. O dado é da Fundação Getulio Vargas (FGV) e revela, pela décima vez consecutiva, alta no Índice de Confiança da Indústria (ICI), que apresentou variação de 2,4% em novembro ante outubro.
. Numa escala de zero a 200, a percepção otimista alcançou 109,6 pontos ante 107. É o maior nível desde agosto do ano passado (113,3 pontos).
. Tudo bem. Mas é preciso atenção para uma conclusão dos analistas da FGV. Eles asseguram que o resultado indica que a recuperação do setor está consolidada, após a crise financeira internacional. Em relação ao resultado de igual mês de 2008, quando as atividades da indústria já estavam sob o efeito da crise, houve elevação de 35%, na maior alta desde julho de 2004 (42,4%) nesse tipo de comparação.
A construção coletiva das idéias é uma das mais fascinantes experiências humanas. Pressupõe um diálogo sincero, permanente, em cima dos fatos. Neste espaço, diariamente, compartilhamos com você nossa compreensão sobre as coisas da luta e da vida. Participe. Opine. [Artigos assinados expressam a opinião dos seus autores].
30 novembro 2009
Censo sem tecnologia avançada
. A informação é do Valor Econômico. Depois de três meses de testes, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) desistiu de usar netbooks na realização do próximo censo demográfico, a maior coleta de dados do país, marcada para agosto de 2010. O desempenho dos netbooks, computadores portáteis de tamanho reduzido, foi um fiasco no teste realizado em Rio Claro (SP). Houve perda de informações, aquecimento excessivo e incompatibilidade para rodar sistemas desenvolvidos pelo IBGE. Os problemas levaram o órgão a cancelar a licitação para adquirir 150 mil equipamentos.
. Além de problemas operacionais, diz Eduardo Pereira Nunes, presidente do IBGE, os netbooks apresentaram dificuldades de manuseio. "A maioria dos recenseadores entrevista as pessoas à porta de suas casas", comentou. "Como eles fazem esse trabalho em pé, fica difícil segurar o equipamento em uma das mãos e digitar as informações com a outra. Isso causava desconforto por causa do tamanho e do peso dos netbooks." Os PDAs (micros de mão) que o IBGE usou no censo agropecuário mostraram-se "muito mais adequados" à tarefa, afirma Nunes.
. Além de problemas operacionais, diz Eduardo Pereira Nunes, presidente do IBGE, os netbooks apresentaram dificuldades de manuseio. "A maioria dos recenseadores entrevista as pessoas à porta de suas casas", comentou. "Como eles fazem esse trabalho em pé, fica difícil segurar o equipamento em uma das mãos e digitar as informações com a outra. Isso causava desconforto por causa do tamanho e do peso dos netbooks." Os PDAs (micros de mão) que o IBGE usou no censo agropecuário mostraram-se "muito mais adequados" à tarefa, afirma Nunes.
UNE esclarece e contra-ataca
No Vermelho:
UNE responde à nova tentativa do Estadão de criminalizar entidade
Sob o título "Ataques do Estadão à UNE: mais um capítulo da criminalização dos movimentos sociais", o presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Augusto Chagas, responde às acusações feitas pelo jornal Estado de S. Paulo e comenta a real intenção da reportagem que acusa a UNE de irregularidades.
A principal manchete do jornal O Estado de São Paulo deste domingo acusa: “UNE é suspeita de fraudar convênios”. Em toda a página de abertura do caderno, o jornal julga: “a UNE fraudou convênios, forjou orçamentos”. Categoriza-nos de “aliados do governo” e afirma: “a organização estudantil toma dinheiro público, mas não diz nem quanto gastou nem como gastou”.
A afirmação “UNE é suspeita” não veio de nenhum órgão de polícia ou de controle de contas públicas, é uma afirmação de autoria e responsabilidade de O Estado de São Paulo. A principal acusação é de um orçamento de uma empresa não localizada, que aparece numa previsão orçamentária. De resto, outro orçamento de uma empresa que funciona num pequeno sobrado e especulação sobre convênios que ainda não tiveram suas contas aprovadas.
O fato é que a UNE nunca contratou nenhuma das duas empresas, apenas fez orçamentos, ao contrário do que a matéria, de modo ladino, faz crer. Sobre os convênios, o jornal preferiu ignorar as dezenas de convênios públicos executados pela UNE nos últimos anos – todos absolutamente regulares. Ignora também os pedidos de prorrogação de prazos feitos aos convênios citados, procedimento usual e que não tem nada de ilícito.
A diferença no peso dado a duas notícias na capa desta mesma edição evidencia mais ainda suas opções. Com muito menor destaque, denuncia os vídeos e gravações de um escândalo de compra de parlamentares, operadas pelo próprio governador do Distrito Federal. Apenas a penúltima página do caderno trata do escândalo, imperceptível sob a propaganda de um grande anunciante do jornal. Uma pequena fotografia mostra os R$100 mil que foram anexados ao inquérito divulgado pela Polícia Federal. A matéria, em tom jornalístico, não acusa. Pelo contrário, diz que os vídeos, “de acordo com a investigação”, revelam um suposto esquema de corrupção. Talvez o jornalista não tenha assistido às gravações...
Há pelo menos 17 anos este jornal não oferecia à União Nacional dos Estudantes uma manchete desta proporção. A última acontecera no Fora Collor. A hipocrisia da sua linha editorial precisa ser repudiada. Não apenas como esforço de defender a UNE das calúnias, mas para desmascarar os seus reais objetivos.
O principal deles é a desqualificação e criminalização dos movimentos sociais. O MST enfrenta um destes momentos de ataque, seja através da CPI recriada no Congresso pelos ruralistas, seja através da sistemática campanha que procura taxá-lo como “criminoso” para a opinião pública. As Centrais Sindicais sofrem a coerção econômica do patronato, policialesca do sistema judicial, e a injúria de parte da grande mídia. A UNE, que acaba de construir o congresso mais representativo dos seus 72 anos de vida, foi tratada como governista, vendida, aparelhada e desvirtuada de seus objetivos pela maioria das grandes rádios, jornais e revistas.
A grande imprensa oscila entre atacar os movimentos sociais ou ignorá-los - como fez recentemente com a marcha de mais de 50 mil trabalhadores reunidos em Brasília reivindicando a redução da jornada de trabalho. Este jornal, por exemplo, não achou o fato importante a ponto de noticiá-lo.
As organizações populares e democráticas devem ter energia para reagir prontamente. É fundamental que o façam de maneira unificada, fortalecendo-se diante dos interesses poderosos que enfrentam. Que fique claro: o setor dominante tenta impedir as profundas transformações que estas organizações reivindicam e que são tão necessárias à emancipação do povo brasileiro e à conquista da real democracia no país.
A manchete do Estadão evidencia também a maneira como a grande mídia trata o problema da corrupção no Brasil: como instrumento de luta política por seus objetivos e com descarado cinismo. Seja pela insistente campanha para desconstruir no imaginário popular a crença na política e no Estado, ou pelas escolhas que faz ao divulgar com destaque desproporcional irregularidades que envolvem aliados ou adversários, criando ou abafando crises na opinião pública.
Na verdade, pouco fazem para enfrentar os verdadeiros problemas da apropriação privada daquilo que é público. A UNE, pelo contrário, sempre levantou a bandeira da democracia. Alguns de nossos mais valorosos dirigentes deram a vida lutando por ela. E afirmamos com veemência: a UNE trata com absoluta responsabilidade os recursos públicos que opera e os aplica para atividades de grande interesse da sociedade.
Às vésperas da primeira Conferência Nacional de Comunicação, o movimento social deve intensificar a luta pelos seus direitos. O enfrentamento à despótica posição da mídia brasileira é um dos grandes desafios que o país terá na construção da democracia que queremos.
O movimento social brasileiro vive um momento de grande unidade, que pode ser visto pela sólida relação entre as Centrais Sindicais e pelo fortalecimento da Coordenação dos Movimentos Sociais. Não à toa, a UNE foi mais uma vez atacada. “Saibam que estamos preparados para mais editoriais, artigos, comentários e tendenciosas ‘notícias’”, afirmei em artigo publicado no dia 24 de julho, apenas cinco dias após a realização do nosso 51º Congresso. Os meses que se passaram não tornaram a afirmação anacrônica. Pois que todos saibam que a UNE não transigirá um milímetro de suas convicções e disposição de luta por um Brasil desenvolvido e justo.
29 novembro 2009
Jogo de cena
. Requião para presidente não passa de jogo de cena de uma ala do PMDB que deseja ser valorizada nas negociações em torno da candidatura de Dilma.
. É acompanhar para comprovar.
. É acompanhar para comprovar.
Insensatez
. Não é sensato abrir agora uma disputa pelo lugar de vice na chapa de Eduardo Campos.
. Primeiro, porque o atual vice-governador, João Lyra, tem sido eficiente e leal.
. Segundo, porque a escolha cabe ao cabeça de chapa, sem ingerências indevidas. É o que o bom senso recomenda.
. Primeiro, porque o atual vice-governador, João Lyra, tem sido eficiente e leal.
. Segundo, porque a escolha cabe ao cabeça de chapa, sem ingerências indevidas. É o que o bom senso recomenda.
Prestação de contas do mandato: painel de comentários
Sobre o meu artigo A quem pertence o mandato parlamentar, comentários recebidos por e-mail:
“Que bom seria meu amigo que pelo menos um terço dos nossos representantes vissem o mandato como uma missão. O mundo não é perfeito porque não existe mais pessoas como você. Com muito orgulho sua amiga de todas as horas.” (Margarida Santos).
.
“Este artigo de tua autoria é uma lição para todo eleitor. Deve ser divulgado ao máximo. Estou distribuindo-o online, inclusive para meus conhecidos em outros estados. O texto precisa ser impresso e distribuído nos lugares mais diversos. Conte comigo. Abraço do eleitor consciente.” (Sérgio Augusto da Silveira).
.
“È lamentável ainda vermos a maioria dos eleitores brasileiros votarem em pessoas; pessoas essas que tenham condições de fazer doações de fotos, dentaduras, registros de nascimento, cestas básicas e até remédios controlados. E o que será daqueles candidatos que até têm boas intenções, mas só têm garantidos o dia e a noite? Num país como o nosso, em que nível está a nossa democracia? Um país que ainda existem prêmios de consolação com o nome de COTAS...”. (Melquides Pereira).
.
“Meu Caro Vereador Luciano Siqueira, concordo com o teor do artigo e considero o poder legislativo como o mais importante dos poderes, infelizmente o que acontece na prática é uma verdadeira perversão de sua função, grande parte das casas legislativas funcionam como balcão de negócios, um poder omisso e submisso aos caprichos de executivos de plantão, onde se aprova projetos nefastos, escusos ao interesse público, da maioria do povo, que por não exercer o controle social desse poder, de forma efetiva, caba permitindo que mandatos se percam na vala comum. É bom saber que ainda existem parlamentares comprometidos com as causas sociais, com mandatos éticos e transparentes.” (Rosalvo Antonio, Presidente do PSOL/Petrolina).
.
“Parafraseando o Vinícius, se todos fossem iguais a você que maravilha viver..." Existem realmente eleitores que até esquecem em que votaram, como também parlamentares que fazem de tudo pra serem esquecidos, e realmente não precisaria de cirurgia plástica, pois depois que conseguem se eleger se tornam irreconhecíveis. Não devo citar nomes por questões éticas, mas estou convivendo com esse fato muito de perto e confesso que apesar de tudo o que já vi, muito decepcionada com o andar da carruagem...” (Gorete Oliveira).
“Que bom seria meu amigo que pelo menos um terço dos nossos representantes vissem o mandato como uma missão. O mundo não é perfeito porque não existe mais pessoas como você. Com muito orgulho sua amiga de todas as horas.” (Margarida Santos).
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“Este artigo de tua autoria é uma lição para todo eleitor. Deve ser divulgado ao máximo. Estou distribuindo-o online, inclusive para meus conhecidos em outros estados. O texto precisa ser impresso e distribuído nos lugares mais diversos. Conte comigo. Abraço do eleitor consciente.” (Sérgio Augusto da Silveira).
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“È lamentável ainda vermos a maioria dos eleitores brasileiros votarem em pessoas; pessoas essas que tenham condições de fazer doações de fotos, dentaduras, registros de nascimento, cestas básicas e até remédios controlados. E o que será daqueles candidatos que até têm boas intenções, mas só têm garantidos o dia e a noite? Num país como o nosso, em que nível está a nossa democracia? Um país que ainda existem prêmios de consolação com o nome de COTAS...”. (Melquides Pereira).
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“Meu Caro Vereador Luciano Siqueira, concordo com o teor do artigo e considero o poder legislativo como o mais importante dos poderes, infelizmente o que acontece na prática é uma verdadeira perversão de sua função, grande parte das casas legislativas funcionam como balcão de negócios, um poder omisso e submisso aos caprichos de executivos de plantão, onde se aprova projetos nefastos, escusos ao interesse público, da maioria do povo, que por não exercer o controle social desse poder, de forma efetiva, caba permitindo que mandatos se percam na vala comum. É bom saber que ainda existem parlamentares comprometidos com as causas sociais, com mandatos éticos e transparentes.” (Rosalvo Antonio, Presidente do PSOL/Petrolina).
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“Parafraseando o Vinícius, se todos fossem iguais a você que maravilha viver..." Existem realmente eleitores que até esquecem em que votaram, como também parlamentares que fazem de tudo pra serem esquecidos, e realmente não precisaria de cirurgia plástica, pois depois que conseguem se eleger se tornam irreconhecíveis. Não devo citar nomes por questões éticas, mas estou convivendo com esse fato muito de perto e confesso que apesar de tudo o que já vi, muito decepcionada com o andar da carruagem...” (Gorete Oliveira).
25 novembro 2009
Artigo semanal no Blog de Jamildo
A quem pertence o mandato parlamentar?
Luciano Siqueira
A pergunta parece óbvia, mas não é. Isto num país cujas regras eleitorais induzem o eleitor a votar em indivíduos, e não em programas sustentados pelo partido a que pertence o candidato. “Não voto em partidos, voto em pessoas”, dizem muitos como que a afirmar uma postura superior. Daí a substituição, na relações entre o detentor de mandato eletivo e o povo, de formas orgânicas por relações meramente pessoais, via de regra mediadas por favores ou prestação de serviços.
Daí decorre que o eleitor vota e em seguida se desobriga de acompanhar com juízo crítico o desempenho daquele em quem votou. E com o tempo até esquece a quem confiou o voto – como atestam estudos a respeito.
Nessas circunstancias, o detentor do mandato tende a exercê-lo como algo que lhe pertence e pelo qual responde individualmente.
Nada mais equivocado. Mandato é missão, concessão de poderes para desempenho de uma representação. Logo, o mandatário encarna um projeto político coletivo, tem contas a prestar.
Dito de outra forma: o mandato não pertence apenas ao indivíduo que o exerce, pertence ao Partido que o indicou para a missão. E em última instância pertence ao povo em sua totalidade – mais até do que a fração do eleitorado que lhe deu preferência. Caso de parlamentares que integram partidos comprometidos com a parcela da população que vive do próprio trabalho (no pólo oposto, outros se fazem representantes dos possuidores dos meios de produção ).
Ora, se o mandato é assim uma missão que se cumpre por delegação do eleitorado e é exercido conforme compromissos políticos, submeter o trabalho realizado ao crivo crítico do Partido e da opinião pública é um dever.
Esse é o sentido do encontro que promovemos nesta quarta-feira, no auditório da Academia Pernambucana de Letras. O cumprimento de um compromisso de campanha – o de exercer o mandato de vereador do Recife de modo absolutamente transparente, prestando contas regularmente, seja através do site na Internet e de presença constante na mídia; seja em reuniões gerais, como a de hoje, ou com grupos de interesses específicos.
Luciano Siqueira
A pergunta parece óbvia, mas não é. Isto num país cujas regras eleitorais induzem o eleitor a votar em indivíduos, e não em programas sustentados pelo partido a que pertence o candidato. “Não voto em partidos, voto em pessoas”, dizem muitos como que a afirmar uma postura superior. Daí a substituição, na relações entre o detentor de mandato eletivo e o povo, de formas orgânicas por relações meramente pessoais, via de regra mediadas por favores ou prestação de serviços.
Daí decorre que o eleitor vota e em seguida se desobriga de acompanhar com juízo crítico o desempenho daquele em quem votou. E com o tempo até esquece a quem confiou o voto – como atestam estudos a respeito.
Nessas circunstancias, o detentor do mandato tende a exercê-lo como algo que lhe pertence e pelo qual responde individualmente.
