31 março 2007

Apagão aéreo atiça privatistas

No Vermelho:
"Carta Capital": crise aérea atiça defensores da privatização
. A revista Carta Capital que chega às bancas neste final de semana traz uma reportagem que mostra que, por trás da tentativa da oposição de instalar a CPI do “apagão aéreo”, está a intenção de privatizar a Infraero.
O autor da reportagem – que tem o título “Caninos Afiados” – Leandro Fortes, disse em entrevista ao jornalista Paulo Henrique Amorim nesta sexta-feira (30), que sempre houve um movimento das companhias aéreas para privatizar toda a infra-estrutura aeroportuária no Brasil.
. Fortes disse que a discussão da privatização da Infraero sempre esbarrou nos números relativos aos aeroportos. Segundo a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), há 67 aeroportos administrados pela Infraero.
. Segundo a reportagem de Leandro Fortes, desses 67 aeroporto, somente 12 são lucrativos. Fortes disse também que os aeroportos que lucram sustentam os deficitários.
. “Quando se fala em privatização eles querem privatizar somente o filé (...) Um aeroporto como Congonhas que é importantíssimo, todo mundo quer privatizar a parte de infra-estrutura aeroportuária. Mas ninguém quer privatizar o aeroporto de Tabatinga, lá no Amazonas”, disse Fortes.

Bom dia, Marcelo Mário de Melo


Questão de harmonia

Andamos
com o coração batendo
do lado esquerdo do peito.

Escrevemos
e devoramos livros
partindo
do lado esquerdo da página.

E nas viagens da política e da vida
seguimos atentos
ao sinal na estrada:
“sempre à esquerda
não ultrapasse pela direita!”

No horizonte, as causas da miopia

Visão normal e míope

Na Ciência Hoje:
Pesquisas indicam que o ambiente é forte determinante da ocorrência desse distúrbio da visão
. Qualquer criança é capaz de observar que “quase todo mundo usa óculos”. De fato, as ametropias (distúrbios ópticos da formação da imagem nos olhos) estão entre os transtornos da saúde mais comuns da humanidade. Só a miopia aflige cerca de 50% das pessoas em todo o mundo! Por que será? Terá sido sempre assim, mesmo quando ainda não existiam os óculos para corrigir a visão desfocada? Quais as causas dessa tão freqüente e incômoda anomalia visual?
. Veja a matéria completa clicando aqui http://cienciahoje.uol.com.br/68226

Versos da vida verdadeira

“Nunca mais será preciso usar/a couraça do silêncio/nem a armadura de palavras.” (Thiago de Mello - Os Estatutos do Homem).

DESTAQUE DO DIA

Habitação, uma questão de prioridade

O PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) tem três vertentes.

A vertente logística implica investimentos destinados a melhorar a infra-estrutura dos transportes, nas suas diversas modalidades.


Uma outra vertente cuida da ampliação do parque energético de modo a suprir as demandas do nosso impulso desenvolvimentista.

A terceira diz respeito à manutenção e ampliação dos programas sociais básicos e de investimentos em melhoria das condições de vida da população urbana – em habitação e saneamento.

Tais investimentos deverão se orientar por prioridades bem definidas. Assim, dos R$ 12 bilhões do Orçamento da União previstos pelo PAC para habitação, no período 2007-2010, a maior parte será destinada à urbanização de favelas, com foco nas regiões Sudeste e Nordeste. Os projetos estão orçados em R$ 8 bilhões. A construção de moradias populares ficará com os outros R$ 4 bilhões.

Bons ventos para cidades como Recife e Olinda, cujas prefeituras se anteciparam apresentando ao governo federal projetos voltados para essa área.

História: 31 de março de 1964

Protesto antigolpe na Cinelândia, Rio
O general Mourão Filho lança tropas de MG sobre o Rio, precipitando o golpe militar. O Depto de Estado dos EUA aciona a Operação Brother Sam: navios e aviões militares com 110 t de armas para derrubar Jango. O fator-surpresa dificulta a resistência. (Vermelho www.vermelho.org.br).

Revelando a verdade

No Acerto de Contas:
Palácio vai acelerar desconstrução da era Jarbas/Mendonça
Estou agora no Palácio do Campo das Princesas, vendo o governador Eduardo Campos discursar no ato de sancionamento da lei que cria novos cargos de peritos e delegados nos quadros da polícia. Estava quieto no meu canto quando um passarinho do tipo que só canta por aqui veio cochichar no meu ouvido que a desconstrução do governo Jarbas/ Mendonça Filho vai ser acelerada daqui para frente.

O passarinho palaciano se referia ao post que coloquei outro dia (leia aqui) falando que o governador estava tendo dificuldade em segurar parte de sua tropa que queria partir com tudo para cima da gestão passada. O estopim da crise foram as críticas (consideradas descabidas pelo Palácio) feitas pelos deputados oposicionistas Terezinha Nunes (PSDB) e Augusto Coutinho (PFL) na tribuna da Assembléia Legislativa.

O núcleo de confiança do governador chegou ao consenso de que as informações negativas da gestão passada terão que ir a público de forma coordenada de agora por diante - não mais por iniciativa de cada secretário como vinha acontecendo.

Na verdade, essa desconstrução obedecerá uma estratégia. “Foi extamente isso que Lavareda fez com o Doutor Arraes”, disse-me um alto membro do governo, numa referência ao marketeiro do ex-governador Jarbas Vasconcelos (PMDB), que praticamente destruiu a imagem de Miguel Arraes entre a classe média da capital.

A diferença entre a tática jarbista e o que será feito agora é que nem tudo sairá por dentro do palácio. Irregularidas que possam ter sido cometidas na era Jarbas/Mendoncinha escoará também pelo Ministério Público e/ou entidades sociais simpáticas ao Governo Eduardo Campos.

Mais rigor punitivo

O Estado de São Paulo:
O presidente Lula sancionou o projeto que torna mais difícil o acesso ao regime semi-aberto para os autores de crimes hediondos. Só depois de cumprir 40% da pena, se forem primários, os condenados por esse tipo de crime terão direito ao benefício de progressão de pena e liberdade provisória. Os reincidentes terão de cumprir pelos menos 60% da pena para conseguir o benefício. Também foi sancionada a lei que pune agentes e diretores que facilitarem a entrada de celulares nos presídios. As leis já estão em vigor.

Instabilidade ideológica

Na Folha de S.Paulo:
A fidelidade partidária imposta nesta semana pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) já foi desrespeitada, em algum momento da vida parlamentar, por 221 (43%) dos atuais deputados federais. A Folha contabilizou o número de migrações quando esses parlamentares exerciam mandatos em alguma Casa legislativa -Câmara, Assembléias ou Câmaras municipais. O índice de infiéis é ainda maior se computados os deputados que já trocaram de partido exercendo cargo majoritário -senador, prefeito ou governador- ou quando estavam sem mandato (hipóteses não condenadas pelo TSE). São 298 parlamentares (58%) que já migraram de legenda.

30 março 2007

DESTAQUE DO DIA

Papel estratégico da Petrobrás

Instrumentos indispensáveis a um projeto nacional de desenvolvimento, empresas estatais estratégicas foram privatizadas na era FHC. Tivessem os tucanos prosseguido no poder, as privatizações teriam avançado.

Felizmente Lula venceu em 2002 e em 2006.

A CHESF (objeto de uma Carta Aberta ao presidente Fernando Henrique Cardoso escrita pelo então governador Miguel Arraes), não foi privatizada, o Banco do Brasil idem e assim por diante.
A Petrobrás – um dos alvos mais coçados da sanha neoliberal frustrada – dá mostras do quanto vale uma empresa petrolífera desse porte sobre controle estatal. Tem papel preponderante no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), respondendo por parcela substancial dos investimentos e adota, agora, uma postura ofensiva no sentido de nos garantir auto-suficiência em matéria de biodiesel.

No momento negocia parcerias e aquisições de usinas de etanol e biodiesel para garantir autonomia no mercado de biocombustíveis no longo prazo.

Vai inaugurar três fábricas de biodiesel no Brasil ainda em 2007 e está negociando a construção de unidades na Bolívia e na Argentina.

Quanto ao etanol, faz pesados investimentos em logística e acaba de estabelecer contrato com a japonesa Mitsui para a construção de 40 usinas.

Ganha o Brasil, numa área de alta competitividade internacional.

Versos que estimulam

“Se as coisas são inatingíveis... ora!/não é motivo para não querê-las.” (Mário Quintana – Das utopias).

Bom dia, Bento Texeira


Descrição do Recife

Para a parte do Sul onde a pequena
Ursa se vê de guardas rodeada,
Onde o Céu luminoso, mais serena,
Tem sua influição, e temperada,
Junto da nova Lusitânia ordena,
A natureza, mãe bem atentada,
Um porto tão quieto, e tão seguro,
Que para as curvas Naus serve de muro.

É este porto tal, por estar posta,
Uma cinta de pedra, inculta, e viva,
Ao longo da soberba, e larga costa,
Onde quebra Neptuno a fúria esquiva,
Entre a praia, e pedra descomposta,
O estranhado elemento se deriva,
Com tanta mansidão, que uma fateixa,
Basta ter à fatal Argos aneixa.

Em o meio desta obra alpestre, e dura,
Sua boca rompeu o Mar inchado,
Que na língua dos bárbaros escura,
Paranambuco, de todos é chamado
De Paraná que é Mar, Puca - rotura,
Feita em fúria desse Mar salgado,
Que sem no derivar cometer míngua,
Cova do Mar se chama em nossa língua.

