma leva vantagem.
Arregimentando forças
. Ontem à noite, em Jaboatão, ótima reunião com cerca de 70 quadros e lideranças populares do PCdoB. Na pauta nossa candidatura a deputado estadual.
. Com o vereador Professor Hilton, o secretário municipal de Esportes Iron Mendes, o presidente do PCdoB Tiago Vasconcelos e muita gente combativa.
. Com o vereador Professor Hilton, o secretário municipal de Esportes Iron Mendes, o presidente do PCdoB Tiago Vasconcelos e muita gente combativa.
13 maio 2010
Parcialidade rasteira
Papel aceita tudo. Até o otimismo forçado da “torcida” pró-oposição em nossos jornais. Falta combinar com o povo, gente. E com o bom senso.
Meu artigo semanal no portal Vermelho
Dunga e os preparativos para a campanha eleitoral
Luciano Siqueira
Não podia ser diferente, pois somos um país de cento e setenta milhões de técnicos de futebol. Dunga começa a receber uma saraivada de críticas por não ter convocado para a seleção verde-amarela alguns dos chamados artistas da bola – destacadamente Ronaldinho Gaúcho e os jovens recém-revelados pelo Santos, Neymar e Paulo Henrique Ganso -, optando por manter em sua lista atletas não tão brilhantes, porém reconhecidamente eficientes. Pelo menos na execução do plano tático adotado pelo técnico há aproximadamente três anos, com êxito.
A Dunga há que se tributar coerência – atributo nem sempre presente em muitos que, como ele, tem a responsabilidade de lidar com expectativas, paixões e pressões de toda ordem, reverberadas em tom agressivo (e em certa medida suspeito) pela grande mídia. Desde que assumiu o comando da seleção adotou uma linha de conduta, experimentou variações táticas e, se não me engano, mais de uma centena de atletas. Fez testes válidos relativos a comportamentos em campo e extra-campo. Trabalhou com um conjunto complexo de variáveis. Chegou, enfim, no curso de uma trajetória de bons resultados, a conclusões a que agora pretende ser fiel. A Copa lhe dará razão ou não. Veremos.
E que tem a ver isso com a atual fase pré-eleitoral? Tudo a ver, em termos comparativos. Porque à semelhança da palpitaria em torno da convocação feita por Dunga, cá na esfera política se debate hipotéticas táticas eleitorais com boa dose de emoção e artificialismo e suposta influência dos chamados marqueteiros. Caso de Serra, que postado na oposição ao governo Lula, ensaia um discurso dúbio: ora se diz comprometido com que vem sendo realizado, ora solta o verbo justamente contra elementos essenciais das políticas em vigor – como, por exemplo, quando afirmou ser o Mercosul empecilho ao desenvolvimento do País. Sabe-se que o fortalecimento do Mercosul tem tudo a ver com a integração do subcontinente sul-americano, uma das pedras de toque da atual política externa.
De outra parte, alguns também recomendam mudanças substanciais na imagem pública da ex-ministra Dilma, como se fosse possível divorciar perfil e imagem da candidata sem comprometer a sua capacidade de conquistar a confiança do eleitorado. Um despropósito, sobretudo porque o seu principal trunfo é justamente o programa que defende para o Brasil.
Soluções artificiais ou improvisadas em geral não dão certo. A vitória de Collor foi uma exceção, como a convocação de Pelé aos dezessete anos de idade, na Copa de 1958.
Quem comanda a seleção canarinho tem que ser coerente – e verdadeiro. Tanto quanto quem se oferece como opção para governar o País.
Luciano Siqueira
Não podia ser diferente, pois somos um país de cento e setenta milhões de técnicos de futebol. Dunga começa a receber uma saraivada de críticas por não ter convocado para a seleção verde-amarela alguns dos chamados artistas da bola – destacadamente Ronaldinho Gaúcho e os jovens recém-revelados pelo Santos, Neymar e Paulo Henrique Ganso -, optando por manter em sua lista atletas não tão brilhantes, porém reconhecidamente eficientes. Pelo menos na execução do plano tático adotado pelo técnico há aproximadamente três anos, com êxito.
A Dunga há que se tributar coerência – atributo nem sempre presente em muitos que, como ele, tem a responsabilidade de lidar com expectativas, paixões e pressões de toda ordem, reverberadas em tom agressivo (e em certa medida suspeito) pela grande mídia. Desde que assumiu o comando da seleção adotou uma linha de conduta, experimentou variações táticas e, se não me engano, mais de uma centena de atletas. Fez testes válidos relativos a comportamentos em campo e extra-campo. Trabalhou com um conjunto complexo de variáveis. Chegou, enfim, no curso de uma trajetória de bons resultados, a conclusões a que agora pretende ser fiel. A Copa lhe dará razão ou não. Veremos.
E que tem a ver isso com a atual fase pré-eleitoral? Tudo a ver, em termos comparativos. Porque à semelhança da palpitaria em torno da convocação feita por Dunga, cá na esfera política se debate hipotéticas táticas eleitorais com boa dose de emoção e artificialismo e suposta influência dos chamados marqueteiros. Caso de Serra, que postado na oposição ao governo Lula, ensaia um discurso dúbio: ora se diz comprometido com que vem sendo realizado, ora solta o verbo justamente contra elementos essenciais das políticas em vigor – como, por exemplo, quando afirmou ser o Mercosul empecilho ao desenvolvimento do País. Sabe-se que o fortalecimento do Mercosul tem tudo a ver com a integração do subcontinente sul-americano, uma das pedras de toque da atual política externa.
De outra parte, alguns também recomendam mudanças substanciais na imagem pública da ex-ministra Dilma, como se fosse possível divorciar perfil e imagem da candidata sem comprometer a sua capacidade de conquistar a confiança do eleitorado. Um despropósito, sobretudo porque o seu principal trunfo é justamente o programa que defende para o Brasil.
Soluções artificiais ou improvisadas em geral não dão certo. A vitória de Collor foi uma exceção, como a convocação de Pelé aos dezessete anos de idade, na Copa de 1958.
Quem comanda a seleção canarinho tem que ser coerente – e verdadeiro. Tanto quanto quem se oferece como opção para governar o País.
Área explorada pela ANP no pré-sal tem 4,5 bi barris
. A estimativa é da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP): é de 4,5 bilhões de barris o volume recuperável de petróleo em área que explora no pré-sal da bacia de Santos. É a segunda maior reserva de petróleo do Brasil, atrás apenas do megacampo de Tupi.
. Informa o G1 que supercampo está em área ainda não licitada pelo governo e poderá ser utilizado para a realização da operação de capitalização da Petrobras, em que a União cederia à estatal o direito às reservas em troca indireta por ações da companhia.
. Informa o G1 que supercampo está em área ainda não licitada pelo governo e poderá ser utilizado para a realização da operação de capitalização da Petrobras, em que a União cederia à estatal o direito às reservas em troca indireta por ações da companhia.