Nada mais equivocado. Mandato é missão, concessão de poderes para desempenho de uma representação. Logo, o mandatário encarna um projeto político coletivo, tem contas a prestar.
Dito de outra forma: o mandato não pertence apenas ao indivíduo que o exerce, pertence ao Partido que o indicou para a missão. E em última instância pertence ao povo em sua totalidade – mais até do que a fração do eleitorado que lhe deu preferência. Caso de parlamentares que integram partidos comprometidos com a parcela da população que vive do próprio trabalho (no pólo oposto, outros se fazem representantes dos possuidores dos meios de produção ).
Ora, se o mandato é assim uma missão que se cumpre por delegação do eleitorado e é exercido conforme compromissos políticos, submeter o trabalho realizado ao crivo crítico do Partido e da opinião pública é um dever.
Esse é o sentido do encontro que promovemos nesta quarta-feira, no auditório da Academia Pernambucana de Letras. O cumprimento de um compromisso de campanha – o de exercer o mandato de vereador do Recife de modo absolutamente transparente, prestando contas regularmente, seja através do site na Internet e de presença constante na mídia; seja em reuniões gerais, como a de hoje, ou com grupos de interesses específicos.
Dois motivos para nos encontrarmos nesta quarta-feira
Um motivo: em breve reunião no auditório, prestarei contas dos
primeiros 11 meses do meu mandato. Cumpro, assim, um compromisso de
campanha – o de submeter ao crivo crítico da população do Recife o trabalho realizado.
O outro motivo: logo em seguida, nos jardins da Academia, um drinque,
o abraço amigo e boa música – sem hora para terminar.
Nesta quarta-feira, 25
A partir das 18 horas
Academia Pernambucana de Letras (Av. Rui Barbosa)
primeiros 11 meses do meu mandato. Cumpro, assim, um compromisso de
campanha – o de submeter ao crivo crítico da população do Recife o trabalho realizado.
O outro motivo: logo em seguida, nos jardins da Academia, um drinque,
o abraço amigo e boa música – sem hora para terminar.
Nesta quarta-feira, 25
A partir das 18 horas
Academia Pernambucana de Letras (Av. Rui Barbosa)
Pirotecnia de Arthur Virgílio suspensa
. É o que decidiu a Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado: cancelar o convite feito a uma fundação esotérica Cacique Cobra Coral para explicar o apagão que afetou 18 estados no dia 10 deste mês.
. A proposta era de autoria do senador tucano Arthur Virgílio.
. A proposta era de autoria do senador tucano Arthur Virgílio.
Sem pressa para a chapa majoritária
. O governador Eduardo Campos está certo ao pedir paciência na formação da chapa majoritária para o pleito de 2010.
. A questão está submetida a muitas variáveis. E nem tudo o que reluz é ouro: o que se especula agora pode não se confirmar na hora da onça beber água.
. A questão está submetida a muitas variáveis. E nem tudo o que reluz é ouro: o que se especula agora pode não se confirmar na hora da onça beber água.
Acusação injusta e tendenciosa
. Chamar de eleitoreiras as medidas que o governo adotará no sentido de aliviar o orçamento doméstico da grande massa de menor poder aquisitivo é um tremendo absurdo.
. Trata-se de isenções fiscais para baratear o material escolar, logo no início do ano letivo, e o gás de cozinha.
. Nada mais justo.
. Trata-se de isenções fiscais para baratear o material escolar, logo no início do ano letivo, e o gás de cozinha.
. Nada mais justo.
Seminário debate rumos da comunicação
. Começa hoje, às 15h, na Fundação Joaquim Nabuco o seminário "Mídia, política e democracia", na Sala Calouste Gulbenkian (Avenida 17 de agosto, 2187). A primeira mesa terá o jornalista Venício Lima, pesquisador senior do Núcleo de Estudos sobre Mídia e Política (NEMP) e professor da Universidade de Brasíla, como expositor, abordando o tema "Liberdade de expressão versus liberdade de imprensa: direito de comunicação e democracia".
. Atuarei como debatedor, ao lado do repórter especial do Diario, Vandeck Santiago, e de Heitor Rocha, professor do Curso de Jornalismo da UFPE. Coordenará a mesa Patrícia Bandeira de Mello, pesquisadora da Fundaj.
24 novembro 2009
Poderio da Petrobras
. Informa a Agência Brasil que a Petrobras informou que concluiu no último fim de semana a primeira etapa da operação para a instalação da Plataforma de Mexilhão (PMXL-1), com o lançamento ao mar, na Bacia de Santos, da jaqueta - estrutura de aço que serve de base à plataforma e que ficará fixada no fundo do mar.
. A operação foi realizada a cerca de 140 quilômetros da costa de Caraguatatuba (SP), onde a unidade irá operar a partir de 2010. Mexilhão será a maior plataforma fixa de gás do país e terá capacidade de produção de até 15 milhões de metros cúbicos por dia de gás - o equivalente à metade da capacidade do Gasoduto Bolívia-Brasil.
. Tanto a jaqueta como os módulos da plataforma foram construídos em Niterói (RJ), com requisito de conteúdo nacional mínimo de 70%. Segundo a Petrobras, os dois módulos que serão colocados sobre a jaqueta pesam, juntos, mais de 12 mil toneladas. “Neles estão as instalações de processamento de gás, utilidades, incluindo capacidade de 7 megawatts de geração de energia elétrica, com três turbogeradores a gás, acomodações para até 100 pessoas e heliponto”, diz a nota da empresa.
. A segunda operação de instalação da plataforma que operará em Mexilhão será finalizada até o fim deste mês, quando a balsa-guindaste Saipem 7000 irá posicionar a jaqueta no local correto e fixá-la no fundo do mar por estacas com 116 metros de comprimento e peso de 400 toneladas cada uma.
. O lançamento da jaqueta ao mar foi feito pela balsa Saipem 600, que tem dispositivos de controle de lastro, o que permite lançar por meio de trilhos e afundar a sua popa. Tanques de flutuação controlam a jaqueta para que fique na posição vertical na água.
O transporte dos módulos até a locação, assim como sua instalação sobre a jaqueta, está previsto para ocorrer até o fim do ano.
. A operação foi realizada a cerca de 140 quilômetros da costa de Caraguatatuba (SP), onde a unidade irá operar a partir de 2010. Mexilhão será a maior plataforma fixa de gás do país e terá capacidade de produção de até 15 milhões de metros cúbicos por dia de gás - o equivalente à metade da capacidade do Gasoduto Bolívia-Brasil.
. Tanto a jaqueta como os módulos da plataforma foram construídos em Niterói (RJ), com requisito de conteúdo nacional mínimo de 70%. Segundo a Petrobras, os dois módulos que serão colocados sobre a jaqueta pesam, juntos, mais de 12 mil toneladas. “Neles estão as instalações de processamento de gás, utilidades, incluindo capacidade de 7 megawatts de geração de energia elétrica, com três turbogeradores a gás, acomodações para até 100 pessoas e heliponto”, diz a nota da empresa.
. A segunda operação de instalação da plataforma que operará em Mexilhão será finalizada até o fim deste mês, quando a balsa-guindaste Saipem 7000 irá posicionar a jaqueta no local correto e fixá-la no fundo do mar por estacas com 116 metros de comprimento e peso de 400 toneladas cada uma.
. O lançamento da jaqueta ao mar foi feito pela balsa Saipem 600, que tem dispositivos de controle de lastro, o que permite lançar por meio de trilhos e afundar a sua popa. Tanques de flutuação controlam a jaqueta para que fique na posição vertical na água.
O transporte dos módulos até a locação, assim como sua instalação sobre a jaqueta, está previsto para ocorrer até o fim do ano.
Encontro de amanhã não tem sentido eleitoral
. Pode parecer o contrário, mas não é. O encontro do meu mandato, amanhã, a partir das 18 horas, na Academia Pernambucana de Letras, não tem sentido eleitoral. Ou seja, nada tem a ver com as eleições de 2010.
. Na verdade é o cumprimento de um compromisso com a população do Recife – prestar contas do trabalho realizado.
. Mais: confraternizar com militantes e amigos, que ninguém é de ferro.
. Logo após a reunião no auditório da Academia, passaremos aos jardins para um drinque. Sem hora para terminar.
. Na verdade é o cumprimento de um compromisso com a população do Recife – prestar contas do trabalho realizado.
. Mais: confraternizar com militantes e amigos, que ninguém é de ferro.
. Logo após a reunião no auditório da Academia, passaremos aos jardins para um drinque. Sem hora para terminar.
23 novembro 2009
"Dr. Romeu" e João Paulo
. Conversei com João Paulo no lançamento do livro de Romeu da Fonte no Tribunal de Contas. Ele me reiterou o que disse na nota pública sobre a sua saída do governo. “Afastei-me da secretaria, mas continuo no projeto político comum.” No que está curtíssimo.
. Aliás, a tarde de autógrafos de “Dr. Romeu”, do conselheiro e ex-advogado de trabalhadores Romeu da Fonte, foi concorridíssima.
. Aliás, a tarde de autógrafos de “Dr. Romeu”, do conselheiro e ex-advogado de trabalhadores Romeu da Fonte, foi concorridíssima.
22 novembro 2009
Boa tarde, Nando Cordel e Dominguinhos
Gostoso demais
Tô com saudade de tu, meu desejo
Tô com saudade de tu, meu desejo
Tô com saudade do beijo e do mel
Do teu olhar carinhoso
Do teu abraço gostoso
De passear no teu céu
É tão difícil ficar sem você
O teu amor é gostoso demais
Teu cheiro me dá prazer
Quando estou com você
Estou nos braços da paz
Pensamento viaja
E vai buscar meu bem-querer
Não posso ser feliz, assim
Tem dó de mim
O que é que eu posso fazer
Tadeu Colares alerta
Por e-mail, do amigo Tadeu Colares:
. Acabo de ler o texto sobre o debate da defesa do controle publico do petróleo e de tabela o do Pre-sal. Esse debate me fez lembrar-se de um melancólico texto lido no Museu Naval de Lisboa: dizia que em 1894 a Inglaterra enviou um ultimato a Portugal. Nele, exigia a entrega a coroa britânica de áreas de colônias lusitanas. E sem dar um tiro, apesar dos protestos do povo português, a Inglaterra tomou posse de novas terras. Esta pequena historia real tem tudo a ver com hoje.
. Ora, o debate permite a percepção pelo povo, da importância do controle publico do petróleo e da gravidade da defesa das reservas do PRE-SAL.Ora, por muito menos o "nosso irmão do Norte" colocou a 4ª Esquadra nas costas venezuelanas.Essas duas lições tem tudo a ver com a anunciada compra de equipamentos modernos de defesa militar, pelo Brasil. Lula tem razão ao fazer negociações independentes do irmão do Norte que bem pode se assanhar e fazer o que o Império Britânico fez com Portugal em 1894.
. Quem disse que a historia não pode se repetir...?
. Acabo de ler o texto sobre o debate da defesa do controle publico do petróleo e de tabela o do Pre-sal. Esse debate me fez lembrar-se de um melancólico texto lido no Museu Naval de Lisboa: dizia que em 1894 a Inglaterra enviou um ultimato a Portugal. Nele, exigia a entrega a coroa britânica de áreas de colônias lusitanas. E sem dar um tiro, apesar dos protestos do povo português, a Inglaterra tomou posse de novas terras. Esta pequena historia real tem tudo a ver com hoje.
. Ora, o debate permite a percepção pelo povo, da importância do controle publico do petróleo e da gravidade da defesa das reservas do PRE-SAL.Ora, por muito menos o "nosso irmão do Norte" colocou a 4ª Esquadra nas costas venezuelanas.Essas duas lições tem tudo a ver com a anunciada compra de equipamentos modernos de defesa militar, pelo Brasil. Lula tem razão ao fazer negociações independentes do irmão do Norte que bem pode se assanhar e fazer o que o Império Britânico fez com Portugal em 1894.
. Quem disse que a historia não pode se repetir...?
História: 22 de novembro de 1910
2.400 marinheiros rebelam a Armada de Guerra, chefiados por João Cândido. Não querem mais ser açoitados. Têm um comitê clandestino e sofrem influência socialista. Para o pasmo da oficialidade racista, o Almirante Negro manobra a frota com precisão e elegância. (Vermelho http://www.vermelho.org.br/).
Unidade nacional, um grande desafio
. Registra o G1 que o presidente Lula reconhece a dificuldade do seu partido, o PT, de se unificar em torno de um projeto político nacional. “Eu não tenho mais ilusão quando se trata de disputas locais, por mais que a gente oriente as pessoas de que o que deve prevalecer é o projeto nacional, normalmente o que tem acontecido é que cada um olha para o seu umbigo e prevalecem as questões dos estados”, disse.
. Fenômeno semelhante o presidente também enxerga em relação ao pleito presidencial do ano vindouro. Ele teria dito que a ministra Dilma Rousseff, tenha mais de um palanque nos estados em que partidos aliados tenham mais de um candidato ao governo estadual.
. Na verdade o que o presidente constata é um traço da realidade política brasileira que vem desde o Império e permeia a jovem República até os dias atuais. Na cena política não é comum a existência de partidos nacionais unos. O PCdoB é uma exceção – e isso tem a muito a ver com a base teórica e ideológica marxista leninista que inspira os comunistas.
. Mas é sempre benéfico o esforço de contornar conflitos locais e construir uma vontade nacional uma em favor de um projeto de desenvolvimento do país que amplie conquistas sociais e democráticas e afirme a soberania nacional.
. Fenômeno semelhante o presidente também enxerga em relação ao pleito presidencial do ano vindouro. Ele teria dito que a ministra Dilma Rousseff, tenha mais de um palanque nos estados em que partidos aliados tenham mais de um candidato ao governo estadual.
. Na verdade o que o presidente constata é um traço da realidade política brasileira que vem desde o Império e permeia a jovem República até os dias atuais. Na cena política não é comum a existência de partidos nacionais unos. O PCdoB é uma exceção – e isso tem a muito a ver com a base teórica e ideológica marxista leninista que inspira os comunistas.
. Mas é sempre benéfico o esforço de contornar conflitos locais e construir uma vontade nacional uma em favor de um projeto de desenvolvimento do país que amplie conquistas sociais e democráticas e afirme a soberania nacional.
Acerola em alta
Diário de Pernambuco:
. Estudos da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) atestam que, de acordo com o produto, é possível consumir nutrientes mesmo nos modelos mais modernos de bebidas. Especialmente se eles estiverem associados à acerola, campeã na presença da tão querida vitamina C (ácido ascórbico ou AA). Em uma mistura de 40% de acerola com 60% de abacaxi, a presença de AA será seis vezes mais alta do que só a da polpa do abacaxi. E ainda permanece com uma quantidade mais alta do que o organismo humano é capaz de absorver.
. Os estudos do departamento de Ciências Domésticas da UFRPE constataram uma variação de 700 a 1.500 miligramas de AA em 100 gramas de acerola, variando de acordo com o local, maneira de plantio e variedadeda fruta.
. Estudos da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) atestam que, de acordo com o produto, é possível consumir nutrientes mesmo nos modelos mais modernos de bebidas. Especialmente se eles estiverem associados à acerola, campeã na presença da tão querida vitamina C (ácido ascórbico ou AA). Em uma mistura de 40% de acerola com 60% de abacaxi, a presença de AA será seis vezes mais alta do que só a da polpa do abacaxi. E ainda permanece com uma quantidade mais alta do que o organismo humano é capaz de absorver.
. Os estudos do departamento de Ciências Domésticas da UFRPE constataram uma variação de 700 a 1.500 miligramas de AA em 100 gramas de acerola, variando de acordo com o local, maneira de plantio e variedadeda fruta.
Brasileiro lê pouco
. Noticia a Agência Brasil que levantamento do Instituto Pró-Livro confirma que o brasileiro lê pouco. São 77 milhões de não leitores, dos quais 21 milhões são analfabetos.
. Já os leitores, que somam 95 milhões, leem, em média, 1,3 livro por ano. Incluídas as obras didáticas e pedagógicas, o número sobe para 4,7 – ainda assim baixo. Os dados estão na pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, feita com 5.012 pessoas em 311 municípios de todos os estados em 2007.
. “O livro é pouco presente no imaginário do brasileiro”, explica o diretor do Livro, Leitura e Literatura do Ministério da Cultura, Fabiano dos Santos.
. Nos Estados Unidos, por exemplo, a população lê, em média, 11 livros por ano. Já os franceses leem sete livros por ano, enquanto na Colômbia, a média é de 2,4 livros por ano. Os dados, de 2005, são da Câmara Brasileira do Livro (CBL) e do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel), que integram o Instituto Pró-Livro.