Sem prejudicar os pobres

O Globo:
O presidente Lula afirmou, no discurso em que deu posse a cinco novos ministros, que será necessário mexer nas regras da Previdência para o setor privado, com o objetivo de garantir às futuras gerações um sistema de seguridade social adequado. "Quero avisar a todos aqueles que acham que a Previdência é insolúvel, que ela vai ser consertada sem que a gente jogue no colo dos pobres a responsabilidade pelo déficit", disse Lula, prometendo manter a aposentadoria rural, responsável por parte do déficit. As mudanças serão discutidas em um fórum com a participação do governo, dos trabalhadores, dos aposentados e dos patrões. O novo ministro da Previdência, Luiz Marinho, disse que as novas regras não afetarão os trabalhadores em atividade, especialmente os que estão perto de se aposentar. O ministro fez um apelo: "Aqueles que estão para se aposentar, não precisam sair correndo para fazer isso".

Chapa-branca, não


Na Folha de S. Paulo:
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que a rede pública de rádio e TV que pretende criar em seu segundo mandato será 'séria', longe do chamado jornalismo 'chapa-branca', isto é, favorável ao governo. 'Chapa-branca parece bom, mas enche o saco. Gente puxando o saco não dá certo', disse. Lula definiu o jornalismo que quer ver: 'A informação como ela é, sem pintar de cor-de-rosa, mas também sem pichá-la'.

Mais frango, menos carne bovina

Na Gazeta Mercantil:
. Os produtos agropecuárias em que o Brasil é mais competitivo foram justamente os que registraram maior crescimento no consumo na última década. Levantamento da Cogo Consultoria Agroeconômica mostra que, em dez anos, o frango liderou o aumento do consumo, com 54,6%. O brasileiro está comprando mais carne de aves - 36,8 quilos/habitante - que carne bovina - 36,5 quilos per capita.
. Carlos Cogo, diretor da empresa, diz que a competitividade no campo traz o barateamento do preço do produto. Acrescenta ainda que o brasileiro consome mais produtos de origem animal - ovos, leite e suínos também tiveram crescimento significativo - porque teve aumento na renda. No consumo de proteína animal, o País segue a tendência mundial.

História: 30 de março de 1935

Comício da Aliança Nacional Libertadora
Lançada a ANL (Aliança Nacional-Libertadora), no Teatro João Caetano, Rio. Prestes é aclamado presidente de honra, por proposta do então estudante Carlos Lacerda. O lema da ANL: "Pão, Terra, Liberdade!". (Vermelho www.vermelho.org.br).

Menor superávit primário?

Na Gazeta Mercantil:
O governo decidiu manter uma meta nominal de R$ 95,9 bilhões para o superávit primário deste ano, o que equivaleria a 3,8% do Produto Interno Bruto (PIB), considerando sua expectativa de um crescimento econômico de 4,1% e o novo método de cálculo do PIB do País. A meta oficial de 4,25% foi então abandonada na prática, embora o Banco Central não tenha oficializado a mudança, segundo chefe do Departamento Econômico da instituição, Altamir Lopes. Na decisão de não aumentar o arrocho pesou a queda do endividamento líquido do setor público, cuja previsão é de fechar 2007 em torno de 44% do PIB - pela antiga fórmula ficaria em 50%.

O peso dos importados

No Valor Econômico:
A participação dos produtos importados alcançou níveis recordes no consumo doméstico e na produção industrial em 2006. No ano passado, 5,5 de cada 100 produtos consumidos no país eram importados. Essa participação se iguala àquela do auge do Plano Real, em 1997, segundo estudo divulgado ontem pelo BNDES. Na indústria de transformação, a participação dos importados tem sido mais intensa e alcançou 19% no ano passado, percentual bem superior aos 16,9% de 2005, até então o maior dos últimos 11 anos.
Para Fernando Puga, autor do trabalho, este fenômeno foi estimulado pela apreciação cambial. Mas ele não considera que esteja em curso um processo de desindustrialização no país.

29 março 2007

Amplitude e diversidade marcam festa do PCdoB

Chinaglia, Aldo, Alencar e Renato durante ato

No Vermelho:
. Uma ampla e variada gama de personalidades políticas e dos movimentos sociais compareceu hoje, dia 28, ao Senado. O auditório Petrônio Portela, com capacidade para 500 pessoas sentadas, registrou, segundo o Cerimonial, a presença de ao menos 600. A importância do evento justifica a lotação e a diversidade dos presentes: o PCdoB completou dia 25, domingo, 85 anos de uma trajetória de luta pelo socialismo. A solenidade, promovida pelo partido, recebeu figuras importantes da política nacional, entre eles o vice-presidente, José Alencar.
. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, impossibilitado de comparecer à cerimônia, enviou mensagem por escrito, lida pela vereadora comunista por Salvador, Olívia Santana. “A agremiação ora homenageada participou também, de forma ativa, do processo de redemocratização do país e hoje contribui para o fortalecimento de nossa incipiente democracia sem perder de vista os ideais socialistas” (veja a íntegra da mensagem aqui).
Leia a matéria clicando aqui http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=15600

Genro vai reforçar SUSP

. Ontem, aqui em Brasília, esse amigo de vocês foi recebido pelo Secretário Nacional de Segurança Pública, Luis Fernando Correia.
. Longa e agradável conversa sobre os desafios atuais nessa matéria.
. E uma boa notícia: a de que o ministro da Justiça, Tarso Genro, pretende dar todo o apoio à implementação do SUSP - Sistema Único de Segurança Pública, que não era priodade na gestão de Márcio Tomás Bastos.
. Num breve contato com Tarso Genro, por ocasião do ato comemorativo dos 85 anos de fundação do PCdoB, no auditório Petrônio Portela, do Senado, foi possível confirma esse propósito do ministro.

Ministra discriminada

Na Carta Maior:
Imprensa discrimina ministra negra
Por que a mídia amplificou uma entrevista perdida, que poucos brasileiros ouviram, com o nítido enfoque de acusar uma integrante do governo Lula de incitação ao conflito racial? A análise é de Nelson Breve. Clique aqui para ler http://cartamaior.uol.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=13802

DESTAQUE DO DIA

Importa superar o vôo da galinha

Passados os primeiros impactos das alterações na sistemática do IBGE para a apuração do PIB – que uns saudaram como novidade técnica correta e oportuna, e outros reagiram com desconfiança -, agentes econômicos e analistas dão sinais de otimismo.


Está nos jornais. São muitas as vozes que se apressam em proclamar a confiança de que a economia possa crescer 4% e 4,5% neste ano. Pesa o dado de que o Produto Interno Bruto cresceu 3,7% em 2007 - 0,8 ponto percentual mais do que no cálculo anterior.

Pesa também o fato de que a atividade econômica no segundo semestre do ano passado foi mais forte do que se pensava. Nos dois últimos trimestres, o crescimento foi 4,5% e 4,8%, respectivamente, sobre o mesmo período de 2005.

Tudo bem. Melhor otimismo do que pessimismo catastrófico. Mas é preciso considerar dois elementos muito importantes.

Nos próprios dados fornecidos pelo IBGE, nota-se que o crescimento do PIB se deu sobretudo alavancado pelo setor de serviços. A indústria, que em qualquer incremento saudável da economia tem papel preponderante, foi precisamente o único setor a se retrair. Um sinal negativo.

Depois, os mecanismos de gestão macroeconômica continuam inalterados. As taxas básicas de juros continuam decrescendo em ritmo de tartaruga. E este é um empecilho fundamental ao crescimento.

Sem mudanças na macroeconomia, o crescimento econômico se assemelhará ao vôo da galinha – de fôlego muito curto.

Gol quer novo modelo

No Valor Econômico:
. A Gol vai usar a estrutura da Varig para lançar uma companhia aérea de baixo custo especializada em vôos internacionais de longo curso, notadamente para Europa e América do Norte. Ela segue a tendência de outras "low cost", como Ryanair e Virgin Blue. Depois de abocanhar o mercado de vôos domésticos ou continentais, as áreas de baixo custo, com volumosos recursos em caixa, começaram a perceber que podem aplicar seu modelo para conquistar também o mercado internacional. Para isso, usam subsidiárias específicas que reduzam o risco de contaminação do modelo de negócios da empresa-mãe.
. A Gol precisava da Varig para implantar esse modelo. Embora mantenha vôos apenas para Frankfurt, a Varig ainda tem autorizações válidas para aterrissar em Paris, Londres, Madri, Milão, Nova York e Miami. Essas autorizações são difíceis de obter e não se transmitem de uma empresa para outra. Quando uma companhia perde o direito usar determinado horário de pouso e decolagem em um aeroporto internacional, esse direito migra para a primeira empresa que esteja na fila à espera, independentemente do país de origem.

Novo PIB mostra taxa menor de investimento

Na Gazeta Mercantil:
. A nova metodologia de cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) revelou que, no ano passado, a economia brasileira cresceu mais do que os 2,9% divulgados anteriormente, mas ainda num ritmo muito lento, de 3,7%.
. O novo cálculo trouxe a má notícia de que a taxa de investimento foi menor ainda do que havia sido anunciado. A revisão do IBGE revelou que a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), cuja expansão de 2% entre o quarto e o terceiro trimestre do ano passado foi largamente comemorada, teve na verdade um recuo de 1%.
. "Na média entre 2006 e 2005 houve crescimento. No entanto, o recuo no quarto trimestre faz diferença quando se projeta a expansão econômica para frente", ressalta o economista-chefe do banco WestLB, Roberto Padovani, que espera um PIB de 3,7% para este ano.