Lula envia ao Congresso projeto de lei que cria Comissão da Verdade
. Lula enviou ontem ao Congresso Nacional, o projeto de lei que regulamenta a Comissão Nacional da Verdade, cuja criação faz parte do 3º Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH 3).
. A Comissão Nacional da Verdade terá a missão de apurar as graves violações de direitos humanos praticadas durante o regime militar (1964/1985), com o objetivo de efetivar o direito à memória e à verdade histórica e promover a reconciliação nacional.
. Num prazo de dois anos os sete membros da Comissão deverão apresentar relatório contendo conclusões e recomendações.
. Além de poder requisitar informações, dados e documentos de órgãos e entidades do Poder Público, mesmo os classificados em qualquer grau de sigilo, a Comissão poderá convocar, para entrevistas ou para prestar testemunho, pessoas que tenham qualquer relação com os fatos e circunstâncias examinados. E também determinar a realização de perícias e diligências para coleta ou recuperação de informações, documentos e dados, bem como promover audiências públicas.
. A Comissão Nacional da Verdade terá a missão de apurar as graves violações de direitos humanos praticadas durante o regime militar (1964/1985), com o objetivo de efetivar o direito à memória e à verdade histórica e promover a reconciliação nacional.
. Num prazo de dois anos os sete membros da Comissão deverão apresentar relatório contendo conclusões e recomendações.
. Além de poder requisitar informações, dados e documentos de órgãos e entidades do Poder Público, mesmo os classificados em qualquer grau de sigilo, a Comissão poderá convocar, para entrevistas ou para prestar testemunho, pessoas que tenham qualquer relação com os fatos e circunstâncias examinados. E também determinar a realização de perícias e diligências para coleta ou recuperação de informações, documentos e dados, bem como promover audiências públicas.
12 maio 2010
Meu artigo semanal no Blog de Jamildo (Jornal do Commercio Online)
Um segmento do eleitorado que pode ser decisivo
Luciano Siqueira
Do ponto de vista científico, uma classificação que carece de consistência; serve, sim, entretanto, para fins mercadológicos e, em boa medida, político-eleitorais. Refiro-me à segmentação da população em “classes” A, B, C, D e E, fundada no cruzamento de níveis de renda e de escolaridade.
Classe social é um conceito que ao longo do tempo tem merecido muito estudo e igual dose de polêmica, sob prisma marxista e também de outras correntes de pensamento. Com as mudanças contemporâneas no mundo do trabalho é tema que enseja inclusive considerações de ordem teórica e política no que diz respeito ao perfil atual do proletariado e ao alcance de sua influência na vanguarda do movimento transformador.
Sem ir muito longe, cabe observar atentamente as transformações no perfil das classes sociais em Pernambuco, no bojo do ciclo atual de crescimento econômico e de mutações em sua base produtiva. O que acontece em Suape e se espraia por boa parte do nosso território implica numa variável nova de importantes repercussões para a luta social em médio e longo prazo – o surgimento de uma camada de trabalhadores assalariados empregada em setores industriais e de serviços modernos, capacitados tecnicamente e com grau de escolaridade elevado (para os nossos padrões tradicionais).
Mas voltemos ao padrão de análise baseado na segmentação de “classes” de A e E. Agora para especular sobre o provável comportamento do eleitorado nas eleições gerais de outubro e o peso específico da chamada “classe” C.
Indicam pesquisas quantitativas e qualitativas que esse segmento – que corresponde a aproximadamente 49% dos eleitores – tem uma influência marcante sobre o comportamento dos segmentos D e E. Mesmo que não tenha presença efetiva na campanha eleitoral nos moldes convencionais. Trata-se do cidadão ou cidadã que detém emprego fixo ou desfruta de pequenos e médios empreendimentos e possui renda que lhe possibilita razoável conforto familiar. Comporta-se via de regra com cautela: deseja melhorar de vida, mas teme bruscas mudanças de rumo na economia e no ambiente político.
Esse segmento teve papel destacado na formação do ambiente eleitoral favorável à primeira eleição de Lula, em 2002, e também na reeleição do presidente em 2006. No ocaso dos dois governos consecutivos de Fernando Henrique Cardoso e da exaustão das políticas neoliberais, em 2002, a “classe” C, duramente atingida, objetivamente necessitava a mudança. Em 2006, beneficiada pela alteração de rumos do País, quis a continuidade, receando um retorno à situação anterior.
Aí residiria o drama da candidatura de José Serra. Em 2002, quando enfrentou Lula e perdeu, o tucano simbolizava a continuidade – e a maioria do eleitorado queria mudar. Agora, por mais que tente fugir disso, representa a mudança – e a maioria do eleitorado (sentindo-se beneficiada pelas ações do governo atual) quer a continuidade. Sentimento cristalizado justamente no segmento C, com enorme potencial de influência sobre os segmentos D e E. A conferir.
Luciano Siqueira
Do ponto de vista científico, uma classificação que carece de consistência; serve, sim, entretanto, para fins mercadológicos e, em boa medida, político-eleitorais. Refiro-me à segmentação da população em “classes” A, B, C, D e E, fundada no cruzamento de níveis de renda e de escolaridade.
Classe social é um conceito que ao longo do tempo tem merecido muito estudo e igual dose de polêmica, sob prisma marxista e também de outras correntes de pensamento. Com as mudanças contemporâneas no mundo do trabalho é tema que enseja inclusive considerações de ordem teórica e política no que diz respeito ao perfil atual do proletariado e ao alcance de sua influência na vanguarda do movimento transformador.
Sem ir muito longe, cabe observar atentamente as transformações no perfil das classes sociais em Pernambuco, no bojo do ciclo atual de crescimento econômico e de mutações em sua base produtiva. O que acontece em Suape e se espraia por boa parte do nosso território implica numa variável nova de importantes repercussões para a luta social em médio e longo prazo – o surgimento de uma camada de trabalhadores assalariados empregada em setores industriais e de serviços modernos, capacitados tecnicamente e com grau de escolaridade elevado (para os nossos padrões tradicionais).
Mas voltemos ao padrão de análise baseado na segmentação de “classes” de A e E. Agora para especular sobre o provável comportamento do eleitorado nas eleições gerais de outubro e o peso específico da chamada “classe” C.
Indicam pesquisas quantitativas e qualitativas que esse segmento – que corresponde a aproximadamente 49% dos eleitores – tem uma influência marcante sobre o comportamento dos segmentos D e E. Mesmo que não tenha presença efetiva na campanha eleitoral nos moldes convencionais. Trata-se do cidadão ou cidadã que detém emprego fixo ou desfruta de pequenos e médios empreendimentos e possui renda que lhe possibilita razoável conforto familiar. Comporta-se via de regra com cautela: deseja melhorar de vida, mas teme bruscas mudanças de rumo na economia e no ambiente político.