. Já os leitores, que somam 95 milhões, leem, em média, 1,3 livro por ano. Incluídas as obras didáticas e pedagógicas, o número sobe para 4,7 – ainda assim baixo. Os dados estão na pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, feita com 5.012 pessoas em 311 municípios de todos os estados em 2007.
. “O livro é pouco presente no imaginário do brasileiro”, explica o diretor do Livro, Leitura e Literatura do Ministério da Cultura, Fabiano dos Santos.
. Nos Estados Unidos, por exemplo, a população lê, em média, 11 livros por ano. Já os franceses leem sete livros por ano, enquanto na Colômbia, a média é de 2,4 livros por ano. Os dados, de 2005, são da Câmara Brasileira do Livro (CBL) e do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel), que integram o Instituto Pró-Livro.
. Detalhes dos hábitos do brasileiro relacionados ao livro, revelados na pesquisa, atestam esta afirmação. O levantamento considera como não leitores aqueles que declararam não ter lido nenhum livro nos últimos três meses, ainda que tenha lido ocasionalmente ou em outros meses do ano.
. Entre os leitores, 41% disseram que gostam muito de ler no tempo livre, enquanto 13% admitiram que não gostam. Também entre os 95 milhões de leitores brasileiros, 75% disseram que sentem prazer ao ler um livro, mas 22% sustentaram que leem apenas por obrigação.. Com as estatísticas nas mãos, Fabiano dos Santos diz que há dois caminhos a percorrer para fazer do Brasil um país de leitores: ampliar o acesso ao livro e investir na formação de leitores.
Direção estadual do PCdoB elege presidente e discute 2010
. Durante todo o dia de hoje o Comitê Estadual do PCdoB estará reunido em sessão plenária, na sede do Partido, na Avenida Visconde de Suassuna.
. Na pauta a eleição da nossa direção executiva estadual, que deverá ter Alanir Cardoso reeleito para mais um mandato de dois anos; e os planos dos comunistas para o pleito de 2010.
. Num ambiente de unidade e coesão.
. Na pauta a eleição da nossa direção executiva estadual, que deverá ter Alanir Cardoso reeleito para mais um mandato de dois anos; e os planos dos comunistas para o pleito de 2010.
. Num ambiente de unidade e coesão.
Canal da vida
Marisa Gibson (coluna Diário Político), no DP:
Canal da Vida - Olinda é uma das finalistas do Prêmio Melhores Práticas de Gestão Local, da Caixa Econômica Federal. O projeto selecionado pela Caixa é o Canal da Vida, nome fantasia do projeto de revitalização do Canal da Malária e de habitação das antigas favelas V-8 e V-9 informa o prefeito Renildo Calheiros (PCdoB).
Canal da Vida - Olinda é uma das finalistas do Prêmio Melhores Práticas de Gestão Local, da Caixa Econômica Federal. O projeto selecionado pela Caixa é o Canal da Vida, nome fantasia do projeto de revitalização do Canal da Malária e de habitação das antigas favelas V-8 e V-9 informa o prefeito Renildo Calheiros (PCdoB).
21 novembro 2009
Boa noite, Zeh Rocha
Sonho do Capibaribe
Jasmins suspensos
flamboyants
acácias
rosas
ipês e manacás
o rio sonhador
delira e se esfrega
ao sol na pele dos canaviais
amores passam breves
como a brisa ao léu
alisa o céu azul marinho
mágoas minguam leves
ás margens do teu leito
Recife, meu amor por ti
As vezes cruel
As vezes, eternamente sublime
beijo a tua boca
morna e sedutora
sabor das águas destas praias
Aurora és estrada nua
que amanhece
com meus afagos loucos de prazer
parece que o sonho insiste
vem com esta valsa nos enlevar
Jasmins suspensos
flamboyants
acácias
rosas
ipês e manacás
o rio sonhador
delira e se esfrega
ao sol na pele dos canaviais
amores passam breves
como a brisa ao léu
alisa o céu azul marinho
mágoas minguam leves
ás margens do teu leito
Recife, meu amor por ti
As vezes cruel
As vezes, eternamente sublime
beijo a tua boca
morna e sedutora
sabor das águas destas praias
Aurora és estrada nua
que amanhece
com meus afagos loucos de prazer
parece que o sonho insiste
vem com esta valsa nos enlevar
A velha mídia e sua batalha inglória
Carta Maior:
A Folha de São Paulo publicou editorial neste domingo criticando "práticas desleais na internet" que estariam "colocando em risco as bases que permitem o exercício do jornalismo no país". A Folha, no caso, se apresenta como porta-voz deste jornalismo independente. Para o jornalista Luis Nassif, o editorial aponta o objetivo final do processo que explica o comportamento da mídia a partir de 2005: "a politização descabida, as tentativas sucessivas de golpes políticos, os assassinatos de reputação de políticos, juízes, jornalistas".
A Folha de São Paulo publicou editorial neste domingo criticando "práticas desleais na internet" que estariam "colocando em risco as bases que permitem o exercício do jornalismo no país". A Folha, no caso, se apresenta como porta-voz deste jornalismo independente. Para o jornalista Luis Nassif, o editorial aponta o objetivo final do processo que explica o comportamento da mídia a partir de 2005: "a politização descabida, as tentativas sucessivas de golpes políticos, os assassinatos de reputação de políticos, juízes, jornalistas".
O jornalista Luis Nassif comenta neste domingo em seu blog o editorial publicado na Folha de São Paulo, que critica "práticas desleais na internet" que, supostamente, estariam "colocando em risco as bases que permitem o exercício do jornalismo independente no país". A Folha, no caso, se apresenta como porta-voz do "jornalismo independente". Uma piada, diz Nassif, que questiona:
"Qual o direito de conhecer a verdade que a Folha propõe? A ficha falsa de Dilma? Os arreglos com Daniel Dantas? A série sistemática e diária de matérias falsas, manipuladas, a deslealdade reiterada contra seus próprios jornalistas que não seguiram a cartilha?"Abaixo o editorial da Folha e, depois, o comentário de Nassif:
O editorial: "Direito à informação" - Práticas desleais na internet colocam em risco as bases que permitem o exercício do jornalismo independente no país.
DEMOCRACIAS tradicionais aprenderam a defender-se de duas fontes de poder que ameaçam o direito à informação.
Contra a tendência de todo governo de manipular fatos a seu favor, desenvolveram-se mecanismos de controle civil -caso dos veículos de comunicação com independência, financeira e editorial, em relação ao Estado. Contra o risco de que interesses empresariais cruzados ou monopólios bloqueiem o acesso a certas informações, criaram-se dispositivos para limitar o poder de grupos econômicos na mídia.
Essas salvaguardas tradicionais se veem desafiadas pelo avanço da internet e da convergência tecnológica nas comunicações -paradoxalmente, pois esse mesmo processo abre um campo novo ao jornalismo.Apesar da revolução tecnológica e do advento de plataformas cooperativas, a produção de conteúdo informativo de interesse público continua, majoritariamente, a cargo de organizações empresariais especializadas. O acesso sistemático a informações exclusivas, relevantes, bem apuradas e editadas sempre implica a atuação de grandes equipes de profissionais dedicados apenas a isso. Essas equipes precisam ser remuneradas -ou o elo se rompe.
Quando um serviço de internet que visa ao lucro toma, sem pagar por isso, informações produzidas por empresas jornalísticas, as edita e as difunde a seu modo, não só fere as leis que resguardam os direitos autorais. Solapa os pilares financeiros que têm sustentado o jornalismo profissional independente.
Quando um país como o Brasil admite um oligopólio irrestrito na banda larga -a via para a qual converge a transmissão de múltiplos conteúdos, como os de TVs, revistas e jornais-, alimenta um Leviatã capaz de bloquear ou dificultar a passagem de dados e atores que não lhe sejam convenientes. A tendência a discriminar concorrentes se acentua no caso brasileiro, pois os mandarins da banda larga são, eles próprios, produtores de algum conteúdo jornalístico.Quando autoridades se eximem de aplicar a portais de notícias o limite constitucional de 30% de participação de capital estrangeiro, abonam um grave desequilíbrio nas regras de competição. Veículos nacionais, que respeitam a lei, têm de concorrer com conglomerados estrangeiros que acessam fontes colossais e baratas de capital. Tal permissividade ameaça o espírito da norma, comum nas grandes democracias do planeta, de proteger a cultura nacional.Contra esse triplo assédio, produtores de conteúdo jornalístico e de entretenimento no Brasil começam a protestar.
Exigem a aplicação, na internet, das leis que protegem o direito autoral. Pressionam as autoridades para que, como ocorre nos EUA, regulamentem a banda larga de modo a impedir as práticas discriminatórias e ampliar a competição. Requerem ao Ministério Público ação decisiva para que empresas produtoras de jornalismo e entretenimento na internet se ajustem à exigência, expressa no artigo 222 da Carta, de que 70% do controle do capital esteja com brasileiros.
A Folha se associa ao movimento não apenas no intuito de defender as balizas empresariais do jornalismo independente, apartidário e crítico que postula e pratica. Empunha a bandeira porque está em jogo o direito do cidadão de conhecer a verdade, de não ser ludibriado por governos ou grupos econômicos que ficaram poderosos demais.
Comentário de Nassif - Chega-se, finalmente, ao objetivo final do processo que explica o comportamento da mídia a partir de 2005, a politização descabida, as tentativas sucessivas de golpes políticos, os assassinatos de reputação de políticos, juízes, jornalistas. E para quê? Para se chegar ao embate final com pouquíssimos aliados. Esse acanalhamento do exercício do jornalismo fez com que a credibilidade da mídia atingisse o ponto mais baixo da história, viabilizasse outras alternativas no mercado de opinião.
Agora, qual a bandeira legitimadora para suas pretensões? A de que a mídia é a garantidora da liberdade de informação? Piada.Esse mesmo álibi canhestro foi utilizado por Roberto Civita para tentar me convencer a aceitar o acordo com a Veja no final do ano passado. A revista passou todo o ano utilizando o jornalismo de esgoto para os ataques mais sórdidos, abjetos, não respeitando sequer família. E vinha o enviado especial dele trazendo o recado de que deveria aceitar o acordo em nome da liberdade de imprensa.Conto apenas o meu caso. Como o meu, teve inúmeros. Em 2005, em entrevista ao Vermelho cunhei a expressão “o suicídio da mídia”, para descrever essa caminhada irreversível em direção ao fundo do poço. Agora, a mídia se posiciona para a grande batalha contra os portais e os grupos externos. Quem acredita nela?
Qual o direito de conhecer a verdade que a Folha propõe? A ficha falsa de Dilma? Os arreglos com Daniel Dantas? A série sistemática e diária de matérias falsas, manipuladas, a deslealdade reiterada contra seus próprios jornalistas que não seguiram a cartilha?
O futuro chegou e bandeiras que, antes, poderiam ser legítimas, ou estão rotas, puídas, desmoralizadas. Haverá uma grande batalha futura, contra os supergrupos que irão entrar no mercado. Mas dela não participará mais a velha mídia, que ficará restrito ao mundo fictício que ela próprio criou.
Poeta Cyl justifica ausência na quarta
. Do Chile, onde participa do II Congresso de Integração Cultural Latino-americano, patrocinado por Francachela - Revista Internacional de Literatura e Arte e da Universidade de Los Lagos, Cyl Gallindo justifica a sua ausência em nosso encontro da quarta-feira próxima, na Academia Pernambucana de Letras.
. Será o I Encontro do nosso mandato – com prestação de contas seguida de coquetel nos jardins da Academia.
. Será o I Encontro do nosso mandato – com prestação de contas seguida de coquetel nos jardins da Academia.
Interpoética anuncia novidades
Na Corda Virtual, o mote da vez é "coveiro sem esperança / não sepulte o meu passado". Quer saber sobre as origens desse mote? Dê uma olhada clicando aqui.
Confiram as atualizações das colunas de Ésio Rafael, Geórgia Alves, Ivan Marinho e Lara. Resenhando a leitura do livro de Nádia Battela Gotlib, Ricardo Japiassu nos dileneia o perfil de um dos mais misteriosos personagens da História do Brasil: a Condessa de Barral, amiga íntima do imperador Pedro II. Na poesia, Marcos de Andrade Filho dá sua opinião sobre a obra da poeta paraibana Esther Sterenberg, que lança este mês a sua antologia O décimo-segundo. Preenchendo uma lacuna no grande acervo do Interpoética, trazemos aos leitores três poemas do heterônimo premiado de Raimundo de Moraes - o anárquico Aymmar Rodriguéz com seus malabares de palavras e sabores. E ainda: um vídeo em que Maurício Melo Júnior, apresentador do programa Leituras, da TV Senado, faz comentário sobre o livro "As filhas de lilith", de Cida Pedrosa.
Opinião pessoal de Sérgio Augusto
É GUERRA. O APAGÃO FOI UM ATENTADO VISANDO 2010
Sérgio Augusto Silveira*
O próprio presidente Lula foi quem deixou claríssimo, logo de cara, o que vê como o verdadeiro significado do gigantesco apagão acontecido há uma semana no Sudeste, Sul, parte do Nordeste e Centro-Oeste do Brasil. Esse fato ainda vai render muito daqui para frente. Pois bem, ao repelir violentamente a versão de que a culpada pelo apagão foi a natureza com seus raios e vendavais, o presidente da República mostrou que uma boa fatia da equipe que dirige o PT e este país se convenceu e está segura de que aquele black-out foi um atentado, cometido pelos maus elementos a serviço do bloco político inimigo radical deste governo.
Para esta enorme ala governista, que tem como figura de proa a ministra Dilma Roussef, lideranças do partido Democratas e aliados de outras siglas prepararam e mandaram seus esbirros executar o atentado. Estes, avaliam estes governistas, acreditam que, para derrubar a gigantesca popularidade do presidente Lula e seu governo, o único caminho possível é a ação clandestina e violenta, capaz de quebrar as pernas desta administração que já vai completar oito anos, enfrentou a atual crise do capitalismo e está se saindo bem.
Por essa os oposicionistas – integrantes de partidos ou fora deles – realmente não esperavam. As informações que me chegaram revelam que eles estavam torcendo pelo pior, rezando para que essa crise detonasse as vigas de sustentação deste governo e que tudo fosse para o inferno. Imaginavam – e continuam imaginando – que a partir das cinzas e ruínas retomariam o poder central e que tudo retornasse ao que era antes no quartel de Abrantes, aliás, na casa da mãe Joana.
Liquidada essa perspectiva sombria e homicida, os radicais anti-Lula e antiesquerda passaram para o plano B, dispostos a desarrumar a casa-pátria com a utilização até de atentados, como me informou uma fonte segura e de confiança. Portanto, o black-out gigantesco não foi fruto da mão de Deus ou da natureza. Foi premeditado, bem calculado para acertar uma flechada venenosa na imagem da futura candidata presidencial e ex-ministra das Minas e Energia.
Portanto, daqui em diante não haverá chance para os governistas baixarem a guarda. Se as informações que temos estiverem certas, vem por aí outro ataque destruidor, e depois outro e mais outro. Está no ar o clima de extrema confrontação, o clima de guerra. Na violenta disputa pelo poder político, essa atmosfera não é de estranhar, haja vista o que dizem e ensinam os episódios de nossa História nacional, a exemplo do golpe do Estado Novo e do golpe de 1964. Parece que o atual processo caminha para algo parecido. Ou não?
* Jornalista
Sérgio Augusto Silveira*
O próprio presidente Lula foi quem deixou claríssimo, logo de cara, o que vê como o verdadeiro significado do gigantesco apagão acontecido há uma semana no Sudeste, Sul, parte do Nordeste e Centro-Oeste do Brasil. Esse fato ainda vai render muito daqui para frente. Pois bem, ao repelir violentamente a versão de que a culpada pelo apagão foi a natureza com seus raios e vendavais, o presidente da República mostrou que uma boa fatia da equipe que dirige o PT e este país se convenceu e está segura de que aquele black-out foi um atentado, cometido pelos maus elementos a serviço do bloco político inimigo radical deste governo.
Para esta enorme ala governista, que tem como figura de proa a ministra Dilma Roussef, lideranças do partido Democratas e aliados de outras siglas prepararam e mandaram seus esbirros executar o atentado. Estes, avaliam estes governistas, acreditam que, para derrubar a gigantesca popularidade do presidente Lula e seu governo, o único caminho possível é a ação clandestina e violenta, capaz de quebrar as pernas desta administração que já vai completar oito anos, enfrentou a atual crise do capitalismo e está se saindo bem.