Infidelidade institucionalizada

O Estado de São Paulo:
A base do governo na Câmara se prepara para aprovar uma lei que proteja deputados que troquem de partido. É uma reação ao parecer emitido anteontem pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), segundo o qual os partidos têm direito a ficar com a vaga de deputados que mudem de sigla; com isso, tais parlamentares estariam sujeitos a perder o mandato. Nos últimos meses, 36 deputados trocaram de partido, transferindo-se principalmente para legendas governistas. O líder do PR, deputado Luciano Castro (RR), é o principal defensor da aprovação de uma lei que permita explicitamente o troca-troca, o que tornaria inócuo o parecer do TSE. Para Castro, na hora de votar o eleitor não leva em conta o partido do candidato. "Vota porque conhece a trajetória do político", diz. O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), também defende essa solução. Já PPS, PSDB, PFL e PDT anunciaram ontem que recorrerão à Justiça para tentar reaver os mandatos dos deputados federais que trocaram de partido. Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) avaliam que se o caso chegar a essa corte, o parecer do TSE será mantido.

Fidelidade a fórceps

No Jornal do Brasil:
Os três partidos de oposição ao governo Luiz Inácio Lula da Silva no Congresso, PSDB, PPS e DEM (Democratas, ex-PFL), anunciaram ontem que usarão a decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para tentar retomar, por meio da Justiça, as vagas dos deputados que elegeram e depois migraram para a base aliada. O TSE impôs, em decisão de anteontem à noite, a fidelidade de filiação partidária para os políticos eleitos para os Legislativos em todos os seus níveis.

Bom dia, Manuel Bandeira


O impossível carinho

Escuta, eu não quero contar-te o meu desejo
Quero apenas contar-te a minha ternura
Ah se em troca de tanta felicidade que me dás
Eu te pudesse repor
- Eu soubesse repor -
No coração despedaçado
As mais puras alegrias de tua infância!

Nossa coluna semanal de toda quinta-feira no portal Vermelho

Um partido imprescindível

O transcurso do 85º aniversário de fundação do Partido Comunista do Brasil, dia 25 último, objeto de atos públicos solenes e festivos em todo o país, o põe em relevo no panorama partidário brasileiro.

Dentre vários, dois aspectos chamam a atenção. Primeiro, a atividade ininterrupta do PCdoB por oito décadas e meia, em franco contraste com a trajetória dos partidos políticos no Brasil – em geral de vida efêmera, conjuntural, nada programáticos e instáveis por natureza. Características assinaladas desde o Império, a República Velha, o período que se sucedeu à Revolução de 30, da Redemocratização em 1946 ao golpe militar de 1964, de 1966 ao fim do regime militar em 1985 e nos dias atuais.

O PFL, por exemplo, grande partido conservador surgido em 1985, sequer chega à maioridade e já muda de nome e anuncia a busca de um novo ideário.

Segundo, a condição ostentada pelo PCdoB de partícipe ativo e influente na vida política nacional. Na complexidade da sociedade brasileira, não é difícil a um partido político situado à esquerda agarrar-se ao que considera princípios revolucionários e manter-se à margem do processo real do entrechoque de classes. Basta olhar em torno para identificar algumas legendas auto-condenadas ao gueto.

O PCdoB, diferentemente, desde que retornou à cena política com a Anistia, em 1977, apesar de ainda envolto num esforço de reaglutinação de quadros e militantes parcialmente dispersos pelos ataques brutais sofridos sob o regime militar, já se posicionava taticamente de modo a atuar no curso real dos acontecimentos.

Tal proeza certamente reflete o amadurecimento teórico e político experimentado pelo partido desde a Conferência Extraordinária que o reorganizou, em 1962, e sobretudo a partir de sua 6ª Conferência Nacional, ocorrida sob a dureza da clandestinidade, em 1968, que lançou os fundamentos de um pensamento tático que tem se revelado, sempre, ao um só tempo revolucionário e amplo, firme e flexível.

Demais, o partido também foi capaz de reagir com êxito à crise do socialismo e da teoria marxista que explodiu com a derrocada da URSS e dos regimes do Leste Europeu. Tomou a si a empreitada de renovar a teoria e aprofundar a compreensão do que ocorre no mundo e no Brasil e o produziu o Programa Socialista – proposta estratégica marcada por um caráter brasileiro (no sentido de que não copia modelos pré-existentes) de natureza científica (pois apoiada na teoria marxista-leninista) e factível dentro de determinadas condições políticas vislumbradas em perspectiva (porque adequado às peculiaridades do país e do nosso povo).

Assim, aos 85 anos o PCdoB se afirma como um partido imprescindível: como expressão ideológica e política de uma classe – o proletariado; e como portador do ideário que conduzirá a sociedade brasileira a transformações de envergadura, no rumo do socialismo.

História: 29 de março de 1817

A repressão de 1817 em Os Mártires, óleo de Antônio Parreiras
Fuzilado em Salvador o padre Roma, herói da Revolução de 1817, delatado e preso ao tentar estendê-la à Bahia. Seu filho José Inácio de Abreu e Lima, também preso, mais tarde lutará ao lado de Bolívar e editará no Recife (1855) o jornal Socialismo. (Vermelho www.vermelho.org.br).

28 março 2007

Chesnais e a orgia da alta finança

No Vermelho:
. Em artigo assinado por Sérgio Barroso: "François Chesnais é conhecido dos estudiosos brasileiros da dinâmica capitalista atual. Desde A mundialização do capital (Xamã, 1996), e A mundialização financeira – gênese, custos e riscos (Xamã, 1998), esse ex-economista-chefe da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) vem contribuindo para a interpretação do avassalador predomínio do capital financeiro."
. "Em A finança mundializada – raízes sociais e políticas, configuração, conseqüências (Boitempo, 2005), Chesnais organiza novo debate, onde colaboram destacados teóricos franceses, em torno da temática que intitula o livro. Que começa bem, no traço elegante de Luiz G. Belluzzo (Prefácio), para quem, nos “mercados da riqueza” (financeiros) contemporâneos, a euforia e alavancagem excessiva terminariam em “crashs espetaculares não fossem as repetidas intervenções de última instância dos bancos centrais mais poderosos”.
. Para ler o artigo na íntegra clique aqui http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=15503

Plano enfrenta variações climáticas

Da Agência Brasil:
O governo federal prepara um plano nacional para combater as mudanças climáticas decorrentes do aquecimento global, informou hoje (28) o secretário de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente (MMA), João Paulo Capobianco. Segundo ele, a proposta está sendo traçada por representantes dos Ministérios da Ciência e Tecnologia, das Relações Exteriores e do Meio Ambiente.

Bom senso

. O PFL e o PSDB agiram com bom senso ao contribuírem para a aprovação da segunda medida provisória que integra o PAC.
. Melhor que critiquem o Plano em ação, ao invés de obstruí-lo.

Nosso artigo semanal no Blog de Jamildo (ex-Blog do JC)

A Emenda 3 e o conflito social
Por Luciano Siqueira

Democracia dá trabalho, a gente escuta dizer toda vez que um tema complexo provoca entrechoque de idéias e interesses.

Dá trabalho, porém produz resultados. Mesmo que a peleja leve tempo e consuma muita energia.
Como agora, em que está estabelecido o conflito em torno da Emenda 3.

A Emenda 3 apareceu sorrateiramente no projeto da Super Receita. O presidente Lula a vetou.
Mas há um movimento no Congresso Nacional encetado por parlamentares da área conservadora, ligados ao grande empresariado, que desejam derrubar o veto do presidente, alegando que a Emenda 3 pode contribuir para reduzir custos e aumentar a empregabilidade (sic).

O texto vetado passa do fiscal do trabalho para a Justiça do Trabalho a prerrogativa de desconstituir pessoa jurídica (empresa) criada supostamente para fraudar os direitos trabalhistas.

Acontece que grandes empresas impõem a seus empregados que se estabeleçam como empresa individual ou pessoa jurídica e os contratam na condição de prestadores de serviços, eximindo-se assim do pagamento de uma série de encargos trabalhistas e previdenciários, numa clara burla ao Direito do Trabalho.

O empregado, desse modo, fica sem o direito a férias, décimo terceiro salário, descanso semanal remunerado, FGTS, licença-maternidade, vale-transporte, vale-alimentação, assistência médica e previdenciária.

O movimento sindical se organiza para pressionar deputados e senadores a não derrubarem o veto do presidente. Há um calendário de mobilização aprovado pelas centrais sindicais, que se unificam em torno do tema.

É uma batalha se grande interesse social. Acompanhe.

PS: Luciano Siqueira, do PC do B, é vice-prefeito do Recife e escreve às quartas-feira neste Blog

História: 28 de março de 1968

Édson vceladopor seuscompanheiros
O secundarista Édson Luís de Lima Souto é morto pela PM em passeata do restaurante Calabouço. O Brasil se comove com o lema "Mataram um estudante, podia ser seu filho"; 50 mil vão ao enterro, em impressionante passeata à luz de velas. (Vermelho www.vermelho.org.br).

27 março 2007

DESTAQUE DO DIA

Lula prepara um tiro no próprio pé

Uma nota no G1, publicada ontem, dá conta de que o presidente Lula estaria ultimando a redação de um projeto de Lei a ser enviado ao Congresso limitando o direito de greve para categorias profissionais do serviço público.


As restrições devem atingir setores considerados essenciais, como saúde, educação e previdência e, em situações avaliadas como críticas, também as instituições policiais.

Desde que o próprio presidente mencionou o assunto, há cerca de quinze dias, a OAB se pronunciou contra, alegando inconstitucionalidade. As centrais sindicais protestaram e prometeram ir às ruas para defender o que consideram direitos inalienáveis do funcionalismo público.

A se confirmar a informação do G1, teremos mais uma peleja dentre muitas a envolver o governo.
Nesse caso, uma peleja absolutamente desnecessária e evitável.

Pois o bom senso recomendaria que o presidente, às voltas com a votação de MPs relativas ao PAC no Congresso e com a necessidade de ajustar o ritmo do governo face as mudanças ocorridas na equipe ministerial, evitasse um confronto com o movimento sindical.

Duplo erro: o de concepção, que inspira a medida; e o tático, porque ainiciativa é evidentemente inoportuna. Para sermos precisos: um tiro no próprio pé.