Esse segmento teve papel destacado na formação do ambiente eleitoral favorável à primeira eleição de Lula, em 2002, e também na reeleição do presidente em 2006. No ocaso dos dois governos consecutivos de Fernando Henrique Cardoso e da exaustão das políticas neoliberais, em 2002, a “classe” C, duramente atingida, objetivamente necessitava a mudança. Em 2006, beneficiada pela alteração de rumos do País, quis a continuidade, receando um retorno à situação anterior.
Aí residiria o drama da candidatura de José Serra. Em 2002, quando enfrentou Lula e perdeu, o tucano simbolizava a continuidade – e a maioria do eleitorado queria mudar. Agora, por mais que tente fugir disso, representa a mudança – e a maioria do eleitorado (sentindo-se beneficiada pelas ações do governo atual) quer a continuidade. Sentimento cristalizado justamente no segmento C, com enorme potencial de influência sobre os segmentos D e E. A conferir.
História: 12 de maio de 1978
Greve de 1.600 operários da Saab-Scania, S. Bernardo, SP, por aumento de 20%, marca o renascimento das lutas operárias pós-64. A onda grevista se estende por toda a década de 80. (Vermelho http://www.vermelho.org.br/).
Crise na Europa não deve afetar plano de capitalização da Petrobras
. A informação é da Agência Brasil, citando declaraçoes do presidente da empresa, José Sergio Gabrielli: Os planos de capitalização da Petrobras não serão atrapalhados pela crise econômica que atinge os países da Europa.
. “Toda crise representa, de um lado, uma fuga de ativos que são menos atraentes para ativos mais atraentes. Como acreditamos que o nosso plano é atraente e adequado, acreditamos que mesmo na crise é possível atrair algum interesse. É claro que isso depende do grau de profundidade, velocidade e circulação do turbilhão, para poder resolver no momento em que formos levar a operação ao mercado”, disse.
. Indagado sobre a declaração do pré-candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, que disse ter dúvidas sobre a necessidade da criação de uma empresa, a Petro-Sal, para explorar o petróleo e gás da camada pré-sal,o presidente da Petrobras disse apenas que este é um assunto que tem que estar na agenda dos candidatos.
. “Ele [Serra] tem o direito de comentar o que quiser. Acho apenas que o sistema de petróleo, o regime de exploração e o marco regulatório brasileiro são temas importantes que todos os candidatos têm que se pronunciar”.
. Gabrielli participou hoje de um evento realizado na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) para apresentar a possíveis fornecedores da indústria petrolífera paulista o Portal de Oportunidades da Cadeia de Suprimentos do Setor de Petróleo e Gás Natural.
. Ele tem o objetivo de aumentar a participação da indústria nacional no fornecimento de bens e serviços em petróleo e gás e ampliar as oportunidades de investimentos no setor. A expectativa é de que, até 2013, os investimentos no setor sejam da ordem de US$ 190 bilhões.
. “Pretendemos comprar a maior quantidade possível de bens e serviços no Brasil. Dos investimentos que serão realizados no país – e isso representa 90% dos investimentos -, queremos, no mínimo, que 65% sejam de fornecimento nacional”, afirmou.
. O portal na internet poderá ser acessado pelo site www.prominp.com.br. No futuro, a ideia é de que ele também disponibilize um banco de currículos de profissionais qualificados pelo Programa de Mobilização da Industria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp).
. “Toda crise representa, de um lado, uma fuga de ativos que são menos atraentes para ativos mais atraentes. Como acreditamos que o nosso plano é atraente e adequado, acreditamos que mesmo na crise é possível atrair algum interesse. É claro que isso depende do grau de profundidade, velocidade e circulação do turbilhão, para poder resolver no momento em que formos levar a operação ao mercado”, disse.
. Indagado sobre a declaração do pré-candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, que disse ter dúvidas sobre a necessidade da criação de uma empresa, a Petro-Sal, para explorar o petróleo e gás da camada pré-sal,o presidente da Petrobras disse apenas que este é um assunto que tem que estar na agenda dos candidatos.
. “Ele [Serra] tem o direito de comentar o que quiser. Acho apenas que o sistema de petróleo, o regime de exploração e o marco regulatório brasileiro são temas importantes que todos os candidatos têm que se pronunciar”.
. Gabrielli participou hoje de um evento realizado na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) para apresentar a possíveis fornecedores da indústria petrolífera paulista o Portal de Oportunidades da Cadeia de Suprimentos do Setor de Petróleo e Gás Natural.
. Ele tem o objetivo de aumentar a participação da indústria nacional no fornecimento de bens e serviços em petróleo e gás e ampliar as oportunidades de investimentos no setor. A expectativa é de que, até 2013, os investimentos no setor sejam da ordem de US$ 190 bilhões.
. “Pretendemos comprar a maior quantidade possível de bens e serviços no Brasil. Dos investimentos que serão realizados no país – e isso representa 90% dos investimentos -, queremos, no mínimo, que 65% sejam de fornecimento nacional”, afirmou.
. O portal na internet poderá ser acessado pelo site www.prominp.com.br. No futuro, a ideia é de que ele também disponibilize um banco de currículos de profissionais qualificados pelo Programa de Mobilização da Industria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp).
João Paulo e Edvaldo Nogueira
. Informa Marisa Gibson no Diário de Pernambuco (coluna Diário Político) que atendendo a convite do prefeito Edvaldo Nogueira (PCdoB), João Paulo (PT) esteve em Aracaju para falar sobre a política de reestruturação do turismo na sua segunda gestão.
. Oportuna troca de experiências. E de incremento da convergência de idéias.
. Oportuna troca de experiências. E de incremento da convergência de idéias.
10 maio 2010
Meu artigo semanal no site da revista Algomais
Teoria e prática em tempo de guerra
Luciano Siqueira
No último sábado, em São Paulo, participei do seminário Pensar Lênin: aspectos contemporâneos de sua teoria, promovido pela Fundação Maurício Grabois. Um debate rico e atual, a partir de intervenções altamente qualificadas.
O professor português José Barata-Moura, ex-reitor da Universidade de Lisboa, abordou o legado filosófico de Lênin. Luis Fernandes, professor de relações internacionais na PUC-RJ e Aloisio Teixeira, economista, reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, trataram dos complexos problemas da economia e da geopolítica mundial. João Quartim de Moraes, professor titular de Filosofia da Unicamp discorreu sobre os impactos das transformações sociopolíticas no século XX e Renato Rabelo, presidente nacional do PCdoB, discutiu a estratégia ao socialismo, ensinamentos e perspectivas.
Por que faço o registro neste espaço semanal que a Algomais me concede? Porque me parece relevante que em plena fase preparatória das eleições gerais de outubro, quase duas centenas de quadros partidários e ativistas de várias partes do país se dediquem a debate teórico de tamanha envergadura. Não é muito comum, infelizmente, no Brasil, se articular teoria e prática como fundamento da atividade política cotidiana – em especial em tempo de guerra eleitoral.