Por essa os oposicionistas – integrantes de partidos ou fora deles – realmente não esperavam. As informações que me chegaram revelam que eles estavam torcendo pelo pior, rezando para que essa crise detonasse as vigas de sustentação deste governo e que tudo fosse para o inferno. Imaginavam – e continuam imaginando – que a partir das cinzas e ruínas retomariam o poder central e que tudo retornasse ao que era antes no quartel de Abrantes, aliás, na casa da mãe Joana.
Liquidada essa perspectiva sombria e homicida, os radicais anti-Lula e antiesquerda passaram para o plano B, dispostos a desarrumar a casa-pátria com a utilização até de atentados, como me informou uma fonte segura e de confiança. Portanto, o black-out gigantesco não foi fruto da mão de Deus ou da natureza. Foi premeditado, bem calculado para acertar uma flechada venenosa na imagem da futura candidata presidencial e ex-ministra das Minas e Energia.
Portanto, daqui em diante não haverá chance para os governistas baixarem a guarda. Se as informações que temos estiverem certas, vem por aí outro ataque destruidor, e depois outro e mais outro. Está no ar o clima de extrema confrontação, o clima de guerra. Na violenta disputa pelo poder político, essa atmosfera não é de estranhar, haja vista o que dizem e ensinam os episódios de nossa História nacional, a exemplo do golpe do Estado Novo e do golpe de 1964. Parece que o atual processo caminha para algo parecido. Ou não?
* Jornalista
História: 21 de novembro de 1985
A Arquidiocese de SP lança o livro Brasil: Nunca Mais. É o 1º levantamento sistemático dos métodos de repressão durante a ditadura de 1964, inclusive listando os nomes de 444 torturadores. (Vermelho http://www.vermelho.org.br/).
A questão ambiental e o interesse das nações
No Vermelho, por Eduardo Bomfim:
Façam o que eu digo
Nem sempre as palavras representam um testemunho de vida. É o caso das intenções propagadas por vários governos de países do primeiro mundo sobre os assuntos de natureza ambiental, alguns os maiores poluidores da Terra.
O que comprova que muitas das posições difundidas mundo afora como “politicamente corretas” são uma verdadeira falácia ou representam disfarçados interesses econômicos de grandes corporações ou determinadas nações ricas e incitam atitudes sociais intolerantes, dogmáticas e até mesmo em alguns casos de caráter fundamentalista ou fascista.
A grande mídia hegemônica nacional encontra-se repleta de programas e apresentadores que difundem posturas e atitudes de comportamentos considerados “politicamente corretos” e que muitas vezes não são adotados nem por eles próprios. Mas como a maioria desses divulgam concepções e posições que são em grande parte importadas dos principais centros econômicos internacionais, eles são, vez em quando, impactados por uma perplexidade quase catatônica ao divulgarem algumas notícias fora do contexto. Foi o caso da posição dos Estados Unidos, além da China, sobre a redução das emissões de gás carbônico sobre a atmosfera. Quanto à China nem tanto, porque ela não se enquadra no “politicamente correto”, mas a posição do governo norte-americano foi um tremendo choque. Afinal os EUA foram contra ao que se considera ambientalmente correto e se negaram a assumir metas de redução de gás carbônico nos próximos anos.
O pior disso tudo, para os “politicamente corretos”, é que o governo Lula resolveu assumir para o Brasil uma grande meta de diminuição de gás carbônico para a conferência de Copenhague e cobrou responsabilidade ambiental do presidente Obama. A grande verdade é que todo o crescimento econômico substancial de uma nação que se proponha ao desenvolvimento, justiça social e soberania, implica em uma inevitável dose de poluição atmosférica, até quando se imponha o que se prenuncia, uma nova revolução energética. Enfim, os que defendem a tese imobilista, de origem anglo-americana também ramificada em outros países europeus, de uma Amazônia como um “santuário ambiental mundial”, que são contrários ao seu desenvolvimento ecológico e sustentável, devem estar meditando sobre o ditado popular: façam o que eu digo, mas não façam o que eu faço.
Façam o que eu digo
Nem sempre as palavras representam um testemunho de vida. É o caso das intenções propagadas por vários governos de países do primeiro mundo sobre os assuntos de natureza ambiental, alguns os maiores poluidores da Terra.
O que comprova que muitas das posições difundidas mundo afora como “politicamente corretas” são uma verdadeira falácia ou representam disfarçados interesses econômicos de grandes corporações ou determinadas nações ricas e incitam atitudes sociais intolerantes, dogmáticas e até mesmo em alguns casos de caráter fundamentalista ou fascista.
A grande mídia hegemônica nacional encontra-se repleta de programas e apresentadores que difundem posturas e atitudes de comportamentos considerados “politicamente corretos” e que muitas vezes não são adotados nem por eles próprios. Mas como a maioria desses divulgam concepções e posições que são em grande parte importadas dos principais centros econômicos internacionais, eles são, vez em quando, impactados por uma perplexidade quase catatônica ao divulgarem algumas notícias fora do contexto. Foi o caso da posição dos Estados Unidos, além da China, sobre a redução das emissões de gás carbônico sobre a atmosfera. Quanto à China nem tanto, porque ela não se enquadra no “politicamente correto”, mas a posição do governo norte-americano foi um tremendo choque. Afinal os EUA foram contra ao que se considera ambientalmente correto e se negaram a assumir metas de redução de gás carbônico nos próximos anos.
O pior disso tudo, para os “politicamente corretos”, é que o governo Lula resolveu assumir para o Brasil uma grande meta de diminuição de gás carbônico para a conferência de Copenhague e cobrou responsabilidade ambiental do presidente Obama. A grande verdade é que todo o crescimento econômico substancial de uma nação que se proponha ao desenvolvimento, justiça social e soberania, implica em uma inevitável dose de poluição atmosférica, até quando se imponha o que se prenuncia, uma nova revolução energética. Enfim, os que defendem a tese imobilista, de origem anglo-americana também ramificada em outros países europeus, de uma Amazônia como um “santuário ambiental mundial”, que são contrários ao seu desenvolvimento ecológico e sustentável, devem estar meditando sobre o ditado popular: façam o que eu digo, mas não façam o que eu faço.
Quando será o fim do mundo?
Ciência Hoje Online:
. Motivado pela estreia do filme ‘2012’, que narra a destruição da Terra por grandes catástrofes naturais provocadas por fenômenos ocorridos no Sol, Adilson de Oliveira discute em sua coluna deste mês as reais possibilidades de extinção da humanidade em consequência de eventos astronômicos.
. Motivado pela estreia do filme ‘2012’, que narra a destruição da Terra por grandes catástrofes naturais provocadas por fenômenos ocorridos no Sol, Adilson de Oliveira discute em sua coluna deste mês as reais possibilidades de extinção da humanidade em consequência de eventos astronômicos.
. Há muito tempo circulam informações – muito antes do advento da internet – sobre uma data específica para o fim do mundo. Muitos povos têm na sua mitologia histórias sobre a criação e destruição do mundo. O livro do Apocalipse, que faz parte da Bíblia, é um desses exemplos. As profecias de Nostradamus, que muito foram lembradas na virada do século passado, também faziam previsões de que no ano de 1999 uma grande guerra poderia destruir a humanidade.
. Mas um dia a disponibilidade de hidrogênio acabará e o Sol começará a encolher e esfriar. Como consequência desse encolhimento, ocorrerá um aumento da pressão e da temperatura no interior do Sol. Quando a temperatura atingir um valor da ordem de 20 milhões de graus centígrados, os núcleos de hélio começarão a se fundir, o que provocará a formação de núcleos de átomos de carbono.
. Quando isso acontecer, o Sol irá se expandir e se transformar em uma estrela gigante vermelha. Essas estrelas são assim chamadas porque aumentam muito em tamanho e a sua parte mais externa esfria em relação à parte central, o que lhe confere a cor vermelha. No caso do Sol, sua superfície alcançará a órbita do planeta Marte, ou seja, o Sol passará a ter aproximadamente 200 milhões de km de diâmetro. Atualmente ele tem cerca de 1.392.000 km.
. Leia o texto na íntegra http://cienciahoje.uol.com.br/colunas/fisica-sem-misterio/quando-sera-o-fim-do-mundo
Mídia, Política e Democracia
Do nosso site:
. O vereador Luciano Siqueira é um dos convidados do 11º Simpósio Observanordeste – Mídia, Política e Democracia. O evento é uma boa oportunidade para entender melhor as questões ligadas à democratização da comunicação no país e à realização da I Conferência Nacional de Comunicação, que acontece no mês de dezembro, em Brasília.
. Participarão do Simpósio jornalistas, professores, radialistas, pesquisadores e representantes de movimentos sociais.
. O evento, promovido pela Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), por meio da Diretoria de Pesquisas Sociais, e o Sindicato dos Jornalistas de Pernambuco (SinjoPE), juntamente com o Observatório Social do Nordeste, será realizado de 25 a 27 de novembro próximo, no auditório da Fundaj, em Casa Forte, sala Sala Calouste Gulbenkian, Av. 17 de Agosto, 2187. Informações pelo 3073-6477 (Fundaj).
20 novembro 2009
Nossa opiniões em entrevista ao Blog da Folha
Blog da Folha:
5 perguntas por e-mail
"A tendência natural do PCdoB é apoiar Dilma"
Que avaliação o Senhor faz do primeiro ano da atual legislatura na Câmara do Recife?
A Câmara discutiu temas importantes, aprovou projetos de Lei significativos para a vida na cidade e se aproximou mais da sociedade civil. O balanço é muito positivo.
O Senhor tem proposto uma série de audiências públicas durante o mandato. Qual tem sido a participação popular nas discussões e qual a efetividade desse instrumento?
As audiências públicas promovidas pela Comissão de Desenvolvimento Econômico – que presido -, têm ensejado uma participação ativa do movimento popular e de inúmeros atores e instituições influentes na cidade, além de gestores públicos. E têm produzidos resultados consistentes. Discutimos a política fiscal da Prefeitura como indutora do desenvolvimento econômico – e em seguida, ajustamos, mediante projeto de Lei do Executivo, o texto de uma das leis de flexibilização da alíquota do ISS. Debatemos o centenário de Burle Marx e a defesa do nosso patrimônio paisagístico – e já aprovamos uma Lei, de nossa autoria, que estabelece a Semana de Burle Marx, a se realizar anualmente sob os auspícios do poder público municipal em parceria com instituições interessadas no tema. Examinamos a necessidade de rever a chamada Lei das Calçadas, e o Grupo de Trabalho nomeado pelo prefeito João da Costa agilizou o tratamento do assunto, que em breve chegará à Câmara na forma de projeto de Lei. Em cooperação com o Fórum Pernambucano de Defesa das Bibliotecas, do Livro e da Leitura, também em audiência pública formatamos um projeto de Lei que institui a política municipal do livro e de incentivo à cultura da leitura, que tramita nas comissões técnicas e em breve irá a plenário. Mais recentemente também debatemos os Projetos Capibaribe Melhor e Cidade da Copa, igualmente com a presença maciça de público qualificado, agregando, em ambos os casos, conhecimento e alternativas de ação no sentido de acompanharmos os dois projetos em intima articulação com o movimento popular e entidades da sociedade civil.
Também promovemos um seminário sobre a questão dos resíduos sólidos (lixo) sob ótica metropolitana e publicaremos em breve uma plaquete com o conteúdo dos debates. O fato é que as audiências públicas são, efetivamente, um instrumento de trabalho muito eficaz na abordagem ampla e aprofundada dos problemas da cidade e de estreitamento das relações entre o Legislativo Municipal e a sociedade. Pena que a mídia não se interesse em acompanhar.
Há duas semanas o PCdoB realizou o seu 12º Congresso Nacional, em São Paulo. Que deliberações ou direcionamentos podem ser destacados desse encontro?
O que ressalta, no conjunto das resoluções do 12º. Congresso do PCdoB, é a atualização do Programa do Partido – que reafirma o socialismo como objetivo estratégico e indica a consecução de um Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento como meio de abordar esse objetivo nas condições atuais da luta política em nosso país. E junto com o novo Programa, a adoção de uma resolução política orientada para impulsionar o processo de mudanças em curso, sob o governo Lula, tendo como destaque uma plataforma que os comunistas apresentam para o novo governo pós-Lula.
O PCdoB parece cada vez mais próximo da ministra Dilma Rousseff. A adesão formal à sua candidatura à presidência da República é só uma questão de tempo?
Há, sim, uma convergência crescente entre as opiniões e os compromissos da ministra Dilma com o que propõe o PCdoB. A ministra compareceu ao nosso Congresso, ao lado do presidente Lula, e nos brindou com um discurso escrito expressando essa convergência de propósitos. A tendência natural do PCdoB é apoiar Dilma.
O Senhor - ou o partido – já decidiu quanto à sua candidatura a deputado no próximo ano? Ela depende da definição da formação de um “chapão” ou de “chapinhas” na base do governo estadual?
O PCdoB prepara-se para o pleito de 2010 com paciência e descortino político. Tem em conta que muitas variáveis que definirão o cenário da disputa ainda não se fazem presentes. O meu nome é cogitado para deputado federal, ao lado da ex-prefeita Luciana Santos. A candidatura de Luciana já está definida, a minha ainda carece de análise. De toda forma, minhas energias estão concentradas no cumprimento do mandato de vereador que o povo da cidade me concedeu.
Bom dia, Cyl Gallindo
A sobrevivência do mangue
E a ponte esvai-se pelo rio
Trêmula navegante nula;
nas suas cáries residimos
logicamente crustáceos.
Bípedes arquitetando sombras,
planos rostos refletidos: nunca,
no aquático espelho dos sobrados
sustém o eco dos sentidos desusados
que mordem das impegadas mãos o tato.
Incerta lama convivida:
alma lama renascida ao sol.
Anfíbios (caranguejos, siris, meninos)
o peito ereto, as mãos para cima,
trazem as bandeiras de medalhas-lama.
Do céu ganhou a armação
em ossos: um nato esquife.
E o recheio, que lhe desse o rio.
Lá na Ponte Giratória, por mais que gire:
ossos que vivem a sobreviver de ossos!
E a ponte esvai-se pelo rio
Trêmula navegante nula;
nas suas cáries residimos
logicamente crustáceos.
Bípedes arquitetando sombras,
planos rostos refletidos: nunca,
no aquático espelho dos sobrados
sustém o eco dos sentidos desusados
que mordem das impegadas mãos o tato.
Incerta lama convivida:
alma lama renascida ao sol.
Anfíbios (caranguejos, siris, meninos)
o peito ereto, as mãos para cima,
trazem as bandeiras de medalhas-lama.
Do céu ganhou a armação
em ossos: um nato esquife.
E o recheio, que lhe desse o rio.
Lá na Ponte Giratória, por mais que gire:
ossos que vivem a sobreviver de ossos!
Consciência negra
No G1:
. Criado para estabelecer diretrizes e garantir direitos para a população negra, o Estatuto da Igualdade Racial deve ter a votação concluída no Senado ainda neste mês de novembro, segundo previsão do governo federal, e deve virar lei em 2009 após 10 anos do início das discussões sobre o tema.
. O projeto de lei que cria o estatuto foi aprovado no último dia 9 de setembro em comissão da Câmara em caráter terminativo (sem passar pelo plenário) e agora precisa ser aprovado no Senado antes de ir à sanção presidencial e virar lei.
. A previsão inicial do governo era de que o projeto fosse sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta sexta-feira (20), Dia da Consciência Negra. De acordo com o ministro da Igualdade Racial, Edson Santos, embora a meta não tenha sido cumprida, ajudou a agilizar as discussões sobre o tema.
. Criado para estabelecer diretrizes e garantir direitos para a população negra, o Estatuto da Igualdade Racial deve ter a votação concluída no Senado ainda neste mês de novembro, segundo previsão do governo federal, e deve virar lei em 2009 após 10 anos do início das discussões sobre o tema.
. O projeto de lei que cria o estatuto foi aprovado no último dia 9 de setembro em comissão da Câmara em caráter terminativo (sem passar pelo plenário) e agora precisa ser aprovado no Senado antes de ir à sanção presidencial e virar lei.
. A previsão inicial do governo era de que o projeto fosse sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta sexta-feira (20), Dia da Consciência Negra. De acordo com o ministro da Igualdade Racial, Edson Santos, embora a meta não tenha sido cumprida, ajudou a agilizar as discussões sobre o tema.
Calma e bom senso só fazem bem
. Nenhum motivo consistente há para escaramuças entre pretendentes a uma vaga na chapa majoritária da coalizão que apóia o governo Eduardo Campos.
. Que se explicitem, diferenças de opinião, nada contra.
. Mas o bom senso recomenda serenidade e paciência. Em tempo hábil as coisas serão postas em devidos lugares.
. Que se explicitem, diferenças de opinião, nada contra.