Fidelidade imposta

Enquanto o Congresso Nacional se exime, na prática, de cumprir o papel que lhe cabe na reforma política, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) mais uma vez "legisla" sobre a matéria. Veja o que noticia a Folha Online:
TSE decide que mandato pertence ao partido e não ao candidato eleito
. O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) decidiu na noite desta terça-feira, por seis votos a um, que o mandato pertence ao partido ou à coligação e não ao candidato eleito. A medida estabelece a chamada fidelidade partidária para todos os cargos elegíveis no país e tem por objetivo impedir a troca de partido políticos.
. O entendimento do TSE foi em resposta à consulta feita pelo PFL. No questionamento, o partido perguntou: "os partidos e coligações têm o direito de preservar a vaga obtida pelo sistema eleitoral proporcional quando houver pedido de cancelamento de filiação ou de transferência do candidato eleito por um partido para outra legenda?
. "O ministro Cesar Asfor Rocha foi o primeiro a manifestar seu voto. Para Rocha, os partidos e coligações devem conservar o direito ao mandato obtido se o candidato eleito se desfiliar para ingressar em outra legenda.
. O voto de Rocha foi seguido pelos ministros Marco Aurélio, Cezar Peluso, Carlos Ayres Britto, José Delgado e Caputo Bastos.Ao defender seu posicionamento, Peluso lembrou que a filiação partidária é "requisito essencial à elegibilidade do candidato". Com isso, o cancelamento da filiação ou a transferência para outra legenda "tem por efeito a preservação da vaga ao partido", ressaltou.Único a votar contra a perda do mandato, o ministro Marcelo Ribeiro ressaltou que a penalidade não está prevista nem na Constituição Federal nem em normas infraconstitucionais.

Informação isenta em perigo

No Blog de Jamildo:
Em dificuldades, Agência Carta Maior pode fechar as portas esta semana
. Passando por sérias dificuldades financeiras, a Agência Carta Maior corre o risco de interromper a produção de seu conteúdo ainda esta semana. O veículo perdeu um contrato de patrocínio com a Petrobras em dezembro e desde então os profissionais não recebem seu salário. Está marcada para dia 30/03 uma reunião para o grupo reavaliar a situação e decidir o futuro da agência.
. Dia 26/03, o editor-chefe, Flávio Aguiar, escreveu um editorial informando que o fechamento da revista é iminente, mas que a equipe segue fazendo todos os esforços possíveis para reverter a situação. Além da publicidade, a principal fonte de renda da Carta Maior é o patrocínio de projetos de cunho social. O veículo já encaminhou uma série deles para agentes fomentadores e segue aguardando uma resposta que pode oferecer novo fôlego à agência.
. A transição do primeiro para o segundo governo Lula e as incertezas resultantes acerca do comando dos Ministérios e das estatais fizeram com que as verbas destinadas para publicidade em publicações à margem da grande imprensa, possuindo elas viés ideológico ou não, fossem paralisadas. Com isso, a Carta Maior e outros veículos foram prejudicados e passam por um período de crise.
. Para minimizar a vulnerabilidade de veículos pequenos que dependem principalmente de verbas estatais, Aguiar defende o estabelecimento de uma política pública independente do governo da ocasião para apoiar esse setor da imprensa. Ele sugere que os balanços e editais de estatais e órgãos públicos, que são publicados em veículos de grande alcance, tenham também uma versão análoga para os veículos de menor porte.
. “Essa imprensa alternativa é fundamental, ela é parte da democracia brasileira. O que cabe ao governo é favorecer uma política de estado que contribua para o estabelecimento de critérios equânimes, buscando o favorecimento da democracia de nosso país”, avaliou o editor-chefe de Carta Maior.

Bom dia, Audálio Alves


GEOGRAFIA DO CAMPO SOBERANO


Venhas, por onde quer que venhas,
seguindo o mugir dos bois,
encontrarás o Nordeste-
inda Nordeste.
Depois
Recife,
Tabocas, Rio Formoso,
Igarassu, Cabedelo,
Sirinhaém, Porto Calvo-
seus ares calvos ainda:
os ventos de cabeleira
são do Nordeste, os de Olinda.
Aí já então preso aos lugares,
por guia tomes os mares
(não o ar que erra).
Logo,
terra verás
além
bastante acima da terra:
um arraial
construção de ar, conexão de alturas
-visão
do ar batido sob a luz mais pura:
Palmares.
Antes vontade e hoje imaginação
agora campo de bois, de incerto fumo e feijão
e outrora
cercos reais madurando
cereais da liberdade.
Venhas.

Correção necessária

Da Agência Brasil:
Mais de 216 mil beneficiados pelo Bolsa Família não tiveram freqüência escolar mínima
. O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) encaminhou este mês a 216.811 famílias a primeira notificação de advertência pelo fato de os filhos não terem cumprido a freqüência escolar obrigatória de 85% das aulas nos meses de agosto e setembro do ano passado. A freqüência escolar mínima é uma das condicionalidades para a concessão do benefício do programa de transferência de renda.
. Segundo o MDS, outras 82.014 famílias terão o benefício bloqueado por 30 dias. Elas receberam a segunda advertência pelo fato de seus filhos não terem atingido o índice de freqüência escolar em duas pesquisas (uma realizada nos meses de agosto e setembro, e outra nos meses de maio, junho e julho). As famílias irão voltar receber a bolsa em abril, retroativa ao mês da suspensão, desde que seja identificado e normalizado o problema.
. Outro grupo, de 29.891 famílias, terão o benefício bloqueado por 60 dias em razão de terem recebido duas advertências e mesmo assim não regularizaram a situação. Elas poderão voltar a receber a assistência, só que o pagamento não será retroativo e condicionado à solução do problema das faltas. Ainda existem 25 famílias que passaram pelas três etapas de fiscalização da freqüência e mesmo assim não resolveram o problema. Elas também terão o benefício bloqueado por 60 dias e se forem notificadas novamente terão o Bolsa Família cancelado.

Financiamento da casa própria em bom momento

No G1:
Financiamentos com prazos maiores facilitam compra da casa própria. Capacidade dos consumidores de adquirir um imóvel dobrou em dez anos
. Nunca foi tão fácil financiar um imóvel no Brasil. O acesso a um empréstimo desse tipo nos bancos está menos restrito: prazos estendidos para 20 anos, valores maiores de financiamento e maior possibilidade de comprometimento de renda. Hoje, o comprador tem cerca do dobro da capacidade de adquirir um imóvel que há dez anos – ainda que não tenha tido aumento de salário. "É o efeito Casas Bahia", aponta João Crestana, presidente em exercício do Sindicato das
. Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo (Secovi-SP). "Com juros menores e prazos maiores, há muito mais pessoas em condições de comprar um imóvel", resume. "A estabilidade econômica 'tira' o medo do consumidor de se endividar a longo prazo".
. A comparação é justa: a rede varejista Casas Bahia apostou no crédito aos consumidores para expandir suas vendas entre as classes C e D. Como resultado, só em 2006 foram feitas 15,2 milhões de compras financiadas em lojas da rede, e as compras a prazo chegaram a 60% de seu faturamento.
. A fartura tem um motivo: o volume de dinheiro nos caixas dos bancos disponíveis para os financiamentos. Em 2006, pela primeira vez na história, os bancos ofereceram mais dinheiro para a casa própria do que o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Foram R$ 9,5 bilhões, contra R$ 3,7 bilhões disponíveis no FGTS (destinados a famílias com renda de até R$ 4.900 e imóveis avaliados entre R$ 72 mil e R$ 80 mil.).
. Este ano, a cifra será maior ainda: R$ 11 bilhões. A estimativa é do diretor geral da Associação Brasileira de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), Osvaldo Correa Fonseca. Pelas contas da Abecip, esse dinheiro deve financiar a compra de cerca de 150 mil imóveis – o que fará de 2007 o melhor ano para o financiamento imobiliário desde 1998, quando o sistema financiou 181.834 imóveis com recursos da poupança.

Contra a Emenda 3

As bandeiras e camisetas deram colorido à manifestação


No Vermelho:
Sindicalistas fazem manifestação para defender veto à Emenda 3
. Eles prometeram e cumpriram. As centrais sindicais lotaram o auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados, na manhã desta terça-feira (27) para defender o veto à Emenda 3, no projeto que criou a Super-Receita. Eles decidiram montar uma estratégia de mobilização que vai culminar com paralisações no próximo dia 10. A abertura do evento contou com um coro de centenas de pessoas cantando o hino nacional, agito de bandeiras e gritos de palavras de ordem.
. A proposta aprovada é de que as sete principais centrais sindicais - CUT, Força Sindical, CGTB, CGT, SDS, CAT e Nova Central - vão realizar greves por todo o país no próximo dia 10. Serão greves de advertência, com duração média de três horas, em diferentes ramos de atividade, para garantir o veto presidencial à Emenda 3.
. Além das lideranças sindicais e parlamentares da base de apoio do governo. , militantes participaram da plenária, colorindo a platéia de vermelho, laranja e amarelo – as cores de três das centrais.
. A deputada Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), que participou da manifestação, defende uma solução negociada. Ele lembrou que a bancada do Partido votou unida contra a Emenda e dá apoio às centrais sindicais pela manutenção do veto presidencial, mas enfatiza a busca de uma saída alternativa. ''Não podemos rebaixar essa questão, se existe possibilidade, vamos esgotar as negociações''.

Boa tarde, Ivan Maia


Aos fomens
(a Josué de Castro)

A fome não existe somente
Quando some a vontade de comer

Some a esta falta
Uma outra causa que falta dizer:
É preciso entender
Desde o início
Que se colhe a carência
Plantando desperdício

Pra servir na mesa da partilha
Sem precisar de guerrilha
O prato da cultura em vigor
É ainda necessário aos que comem
Que a força criadora do homem
Produza um novo modo de consumo
Que prescinda de absorver
A carne que cresce apenas pra morrer
E distribua melhor os grãos
Que alimentavam essa carne e seu povo
Cozinhando as sementes de um tempo novo
Que se enraíza no poder
Da terra, de nutrir quem nela viver.