O comum é a dicotomia entre gente dedicada a pensar e gente dedicada a agir. E daí se gerar não raro formulações teóricas excessivamente abstratas, dissociadas da realidade concreta, e, portanto estéreis; e, na outra ponta, um ativismo desmedido que certa vez o revolucionário russo que inspirou o seminário chamou de “praticismo cretino”.
Ora, quando se faz da luta política nas suas diversas dimensões – entre as quais a peleja eleitoral – instrumento de mudanças reais na sociedade, há que se dotar o impulso combativo de um lastro científico e técnico consistente. Sobretudo nos dias que correm, em que no mundo e no País se processam cenários complexos e é necessário ir mais a fundo na consideração dos fatos e fenômenos em curso. E isto não se consegue de afogadilho, nem tampouco a base de um conhecimento meramente superficial ou tomando de empréstimo assertivas advindas da academia, por mais embasadas cientificamente que sejam. Isto é válido não apenas para militantes marxistas, mas igualmente para todos os que, no Brasil, identificam na quadra atual a possibilidade efetiva de um novo projeto nacional de desenvolvimento, que afirme a nacionalidade, amplie a democracia e as conquistas sociais.
Diria também que para os que atuam cá na província, e que observam importantes transformações no perfil da sociedade pernambucana na esteira das mudanças de sua base produtiva a partir dos grande empreendimentos industriais sediados em Suape, ir além da superfície e compreender em profundidade o que se passa impõe-se como necessidade e dever.
Luciano Siqueira
No último sábado, em São Paulo, participei do seminário Pensar Lênin: aspectos contemporâneos de sua teoria, promovido pela Fundação Maurício Grabois. Um debate rico e atual, a partir de intervenções altamente qualificadas.
O professor português José Barata-Moura, ex-reitor da Universidade de Lisboa, abordou o legado filosófico de Lênin. Luis Fernandes, professor de relações internacionais na PUC-RJ e Aloisio Teixeira, economista, reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, trataram dos complexos problemas da economia e da geopolítica mundial. João Quartim de Moraes, professor titular de Filosofia da Unicamp discorreu sobre os impactos das transformações sociopolíticas no século XX e Renato Rabelo, presidente nacional do PCdoB, discutiu a estratégia ao socialismo, ensinamentos e perspectivas.
Por que faço o registro neste espaço semanal que a Algomais me concede? Porque me parece relevante que em plena fase preparatória das eleições gerais de outubro, quase duas centenas de quadros partidários e ativistas de várias partes do país se dediquem a debate teórico de tamanha envergadura. Não é muito comum, infelizmente, no Brasil, se articular teoria e prática como fundamento da atividade política cotidiana – em especial em tempo de guerra eleitoral.
O comum é a dicotomia entre gente dedicada a pensar e gente dedicada a agir. E daí se gerar não raro formulações teóricas excessivamente abstratas, dissociadas da realidade concreta, e, portanto estéreis; e, na outra ponta, um ativismo desmedido que certa vez o revolucionário russo que inspirou o seminário chamou de “praticismo cretino”.
Ora, quando se faz da luta política nas suas diversas dimensões – entre as quais a peleja eleitoral – instrumento de mudanças reais na sociedade, há que se dotar o impulso combativo de um lastro científico e técnico consistente. Sobretudo nos dias que correm, em que no mundo e no País se processam cenários complexos e é necessário ir mais a fundo na consideração dos fatos e fenômenos em curso. E isto não se consegue de afogadilho, nem tampouco a base de um conhecimento meramente superficial ou tomando de empréstimo assertivas advindas da academia, por mais embasadas cientificamente que sejam. Isto é válido não apenas para militantes marxistas, mas igualmente para todos os que, no Brasil, identificam na quadra atual a possibilidade efetiva de um novo projeto nacional de desenvolvimento, que afirme a nacionalidade, amplie a democracia e as conquistas sociais.
Diria também que para os que atuam cá na província, e que observam importantes transformações no perfil da sociedade pernambucana na esteira das mudanças de sua base produtiva a partir dos grande empreendimentos industriais sediados em Suape, ir além da superfície e compreender em profundidade o que se passa impõe-se como necessidade e dever.
09 maio 2010
Bom dia, Mário Quintana
Bilhete
Se tu me amas, ama-me baixinho
Não o grites de cima dos telhados
Deixa em paz os passarinhos
Deixa em paz a mim!
Se me queres,
enfim,
tem de ser bem devagarzinho, Amada,
que a vida é breve, e o amor mais breve ainda...
Se tu me amas, ama-me baixinho
Não o grites de cima dos telhados
Deixa em paz os passarinhos
Deixa em paz a mim!
Se me queres,
enfim,
tem de ser bem devagarzinho, Amada,
que a vida é breve, e o amor mais breve ainda...
História: 9 de maio de 1984
A Câmara aprova nova redação do Código Civil que prevê a igualdade de gênero e que tramitava há 9 anos. Começa a luta pela aplicação do código. (Vermelho http://www.vermelho.org.br/).
08 maio 2010
O fio condutor nas eleições de outubro
No Vermelho, por e Eduardo Bomfim:
O nacional e o regional
Na disputa eleitoral deste ano dois fatores decisivos estarão em destaque e no centro de todas as discussões, debates e programas defendidos pelas agremiações ou coalizões partidárias, a centralidade da questão nacional e as urgências dos projetos regionais.
São os dois eixos imprescindíveis, nesta atual eleição, à jornada de exercício da construção permanente da soberania social, ao cidadão e à cidadã do Brasil. Mas essa autonomia é determinada pelo elemento decisivo que é exatamente o rumo do País.
Ou seja, a centralidade da questão nacional ordena e subordina o aspecto regional. Dessa maneira, o presente e o futuro de Alagoas, por exemplo, não serão traçados à revelia dos caminhos a serem escolhidos através do voto democrático, em relação ao futuro próximo do Brasil.
E é exatamente isso que, neste momento, nos faz, a todos, um só povo, o povo brasileiro, condutor do destino nacional. O que se dará pela escolha livre e democrática acerca de qual projeto político, econômico e social vamos todos nós referendar através das urnas em toda a vasta e imensa nação continental brasileira.
Não é por acaso que muito se fala que estamos diante de um confronto eleitoral de conteúdo e caráter plebiscitário.
Porque este é um momento histórico, assim como vários outros em nosso itinerário, em que o povo brasileiro irá escolher entre a continuação de um projeto nacional de desenvolvimento soberano e de inclusão social, aperfeiçoando-o em suas deficiências, ou regrediremos aos dogmas neoliberais de feição antidemocrática, antinacional e antipopular.
Os resultados das próximas eleições deverão influenciar rigorosamente, inevitavelmente, tanto o futuro de Alagoas quanto o dos demais Estados da federação, sem nenhuma exceção.
A correlação de forças que surgirá das urnas em outubro próximo será determinante ao futuro do País e da terra dos marechais.
E é exatamente por isso que defendemos a união de todos os brasileiros patriotas, democratas e desenvolvimentistas, em torno da continuidade desse projeto nacional sob a atual liderança do presidente Lula.