. Mas o bom senso recomenda serenidade e paciência. Em tempo hábil as coisas serão postas em devidos lugares.
Vamos ao cinema
. Informa a Agência Brasil: a segunda edição da campanha Semana do Filme Nacional começa hoje e vai até a quinta-feira (26) com ingressos a R$ 6 (inteira) e a R$ 3 (meia-entrada) em todo o país. O evento é promovido pela Agência Nacional do Cinema em parceria com a Federação Nacional das Empresas Exibidoras.
. O público poderá ver cerca de 15 longas-metragens brasileiros lançados em 2009, entre eles, Besouro, Hotel Atlântico, Se Eu Fosse Você 2, Divã, O Menino da Porteira, A Mulher Invisível, No Meu Lugar, Alô Alô Terezinha, Verônica, Salve Geral e O Grilo Falante e os Insetos Gigantes.
. Para saber quais as cidades e os cinemas que participam da promoção, os interessados devem consultar o site http://www.ancine.gov.br/.
. Jaboatão dos Guararapes e Recife participam.
. O público poderá ver cerca de 15 longas-metragens brasileiros lançados em 2009, entre eles, Besouro, Hotel Atlântico, Se Eu Fosse Você 2, Divã, O Menino da Porteira, A Mulher Invisível, No Meu Lugar, Alô Alô Terezinha, Verônica, Salve Geral e O Grilo Falante e os Insetos Gigantes.
. Para saber quais as cidades e os cinemas que participam da promoção, os interessados devem consultar o site http://www.ancine.gov.br/.
. Jaboatão dos Guararapes e Recife participam.
Um filme comum que emociona
. “Lula, o filho do Brasil” é um filme comum. Certamente há centenas de filmes melhor concebidos e realizados.
. Mas toca fundo em quem o vê – sobretudo aos que confundem o destino pessoal com a própria luta do povo e guardam no peito emoções tão fortes, como Luci e eu.
. Mas toca fundo em quem o vê – sobretudo aos que confundem o destino pessoal com a própria luta do povo e guardam no peito emoções tão fortes, como Luci e eu.
19 novembro 2009
Bolsa Família: controle rigoroso
. A notícia é da Agência Brasil. O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) anunciou que 975.601 famílias inscritas no Programa Bolsa Família não receberão o benefício este mês por falta de atualização cadastral. Com a medida, o governo espera que os beneficiários procurem as prefeituras municipais e atualizem seus dados.
. O dinheiro do beneficiário, pago entre os dias 17 e 30 de cada mês, será depositado na Caixa Econômica Federal e só poderá ser liberado após a atualização cadastral das famílias. O dinheiro ficará na conta por três meses. Se até janeiro as famílias não efetuarem a atualização, o benefício será cancelado e o dinheiro voltará para o Tesouro Nacional.. A exigência de atualização cadastral e a possibilidade de bloqueio estão previstas no Decreto Presidencial nº 6.135 de 2007. A atualização deveria ter sido feita até 31 de outubro deste ano.
. O dinheiro do beneficiário, pago entre os dias 17 e 30 de cada mês, será depositado na Caixa Econômica Federal e só poderá ser liberado após a atualização cadastral das famílias. O dinheiro ficará na conta por três meses. Se até janeiro as famílias não efetuarem a atualização, o benefício será cancelado e o dinheiro voltará para o Tesouro Nacional.. A exigência de atualização cadastral e a possibilidade de bloqueio estão previstas no Decreto Presidencial nº 6.135 de 2007. A atualização deveria ter sido feita até 31 de outubro deste ano.
Nunca na história desse país…
. Minha gente, na mídia na há limite pra nada quando se trata de fustigar o presidente Lula. O filme “Lula, o filho do Brasil” tem sido alvo de comentários depreciativos de toda ordem. Por gente que nem o viu ainda! Nunca na história desse país...
. Vou ver o filme hoje no pré-lançamento no Centro de Convenções. Não porque o meu partido, o PCdoB, apóia o governo Lula ou por ser amigo do presidente. Vou porque gosto de cinema.
. Mas confesso que é preciso certa dose de autocontrole para ver o filme com espírito desarmado, sem preconceitos – tamanho o bombardeio que se tem feito nesses últimos dias.
. O danado é quanto mais se bate em Lula, mais o prestígio dele no seio do povo cresce.
. Vou ver o filme hoje no pré-lançamento no Centro de Convenções. Não porque o meu partido, o PCdoB, apóia o governo Lula ou por ser amigo do presidente. Vou porque gosto de cinema.
. Mas confesso que é preciso certa dose de autocontrole para ver o filme com espírito desarmado, sem preconceitos – tamanho o bombardeio que se tem feito nesses últimos dias.
. O danado é quanto mais se bate em Lula, mais o prestígio dele no seio do povo cresce.
18 novembro 2009
Boa noite, Bartyra Soares
Toada do Capibaribe: Auto-retrato
Sim. Existo.
Venho por esses caminhos
de ventos perdidos
e vozes dispersas.
Na aspereza do chão
incessantemente me traço
e me refaço.
E sigo eu.
Embora não seja verde
o meu canto
ele ainda é esperança
promessa e saudação.
Deixo nos olhos
de quem me busca
um instante de divagação.
A faísca de quem se transporta e viaja,
a certeza de refúgio
apesar do fluir de meus pés
em permanente arribação.
Venho por esses caminhos
de ventos perdidos
e vozes dispersas.
Na aspereza do chão
incessantemente me traço
e me refaço.
E sigo eu.
Embora não seja verde
o meu canto
ele ainda é esperança
promessa e saudação.
Deixo nos olhos
de quem me busca
um instante de divagação.
A faísca de quem se transporta e viaja,
a certeza de refúgio
apesar do fluir de meus pés
em permanente arribação.
História: 18 de novembro de 1918
Ensaio insurrecional anarquista conectado à greve geral no Rio-Niterói. Mobiliza tecelões, metalúrgicos e operários da construção para ocupar o palácio presidencial, Câmara, Senado, arsenais, quartéis. Ataca a delegacia distrital de polícia, mas sucumbe ante a chegada de reforços. Dezenas de presos. (Vermelho http://www.vermelho.org.br/).
Lei objetiva do capitalismo
. Tempo de crise, tendência ao fortalecimento de monopólios. Assim funcionam as coisas no capitalismo. E é o que comprova levantamento feito pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima): o volume de transações de fusões, aquisições, ofertas públicas de aquisição de ações e reestruturações societárias efetuadas no país até setembro totalizou R$ 116,7 bilhões.
. O aumento foi de 33,4% sobre o mesmo período de 2008, aproximando-se do resultado registrado em 2007, que alcançou R$ 141,2 bilhões.
. A informação é da Agência Brasil e indica que 32,8% das operações foram de negócios superiores a R$ 1 bilhão. No mesmo período do ano passado, as mesmas transações representavam 19,3% do total.
. O aumento foi de 33,4% sobre o mesmo período de 2008, aproximando-se do resultado registrado em 2007, que alcançou R$ 141,2 bilhões.
. A informação é da Agência Brasil e indica que 32,8% das operações foram de negócios superiores a R$ 1 bilhão. No mesmo período do ano passado, as mesmas transações representavam 19,3% do total.
Artigo semanal no Blog de Jamildo (JC Online)
Ciro e Aécio: diversionismo ou jogo de cena?
Luciano Siqueira
O deputado Ciro Gomes, do PSB, conversa com o governador Aécio Neves, de Minas Gerais, do PSDB. Ambos ostentam a condição de postulantes a candidatura à presidência da República. Os jornais anunciam que eles tratam exatamente disso: da disputa presidencial do ano que vem. Eles não desmentem. E as coisas passam a ser vistas como se estivessem em busca de uma aliança eleitoral.
É possível? Ora, mesmo sendo razoável dizer que em política tudo pode acontecer – o autor dessas linhas já viu de tudo, menos uma vaca voar... -, não parece consistente a hipótese de que o deputado e o governador estariam costurando um acordo eleitoral.
A começar pelos partidos a que pertencem, perfilados em campos opostos na atual cena política do país. O PSDB do governador Aécio comanda a oposição de centro-direita, combatendo frontalmente o presidente Lula e o seu governo. O PSB do deputado Ciro está entre os principais partidos integrantes da coalizão governista.
Entre o PSDB e o PSB não há convergências acerca dos rumos do país. O PSB defende, em linhas gerais, a orientação do governo Lula. O PSDB, mesmo sem um discurso articulado e perdido em questiúnculas pontuais, é abertamente defensor de postulados do neoliberalismo.
O governador Aécio, ao que parece, embora um líder de grande dimensão entre os tucanos, não detém a hegemonia no seu partido – portanto não teria condições de promover uma guinada para apoiar o deputado Ciro.
O deputado Ciro Gomes, por seu turno, nome de grande expressão no PSB, tampouco teria força para afastar o seu partido da coalizão liderada pelo PT.
Postas essas premissas, restam duas hipóteses para explicar o colóquio entre o governador mineiro e o deputado cearense. Uma: ambos interessados em se cacifar no interior dos seus partidos tendo em vista o projeto da candidatura à presidência promoveriam, assim, uma manobra diversionista destinada tanto a sublinhar que a escolha do governador José Serra, de São Paulo, ainda não está consolidada no PSDB; como para firmar a idéia de que, no PSB, o apoio à candidatura da ministra Dilma, do PT, não pode ser considerado ainda favas contadas.
Daí a segunda hipótese, que complementa a primeira: ambos estariam fazendo jogo de cena no intuito de aferir bons resultados no interior dos seus partidos. Nada mais que isso.
Entretanto, como têm responsabilidade pública, ficam instados a explicitar em quais das grandes questões nacionais encontram, entre si, convergências – se que elas existem.
Luciano Siqueira
O deputado Ciro Gomes, do PSB, conversa com o governador Aécio Neves, de Minas Gerais, do PSDB. Ambos ostentam a condição de postulantes a candidatura à presidência da República. Os jornais anunciam que eles tratam exatamente disso: da disputa presidencial do ano que vem. Eles não desmentem. E as coisas passam a ser vistas como se estivessem em busca de uma aliança eleitoral.
É possível? Ora, mesmo sendo razoável dizer que em política tudo pode acontecer – o autor dessas linhas já viu de tudo, menos uma vaca voar... -, não parece consistente a hipótese de que o deputado e o governador estariam costurando um acordo eleitoral.
A começar pelos partidos a que pertencem, perfilados em campos opostos na atual cena política do país. O PSDB do governador Aécio comanda a oposição de centro-direita, combatendo frontalmente o presidente Lula e o seu governo. O PSB do deputado Ciro está entre os principais partidos integrantes da coalizão governista.
Entre o PSDB e o PSB não há convergências acerca dos rumos do país. O PSB defende, em linhas gerais, a orientação do governo Lula. O PSDB, mesmo sem um discurso articulado e perdido em questiúnculas pontuais, é abertamente defensor de postulados do neoliberalismo.
O governador Aécio, ao que parece, embora um líder de grande dimensão entre os tucanos, não detém a hegemonia no seu partido – portanto não teria condições de promover uma guinada para apoiar o deputado Ciro.
O deputado Ciro Gomes, por seu turno, nome de grande expressão no PSB, tampouco teria força para afastar o seu partido da coalizão liderada pelo PT.
Postas essas premissas, restam duas hipóteses para explicar o colóquio entre o governador mineiro e o deputado cearense. Uma: ambos interessados em se cacifar no interior dos seus partidos tendo em vista o projeto da candidatura à presidência promoveriam, assim, uma manobra diversionista destinada tanto a sublinhar que a escolha do governador José Serra, de São Paulo, ainda não está consolidada no PSDB; como para firmar a idéia de que, no PSB, o apoio à candidatura da ministra Dilma, do PT, não pode ser considerado ainda favas contadas.
Daí a segunda hipótese, que complementa a primeira: ambos estariam fazendo jogo de cena no intuito de aferir bons resultados no interior dos seus partidos. Nada mais que isso.
Entretanto, como têm responsabilidade pública, ficam instados a explicitar em quais das grandes questões nacionais encontram, entre si, convergências – se que elas existem.
16 novembro 2009
O peso do mercado interno
Aquecimento do mercado interno contribuiu para gerar mais de 1 milhão de empregos no ano
. A notícia é da Agência Brasil. O aquecimento do mercado interno foi um dos principais responsáveis pela geração de 1,16 milhão de empregos até outubro deste ano, disse hoje (16) o ministro do Trabalho, Carlos Lupi. O dado faz parte do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado hoje.
. “Não me surpreendo com esse número de 1.163.607 [de empregos gerados] porque desde março vinhamos falando da solidez do mercado interno, da força da economia nacional e das ações do governo para enfrentar a crise”, afirmou Lupi.
. Segundo o ministro, o resultado mostra que o Brasil é o único país do G20 (grupo das 20 maiores economias do mundo) a gerar mais de 1 milhão de empregos e disse que no próximo ano o país vai chegar ao saldo acumulado de 2 milhões de empregos. Lupi disse ainda que o Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos pelo país) de 2010 poderá crescer entre 7% e 8%. Entre as áreas que devem ter maior expansão em 2010, ele citou a indústria de transformação e o setor de serviços.
. Em outubro, o saldo da geração de empregos com carteira assinada ficou em 230.956 e foi o melhor de toda a série histórica para o mês. O melhor saldo, até então, era o de outubro de 2007, quando foram gerados 205 mil novos empregos com carteira assinada.
. Para este mês, Lupi espera saldo recorde, mas que não deverá ser tão forte. Para dezembro, quando há demissões no setor do comércio e serviços, após as contratações temporárias de fim de ano, ele disse não acreditar em grande número de dispensas, mantendo, por isso, a previsão de um 1,1 milhão de empregos para 2009.
. A notícia é da Agência Brasil. O aquecimento do mercado interno foi um dos principais responsáveis pela geração de 1,16 milhão de empregos até outubro deste ano, disse hoje (16) o ministro do Trabalho, Carlos Lupi. O dado faz parte do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado hoje.
. “Não me surpreendo com esse número de 1.163.607 [de empregos gerados] porque desde março vinhamos falando da solidez do mercado interno, da força da economia nacional e das ações do governo para enfrentar a crise”, afirmou Lupi.
. Segundo o ministro, o resultado mostra que o Brasil é o único país do G20 (grupo das 20 maiores economias do mundo) a gerar mais de 1 milhão de empregos e disse que no próximo ano o país vai chegar ao saldo acumulado de 2 milhões de empregos. Lupi disse ainda que o Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos pelo país) de 2010 poderá crescer entre 7% e 8%. Entre as áreas que devem ter maior expansão em 2010, ele citou a indústria de transformação e o setor de serviços.
. Em outubro, o saldo da geração de empregos com carteira assinada ficou em 230.956 e foi o melhor de toda a série histórica para o mês. O melhor saldo, até então, era o de outubro de 2007, quando foram gerados 205 mil novos empregos com carteira assinada.
. Para este mês, Lupi espera saldo recorde, mas que não deverá ser tão forte. Para dezembro, quando há demissões no setor do comércio e serviços, após as contratações temporárias de fim de ano, ele disse não acreditar em grande número de dispensas, mantendo, por isso, a previsão de um 1,1 milhão de empregos para 2009.
Vendo o apagão com sensatez e equilíbrio
No Vermelho, por Eduardo Bomfim:
O crescimento e o apagão
Na noite da terça para quarta-feira passada houve uma interrupção do fornecimento de energia em vários Estados, principalmente os sulistas, ocasionada pela ação de tempestades sobre redes de transmissão elétrica.
As forças de oposição ao governo do presidente Lula já tomaram a iniciativa de propor no Congresso Nacional uma “CPI do apagão”. O que significa afirmar que o episódio possui causas estruturais e não decorrentes de um acidente como o de intensos raios sobre a região.
A oposição está no seu papel de oposição, mas ela precisa estar bastante respaldada em bases científicas para poder concluir pela versão de uma crise no abastecimento de energia no País semelhante aos blecautes do final dos anos noventa.
Naquela época houve a confissão às claras de que o Brasil estava profundamente defasado em relação à sua produção energética o que poderia inviabilizar o crescimento industrial e econômico nacional. De lá para cá houve um maciço investimento e modernização no setor por parte do governo federal.
Mas a grande verdade é que os segmentos de oposição encontram-se muito incomodados com os altos índices de aprovação popular do presidente da República, índices que crescem imunes aos sistemáticos ataques que aparentam forte dose de desespero e instabilidade política. No entanto, a oposição ao governo não pode em absoluto ser subestimada porque tem uma grande capacidade de fogo, encorpado engajamento social e ideológico, embora minoritário.