Na página de Opinião do Jornal do Commercio

A peculiaridade do Partido Comunista

Luciano Siqueira*

Somos ainda um jovem país, um povo em formação. Natural, portanto, que nossas instituições - como os partidos políticos - careçam da solidez observada em outras terras.

Como bem observa Afonso Arinos de Melo Franco em seu estudo “História e Teoria dos Partidos Políticos no Brasil”, nossa tradição sempre foi de partidos conjunturais, efêmeros e pouco apegados a compromissos programáticos. E com forte influência regional.

Assim foi no Império, na República Velha e após a Revolução de 30. Prosseguiu no período iniciado com a Redemocratização, em 1946, até o golpe militar de 1964. Perdura nos dias atuais.

As elites brasileiras, donas de invulgar capacidade de se preservarem no poder, alternando expedientes autoritários e habilidade política, jamais construíram agremiações partidárias longevas, como ocorre, por exemplo, no vizinho Uruguai, que conta com partidos centenários.

Hoje, emblematicamente, um grande partido conservador, o PFL, caminha para a mudança de nome, de sigla e de programa.

O fenômeno ainda carece de estudos mais acurados. Provavelmente está relacionado com a forte influência do fator regional. O país, imenso e palmilhado por complexa gama de distorções sociais, exibe uma grande diversidade regional, que se reflete na economia, na cultura e também na política.

O regionalismo sempre foi muito forte no ambiente partidário. Mesmo quando os partidos passaram a cumprir a exigência constitucional imposta em 1967 pelo regime militar, de se estruturarem nacionalmente, não perderam a feição de conglomerado de grupos locais. É comum secções regionais de grandes partidos adotarem postura dissidente no estado, contrariando a orientação nacional. A exemplo do PSDB da Bahia, que no último pleito apoiou para o governo do estado o petista Jacques Wagner.

Nesse contexto, constitui-se uma notável particularidade a do Partido Comunista do Brasil. Fundado em 1922, completou no último domingo 85 anos de existência e de atividade ininterrupta.

O PCdoB (sigla adotada em substituição à da de sua fundação - PCB -, em meio a um conflito interno que levou ao surgimento da facção denominada Partido Comunista Brasileiro, que ficou com a sigla original), viveu 60 dos seus 85 anos condenado à ilegalidade, alvo de perseguições e preconceitos. No entanto, foi capaz de resistir e de se renovar, sem contudo renegar sua base teórica marxista-leninista. Por isso, comemora oito décadas e meia de vida na condição de partícipe ativo e influente da cena política nacional, reconhecido e respeitado na sociedade brasileira e internacionalmente.
* Vice-Prefeito do Recife, membro da direção nacional do Partido Comunista do Brasil-PCdoB.

População carcerária cresce

No Blog da Folha:
Jarbas/Mendonça: a explosão do crime
. Nos últimos três anos, final das administrações Jarbas Vasconcelos (PMDB) e Mendonça Filho (PFL), a população carcerária de Pernambuco cresceu na mesma velocidade com que o Estado batia e bate recordes de violência e homicídios.
. Segundo dados do Ministério da Justiça, em dezembro de 2003, no primeiro levantamento disponível com números regionalizados, havia no Estado 12.488 presos, quase quatro mil além da capacidade total das penitenciárias.
. Em apenas três anos, dezembro de 2006, a população explodiu, aumentou 26,34%, chegando à marca de 15.778.Sinal de que houve pouco ou quase nenhum investimento no sistema priosional nesse período, o déficit de celas subiu na mesma proporção da quantidade de presos.
. O déficit, número de presos que ultrapassa a capacidade das prisões, chegou a 7.522.Os números estão disponíveis no Sistema Integrado de Informações Penitenciárias (Infopen) do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), do Ministério da Justiça. Sobre os dados de Pernambuco, leia mais aqui e aqui.
Estado de joelhos
. Não é por outra razão que Pernambuco chegou a uma situação de completa impotência. Veja o que disse à Folha de Pernambuco, sexta-feira (23), o diretor do sistema prisional do Estado, coronel Humberto Vianna, sobre o fato de os presos da Barreto Campelo, penitenciária de segurança máxima, terem conseguido destruir cadeados, invadir um pavilhão e chacinar seis detentos:"Hoje, eu não tenho nenhuma garantia de que o que aconteceu não vá se repetir. Eu não garanto."Veja aqui a entrevista completa.
. No governo Lula, cresceu 67,65%A população carcerária brasileira aumentou 67,65% no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de acordo com dados do Infopen (Sistema Integrado de Informações Penitenciárias) do Depen (Departamento Penitenciário Nacional), divulgados hoje pela Folha de S.Paulo.

PAC começa a andar na Câmara

. Ontem à noite a Câmara dos Deputados aprovou a primeira das medidas provisórias relacionadas com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
. A MP 346 permite a abertura de crédito extraordinário de R$ 452,18 milhões para a conclusão dos processos de extinção da Rede Ferroviária Federal (RFFSA) e de liquidação da Companhia de Navegação dos São Francisco (Franave).
. Agora a matéria será submetida ao Senado.

Versos de combate

“Há aqueles que levantam uma bandeira e prosseguem./Aqueles que afrouxam as mãos e abandonam as bandeiras no caminho.” (Marcelo Mário de Melo – Aos que cuidam de bandeiras).

História: 27 de março de 1984

Raoni indica no mapa as terras do seu povo
Os Txukahamãe liderados por Raoni bloqueiam a BR-80 e fazem 12 reféns. Exigem, e irão obter, seu território sagrado ao norte do Parque do Xingu, MT. (Vermelho www.vermelho.org.br).

DESTAQUE DO DIA

Recados dados (e compreendidos) na festa do PCdoB

Toda festa é um misto de confraternização, boas recordações e alegria.

Festa política é tudo isso e um pouco mais.

No ato comemorativo dos 85 anos de fundação do PCdoB, ontem à noite, na Assembléia Legislativa, o “pouco mais” se expressou através dos discursos de três grandes amigos dos comunistas, o prefeito João Paulo, o secretário estadual das Cidades, Humberto Costa, e o governador Eduardo Campos.

Os três enalteceram a trajetória do PCdoB, mencionaram episódios recentes das lutas eleitorais.

Cada a um seu modo se referiu, direta ou indiretamente, ao pleito de 2008.

Eduardo Campos destacou a formação do Bloco de Esquerda na Câmara dos Deputados, que congrega PCdoB, PSB, PDT, PAN, PMN, PHS e PRB, salientando o importante papel que cumpre no parlamento, rechaçando, entretanto que o Bloco tenha rebatimento obrigatório nos estados para efeito das alianças eleitorais.

Humberto Costa enfatizou a necessidade de se manter a aliança de natureza estratégica entre o PT e o PCdoB.

João Paulo pediu serenidade e paciência na costura das alianças para 2008, mencionando a dimensão da batalha que será travada contra as correntes conservadoras e a direita.

Tudo de acordo com a visão do PCdoB, que foi exposta pela prefeita de Olinda, Luciana Santos, e por esse amigo de vocês.

A unidade de pensamento e de propósitos é o nosso ponto de partida comum.

Ou seja: como gostam de dizer os jornalistas, os “recados” foram dados – e compreendidos por todos.

Luciano Moura ironiza

Na coluna Folha Política (Folha de Pernambuco):
Cobrança “é até cômico” - Assistindo de camarote aos ex-governistas cobrarem de Eduardo Campos a liberação da senha do Siafem, o deputado Luciano Moura (PCdoB) diz que acha é graça. “É até cômico ver a oposição pedindo a senha. Eduardo liberou o Portal da Transparência e a Alepe tem todas as informações”, diz.

Álcool e biodiesel

Gazeta Mercantil:
Os investimentos na produção de álcool financiados pelo BNDES somam R$ 6,5 bilhões. Outros R$ 604 milhões são destinados ao biodiesel. Ontem, o Grupo São Martinho anunciou parceria com a japonesa Mitsubishi Corp. para a exportação de álcool por período de 30 anos.
Tamanha expansão da produção de biocombustíveis recomenda política própria, sugere o ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues. Ele defende a criação de uma secretaria específica para tratar de fontes alternativas de energia, mirando principalmente as exportações de etanol para os Estados Unidos.

Lucros e mais lucros

Gazeta Mercantil:
Os bancos médios encostam nos grandes
Depois de sofrerem para se recuperar de um ano difícil logo após a quebra do Banco Santos, em 2005,os bancos médios brasileiros tiveram em 2006 um ano excelente. A rentabilidade sobre o patrimônio, de 19,6% ao ano, em média, está apenas um ponto abaixo da média dos dez maiores; a carteira de crédito cresceu 39,2%; e a inadimplência ficou em 2,2%. Nos depósitos a prazo, o crescimento foi de 29,5% no ano passado, enquanto nos grandes o índice ficou em 12,2%, segundo estudo da Austin Rating feito a pedido deste jornal.