Em jogo estará, além da estratégica presidência da República, a renovação do Senado e da Câmara dos deputados, além dos governadores e Assembléias Legislativas.
Enfim, vamos participar e decidir o futuro em meio a uma intensa luta de ideias, em um ambiente radicalizado, como poucos, em nossa História.
O nacional e o regional
Na disputa eleitoral deste ano dois fatores decisivos estarão em destaque e no centro de todas as discussões, debates e programas defendidos pelas agremiações ou coalizões partidárias, a centralidade da questão nacional e as urgências dos projetos regionais.
São os dois eixos imprescindíveis, nesta atual eleição, à jornada de exercício da construção permanente da soberania social, ao cidadão e à cidadã do Brasil. Mas essa autonomia é determinada pelo elemento decisivo que é exatamente o rumo do País.
Ou seja, a centralidade da questão nacional ordena e subordina o aspecto regional. Dessa maneira, o presente e o futuro de Alagoas, por exemplo, não serão traçados à revelia dos caminhos a serem escolhidos através do voto democrático, em relação ao futuro próximo do Brasil.
E é exatamente isso que, neste momento, nos faz, a todos, um só povo, o povo brasileiro, condutor do destino nacional. O que se dará pela escolha livre e democrática acerca de qual projeto político, econômico e social vamos todos nós referendar através das urnas em toda a vasta e imensa nação continental brasileira.
Não é por acaso que muito se fala que estamos diante de um confronto eleitoral de conteúdo e caráter plebiscitário.
Porque este é um momento histórico, assim como vários outros em nosso itinerário, em que o povo brasileiro irá escolher entre a continuação de um projeto nacional de desenvolvimento soberano e de inclusão social, aperfeiçoando-o em suas deficiências, ou regrediremos aos dogmas neoliberais de feição antidemocrática, antinacional e antipopular.
Os resultados das próximas eleições deverão influenciar rigorosamente, inevitavelmente, tanto o futuro de Alagoas quanto o dos demais Estados da federação, sem nenhuma exceção.
A correlação de forças que surgirá das urnas em outubro próximo será determinante ao futuro do País e da terra dos marechais.
E é exatamente por isso que defendemos a união de todos os brasileiros patriotas, democratas e desenvolvimentistas, em torno da continuidade desse projeto nacional sob a atual liderança do presidente Lula.
Em jogo estará, além da estratégica presidência da República, a renovação do Senado e da Câmara dos deputados, além dos governadores e Assembléias Legislativas.
Enfim, vamos participar e decidir o futuro em meio a uma intensa luta de ideias, em um ambiente radicalizado, como poucos, em nossa História.
06 maio 2010
Diana de pastoril
. Serra em Porto Alegre: “Nem sou governo nem oposição”.
. Então é a Diana do pastoril. Ou está tergiversando mesmo?
. Resposta certa vale um doce.
. Então é a Diana do pastoril. Ou está tergiversando mesmo?
. Resposta certa vale um doce.
05 maio 2010
Foco nas coisas necessárias
Carlos Drummond de Andrade ensina: "Perder tempo em aprender coisas que não interessam, priva-nos de descobrir coisas interessantes."
Serra diz e depois desdiz. E se atrapalha
Percalços de Serra no inicío da pré-campanha
Por Luís Nassif
Começo de campanha é um Deus nos acuda para qualquer um. As duas campanhas estão dando cabeçadas. Mas, à medida que se selecionam e se divulgam cabeçadas só de um lado (Dilma), passa-se a impressão que o outro lado (Serra) tem uma campanha impecável. Até meu amigo Ricardo Kotscho ficou com essa impressão.
O episódio é interessante para demonstrar o poder de influência da cobertura da mídia, quando seleciona os fatos para divulgar. O relatório encaminhado abaixo, pelo leitor, é prova cabal disso.
Suponha que o aparato da mídia tivesse dado ênfase aos fatos abaixo relacionados – e se calado ante os desajustes na campanha de Dilma. A impressão que ficaria é a campanha de Serra desarticulada e a de Dilma impecável. Quando ambas estão dando suas cabeçadas normais nas largadas.De Leitor
Ele disse que ia criar a Defesa Civil Nacional e teve de esquecer o assunto, porque ela já existe.
Ele disse que ia acabar com o Mercosul e teve de dar uma entrevista à Folha, para dizer que não era bem assim, depois de ser criticado dentro e fora do país.
Ele disse que vai resolver o problema da segurança criando um Ministério, e uma semana depois explodiu o aumento recorde da criminalidade em São Paulo, obra dele.
Ele misturou religião com antitabagismo e ficou mal com ateus e fumantes.
O chefe da campanha dele foi apanhado registrando sites de baixaria na internet.
O deputado amigo dele foi apanhado falsificando um depoimento da Marília Gabriela.
Ele corre atrás de todas as agendas dela. Pediu pra ir à Fiemg, pediu pra ser convidado no aniversário da Conceição, pediu pra ir outra vez ao Datena.
Ela foi aplaudida de pé na festa da Conceição. Ele foi ignorado.
No Primeiro de Maio, ele teve de se refugiar em Camboriú, porque nenhuma central sindical queria tê-lo no palanque.
Ele posou ao lado de um governador investigado pela Polícia Federal. E disse que não está informado sobre o inquérito…
A turma dele acusa estatais de pagar palanques do Primeiro de Maio, mas o governador suspeito pagou a festa de Camboriú.
Ele ainda não apareceu no Rio à luz do dia (só de noite, na festa da Conceição), porque não tem palanque pra subir.
Nem ao Rio Grande do Sul, pra não aparecer com a governadora.
Não tem palanque em Pernambuco, terra do presidente do partido dele.
Não tem no Ceará, terra do mais importante senador do partido dele.
Ele espalha que tem o apoio do PTB e do PP, mas ninguém viu a cor desse apoio.
O único partido que se decidiu, de março pra cá, foi o PSB. Pela adversária dele.
Os dois partidos de sua aliança, DEM e PPS, naufragaram no escândalo de Brasília.
Ele não fez uma só agenda com mulheres, artistas, caminhoneiros, movimentos, gente comum. Só com empresários e aliados.Os dois institutos que lhe dão vantagem nas pesquisas estão sob suspeita de manipulação de amostras.
Ele foge do Fernando Henrique como o diabo da cruz.
Mas foi o primeirão a dar os parabéns ao Lula pela lista da Time.
Realmente, uma das campanhas teve muitos problemas na largada…
Por Luís Nassif
Começo de campanha é um Deus nos acuda para qualquer um. As duas campanhas estão dando cabeçadas. Mas, à medida que se selecionam e se divulgam cabeçadas só de um lado (Dilma), passa-se a impressão que o outro lado (Serra) tem uma campanha impecável. Até meu amigo Ricardo Kotscho ficou com essa impressão.