Mas o que salta aos olhos de todos é o forte apoio da grande mídia nacional hegemônica global que já não mais informa, produz sistemáticos ataques, totalmente engajada no campo da oposição.
Uma das principais comentaristas de economia e política dessa referida mídia passou, dias atrás, um verdadeiro pito na oposição considerando-a vacilante e sem rumo, saindo-se com a frase que no Brasil estava havendo governo demais e oposição de menos. Daí em diante aumentou o grau de irritabilidade oposicionista, FHC lançou um histriônico manifesto, Caetano Veloso chamou Lula de analfabeto etc. Nesse tiroteio, todo o produto interno bruto nacional (PIB) cresceu em torno de 8% e 10% no último trimestre. Cresceu em ritmo chinês dizem as publicações especializadas.
Assim, sem plataforma alternativa, as oposições estão mesmo sem rumo, sem grandes perspectivas e alimentam, aqui e ali, sonhos golpistas.
O crescimento e o apagão
Na noite da terça para quarta-feira passada houve uma interrupção do fornecimento de energia em vários Estados, principalmente os sulistas, ocasionada pela ação de tempestades sobre redes de transmissão elétrica.
As forças de oposição ao governo do presidente Lula já tomaram a iniciativa de propor no Congresso Nacional uma “CPI do apagão”. O que significa afirmar que o episódio possui causas estruturais e não decorrentes de um acidente como o de intensos raios sobre a região.
A oposição está no seu papel de oposição, mas ela precisa estar bastante respaldada em bases científicas para poder concluir pela versão de uma crise no abastecimento de energia no País semelhante aos blecautes do final dos anos noventa.
Naquela época houve a confissão às claras de que o Brasil estava profundamente defasado em relação à sua produção energética o que poderia inviabilizar o crescimento industrial e econômico nacional. De lá para cá houve um maciço investimento e modernização no setor por parte do governo federal.
Mas a grande verdade é que os segmentos de oposição encontram-se muito incomodados com os altos índices de aprovação popular do presidente da República, índices que crescem imunes aos sistemáticos ataques que aparentam forte dose de desespero e instabilidade política. No entanto, a oposição ao governo não pode em absoluto ser subestimada porque tem uma grande capacidade de fogo, encorpado engajamento social e ideológico, embora minoritário.
Mas o que salta aos olhos de todos é o forte apoio da grande mídia nacional hegemônica global que já não mais informa, produz sistemáticos ataques, totalmente engajada no campo da oposição.
Uma das principais comentaristas de economia e política dessa referida mídia passou, dias atrás, um verdadeiro pito na oposição considerando-a vacilante e sem rumo, saindo-se com a frase que no Brasil estava havendo governo demais e oposição de menos. Daí em diante aumentou o grau de irritabilidade oposicionista, FHC lançou um histriônico manifesto, Caetano Veloso chamou Lula de analfabeto etc. Nesse tiroteio, todo o produto interno bruto nacional (PIB) cresceu em torno de 8% e 10% no último trimestre. Cresceu em ritmo chinês dizem as publicações especializadas.
Assim, sem plataforma alternativa, as oposições estão mesmo sem rumo, sem grandes perspectivas e alimentam, aqui e ali, sonhos golpistas.
Área ganhará parque científico
Na Folha de Pernambuco, por Gilberto Prazeres:
. O prefeito do Recife, João da Costa (PT), assina, hoje, um convênio com o Ministério de Ciência e Tecnologia para a construção do Parque Científico e Cultural do Jiquiá, que receberá o nome Alberto Santos Dumont. O ato, que será realizado no Teatro Santa Isabel, contará ainda com as presenças do ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende; do governador Eduardo Campos (PSB) e da secretária de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente do Estado, Luciana Santos (PCdoB).
. Há pouco mais de dois meses, Costa anunciara que havia embarcado para Brasília para costurar os acordos necessários para a implementação do projeto. Nesta época, o gestor havia garantido cerca de R$ 1 milhão para a benfeitoria. A ideia de João da Costa é, com o novo parque, recuperar a memória do bairro do Jiquiá, que, em 1930, foi ocupado pelo primeiro centro de operações para abastecimento e pouso do Graf Zeppelin no Brasil, denominado “Aeroporto do Jiquiá”. Hoje, o Campo do Jiquiá, como ficou popularmente conhecido o local, é uma área tombada pelo Patrimônio Histórico Estadual e conserva, de forma original, a torre que servia de atracação aos dirigíveis.
. O prefeito do Recife, João da Costa (PT), assina, hoje, um convênio com o Ministério de Ciência e Tecnologia para a construção do Parque Científico e Cultural do Jiquiá, que receberá o nome Alberto Santos Dumont. O ato, que será realizado no Teatro Santa Isabel, contará ainda com as presenças do ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende; do governador Eduardo Campos (PSB) e da secretária de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente do Estado, Luciana Santos (PCdoB).
. Há pouco mais de dois meses, Costa anunciara que havia embarcado para Brasília para costurar os acordos necessários para a implementação do projeto. Nesta época, o gestor havia garantido cerca de R$ 1 milhão para a benfeitoria. A ideia de João da Costa é, com o novo parque, recuperar a memória do bairro do Jiquiá, que, em 1930, foi ocupado pelo primeiro centro de operações para abastecimento e pouso do Graf Zeppelin no Brasil, denominado “Aeroporto do Jiquiá”. Hoje, o Campo do Jiquiá, como ficou popularmente conhecido o local, é uma área tombada pelo Patrimônio Histórico Estadual e conserva, de forma original, a torre que servia de atracação aos dirigíveis.
Um bom confronto
. Noticia-se que tucanos e petistas estariam compilado dados acercados governos FHC e Lula para o debate nas eleições presidenciais de 2010.
. Ótimo! Não se trata de comparações na esfera pessoal – embora elas existam, com larga vantagem para Lula, sob múltipolos aspectos.
. Trata-se, sim, de confrontar dois projetos distintos para o Brasil. Para o bom esclarecimento do eleitor, a quem caberá decidir sobre a continuidade do projeto atual ou pela volta à era FHC.
. Ótimo! Não se trata de comparações na esfera pessoal – embora elas existam, com larga vantagem para Lula, sob múltipolos aspectos.
. Trata-se, sim, de confrontar dois projetos distintos para o Brasil. Para o bom esclarecimento do eleitor, a quem caberá decidir sobre a continuidade do projeto atual ou pela volta à era FHC.
Zé da Flauta mostra erro de Capiba
No Blog de Zé da Flauta:
Capiba errou!
É FREVO, MEU BEM!
Capiba.
Pernambuco tem uma dança
Que nem uma terra tem
Quando a gente entra na dança
Não se lembra de ninguém
É maracatu, não!
Mas podia ser.
É bumba-meu-boi, não!
Mas podia ser.
Mas será o baião, não!
Mas podia ser.
É dança de roda, não!
Quero ver dizer...
É uma dança
Que vai e que vem
Que mexe com a gente
É frevo, meu bem!
Descubra onde está o erro? Não é fácil achá-lo, pois sempre ouve uma grande confusão em torno da tríede frevo, passo e folia. É comum fazermos essa troca, pois crescemos no Recife assistindo esse conflito gramatical. É comum se ver num jornal, na capa de um livro, a foto de um ou uma passista escrito em baixo a palavra frevo, onde deveria ser passo. Pra ter frevo escrito sob uma foto precisaria ela mostrar uma orquestra, um músico de frevo, não é verdade?
Quando no carnaval avistamos uma orquestra arrastando multidões pelas ruas, podemos dizer com toda certeza, lá vem a folia! Pois estamos observando a soma do frevo + passo + alegria, correto?
Então: Frevo é a música. Passo é a dança do frevo. Folia é a agitação, a alegria e a euforia transmitida pelo frevo e pelo passo.
Capiba errou, mas foi sem querer! Ele foi vítima da confusão ou passou despercebido quando escreveu a letra, porque eu tenho certeza que ele sabia distinguir bem as três expressões.
Capiba errou!
É FREVO, MEU BEM!
Capiba.
Pernambuco tem uma dança
Que nem uma terra tem
Quando a gente entra na dança
Não se lembra de ninguém
É maracatu, não!
Mas podia ser.
É bumba-meu-boi, não!
Mas podia ser.
Mas será o baião, não!
Mas podia ser.
É dança de roda, não!
Quero ver dizer...
É uma dança
Que vai e que vem
Que mexe com a gente
É frevo, meu bem!
Descubra onde está o erro? Não é fácil achá-lo, pois sempre ouve uma grande confusão em torno da tríede frevo, passo e folia. É comum fazermos essa troca, pois crescemos no Recife assistindo esse conflito gramatical. É comum se ver num jornal, na capa de um livro, a foto de um ou uma passista escrito em baixo a palavra frevo, onde deveria ser passo. Pra ter frevo escrito sob uma foto precisaria ela mostrar uma orquestra, um músico de frevo, não é verdade?
Quando no carnaval avistamos uma orquestra arrastando multidões pelas ruas, podemos dizer com toda certeza, lá vem a folia! Pois estamos observando a soma do frevo + passo + alegria, correto?
Então: Frevo é a música. Passo é a dança do frevo. Folia é a agitação, a alegria e a euforia transmitida pelo frevo e pelo passo.
Capiba errou, mas foi sem querer! Ele foi vítima da confusão ou passou despercebido quando escreveu a letra, porque eu tenho certeza que ele sabia distinguir bem as três expressões.
15 novembro 2009
João da Costa está certo
. No Diário de Pernambuco de hoje: Para João da Costa, este não é o governo do PT ou de um núcleo. É o governo de uma frente de partidos.
. Está certíssimo. Que o PT é hegemônico em seu governo, não há dúvida – sem perder, entretanto, o caráter plural.
. Está certíssimo. Que o PT é hegemônico em seu governo, não há dúvida – sem perder, entretanto, o caráter plural.
Cartilha apresenta 10 razões para defender o pré-sal
Do site da CTB:
. Entidades sindicais, estudantis e movimentos sociais organizados lançaram neste mês, em Minas Gerais, uma cartilha em defesa do pré-sal. Elaborada pelo Sinpro Minas, a publicação apresenta 10 razões para defender as novas reservas petrolíferas e traz ilustrações do chargista Lor.
. “Pretendemos com esta cartilha apresentar alguns pontos cruciais em torno assunto. Ela é resultado de uma construção coletiva, fomentada durante os debates e reuniões que participamos nos últimos meses com diversos atores sociais”, disse Gilson Reis, presidente do Sinpro Minas e da CTB Minas e autor do texto da cartilha.
. Segundo ele, o pré-sal representa uma riqueza extraordinária para o Brasil, e o debate em torno dele não pode ficar restrito ao Congresso Nacional. “Assim como na década de 50 o povo foi às ruas para defender a criação da Petrobras, é preciso haver muita mobilização para que os recursos sejam de fato destinados à população brasileira. Por isso, esperamos que toda a sociedade se engaje nesta discussão sobre o destino da exploração desse recurso natural, tão importante para o futuro do nosso país”, afirma Gilson Reis.
. A cartilha destaca que, com o pré-sal, o país pode ficar entre os dez maiores produtores de petróleo do mundo, além de obter um enorme retorno financeiro – calcula-se algo em torno de 5 a 13 trilhões de dólares, números bem superiores ao PIB do Brasil em 2008, que foi de 1,5 trilhão de dólares.. Para Gilson Reis, esses recursos devem ser destinados a áreas como a educação, a geração de empregos, a preservação ambiental e o combate à pobreza.
. CLIQUE AQUI e acesse a cartilha. O Extra-Classe, programa de TV do Sinpro Minas - exibido todos os domingos, às 8h55, na Band TV -, também abordou o assunto. CLIQUE AQUI e assista.
14 novembro 2009
Caetano X Lula: a palavra de Zé Celso
Tropicália, sob o signo do escorpião
José Celso Martinez Corrêa
No mesmo dia em que Caetano fazia sua entrevista de capa, muito bela como sempre, no Caderno 2 do Estadão, o Ministro Ecologista Juca Ferreira publicava uma matéria na Folha na seção Debates. Um texto extraordinariamente bem escrito em torno da cultura, como estratégia, iniciada no 1º Governo de Lula ao nomear corajosa e muito sabiamente Gilberto Gil como Ministro da Cultura e hoje consolidada na gestão atual do Ministro Juca. Hoje temos pela primeira vez na nossa história um corpo concreto de potencialização da cultura brazyleira: o Ministério da Cultura, e isso seu atual Ministro soube muito bem fazer, um CQD em seu texto.
Por outro lado, meu adorado Poeta Caetano, como sempre, me surpreendeu na sua interpretação de Lula como analfabeto, de fala cafajeste, abrindo seu voto para Marina Silva.
Nós temos muitas vezes interpretações até gêmeas, mas acho caetanamente bonito nestes tempos de invenção da democracia brazyleira, que surjam perspectivas opostas, mesmo dentro deste movimento que acredito que pulsa mais forte que nunca no mundo todo, a Tropicália.
Percebi isso ao prefaciar a tradução em português crioulo = brazyleiro do melhor livro, na minha perspectiva, claro, escrito sobre a Tropicália: Brutality Garden, Jardim Brutalidade, de Chris Dunn, professor de literatura Brazyleira, na Tulane University de New Orleans.
Acho, diferentemente de Caetano, que temos em Lula o primeiro presidente antropófago brazyleiro, aliás Lula é nascido em Caetés, nas regiões onde foi devorado por índios analfabetos o Bispo Sardinha que, segundo o poeta maior da Tropicália, Oswald de Andrade, é a gênese da história do Brazil. Não é o quadro de Pedro Américo com a 1ª Missa a imagem fundadora de nossa nação, mas a da devoração que ninguém ainda conseguiu pintar.
Lula começou por surpreender a todos quando, passando por cima das pressões da política cultural da esquerda ressentida, prometeica, nomeou o Antropófago Gilberto Gil para Ministro da Cultura e Celso Amorim, que era macaca de Emilinha Borba, para o Ministério das Relações Exteriores, Marina Silva para o Meio Ambiente e tanta gente que tem conquistado vitórias, avanços para o Brasil, pelo exercício de seu poder-phoder humano, mais que humano.
Phoderes que têm de sambar pra driblar a máquina perversa oligárquica, podre, do Estado brasileiro. Um estado oligárquico de fato, dentro de um Estado Republicano ainda não conquistado para a “res pública”. Tudo dentro de um futebol democrático admirável de cintura. Lula não pára de carnavalizar, de antropofagiar, pro País não parar de sambar, usando as próprias oligarquias.
Lula tem phala e sabedoria carnavalesca nas artérias, tem dado entrevistas maravilhosas, onde inverte, carnavaliza totalmente o senso comum do rebanho. Por exemplo, quando convoca os jornalistas da Folha de S. Paulo a desobedecer seus editores e ouvir, transmitindo ao vivo a phala do povo. A interpretação da editoria é a do jornal e não a da liberdade do jornalista. Aí , quando liberta o jornalista da submissão ao dono do jornal, é acusado de ser contra a liberdade de expressão. Brilha Maquiavel, quando aceita aliança com Judas, como Dionísios que casa-se com a própria responsável por seu assassinato como Minotauro, Ariadne. É realmente um transformador do Tabu em Totem e de uma eloquência amor-humor tão bela quanto a do próprio Caetano.
Essa sabedoria filosófica reflete-se na revolução cultural internacional que Lula criou com Celso Amorim e Gil, para a política internacional. O Brasil inaugurou uma política de solidariedade internacional. Não aceita a lógica da vendetta, da ameaça, da retaliação. Propõe o diálogo com todos os diabos, santos, mortais, tendo certa ojeriza pelos filisteus como ele mesmo diz. Adoro ouvir Lula falar, principalmente em direto com o público como num teatro grego. É um de nossos maiores atores. Mais que alfabetizado na batucada da vida, lula é um intérprete dela: a vida, o que é muito mais importante que o letrismo. Quantos eruditos analfabetos não sabem ler os fenômenos da escrita viva do mundo diante de seus olhos?
Eu abro meu voto para a linha que vem de Getúlio, de Brizola, de Lula: Dilma, apesar de achar que está marcando em não enxergar, nisto se parece com Caetano, a importância do Ministério da Cultura no Governo Lula. Nos 5 dedos da mão em que aponta suas metas, precisa saber mais das coisas, e incluir o binômio Cultura & Educação.
Quanto a Marina Silva, quando eu soube que se diz criacionista, portanto contra a descriminalização do aborto e da pesquisa com células-tronco, pobre de mim, chumbado por um enfarte grave, sonhando com um coração novo, deixei de sequer imaginar votar nela. Fiz até uma cena na Estrela Brasyleira a Vagar – Cacilda!! para uma personagem, de uma atriz jovem contemporânea que quer encarnar Cacilda Becker hoje, defendendo este programa tétrico.