26 março 2007

Sem revanchismo

No Acerto de Contas:
Eduardo tenta segurar assessores que querem abrir caixa preta do governo passado
. A oposição está cutucando onça com vara curta ao disparar críticas contra o governo do estado sobre a liberação da senha do Sistema de Acompanhamento Financeiro dos Estados e Municípios (Siafem). Setores do PSB tem considerado a ação puro oportunismo e defendem a abertura da caixa preta da gestão Jarbas/Mendonça Filho. Por enquanto, o próprio governador Eduardo Campos tem segurado a tropa. Não se sabe, porém, por quanto tempo.
. Nas últimas duas semanas, os deputados Augusto Coutinho (PFL) e Teresinha Nunes (PSDB) ocuparam grande espaço na mídia criticando o Portal da Transparência, lançado pela atual gestão e que disponibiliza vários dados das contas públicas estaduais. Dizem que Eduardo tem a obrigação de liberar a senha do Siafem porque foi promessa de campanha da frente popular.
. O PSB diz que é puro oportunismo (no que tem certa razão), já que o governo Jarbas/Mendonça passou oito anos se negando a liberar a mesma senha.
. O fato é que houve bate-boca semana passada no Palácio do Campo das Princesas entre dois secretários de Estado. Um defendia a divulgação completa de irreegularidades da gestão passada. O outro tentava segurar o companheiro.
. Eduardo tem dito nas conversas reservadas que não aceitará o descumprimento de sua orientação em não polarizar com oposição. Está certo de que isso imobilizaria seu governo e é exatamente o que a oposição quer. Mas o governador corre sério risco de algum ‘taleban’ palaciano botar tudo a perder.

À procura de uma identidade

. O PFL formaliza na quarta-feira, em convenção nacional do partido, a mudança do seu nome para Democratas (DEM).
. Resta saber se o partido também encontrará ideías novas.

Um grande acontecimento

. Com esse título, Eduardo Bomfim analisa em sua coluna semanal no portal Vermelho os 85 anos de existência ininterrupta do PCdoB. Diz ele: "Neste vinte e cinco de março o Partido Comunista do Brasil completa oitenta e cinco anos de existência. Trata-se de uma data significativa para a luta dos trabalhadores e do povo brasileiro. Porque durante todo esse período, os comunistas jamais deixaram de lutar pela emancipação social dos oprimidos e pela ampla soberania política da nação."
. Leia o texto na íntegra clicando aqui http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=15316

História: 26 de março de 1999

A manifestação na Avenida Paulista, SP
Dia nacional de protesto, em várias cidades, convocado pelo foro Terra Trabalho e Cidadania. Em S. Paulo, manifestação com 15 mil é alvo de provocações da polícia, que agride militantes. (Vermelho www.vermelho.org.br).

Desinformação


. Na coluna Diário Político (Diário de Pernambuco) de sábado último, uma informação truncada – a de que nosso blog teria se iniciado há 15 dias, e estaria vinculado a uma suposta pré-candidatura nossa à prefeitura do Recife.
. Uma coisa nada tem a ver com a outra.
. Nosso blog, alimentado diariamente, teve a sua primeira postagem em 5 de junho de 2006.
. A jornalista Mônica Alcântara (foto) é quem deu a idéia, e insistiu até que a aceitássemos.

A morte do jornal de papel

No Blog d Noblat:
Para o jornalista americano Robert Cauthorn, pioneiro da informação on-line, a revolução digital nos meios de comunicação promete aposentar o jornalismo diário em papel em apenas uma geração. Segundo ele, a geração nascida com internet prescinde de folhear as páginas impressas do jornal. A mudança é só uma questão de os preços do "papel eletrônico" e das conexões sem fio chegarem a um nível acessível, disse ele em entrevista ao jornal francês "Le Monde" republicada ontem pela Folha de S. Paulo. Leia aqui

Na Assembléia Legislativa, às 18 horas

. Hoje, em sessão solene na Assembléia Legislativa proposta pelo deputado Luciano Moura (PCdoB), o Partido Comunista do Brasil comemora 85 anos de fundação.
. Com a participação de suas principais lideranças, aliados e amigos - dentre os quais o prefeito João Paulo, que confirmou presença.

DESTAQUE DO DIA

Na mira da sociedade

Pesquisa Datafolha publicada no jornal Folha de S. Paulo domingo (ontem), revela que a violência ocupa novamente o primeiro plano nas preocupações do brasileiro. À frente do desemprego.

Na avaliação do governo Lula – que, segundo anota o jornalista Fernando Rodrigues, emerge como o presidente da República mais bem avaliado depois de três meses no Palácio do Planalto desde o retorno do país à democracia -, os pontos negativos são exatamente relacionados com o problema.

Provavelmente deva está contribuindo para a elevação da sensação de insegurança da população o rumoroso noticiário desencadeado pelos casos de selvageria ocorridos no Rio de Janeiro e em outros lugares.

Mas o problema é sério. Assume a cada dia maior gravidade, dentre os problemas sociais que reclamam solução.

A população quer mais policiamento, mais força bruta para enfrentar a força bruta dos criminosos.

A solução efetiva para o problema requer bem mais do que isso. Exige a melhoria das condições de vida do povo, com menos exclusão e mais oportunidades de emprego; pesados investimentos em políticas públicas de caráter preventivo e, no aspecto repressivo, maior incremento do setor de inteligência.

Essa equação dá resultados. Mas carece de mais tempo, o que contrasta com as expectativas da população que se fixam no horizonte imediato.

Em Pernambuco, a julgar pelo pronunciamento do governador Eduardo Campos na reunião dos técnicos envolvidos com o Pacto pela Vida, no último fim de semana, há vontade política de caminhar nessa direção.

Bom dia, Mariana Arraes


Senda azul

Não sei bem como lhe dizer,
Nossos caminhos são profundamente ligados:
Você me indica a senda
Como se fosse um anjo da guarda.
E há junto a você um profundo reconforto,
Um calor azul,
Uma presença quase angélica,
Comovedoramente humana.

Popularidade recorde de Lula

No Blog da Folha
Por Fernando Rodrigues - Na Folha de S.Paulo BRASÍLIA - A pesquisa Datafolha publicada ontem contém um elemento de caráter histórico: Lula é o presidente da República mais bem avaliado depois de três meses no Palácio do Planalto desde o retorno do país à democracia. (...) Em março de 2003 havia registrado 43% de "bom" e "ótimo" (percentual inédito para esse período de administração). Agora, tem 48%. (...) Collor obteve 36% de aprovação com três meses de mandato. Itamar Franco ficou em 34%. FHC pontuou 39% em março de 1995. (...) Em fevereiro de 1999 (não houve pesquisa em março), FHC registrou 21% de aprovação.

Plano Estadual de Segurança fica pronto em um mês

No Blog de Jamildo:
. Cerca de 230 pessoas representando governo, instituições de pesquisa, associações policiais e entidades da sociedade civil concluíram, neste domingo, 25, a primeira etapa dos debates que vão dar origem ao Plano Estadual de Segurança Pública.
. Elas se reuniram em 16 câmaras temáticas, no Colégio da Polícia Militar, no Derby, para analisar o que já existe em ações de segurança no estado e sugerir iniciativas em cada área estudada.
. Todo esse volume de informações será agora processado pela equipe liderada pelo sociólogo José Luís Ratton, coordenador do Fórum Estadual de Segurança Pública e assessor especial do governador Eduardo Campos.
. Deste trabalho, resultará um documento que vai servir de pauta para a próxima atividade do Fórum: a reunião da plenária.
. Presidida pelo governador, a plenária contará com a participação de representantes da Assembléia Legislativa, Tribunal de Justiça, Procuradodria Geral do Estado, secretarias de governo e sociedade civil.
. A partir dos debates realizados neste novo encontro, marcado para os dias 21 e 22 de abril, será desenvolvida a primeira versão oficial do Plano Estadual de Segurança.
. "Até o dia 30 de abril o Plano será apresentado à socidade", afirma o coordenador Ratton.
Vamos acompanhar.

Mudança do modelo energético exige outro padrão de consumo

Na Carta Maior:
Carta Maior apresenta a segunda parte da entrevista feita por Flávio Aguiar e Bernardo Kucinski com os professores Ignacy Sachs, da Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais de Paris, e Ladislau Dowbor, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Nesta trecho, ambos os especialistas debatem mais a fundo sobre que modelo de produção e de organização social deveria emergir da crise anunciada pelas prováveis alterações climáticas em escala planetária. Para Sachs, o Brasil tem condições extraordinariamente propícias para criar um novo ciclo includente de produção de energia, combinando-a com outros tipos de produção, desde que haja a criação de alianças econômicas e políticas entre a diversidade dos atores envolvidos.
Clique aqui para ler matéria na íntegra http://cartamaior.uol.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=13777

Quadro sombrio

O Globo:
Número de foragidos já é maior do que o de presos
Levantamento da Secretaria Nacional de Segurança Pública, com base no Infoseg, o maior banco de dados criminais do país, mostra que o Brasil tem hoje mais de meio milhões de foragidos da Justiça, por crimes como seqüestros, assaltos e assassinatos, entre outros. Há mais foragidos do que presos em todo o sistema penitenciário nacional. As cadeias, já abarrotadas com 401.236 detentos, não teriam espaço para os foragidos. Cerca de 550 mil mandados de prisão jamais foram cumpridos pelas polícias. "É simplesmente assustador", resume o professor Ignácio Cano, especialista em estudos sobre violência.

Versos de resistência

“Um trem parece ter passado dentro de nós,/Mas restou uma lembrança viva,/Como uma água marinha.” (Mariana Arraes – Anos depois).

DESTAQUE DO DIA

Corrente política sempre renovada

Que faz uma corrente de pensamento perdurar ao longo de décadas e permanecer influente, a despeito do tolhimento do direito de se expressar livremente e de restrições impostas pelo preconceito e pela repressão policial?

Provavelmente a capacidade que tem de combinar, a um só tempo, fidelidade a seus princípios fundantes e constante renovação, de acordo com as mutações da realidade concreta.

A pergunta se faz oportuna e a resposta se mostra pertinente quando se considera o 85º. aniversário da fundação do Partido Comunista do Brasil, celebrado neste domingo, dia 25.