O episódio é interessante para demonstrar o poder de influência da cobertura da mídia, quando seleciona os fatos para divulgar. O relatório encaminhado abaixo, pelo leitor, é prova cabal disso.
Suponha que o aparato da mídia tivesse dado ênfase aos fatos abaixo relacionados – e se calado ante os desajustes na campanha de Dilma. A impressão que ficaria é a campanha de Serra desarticulada e a de Dilma impecável. Quando ambas estão dando suas cabeçadas normais nas largadas.De Leitor
Ele disse que ia criar a Defesa Civil Nacional e teve de esquecer o assunto, porque ela já existe.
Ele disse que ia acabar com o Mercosul e teve de dar uma entrevista à Folha, para dizer que não era bem assim, depois de ser criticado dentro e fora do país.
Ele disse que vai resolver o problema da segurança criando um Ministério, e uma semana depois explodiu o aumento recorde da criminalidade em São Paulo, obra dele.
Ele misturou religião com antitabagismo e ficou mal com ateus e fumantes.
O chefe da campanha dele foi apanhado registrando sites de baixaria na internet.
O deputado amigo dele foi apanhado falsificando um depoimento da Marília Gabriela.
Ele corre atrás de todas as agendas dela. Pediu pra ir à Fiemg, pediu pra ser convidado no aniversário da Conceição, pediu pra ir outra vez ao Datena.
Ela foi aplaudida de pé na festa da Conceição. Ele foi ignorado.
No Primeiro de Maio, ele teve de se refugiar em Camboriú, porque nenhuma central sindical queria tê-lo no palanque.
Ele posou ao lado de um governador investigado pela Polícia Federal. E disse que não está informado sobre o inquérito…
A turma dele acusa estatais de pagar palanques do Primeiro de Maio, mas o governador suspeito pagou a festa de Camboriú.
Ele ainda não apareceu no Rio à luz do dia (só de noite, na festa da Conceição), porque não tem palanque pra subir.
Nem ao Rio Grande do Sul, pra não aparecer com a governadora.
Não tem palanque em Pernambuco, terra do presidente do partido dele.
Não tem no Ceará, terra do mais importante senador do partido dele.
Ele espalha que tem o apoio do PTB e do PP, mas ninguém viu a cor desse apoio.
O único partido que se decidiu, de março pra cá, foi o PSB. Pela adversária dele.
Os dois partidos de sua aliança, DEM e PPS, naufragaram no escândalo de Brasília.
Ele não fez uma só agenda com mulheres, artistas, caminhoneiros, movimentos, gente comum. Só com empresários e aliados.Os dois institutos que lhe dão vantagem nas pesquisas estão sob suspeita de manipulação de amostras.
Ele foge do Fernando Henrique como o diabo da cruz.
Mas foi o primeirão a dar os parabéns ao Lula pela lista da Time.
Realmente, uma das campanhas teve muitos problemas na largada…
Meu artigo semanal no Blog de Jamildo (Jornal do Commercio Online)
Benéfica polarização das eleições em Pernambuco
Luciano Siqueira
Parece que agora a novela chegará ao capítulo final: o senador Jarbas Vasconcelos, ao que tudo indica anunciará amanhã sua candidatura a governador. Para as forças oposicionistas, menos mal, pois “agora tem jogo” – para usar a expressão de um pré-candidato a deputado federal pelo Democratas.
Tem jogo, sim, na melhor tradição das disputas pelo poder local em Pernambuco.
Aqui sempre a peleja se deu polarizada, movimentando forças opostas não raro tão impetuosas que em alguns casos chegaram a extrapolar os limites da busca do voto – como na contenda entre Dantas Barreto versus Rosa e Silva, em 1911. Num entrevero sangrento entre tropas do Exército e ativistas, tombou o capitão José de Lemos.
É claro que não se cogita de derramamento de sangue na batalha eleitoral que se avizinha. Mas debate acirrado, sim, impulsionado pela expressão simbólica dos dois candidatos opostos – o governador Eduardo Campos e o senador Jarbas Vasconcelos. O primeiro beneficiado pelos enormes êxitos alcançados na atual gestão e sintonizado com os rumos seguidos pelo País sob o governo Lula; o segundo carregando nas costas o ônus de oito anos de governo sofrível (1999-2006), quando manteve dócil e estreita convivência com as políticas neoliberais de Fernando Henrique Cardoso, e a pecha de anti-Lula (que ele mesmo alimenta).
A correlação de forças pende inicialmente favorável à reeleição do governador, mas é lícito imaginar que o oposicionista ostente poder de fogo que pelo menos esquente a campanha. Daí a possibilidade do confronto aberto entre dois projetos diametralmente opostos para Pernambuco e para o Brasil.
Ou seja, a “comparação” de governos e projetos tão temida pelo candidato presidencial tucano José Serra, aqui é inevitável. E é ótimo que assim seja, para que o eleitorado faça suas escolhas com conhecimento de causa.
Mas há quem fuja disso, optando pelos ataques de natureza pessoal, pelo jogo baixo das denúncias infundadas ou da distorção dos fatos. Não é de agora que em Pernambuco forças políticas, vendo-se inferiorizadas, lançam mão de tais expedientes. Buscam o chamado “fato novo” (melhor seria dizer factóide) artificialmente plantado no intuito de borrar o debate, estabelecer a confusão na cabeça dos eleitores e tirar proveito disso. No pleito de 2006 Humberto Costa foi vítima desse deplorável expediente.
Provavelmente o ambiente social e político induza ao debate de ideias e propostas, deixando à margem os tresloucados de sempre. Veremos.
Luciano Siqueira
Parece que agora a novela chegará ao capítulo final: o senador Jarbas Vasconcelos, ao que tudo indica anunciará amanhã sua candidatura a governador. Para as forças oposicionistas, menos mal, pois “agora tem jogo” – para usar a expressão de um pré-candidato a deputado federal pelo Democratas.
Tem jogo, sim, na melhor tradição das disputas pelo poder local em Pernambuco.
Aqui sempre a peleja se deu polarizada, movimentando forças opostas não raro tão impetuosas que em alguns casos chegaram a extrapolar os limites da busca do voto – como na contenda entre Dantas Barreto versus Rosa e Silva, em 1911. Num entrevero sangrento entre tropas do Exército e ativistas, tombou o capitão José de Lemos.
É claro que não se cogita de derramamento de sangue na batalha eleitoral que se avizinha. Mas debate acirrado, sim, impulsionado pela expressão simbólica dos dois candidatos opostos – o governador Eduardo Campos e o senador Jarbas Vasconcelos. O primeiro beneficiado pelos enormes êxitos alcançados na atual gestão e sintonizado com os rumos seguidos pelo País sob o governo Lula; o segundo carregando nas costas o ônus de oito anos de governo sofrível (1999-2006), quando manteve dócil e estreita convivência com as políticas neoliberais de Fernando Henrique Cardoso, e a pecha de anti-Lula (que ele mesmo alimenta).