Gosto muito de Dilma, como de Caetano, onde vou além do amar, vou pra Adoração, a Santa adorada dos deuses. Acho a afetividade a categoria política mais importante desta era de mudanças. “Amor Ordem e Progresso.” O amor guilhotinado de nossa bandeira virou um lema Carandiru: Ordem e Progresso, só.
Apreendi no livro de Chris Dunn que os americanos chamam esta categoria de laços homossociais, sem conotação direta com o homoerotismo, e sim com o amor a coisas comuns a todos, como a sagração da natureza, a liberdade e a paixão pelo amor energia, santíssima eletricidade. Sinto que nessas duas pessoas de que gosto muito, Caetano e Dilma, as fichas da importância cultural estratégica, concreta, da Arte e da Cultura, do governo Lula, ainda não caíram.
A própria pessoa de Lula é culta, apesar de não gostar, ainda, de ler. Acho que quando tiver férias da Presidência vai dedicar-se a estudar e apreender mais do que já sabe em muitas línguas. Até hoje ele não pisou no Oficina. Desejo muito ter este maravilhoso ator vendo nossos espetáculos. Lula chega à hierarquia máxima do teatro, a que corresponde ao papa no catolicismo: o palhaço. Tem a extrema sabedoria de saber rir de si mesmo. Lula é um escândalo permanente para a mente moralista do rebanho. Um cultivador da vida, muito sabido, esperto. Não é à toa que Obama o considera o político mais popular do mundo.
Caetano vai de Marina, eu vou de Dilma. Sei que como Lula ela também sente a poesia de Caetano, como todos nós, pois vem tocada pelo valor da criação divina dos brazyleiros. Essa “estasia”, Amor-Humor, na Arte, que resulta em sabedoria de viver do brasileiro: Vida de Artista. Não há melhor coisa que exista!Lula faz política culta e com arte. Sabe que a cultura de sobrevivência do povo brasileiro não é super, é infra estrutura. Caetano sabe disso, é uma imensa raiz antenada no rizoma da cultura atual brazyleira renascente de novo, dentro de nós todos mestiços brazyleiros. Fico grato a Caetano ter me proporcionado expor assim tudo que eu sinto do que estamos vivendo aqui agora no Brasil, que hoje é um país de poesia de exportação como sonhava Oswald de Andrade, que no Pau Brasil, o livro mais sofisticado, sem igual brazyleiro canta:
Vício na fala
Pra dizerem milho dizem mio
Pra melhor, dizem mió
Para telha, dizem teia
Para telhado, dizem teiado
José Celso Martinez Corrêa
No mesmo dia em que Caetano fazia sua entrevista de capa, muito bela como sempre, no Caderno 2 do Estadão, o Ministro Ecologista Juca Ferreira publicava uma matéria na Folha na seção Debates. Um texto extraordinariamente bem escrito em torno da cultura, como estratégia, iniciada no 1º Governo de Lula ao nomear corajosa e muito sabiamente Gilberto Gil como Ministro da Cultura e hoje consolidada na gestão atual do Ministro Juca. Hoje temos pela primeira vez na nossa história um corpo concreto de potencialização da cultura brazyleira: o Ministério da Cultura, e isso seu atual Ministro soube muito bem fazer, um CQD em seu texto.
Por outro lado, meu adorado Poeta Caetano, como sempre, me surpreendeu na sua interpretação de Lula como analfabeto, de fala cafajeste, abrindo seu voto para Marina Silva.
Nós temos muitas vezes interpretações até gêmeas, mas acho caetanamente bonito nestes tempos de invenção da democracia brazyleira, que surjam perspectivas opostas, mesmo dentro deste movimento que acredito que pulsa mais forte que nunca no mundo todo, a Tropicália.
Percebi isso ao prefaciar a tradução em português crioulo = brazyleiro do melhor livro, na minha perspectiva, claro, escrito sobre a Tropicália: Brutality Garden, Jardim Brutalidade, de Chris Dunn, professor de literatura Brazyleira, na Tulane University de New Orleans.
Acho, diferentemente de Caetano, que temos em Lula o primeiro presidente antropófago brazyleiro, aliás Lula é nascido em Caetés, nas regiões onde foi devorado por índios analfabetos o Bispo Sardinha que, segundo o poeta maior da Tropicália, Oswald de Andrade, é a gênese da história do Brazil. Não é o quadro de Pedro Américo com a 1ª Missa a imagem fundadora de nossa nação, mas a da devoração que ninguém ainda conseguiu pintar.
Lula começou por surpreender a todos quando, passando por cima das pressões da política cultural da esquerda ressentida, prometeica, nomeou o Antropófago Gilberto Gil para Ministro da Cultura e Celso Amorim, que era macaca de Emilinha Borba, para o Ministério das Relações Exteriores, Marina Silva para o Meio Ambiente e tanta gente que tem conquistado vitórias, avanços para o Brasil, pelo exercício de seu poder-phoder humano, mais que humano.
Phoderes que têm de sambar pra driblar a máquina perversa oligárquica, podre, do Estado brasileiro. Um estado oligárquico de fato, dentro de um Estado Republicano ainda não conquistado para a “res pública”. Tudo dentro de um futebol democrático admirável de cintura. Lula não pára de carnavalizar, de antropofagiar, pro País não parar de sambar, usando as próprias oligarquias.
Lula tem phala e sabedoria carnavalesca nas artérias, tem dado entrevistas maravilhosas, onde inverte, carnavaliza totalmente o senso comum do rebanho. Por exemplo, quando convoca os jornalistas da Folha de S. Paulo a desobedecer seus editores e ouvir, transmitindo ao vivo a phala do povo. A interpretação da editoria é a do jornal e não a da liberdade do jornalista. Aí , quando liberta o jornalista da submissão ao dono do jornal, é acusado de ser contra a liberdade de expressão. Brilha Maquiavel, quando aceita aliança com Judas, como Dionísios que casa-se com a própria responsável por seu assassinato como Minotauro, Ariadne. É realmente um transformador do Tabu em Totem e de uma eloquência amor-humor tão bela quanto a do próprio Caetano.
Essa sabedoria filosófica reflete-se na revolução cultural internacional que Lula criou com Celso Amorim e Gil, para a política internacional. O Brasil inaugurou uma política de solidariedade internacional. Não aceita a lógica da vendetta, da ameaça, da retaliação. Propõe o diálogo com todos os diabos, santos, mortais, tendo certa ojeriza pelos filisteus como ele mesmo diz. Adoro ouvir Lula falar, principalmente em direto com o público como num teatro grego. É um de nossos maiores atores. Mais que alfabetizado na batucada da vida, lula é um intérprete dela: a vida, o que é muito mais importante que o letrismo. Quantos eruditos analfabetos não sabem ler os fenômenos da escrita viva do mundo diante de seus olhos?
Eu abro meu voto para a linha que vem de Getúlio, de Brizola, de Lula: Dilma, apesar de achar que está marcando em não enxergar, nisto se parece com Caetano, a importância do Ministério da Cultura no Governo Lula. Nos 5 dedos da mão em que aponta suas metas, precisa saber mais das coisas, e incluir o binômio Cultura & Educação.
Quanto a Marina Silva, quando eu soube que se diz criacionista, portanto contra a descriminalização do aborto e da pesquisa com células-tronco, pobre de mim, chumbado por um enfarte grave, sonhando com um coração novo, deixei de sequer imaginar votar nela. Fiz até uma cena na Estrela Brasyleira a Vagar – Cacilda!! para uma personagem, de uma atriz jovem contemporânea que quer encarnar Cacilda Becker hoje, defendendo este programa tétrico.
Gosto muito de Dilma, como de Caetano, onde vou além do amar, vou pra Adoração, a Santa adorada dos deuses. Acho a afetividade a categoria política mais importante desta era de mudanças. “Amor Ordem e Progresso.” O amor guilhotinado de nossa bandeira virou um lema Carandiru: Ordem e Progresso, só.
Apreendi no livro de Chris Dunn que os americanos chamam esta categoria de laços homossociais, sem conotação direta com o homoerotismo, e sim com o amor a coisas comuns a todos, como a sagração da natureza, a liberdade e a paixão pelo amor energia, santíssima eletricidade. Sinto que nessas duas pessoas de que gosto muito, Caetano e Dilma, as fichas da importância cultural estratégica, concreta, da Arte e da Cultura, do governo Lula, ainda não caíram.
A própria pessoa de Lula é culta, apesar de não gostar, ainda, de ler. Acho que quando tiver férias da Presidência vai dedicar-se a estudar e apreender mais do que já sabe em muitas línguas. Até hoje ele não pisou no Oficina. Desejo muito ter este maravilhoso ator vendo nossos espetáculos. Lula chega à hierarquia máxima do teatro, a que corresponde ao papa no catolicismo: o palhaço. Tem a extrema sabedoria de saber rir de si mesmo. Lula é um escândalo permanente para a mente moralista do rebanho. Um cultivador da vida, muito sabido, esperto. Não é à toa que Obama o considera o político mais popular do mundo.
Caetano vai de Marina, eu vou de Dilma. Sei que como Lula ela também sente a poesia de Caetano, como todos nós, pois vem tocada pelo valor da criação divina dos brazyleiros. Essa “estasia”, Amor-Humor, na Arte, que resulta em sabedoria de viver do brasileiro: Vida de Artista. Não há melhor coisa que exista!Lula faz política culta e com arte. Sabe que a cultura de sobrevivência do povo brasileiro não é super, é infra estrutura. Caetano sabe disso, é uma imensa raiz antenada no rizoma da cultura atual brazyleira renascente de novo, dentro de nós todos mestiços brazyleiros. Fico grato a Caetano ter me proporcionado expor assim tudo que eu sinto do que estamos vivendo aqui agora no Brasil, que hoje é um país de poesia de exportação como sonhava Oswald de Andrade, que no Pau Brasil, o livro mais sofisticado, sem igual brazyleiro canta:
Vício na fala
Pra dizerem milho dizem mio
Pra melhor, dizem mió
Para telha, dizem teia
Para telhado, dizem teiado
Um gesto de amor ao Recife
Do nosso site http://www.lucianosiqueira.com.br/:
. Um gesto de amor ao Recife e ao Rio Capibaribe. Assim, o vereador e presidente da Comissão de Desenvolvimento Econômico, da Câmara do Recife, Luciano Siqueira, considerou a audiência pública realizada nesta sexta-feira (13), no Plenarinho da Casa, para debater os impactos econômicos, urbanísticos e ambientais do projeto Capibaribe Melhor, da Prefeitura do Recife. O evento integra uma série de audiências públicas agendadas pela Comissão para o segundo semestre do ano.
. Na ocasião, Siqueira disse considerar fundamental que a sociedade possa tomar conhecimento pleno e acompanhar, de maneira crítica, o projeto, destacando que essa é uma luta por ele travada desde a gestão do ex-prefeito João Paulo. “Todo grande projeto que implica em financiamento externo leva um certo tempo até ser aprovado. Agora na gestão do prefeito João da Costa temos a felicidade de enfim ter resolvido o problema do financiamento”, comemorou. O Capibaribe Melhor terá investimentos de cerca de US$ 47 milhões de dólares, dos quais 70% serão financiados pelo BIRD e o restante como contrapartida da PCR.
. O coordenador do Capibaribe Melhor, César Barros, explicou que o projeto vai beneficiar aproximadamente 250 mil pessoas em bairros e assentamentos como Cordeiro, Santana, Caiara e Vila Detran. A área de abrangência é limitada entre a Avenida Agamenon Magalhães e a BR-101, o que inclui as RPAs 3, 4 e parte da 5, num total de 36 bairros.
. Elaborado pela Prefeitura do Recife e aprovado pelo Banco Mundial, o projeto deverá ser executado em cinco anos. O Capibaribe Melhor, segundo César Barros, envolve três componentes: desenvolvimento urbano, social e institucional. Serão ações de melhoria dos espaços urbanos (sistema de água e esgoto, recuperação das margens, sistema de drenagem, ampliação da mobilidade urbana), promoção à educação ambiental e sanitária, participação popular e controle social, programas de melhoria da gestão fiscal e ambiental, entre outros.
. Também presente ao debate, o secretário municipal de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico, da PCR, José Bertotti, destacou o fato de que com o Capibaribe Melhor o Recife passa a contar com um empreendimento estruturador e estimulador do desenvolvimento econômico do mesmo porte de empreendimentos industriais que estão sendo implantados em outros municípios do Estado. “Esse empreendimento tem cinco componentes estruturadores no que se refere ao saneamento, além de um componente social, um investimento que já vem sendo feito pela PCR para conhecer a população dessa área do Capibaribe já com intervenções sociais”, explicou.
. Em sua participação, a professora da Universidade Federal de Pernambuco, pesquisadora do Rio Capibaribe, Vera Mayrink, apresentou alguns questionamentos em relação ao projeto, entre eles, se há uma articulação interinstitucional entre o município do Recife e o Estado para a melhoria da qualidade ambiental do Rio, uma vez que o Recife representa apenas 10% da extensão total do rio. César Barros respondeu, confirmando a existência de uma articulação interinstitucional, citando as parceirias com a CPRH, Compesa e a Secretaria estadual das Cidades.
Jovens defendem o Capibaribe - Um dos pontos altos da reunião foi a participação dos alunos do Colégio Neoplanos, que apresentaram pesquisas sobre a degradação do Rio e o resultado de campanhas desenvolvidas junto à comunidade. Eles também leram o poema “Cão sem Plumas’ do pernambucano João Cabral de Melo Neto.
. Um gesto de amor ao Recife e ao Rio Capibaribe. Assim, o vereador e presidente da Comissão de Desenvolvimento Econômico, da Câmara do Recife, Luciano Siqueira, considerou a audiência pública realizada nesta sexta-feira (13), no Plenarinho da Casa, para debater os impactos econômicos, urbanísticos e ambientais do projeto Capibaribe Melhor, da Prefeitura do Recife. O evento integra uma série de audiências públicas agendadas pela Comissão para o segundo semestre do ano.
. Na ocasião, Siqueira disse considerar fundamental que a sociedade possa tomar conhecimento pleno e acompanhar, de maneira crítica, o projeto, destacando que essa é uma luta por ele travada desde a gestão do ex-prefeito João Paulo. “Todo grande projeto que implica em financiamento externo leva um certo tempo até ser aprovado. Agora na gestão do prefeito João da Costa temos a felicidade de enfim ter resolvido o problema do financiamento”, comemorou. O Capibaribe Melhor terá investimentos de cerca de US$ 47 milhões de dólares, dos quais 70% serão financiados pelo BIRD e o restante como contrapartida da PCR.
. O coordenador do Capibaribe Melhor, César Barros, explicou que o projeto vai beneficiar aproximadamente 250 mil pessoas em bairros e assentamentos como Cordeiro, Santana, Caiara e Vila Detran. A área de abrangência é limitada entre a Avenida Agamenon Magalhães e a BR-101, o que inclui as RPAs 3, 4 e parte da 5, num total de 36 bairros.
. Elaborado pela Prefeitura do Recife e aprovado pelo Banco Mundial, o projeto deverá ser executado em cinco anos. O Capibaribe Melhor, segundo César Barros, envolve três componentes: desenvolvimento urbano, social e institucional. Serão ações de melhoria dos espaços urbanos (sistema de água e esgoto, recuperação das margens, sistema de drenagem, ampliação da mobilidade urbana), promoção à educação ambiental e sanitária, participação popular e controle social, programas de melhoria da gestão fiscal e ambiental, entre outros.
. Também presente ao debate, o secretário municipal de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico, da PCR, José Bertotti, destacou o fato de que com o Capibaribe Melhor o Recife passa a contar com um empreendimento estruturador e estimulador do desenvolvimento econômico do mesmo porte de empreendimentos industriais que estão sendo implantados em outros municípios do Estado. “Esse empreendimento tem cinco componentes estruturadores no que se refere ao saneamento, além de um componente social, um investimento que já vem sendo feito pela PCR para conhecer a população dessa área do Capibaribe já com intervenções sociais”, explicou.
. Em sua participação, a professora da Universidade Federal de Pernambuco, pesquisadora do Rio Capibaribe, Vera Mayrink, apresentou alguns questionamentos em relação ao projeto, entre eles, se há uma articulação interinstitucional entre o município do Recife e o Estado para a melhoria da qualidade ambiental do Rio, uma vez que o Recife representa apenas 10% da extensão total do rio. César Barros respondeu, confirmando a existência de uma articulação interinstitucional, citando as parceirias com a CPRH, Compesa e a Secretaria estadual das Cidades.