Isto porque o fato em si é de certo modo inusitado. Esta não é a tradição brasileira, a de partidos longevos. Ao contrário, aqui os partidos sempre foram conjunturais e efêmeros, incapazes de subsistirem aos períodos de restrição à democracia.

Em pouco mais de cem anos de República, foram dezoito as intervenções militares sobre a vida política nacional, com sentido autoritário. A sociedade brasileira acumulou tradição de luta pela democracia, mas ainda é inexperiente na prática democrática – o que não contribui para a existência de partidos sólidos.

Assim, os partidos do período imperial mal se mantiveram na República Velha e pós-Revolução de 30. Os da Redemocratização, a partir de 1946, se exauriram com o golpe militar de 1964.

O Partido Comunista, diferentemente, manteve-se atuante por oito décadas e meia, embora por sessenta anos tenha sido condenado à ilegalidade e à perseguição policial.

Demais, sendo um partido de orientação marxista-leninista, poderia ter terminado com a crise teórica e ideológica desencadeada pelo fracasso das experiências socialistas na União Soviética e no Leste Europeu. Permaneceu, entretanto. Renovou-se, teórica e politicamente, combinando elaboração científica com acurado conhecimento da realidade brasileira.

Daí o velho partido fundado em 1922 comemorar seus 85 anos em pleno vigor juvenil: com feição moderna, atualizado no tempo histórico, partícipe influente da vida nacional. E detentor de um Programa Socialista que, examinado criticamente, há de ser reconhecido como brasileiro (não copia nenhum modelo de socialismo pré-existente), consentâneo com as peculiaridades do nosso país e do nosso povo; científico, pois assentado em bases marxistas; e factível, desde que criado um ambiente de avançada consciência social e amadurecimento das correntes populares e progressistas. (Artigo publicado hoje no Diário de Pernambuco).


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Bom dia, Liminha


Chamada dos santos africanos

Quando a flor tava dormindo
Vento fogo corredor
É a bença prometida
Pra quem é merecedor
Pai Tomás levanta a cuia
Com incenso de fulô
Preta velha atiça o fogo
Que o trabalho começou

Vem arriar nessa casa

PCdoB jovem aos 85 anos

. Esta é a manchete de uma ampla reportagem assinada por Joana Rozowykwiat no Jornal do Commercio de hoje, acerca dos 85 anos de fundação do PCdoB.
. Assinantes do JC e do UOL podem ler a reportagem completa clicando aqui http://jc.uol.com.br/jornal/2007/03/25/not_225130.php

História: 25 de março de 1922


Os 9 participantes do Congresso de fundação
Congresso de fundação do Partido Comunista do Brasil (sigla PCB), no Rio e a seguir em Niterói. Reúne 9 delegados, eleitos por 73 militantes. É o início de uma saga sem paralelo na história dos partidos políticos brasileiros. (Vermelho www.vermelho.org.br).

Especulação sentido

Na coluna Pinga Fogo, no Jornal do Commercio:
O projeto do PCdoB para a eleição de 2008
Tendo a prefeitura de Olinda e a vice do Recife, o projeto do PCdoB era inverter o jogo em 2008: o PT na cabeça, em Olinda (Paulo Valença), e o PCdoB (Luciano Siqueira), no Recife. Deu errado.
*
. Cá entre nós: se Inaldo Sampaio, que assina a coluna, tivesse apurado o assunto junto ao PCdoB teria evitado essa especulação - que não faz sentido.
. Esse arranjo jamais foi intenção do PCdoB. Cada município tem sua especificidade e vida política própria.

O valor da boa gestão

O Estado de São Paulo:
Boa gestão no ensino vale mais que verbas, diz estudo
Municípios que gastaram num ano R$ 250 por aluno da 8ª série foram tão eficientes na educação quanto cidades que gastaram R$ 1.000, informa Simone Iwasso. A revelação vem de estudo inédito feito a partir dos dados do Sistema Nacional da Avaliação Básica e da Prova Brasil, aplicados pelo Ministério da Educação. "É claro que dinheiro é importante, mas diferenças na gestão, ou seja, na forma de alocá-lo, são mais importantes do que a quantidade de recursos", diz o economista Naércio Menezes Filho, autor do estudo.

85 anos do PCdoB

No Blog da Folha:
Por Marileide AlvesDa Folha de PernambucoHá exatos 85 anos, nascia, em Niterói, Rio de Janeiro, o Partido Comunista do Brasil (PCdoB) - legenda mais antiga do País -, que nos anos 80 viveu uma de suas melhores fases. Ao aliar-se, em 1989, com o Partido dos Trabalhadores (PT), foi peça fundamental para a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência da República, em 2001. O PCdoB cresceu e conquistou espaços significativos. Mas, embora seja aliado de primeira hora do presidente, a sigla comunista viu a aliança ameaçada de ruir depois do episódio da disputa pela presidência da Câmara Federal. O comunista Aldo Rebelo foi preterido por Lula que apoiou o petista Arlindo Chinaglia. Mas as lideranças do PCdoB alegam que a relação com o presidente não foi atingida e que as arestas já foram aparadas.Leia mais aqui.

Na página "Cidadania" da Folha de Pernambuco

Um partido e sua história
Luciano Siqueira*

Todo partido tem sua história. Alguns, de vida curta e descortino limitado, nem história conseguiram ter, conforme se anota na trajetória institucional do nosso jovem país. A história do Partido Comunista do Brasil começou em 25 de maio de 1922. Um reduzido coletivo de nove delegados, representando grupos comunistas ainda incipientes de Porto Alegre, Recife, São Paulo, Cruzeiro (SP), Niterói e Rio de Janeiro (os de Santos e Juiz de Fora não puderam comparecer), realizaram a reunião de fundação na então capital da República.

Dentre os fundadores - operários, alfaiates, funcionários públicos - estava o pernambucano Cristiano Cordeiro.

O partido se inicia com 73 militantes. É registrado sob a denominação de Partido Comunista do Brasil, no livro 3 do Registro de Pessoas Jurídicas do Cartório do 1° Ofício do Rio de Janeiro. Desde então, foram oitenta e cinco anos de existência e de atividade ininterrupta. Sempre ao lado dos trabalhadores e das camadas populares. Uma trajetória de acertos e erros que lhe permitiu amadurecer e se renovar teórica e politicamente, de acordo com a evolução da realidade do Brasil e do mundo.

As fases mais ricas do partido acontecem após a cisão ocorrida entre fins dos anos 50 e início dos ano 60. Em 1962, a parcela dos comunistas, então minoritária, que se rebela contra a alteração do nome, do Programa e dos Estatutos de modo considerado arbitrário (porque não através de Congresso) e equivocado (porque mudava a sua substância teórico-ideológica e política), realiza uma Conferência Nacional Extraordinária e reorganiza o partido, conservando o nome de fundação e adotando a sigla PCdoB.

Daí em diante, apesar de duramente atingido pela repressão policial no período do regime militar, o PCdoB foi capaz de resistir e de se renovar, de modo que, desde a Anistia em 1977, emerge como corrente política a um só tempo revolucionária e partícipe da vida política nacional.

Hoje, aproxima-se da envergadura de partido porte médio, tem presença no Parlamento em suas diversas instâncias; integra o ministério do governo Lula; e exerce marcante influência nos movimentos sociais. Seu Programa Socialista traduz um pensamento teórico e político atualizado e original, em sintonia com as peculiaridades do Brasil e do nosso povo e o credencia a prosseguir acatado e respeitado por todas as correntes políticas, aliadas ou adversárias.
* Vice-Prefeito do Recife, membro da direção nacional do Partido Comunista do Brasil-PCdoB

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24 março 2007

DESTAQUE DO DIA

Rede pública de TV, uma necessidade

O jornalista Franklin Martins assumirá semana que vem o posto de ministro da Comunicação Social do governo Lula.

A criação de uma rede pública de TV está na ordem do dia do governo e entra na pauta de debates da sociedade e da própria mídia.

Que tem a ver uma coisa com a outra? Muito.

Tem a ver porque Franklin Martins é do ramo, tem história pessoal militante e, como jornalista, consagrou-se como analista político sereno, equilibrado e arguto. Provavelmente será uma voz influente junto a presidente da República.

Tem a ver também porque o novo ministro vem adiantando opiniões acerca da criação da rede de TV pública, de sentido democratizante e não “intervencionista”. Ou seja: trata-se – tem ele acentuado – de uma rede pública, e não estatal; oferecerá noticiário e programas do interesse público e não chapa-branca.

Que é necessário fazer chegar ao grande público uma informação de qualidade e isenta, não resta dúvida. O comportamento de quase a unanimidade da mídia na última campanha presidencial, exageradamente parcial (em favor de Alckmin) deixou isso mais claro do que nunca.

Depois, no programa defendido por Lula na campanha está o compromisso com a democratização dos meios de comunicação. A rede pública de TV se moldará nesses compromissos.

No programa consta: • "Construir um novo modelo institucional para as comunicações, com caráter democratizante e voltado ao processo de convergência tecnológica.• Incentivar a criação de sistemas democráticos de comunicação, favorecendo a democratização da produção, da circulação e do acesso aos conteúdos pela população.• Fortalecer a radiodifusão pública e comunitária, a inclusão digital, as produções regional e independente e a competição no setor."

É isso.

Bom dia, Luis Carlos Monteiro

Grafito em Recife

Não te provoco - Sei que és violenta
e podes dispor de meu corpo
sem que eu o saiba ou espere.

Não te evoco,
e também
o louvar não te quero -
em meio a falácias e lutas
a viver o delírio dos loucos
e a sonhar num adolescer de destroços
não te rejeito ou refuto, não te renego ou expulso
de mim
ó cidade vadia, cidade maligna, obscura cidade!

Cidade ativa
desenfreada, divina
por onde amo e circulo.