A correlação de forças pende inicialmente favorável à reeleição do governador, mas é lícito imaginar que o oposicionista ostente poder de fogo que pelo menos esquente a campanha. Daí a possibilidade do confronto aberto entre dois projetos diametralmente opostos para Pernambuco e para o Brasil.
Ou seja, a “comparação” de governos e projetos tão temida pelo candidato presidencial tucano José Serra, aqui é inevitável. E é ótimo que assim seja, para que o eleitorado faça suas escolhas com conhecimento de causa.
Mas há quem fuja disso, optando pelos ataques de natureza pessoal, pelo jogo baixo das denúncias infundadas ou da distorção dos fatos. Não é de agora que em Pernambuco forças políticas, vendo-se inferiorizadas, lançam mão de tais expedientes. Buscam o chamado “fato novo” (melhor seria dizer factóide) artificialmente plantado no intuito de borrar o debate, estabelecer a confusão na cabeça dos eleitores e tirar proveito disso. No pleito de 2006 Humberto Costa foi vítima desse deplorável expediente.
Provavelmente o ambiente social e político induza ao debate de ideias e propostas, deixando à margem os tresloucados de sempre. Veremos.
04 maio 2010
DNA de candidato
. Se vai como ‘bode embarcado’ ou não, Jarbas candidato a governador gritará muito.
. É o estilo dele. Nem Serra, pisando em ovos, o segurará.
. É o estilo dele. Nem Serra, pisando em ovos, o segurará.
A moral e o voto
. Não creio que a suposta desistência de Sérgio Guerra disputar a reeleição para o Senado seja derrota moral.
. É eleitoral mesmo.
. É eleitoral mesmo.
Gabeira bicolor
Apoiará Serra e Marina. Nenhuma incoerência, pois os discursos são convergentes – e atrasados.
Brincantes da Mata nesta terça-feira na Torre Malakoff
Do site http://www.lucianosiqueira.com.br/:
. As fotógrafas Tuca Siqueira, Roberta Guimarães e Rose Gondim lançam nesta terça-feira(04 ), às 19h, na Torre Malakoff, no Bairro do Recife, a coleção de livros “Brincantes da Mata”. Com texto de André Dib, a publicação registra em fotografias o cotidiano de quatro personagens ligados a manifestações culturais da Zona da Mata de Pernambuco, cujas atividades foram acompanhadas pelas fotógrafas durante um ano: Mestre Martelo, Zé Duda, Negão e Dona Olga. A produção é da Imago Fotografia.
. Mestre Martelo representa a figura de Mateus no Cavalo Marinho Estrela de Ouro, de Condado, e é o mais antigo brincante do Estado a encarnar o personagem. Mestre Zé Duda é fundador e integrante do Maracatu Rural Estrela de Ouro e do Cavalo Marinho Boi Pintado, de Aliança. Menidilson Henrique dos Santos (Negão) é brincante do Caboclinho Canindé, de Goiana. Dona Olga é matriarca do Maracatu Estrela Brilhante, de Igarassu, um dos mais antigos maracatus de baque virado do Estado.
. SERVIÇO - LANÇAMENTO DA COLEÇÃO “BRINCANTES DA MATA”. DATA: 04 de maio de 2010 – 19h LOCAL: Torre Malakoff – Bairro do Recife. BOX COM 04 LIVROS: R$ 45,00
. As fotógrafas Tuca Siqueira, Roberta Guimarães e Rose Gondim lançam nesta terça-feira(04 ), às 19h, na Torre Malakoff, no Bairro do Recife, a coleção de livros “Brincantes da Mata”. Com texto de André Dib, a publicação registra em fotografias o cotidiano de quatro personagens ligados a manifestações culturais da Zona da Mata de Pernambuco, cujas atividades foram acompanhadas pelas fotógrafas durante um ano: Mestre Martelo, Zé Duda, Negão e Dona Olga. A produção é da Imago Fotografia.
. Mestre Martelo representa a figura de Mateus no Cavalo Marinho Estrela de Ouro, de Condado, e é o mais antigo brincante do Estado a encarnar o personagem. Mestre Zé Duda é fundador e integrante do Maracatu Rural Estrela de Ouro e do Cavalo Marinho Boi Pintado, de Aliança. Menidilson Henrique dos Santos (Negão) é brincante do Caboclinho Canindé, de Goiana. Dona Olga é matriarca do Maracatu Estrela Brilhante, de Igarassu, um dos mais antigos maracatus de baque virado do Estado.
. SERVIÇO - LANÇAMENTO DA COLEÇÃO “BRINCANTES DA MATA”. DATA: 04 de maio de 2010 – 19h LOCAL: Torre Malakoff – Bairro do Recife. BOX COM 04 LIVROS: R$ 45,00
03 maio 2010
O irrecusável confronto de programas
Todo o sentimento do mundo
Eduardo Bomfim
A campanha eleitoral que se aproxima se revestirá de uma importância diferenciada das outras recentes que aconteceram. Os próximos meses mostrarão que acontecerá um embate decisivo ao futuro do Brasil.
Nos estados regionais é bem possível que as paixões e as rivalidades arraigadas entre grupos ou personalidades superem por algum tempo o sentido mais geral de um grande confronto de proporções históricas que estará presente cada dia dos debates, nas ruas, na mídia ou nos comícios.
E alguns poderão tentar rebaixar o nível e o espírito verdadeiro dessa disputa. Porque a esses, na contramão dos anseios, esperanças do povo brasileiro, resta somente fulanizar o discurso, desviar o assunto do que está em jogo, na impossibilidade de apresentar com transparência à sociedade o seu alinhamento político.
Dificilmente conseguirão, no entanto, manter uma linha diversionista por muito tempo porque a gravidade do momento e a profundidade do que estará por se decidir não permitirá que se esconda o confronto das propostas e os programas antagônicos em duelo titânico na sociedade brasileira.
Na verdade a nação estará mais uma vez perante uma incrível encruzilhada histórica, assim como esteve em vários outros momentos do seu jovem itinerário. Pode-se afirmar que essa encruzilhada não será de menor estatura do que a luta dos brasileiros contra o regime de arbítrio que perdurou vinte e um anos, na qual a nação saiu vencedora.
Será uma tremendo duelo entre as grandes maiorias e um determinado segmento das elites nativas associado a um projeto que comumente se chama de neoliberal e todas as suas consequências, testado e posto em prova nos oito anos do governo Fernando Henrique Cardoso. Que conta com o enfurecido e descontrolado engajamento de uma parcela da grande mídia hegemônica nacional, toda poderosa, sem nenhum pudor para com as regras do conceito básico da informação que venha a ser minimamente imparcial.
Essa mesma mídia que apesar do brutal esforço não conseguiu sustar a aprovação do governo Lula por mais de 80% dos brasileiros.
Será uma árdua disputa, que se revestirá de profundo caráter plebiscitário, entre o atual projeto nacional soberano, de desenvolvimento com inclusão social, versus o ultrapassado e nefasto dogma neoliberal.
Ao povo brasileiro valerá a consciência social, associada ao espírito do poeta ao declarar que só tinha duas mãos e todo o sentimento do mundo.
Eduardo Bomfim
A campanha eleitoral que se aproxima se revestirá de uma importância diferenciada das outras recentes que aconteceram. Os próximos meses mostrarão que acontecerá um embate decisivo ao futuro do Brasil.
Nos estados regionais é bem possível que as paixões e as rivalidades arraigadas entre grupos ou personalidades superem por algum tempo o sentido mais geral de um grande confronto de proporções históricas que estará presente cada dia dos debates, nas ruas, na mídia ou nos comícios.
E alguns poderão tentar rebaixar o nível e o espírito verdadeiro dessa disputa. Porque a esses, na contramão dos anseios, esperanças do povo brasileiro, resta somente fulanizar o discurso, desviar o assunto do que está em jogo, na impossibilidade de apresentar com transparência à sociedade o seu alinhamento político.
Dificilmente conseguirão, no entanto, manter uma linha diversionista por muito tempo porque a gravidade do momento e a profundidade do que estará por se decidir não permitirá que se esconda o confronto das propostas e os programas antagônicos em duelo titânico na sociedade brasileira.
Na verdade a nação estará mais uma vez perante uma incrível encruzilhada histórica, assim como esteve em vários outros momentos do seu jovem itinerário. Pode-se afirmar que essa encruzilhada não será de menor estatura do que a luta dos brasileiros contra o regime de arbítrio que perdurou vinte e um anos, na qual a nação saiu vencedora.
Será uma tremendo duelo entre as grandes maiorias e um determinado segmento das elites nativas associado a um projeto que comumente se chama de neoliberal e todas as suas consequências, testado e posto em prova nos oito anos do governo Fernando Henrique Cardoso. Que conta com o enfurecido e descontrolado engajamento de uma parcela da grande mídia hegemônica nacional, toda poderosa, sem nenhum pudor para com as regras do conceito básico da informação que venha a ser minimamente imparcial.
Essa mesma mídia que apesar do brutal esforço não conseguiu sustar a aprovação do governo Lula por mais de 80% dos brasileiros.
Será uma árdua disputa, que se revestirá de profundo caráter plebiscitário, entre o atual projeto nacional soberano, de desenvolvimento com inclusão social, versus o ultrapassado e nefasto dogma neoliberal.
Ao povo brasileiro valerá a consciência social, associada ao espírito do poeta ao declarar que só tinha duas mãos e todo o sentimento do mundo.
02 maio 2010
A sábia irreverência de Jomard Muniz de Britto
10 CONTINUIDADES provisórias
1. Pode ser uma falta de misericórdia solicitar – da Santa Casa e dos Governos estabelecidos – registros de TRANSPARÊNCIA para fins e metas de compreensão e empoderamento. 2. Atravessarmos parâmetros de cumplicidade dos politicamente corretos aos desviantes. 3. Idéias e fatos, fenômenos e suas máscaras continuam oscilando entre as tradições e rupturas, na mais abrangente dialética das ANTÍTESES. 4. Os significados percorrem trajetórias entre significantes e significações, sinais que se desdobram entre sons, letras, imagens, interpretações. 5. Na ficha limpeza dos intelectuais, professores, críticos, poetas e ficcionistas TUDO pode nos fazer pensar, pontuar, dispensar, desmantelar chavões e alumbramentos do que foi, é e será celebração. 6. Aberturas para representação, encenação, virtual memorialismo, legitimação de favores na e da mídia, impactos que propiciem outros portos livres, a CRÍTICA talvez esbarre no MEDO mais do que em FÚRIA. 7. Incrível dar nome aos bois, vacas sagradas e aos jovens sangrando por um lugar ao sol dentro do RECIFE FRIO. 8. Sem fundos de cultura continuamos afundando em prêmios, prestações e perversões a serviço de quem? 9. Mestrandos transINdisciplinares precisamos saber dos FUNDAMENTALISMOS da física, das metafísicas e marxumbandismos. 10. No próximo dia 11 de maio comparecer ao LABORATÓRIO DE LITERATURA & CRÍTICA, a partir das 18 horas, no Teatro Hermilo Borba Filho, Cais do Apolo, Recife desejando aprender a perguntar e não somente discursar mazelas arqueológicas. Jomard Muniz de Britto, o mau velhinho – jmb.
A palavra do poeta
Brecha na agenda na tarde de domingo. Leio Drummond: “Valeu a pena farejar-te/na traça dos livros/e nos chamados instantes inesquecíveis”.
História: 2 de maio de 1989
Atentado a bomba da direita destrói o monumento em Volta Redonda, RJ, projeto de Oscar Niemeyer, homenageando os metalúrgicos mortos pelo Exército (11/9/88) na ocupação da CSN. (Vermelho http://www.vermelho.org.br/).
Atitude libertária
Sugestão de domingo: Lutar é preciso, sempre. Com determinação e leveza. Se a causa é justa, enriquece e liberta – também no plano pessoal.
A educação muda o cérebro
Ciência Hoje Online:
Será possível aplicar os avanços da neurociência para melhorar o sistema educacional? Em sua coluna, Roberto Lent discute essa questão a partir de resultados recentes que mostraram a existência de mecanismos cerebrais envolvidos com a aprendizagem.
. Nos últimos dez anos, uma profunda transformação conceitual ocorreu na neurociência: caiu por terra a ideia de que o nosso cérebro é todo formado durante a vida embrionária, nada mais restando após o nascimento senão aproveitar as nossas capacidades congênitas para aprimorá-las.
. Essa concepção conservadora do cérebro como um órgão rígido, pré-formado sob estrita ordenação genética, agride o senso comum, mas possivelmente se cristalizou no século 20 pela grande influência de Santiago Ramón y Cajal (1832-1934), pesquisador espanhol que estabeleceu a doutrina do neurônio como unidade básica do sistema nervoso.
. Leia a matéria completa http://migre.me/B4Mp
Será possível aplicar os avanços da neurociência para melhorar o sistema educacional? Em sua coluna, Roberto Lent discute essa questão a partir de resultados recentes que mostraram a existência de mecanismos cerebrais envolvidos com a aprendizagem.
. Nos últimos dez anos, uma profunda transformação conceitual ocorreu na neurociência: caiu por terra a ideia de que o nosso cérebro é todo formado durante a vida embrionária, nada mais restando após o nascimento senão aproveitar as nossas capacidades congênitas para aprimorá-las.
. Essa concepção conservadora do cérebro como um órgão rígido, pré-formado sob estrita ordenação genética, agride o senso comum, mas possivelmente se cristalizou no século 20 pela grande influência de Santiago Ramón y Cajal (1832-1934), pesquisador espanhol que estabeleceu a doutrina do neurônio como unidade básica do sistema nervoso.
. Leia a matéria completa http://migre.me/B4Mp