Maioria ainda não usa internet

Da Agência Brasil:
Maioria da população nunca utilizou internet porque acesso ao computador é restrito
. A maioria dos brasileiros não utiliza a rede mundial de computadores – cerca de 128 milhões de brasileiros, em 2005, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que fazem parte de um suplemento especial da Pesquisa Nacional de Amostras por Domicílio (PNAD – 2005) sobre o uso das tecnologias de informação e comunicação no país.
. Realizado em parceria com o Comitê Gestor da Internet, o levantamento traçou o perfil dos usuários de internet e telefone celular, o estudo mostra que o principal impedimento apontado pelos entrevistados é justamente a impossibilidade de acesso ao computador, seja ele em telecentros públicos, organizações não-governamentais, no trabalho ou acesso privado nas residências. O argumento foi mencionado por 37,2% dos entrevistados. Entre os estudantes, o percentual dos que deixam de usar a internet para realizar trabalhos escolares por falta de computador passa de 50%.
. Regionalmente, a pesquisa do IBGE revelou disparidade na utilização da internet. O maior percentual de usuários foi observado no Sudeste (26,3%), enquanto o Norte e Nordeste tiveram o menor número de internautas (12% e 11,9%, respectivamente). O índice mais alto de usuários entre as unidades da federação foi registrado no Distrito Federal, que chegou a 41,1% da população acima de 10 anos.

Ibama & transposição

O Estado de São Paulo:
O Ibama emitiu ontem a licença para transposição do Rio São Francisco, com 51 condições que terão de ser cumpridas durante a execução da obra, prevista para durar quatro anos e com custo estimado em R$ 4,2 bilhões. Entre as condições para a execução está a reavaliação do projeto de reassentamento da população afetada. Isso encerra um processo iniciado em abril de 2005 que gerou várias ações na Justiça - pelo menos uma ainda está correndo e ontem houve em Minas mais um protesto contra a obra. O projeto prevê a construção de dois canais: um levará água do Rio São Francisco para Pernambuco e Paraíba e o outro, para Ceará e Rio Grande do Norte. Os críticos da obra alegam, entre outras coisas, que o custo da água transferida será um dos maiores do mundo.

Franklin Martins emite sinais


No Jornal do Brasil:
O jornalista Franklin Martins, futuro ministro das áreas de imprensa e publicidade do governo Lula, diz que esses "guichês serão separados". Diz, porém, que a imprensa "será criticada sempre que avançar o sinal". Para ele, isso ocorre quando a mídia tenta "puxar a sociedade pelo nariz para um lado e para o outro". Indagado se o governo incentivaria a criação de órgãos simpáticos, como prega o PT, diz: "Não cabe ao governo plantar, regar e colher veículos de comunicação simpáticos a ele". Ele defende a criação de uma rede pública de TV, dizendo que ela não deve funcionar com lógica comercial. Diz que o governo poderá indicar a diretoria, mas sem partidarismo. "Senti na conversa com o presidente que é TV pública e não estatal. Plural e não partidária."

História: 24 de março de 1999

Guerra nunca mais, de Kate Kollwitz
Violando o direito internacional, a Otan inicia ataques aéreos à Iugoslávia, com a justificativa de conter a limpeza étnica em Kossovo. A agressão dura 1 mês, seguida por longa ocupação, sem respaldo da ONU. Os bombardeios atingem seguidamente a população civil. (Vermelho www.vermelho.org.br).

23 março 2007

Versos de esperança

“É preciso ter sonho sempre/Quem traz na pele essa marca/Possui a estranha mania de ter fé na vida” (Milton Nascimento e Fernando Brant – Maria, Maria).

Mera especulação


No Vermelho:
Aldo atribui a "especulação" rumor sobre convite para Defesa
. O deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB-SP) atribuiu à "especulação da imprensa, de amigos", os rumores de que teria sido convidado para ministro da Defesa do governo Lula. Em visita a Aracaju nesta quinta-feira (22), para receber a Medalha de Ordem ao Mérito Serigy, Aldo disse que "não há nada sobre esse tema".
. O ex-presidente da Câmara dos Deputados falou à imprensa após a solenidade. “Essa questão do Ministério é especulação da imprensa, de amigos, mas não há nada sobre esse tema que tenha sido tratado nem por mim e nem por qualquer interlocutor. O Ministério é uma prerrogativa exclusiva do presidente da República e hoje está ocupado por um grande brasileiro, o ministro Waldir Pires”, declarou.

Ibama libera transposição

Da Agência Brasil:
Ibama autoriza início das obras para a transposição do São Francisco
. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) autorizou o início das obras de transposição de águas do São Francisco.
. o Nordeste conta com apenas 3% da água doce do país, dos quais a Bacia do São Francisco responde por 70%. O projeto de transposição prevê a construção de dois canais: um a Leste, que levará água para Pernambuco e Paraíba, a partir da captação no lago da barragem de Itaparica; e outro na direção Norte, abastecendo o Ceará e o Rio Grande do Norte com a retirada sendo feita nas imediações da cidade de Cabrobó (PE).

Franklin Martins no governo

. Franklin Martins ministro da Comunicação Social.
. O governo Lula ganha um importante reforço. E a imprensa brasileira perde momentaneamente um analista político sério e equilibrado.

Água: a ameaça

Na Folha de Pernambuco:
. A FAO (Fundo das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação) adverte que pelo menos 60% da população mundial deverá enfrentar problemas de falta do líquido – cita em editorial de hoje, a Folha de Pernambuco.
. “Até 2025, a FAO admite que 1,8 bilhão de pessoas viverão em países ou regiões com graves problemas de acesso à água. Atualmente, conforme dados da instituição, mais de 1 bilhão de pessoas já sofrem com a falta de água potável para suas necessidades diárias, enquanto cerca de 2,6 bilhões não têm instalações razoáveis de saneamento básico.”

Apenas opiniões divergentes

A manchete nos parece exagerada. Não há acusações, há apenas a explicitação de divergências. De toda forma, para seu conhecimento, transcrevemos a matéria da Folhade Pernambuco de hoje.
Na Folha de Pernambuco:
Jarbas e Siqueira voltam a trocar acusações
. O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) e o vice-prefeito Luciano Siqueira (PCdoB) estão em pé de briga. A confusão teve início após algumas declarações dadas pelo comunista em seu blog pessoal, onde faz críticas ao peemedebista. Em entrevista ao Blog da Folha (blogdafolha.com.br), Siqueira negou buscar com isso espaço político para a disputa da Prefeitura do Recife. Para apimentar mais a discussão, o vice-prefeito rebateu em seu espaço de Internet. “(Jarbas) insinua que nossas críticas ao desempenho do senador e ao seu Governo estejam relacionadas com nossa suposta pretensão (sic) de disputar o pleito de 2008. Quem disso usa, disso cuida, diz o nosso povo. Só quem está habituado à pirotecnia midiática pode pensar assim, ao invés de reconhecer o democrático direito”, relata.
. Em nota à Imprensa, intitulada “Ação e Reação”, redigida por sua assessoria, Jarbas informa que, “ao contrário do vice-prefeito Luciano Siqueira, o peemedebista tem mais o que fazer no Senado Federal do que ficar respondendo a provocações recalcitrantes”, alfineta.
. “A assessoria reconhece o direito do vice-prefeito de se expressar, mas ele também deveria aceitar o direito de defesa de quem se sente atacado. A nova movimentação política do vice-prefeito talvez decorra do fato dele ter testemunhado o companheiro Aldo Rebelo (PCdoB-SP) ser traído pelo PT em nível nacional”, descreve o texto que se encerra com uma ironia: “Esses fatos incontestáveis apontam para um afastamento entre o partido do vice-prefeito e o petistas e uma reaproximação com o PSB. Separações geralmente mexem com as pessoas. Talvez seja o caso”, diz.

A palavra do prefeito

No Blog da Folha:
João Paulo defende Luciano e Jarbas
. O prefeito do Recife é assim mesmo. Com ele não tem relação impossível, nem passagem complicada.
. Veja o que disse a Ricardo Dantas Barreto, colunista de Política da Folha de Pernambuco, sobre os confrontos entre seu vice, Luciano Siqueira (PCdoB), e o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB), que, depois de criticado, acusou o comunista de ser um desocupado:
- "Luciano tem muito o que fazer. Essa polarização era esperada, mas não vai atrapalhar a gestão, nem Jarbas deixará de apoiar nossos projetos".

Considerar a hipótese não ofende


No Blog da Folha, ontem:
Bem que Jarbas disse...
. O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) acusou o vice-prefeito do Recife, Luciano Siqueira (PCdoB), de atacá-lo só porque está preocupado com a eleição municipal do próximo ano, quando tentará disputar a prefeitura (leia mais aqui).Pois não é que Jarbas tem certa razão.
. Provocados pela imprensa, os líderes do PCdoB não falam de outra coisa, a não ser da possibilidade de Siqueira ser candidato. Veja o que disse mais cedo, à Rádio Folha 96,7 FM, Luciana Santos, prefeita de Olinda:
. "O fato de a esquerda se afirmar dá condições para que os partidos de esquerda coloquem novas alternativas e, pela primeira vez, o PCdoB está à altura de um desafio como esse, que é uma candidatura à Prefeitura do Recife. É um cenário de mais possibilidades para os partidos das nossas frentes, que vão enfrentar essa disputa de 2008 com mais ousadia. Mas, claro, sem atropelar a equação política que precisa ser feita para que não haja desequilíbrio".
*
Cá entre nós: se a hipótese existe, Luciana está mais do que certa ao responder com sinceridade à pergunta que lhe foi formulada. E o fez com muito cuidado, rigoramente de acordo com osproósitos unitários do PCdoB, que - nunca é demais repetir - não pretende atroipelar nenhum aliado nem comprometer a coesão de nosso ampla arcos de forças reunido em torno dos governos Lula, Eduardo Campos e João Paulo.