Jovens defendem o Capibaribe - Um dos pontos altos da reunião foi a participação dos alunos do Colégio Neoplanos, que apresentaram pesquisas sobre a degradação do Rio e o resultado de campanhas desenvolvidas junto à comunidade. Eles também leram o poema “Cão sem Plumas’ do pernambucano João Cabral de Melo Neto.
Diário de Pernambuco destaca propostas do PCdoB
. Boa matéria no Diário de Pernambuco de hoje, com declarações de Luciana Santos. Mas o título “Mais ação, menos ideologia”, o lead “Esse é o novo lema do PCdoB, que planeja renovar a legenda e adotar uma ação mais pragmática” e o primeiro parágrafo “O socialismo utópico, ao que parece, será uma bandeira do passado para o PCdoB. Durante o 12º congresso nacional do partido, realizado no último domingo em São Paulo, a cúpula comunista planejou uma guinada da legenda para o campo mais pragmático e menos apegado aos dogmas ideológicos que marcaram a construção do partido” são de uma infelicidade total.
. Refletem uma interpretação equivocada do repórter. Leia o restante do texto:
. Refletem uma interpretação equivocada do repórter. Leia o restante do texto:
. Eleita vice-presidente nacional do partido durante o evento, a ex-prefeita de Olinda e atual secretária estadual de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente, Luciana Santos, deixou claro que a sigla está tomando novos rumos. "No programa que nós debatemos neste ano procuramos deixá-lo palatável, factível. Deixamos de ter um programa de afirmação de princípios para ter um programa que se rebate na realidade".
. Além de renovar parte da sua direção nacional, o PCdoB elaborou o chamado "Novo Plano de Desenvolvimento Nacional", que, de acordo com Luciana Santos, será a nova diretriz do partido envolvendo a gestão do país. "O grande carro-chefe do nosso programa é a questão nacional. O governo Lula, principalmente no segundo mandato, tem se afirmado mais em relação às ações estruturantes do país. Sendo que o nosso programa quer ir além disso".. Na prática, o partido deve focar a sua linha de atuação no enfrentamento de duas questões delicadas que envolvem o governo do PT: o controle do sistema financeiro e a reforma agrária. A diferença é que, ao contrário dos partidos mais radicais, como PSTU e PSOL, os comunistas pretendem defender mudanças viáveis nesses dois setores. . No caso do sistema financeiro, o esforço será voltado para a tarefa de atenuar a "dependência exagerada da lógica financeira". "Nós ainda somos um país que não tem regras mais rigorosas em relação à realidade praticada no sistema financeiro", reforça a vice-presidente nacional. . Já no combate à concentração de terras, o PCdoB resolveu retirar o setor do agronegócio da lista dos vilões da reforma agrária. "Hoje a gente separa. Na política de desenvolvimento agrário muitos segmentos não são apenas da agricultura familiar, não são pequenos produtores, não são cooperativas. Para nós, os grandes produtores agrícolas também estão dentro do programa de mudança do Brasil". . Em outras palavras, a ideia dos comunistas é que a política agrária do governo federal tenha como foco a desapropriação de terras somente dos latifúndios improdutivos. "A gente está separando a parte industrial da agricultura, que antes nós colocávamos no bolo como se fosse responsável pelo entrave do desenvolvimento nacional. Nós já não consideramos mais isso", reforçou Luciana Santos.
. Além de renovar parte da sua direção nacional, o PCdoB elaborou o chamado "Novo Plano de Desenvolvimento Nacional", que, de acordo com Luciana Santos, será a nova diretriz do partido envolvendo a gestão do país. "O grande carro-chefe do nosso programa é a questão nacional. O governo Lula, principalmente no segundo mandato, tem se afirmado mais em relação às ações estruturantes do país. Sendo que o nosso programa quer ir além disso".. Na prática, o partido deve focar a sua linha de atuação no enfrentamento de duas questões delicadas que envolvem o governo do PT: o controle do sistema financeiro e a reforma agrária. A diferença é que, ao contrário dos partidos mais radicais, como PSTU e PSOL, os comunistas pretendem defender mudanças viáveis nesses dois setores. . No caso do sistema financeiro, o esforço será voltado para a tarefa de atenuar a "dependência exagerada da lógica financeira". "Nós ainda somos um país que não tem regras mais rigorosas em relação à realidade praticada no sistema financeiro", reforça a vice-presidente nacional. . Já no combate à concentração de terras, o PCdoB resolveu retirar o setor do agronegócio da lista dos vilões da reforma agrária. "Hoje a gente separa. Na política de desenvolvimento agrário muitos segmentos não são apenas da agricultura familiar, não são pequenos produtores, não são cooperativas. Para nós, os grandes produtores agrícolas também estão dentro do programa de mudança do Brasil". . Em outras palavras, a ideia dos comunistas é que a política agrária do governo federal tenha como foco a desapropriação de terras somente dos latifúndios improdutivos. "A gente está separando a parte industrial da agricultura, que antes nós colocávamos no bolo como se fosse responsável pelo entrave do desenvolvimento nacional. Nós já não consideramos mais isso", reforçou Luciana Santos.
Bom dia, Chico Buarque
Pedaço de mim
Oh, pedaço de mim
Oh, pedaço de mim
Oh, metade afastada de mim
Leva o teu olhar
Que a saudade é o pior tormento
É pior do que o esquecimento
É pior do que se entrevar
Oh, pedaço de mim
Oh, metade exilada de mim
Leva os teus sinais
Que a saudade dói como um barco
Que aos poucos descreve um arco
E evita atracar no cais
Oh, pedaço de mim
Oh, metade arrancada de mim
Leva o vulto teu
Que a saudade é o revés de um parto
A saudade é arrumar o quarto
Do filho que já morreu
Oh, pedaço de mim
Oh, metade amputada de mim
Leva o que há de ti
Que a saudade dói latejada
É assim como uma fisgada
No membro que já perdi
Oh, pedaço de mim
Oh, metade adorada de mim
Leva os olhos meus
Que a saudade é o pior castigo
E eu não quero levar comigo
A mortalha do amor
Adeus
Mudanças no modo de pensar a Ciência
No Blog do Sorrentino/Projetos para o Brasil:
Entrevista com Olival Freire Jr.
. Olival Freire Jr. é físico, professor do Instituto de Física – UFBa, Campus de Ondina, em Salvador. Ele tem um papel destacado na trajetória do PCdoB dos últimos 30 anos. Foi presidente estadual na Bahia e aceitou o enorme desafio de tirar o PCdoB-SP da crise dos anos 86-88. Com sua brilhante inteligência, capacidade política e talento pessoal, ele cumpriu a missão, retornando à Bahia em 1992 para dar sequência à carreira acadêmico-científica. Também aí brilhou sua luz. Tem foco na epistemologia, com inúmeros artigos publicados e participante de congressos internacionais onde vai granjeando respeito. Olival retorna agora ao Comitê Central, como cientista comprometido com o programa socialista para o Brasil, aprovado no 12º Congresso.
. Tratei com Olival algo que me fascina, tratado em outros artigos do blog: estamos no limiar de um tempo que traz modificações tectônicas até para o próprio conhecimento. Cheguei a falar em paralelo (não analogia) com os tempos do renascimento. Bem, vai como aperitivo, porque o tema promete…
Olival, as fronteiras do conhecimento humano estão se expandindo. Não é período “normal” da história humana e do conhecimento, talvez se compare com a grande obra do renascimento dos séculos 14-17. São desafios muito grandes para a epistemologia, tua área, e para a própria teoria do conhecimento. Quais são as áreas de fronteira hoje na pesquisa, como impactam o “paradigma” normal das ciências?
Eu destacaria duas grandes áreas que estão na fronteira e podem influenciar o nosso modo de pensar a ciência. O estudo dos sistemas complexos e estudos relacionados à informação, nesse caso tanto a informação quântica quanto o significado da informação em sistemas biológicos relacionados à herança. O primeiro é um campo de estudos bem definido do ponto de vista matemático, e pode ser considerado um desdobramento do estudo de sistemas dinâmicos não lineares que os físicos têm chamado de sistemas caóticos. O campo de aplicações de tais estudos é, entretanto, muito diversificado, indo do estudo de fluidos à transmissão de doenças e às redes sociais. O impacto filosófico é que no estudo de tais sistemas precisamos abrir mão da centralidade da predição na evolução de um sistema. A segunda tem em comum a referência central ao conceito de informação e podem ou não convergir ou realizarem sinergias fecundas no futuro. As aplicações são relacionadas à promessa de uso da teoria quântica para uma nova etapa na informática, de um lado, e à engenharia genética, de outro. O impacto na epistemologia ainda é pouco claro, mas é certo que uma centralidade para o conceito de informação não se coaduna com a imagem de ciências que formamos até meados do século XX.
Como impactam, digamos assim, a teoria marxista, ou mais amplamente, da transformação social? Você escreveu uma capítulo do livro de Boaventura (Conhecimento prudente para uma vida decente), mas o livro nasceu sobre o debate de um pequeno texto desse autor, Discurso sobre as ciências, que foi seminal para alguns.
Todas as teorias sociais, incluindo aquelas inspiradas na tradição marxiana, deveriam ter em conta essas mudanças na imagem que temos das ciências da natureza. Não se trata de transpor conceitos, o que seria desastroso, mas cada grande pensador, tenha sido ele um Marx, um Darwin ou um Freud, tem elaborado novas ideias de algum modo marcado pelo horizonte intelectual, incluído o científico, de sua época. E o horizonte dos dias atuais está em rápida transformação. Muitos pensadores têm tentado extrair implicações desse novo horizonte para o pensamento social progressista, e Boaventura de Sousa Santos é um desses. Eu não concordo com todas as conclusões a que ele chega, e algumas das conclusões de Discurso sobre as ciências são apressadas e pouco consistentes. O debate a que você se refere começou com um ataque de um físico português à obra de Santos, considerando-a obscurantista. De fato esse físico defendia a posição de colocar a ciência acima de qualquer crítica, o que me parece indefensável face à ambiguidade da ciência nos dias atuais. O capítulo que escrevi para o livro de Santos, uma peça original em história da física, foi uma forma de defender o conjunto da obra de Santos face a uma crítica que me pareceu infundada sem significar um compromisso com o conjunto da obra de Santos. Pouco depois escrevi com Ileana Greca um artigo onde exploramos as implicações das ideias de Santos para a educação em ciências.
Que outros autores relevantes estão pensando nessa fronteira de questões no mundo?
É difícil avaliar a relevância de um autor em linhas tão curtas. Pessoalmente considero intrigantes as reflexões do historiador norte-americano Paul Forman sobre a ciência e pós-modernismo. Acho relevante, contudo, acompanhar e refletir sobre a obra de autores que têm caracterizado o horizonte intelectual em que vivemos como próprio de um novo paradigma para as ciências. Na UFBa temos um projeto recente apoiado pela FAPESB dedicado a essa temática.
Ciência e tecnologia são forças produtivas diretas e cada vez mais centrais no processo da produção. No Brasil, em que estágio estamos e que perspectivas se abrem após 7 anos de governo Lula?
O Brasil acumulou nos últimos 50 anos um grande capital em desenvolvimento científico gozando hoje de uma posição confortável no cenário internacional. Alguns frutos desse investimento sistemático podem ser visíveis mesmo em esforços tecnológicos como o da exploração do petróleo, da indústria aeronáutica ou na produção agrícola. Os cientistas não gostam de alardear o apoio que têm recebido, afinal precisam de mais recursos e apoio institucional, mas é fato que os dois governos Lula têm revelado compreensão do papel estratégico da ciência e tecnologia promovendo políticas públicas de apoio a essas áreas. A gestão dessas políticas tem também sido favorecida pela escolha acertada de dirigentes para a execução das mesmas. Agora, a ciência e tecnologia no Brasil enfrentam os problemas que derivam de um país com fortes desigualdades sociais. A debilidade e o caráter exclusivista de nossa educação básica limitam o desenvolvimento científico e tecnológico do país. Somos os melhores no futebol porque toda criança brasileira aprende em casa a jogar futebol. Podemos ser melhores em ciência e tecnologia se a educação básica melhorar fornecendo os bons cientistas e engenheiros de amanhã.
Entrevista com Olival Freire Jr.
. Olival Freire Jr. é físico, professor do Instituto de Física – UFBa, Campus de Ondina, em Salvador. Ele tem um papel destacado na trajetória do PCdoB dos últimos 30 anos. Foi presidente estadual na Bahia e aceitou o enorme desafio de tirar o PCdoB-SP da crise dos anos 86-88. Com sua brilhante inteligência, capacidade política e talento pessoal, ele cumpriu a missão, retornando à Bahia em 1992 para dar sequência à carreira acadêmico-científica. Também aí brilhou sua luz. Tem foco na epistemologia, com inúmeros artigos publicados e participante de congressos internacionais onde vai granjeando respeito. Olival retorna agora ao Comitê Central, como cientista comprometido com o programa socialista para o Brasil, aprovado no 12º Congresso.
. Tratei com Olival algo que me fascina, tratado em outros artigos do blog: estamos no limiar de um tempo que traz modificações tectônicas até para o próprio conhecimento. Cheguei a falar em paralelo (não analogia) com os tempos do renascimento. Bem, vai como aperitivo, porque o tema promete…
Olival, as fronteiras do conhecimento humano estão se expandindo. Não é período “normal” da história humana e do conhecimento, talvez se compare com a grande obra do renascimento dos séculos 14-17. São desafios muito grandes para a epistemologia, tua área, e para a própria teoria do conhecimento. Quais são as áreas de fronteira hoje na pesquisa, como impactam o “paradigma” normal das ciências?
Eu destacaria duas grandes áreas que estão na fronteira e podem influenciar o nosso modo de pensar a ciência. O estudo dos sistemas complexos e estudos relacionados à informação, nesse caso tanto a informação quântica quanto o significado da informação em sistemas biológicos relacionados à herança. O primeiro é um campo de estudos bem definido do ponto de vista matemático, e pode ser considerado um desdobramento do estudo de sistemas dinâmicos não lineares que os físicos têm chamado de sistemas caóticos. O campo de aplicações de tais estudos é, entretanto, muito diversificado, indo do estudo de fluidos à transmissão de doenças e às redes sociais. O impacto filosófico é que no estudo de tais sistemas precisamos abrir mão da centralidade da predição na evolução de um sistema. A segunda tem em comum a referência central ao conceito de informação e podem ou não convergir ou realizarem sinergias fecundas no futuro. As aplicações são relacionadas à promessa de uso da teoria quântica para uma nova etapa na informática, de um lado, e à engenharia genética, de outro. O impacto na epistemologia ainda é pouco claro, mas é certo que uma centralidade para o conceito de informação não se coaduna com a imagem de ciências que formamos até meados do século XX.
Como impactam, digamos assim, a teoria marxista, ou mais amplamente, da transformação social? Você escreveu uma capítulo do livro de Boaventura (Conhecimento prudente para uma vida decente), mas o livro nasceu sobre o debate de um pequeno texto desse autor, Discurso sobre as ciências, que foi seminal para alguns.
Todas as teorias sociais, incluindo aquelas inspiradas na tradição marxiana, deveriam ter em conta essas mudanças na imagem que temos das ciências da natureza. Não se trata de transpor conceitos, o que seria desastroso, mas cada grande pensador, tenha sido ele um Marx, um Darwin ou um Freud, tem elaborado novas ideias de algum modo marcado pelo horizonte intelectual, incluído o científico, de sua época. E o horizonte dos dias atuais está em rápida transformação. Muitos pensadores têm tentado extrair implicações desse novo horizonte para o pensamento social progressista, e Boaventura de Sousa Santos é um desses. Eu não concordo com todas as conclusões a que ele chega, e algumas das conclusões de Discurso sobre as ciências são apressadas e pouco consistentes. O debate a que você se refere começou com um ataque de um físico português à obra de Santos, considerando-a obscurantista. De fato esse físico defendia a posição de colocar a ciência acima de qualquer crítica, o que me parece indefensável face à ambiguidade da ciência nos dias atuais. O capítulo que escrevi para o livro de Santos, uma peça original em história da física, foi uma forma de defender o conjunto da obra de Santos face a uma crítica que me pareceu infundada sem significar um compromisso com o conjunto da obra de Santos. Pouco depois escrevi com Ileana Greca um artigo onde exploramos as implicações das ideias de Santos para a educação em ciências.
Que outros autores relevantes estão pensando nessa fronteira de questões no mundo?
É difícil avaliar a relevância de um autor em linhas tão curtas. Pessoalmente considero intrigantes as reflexões do historiador norte-americano Paul Forman sobre a ciência e pós-modernismo. Acho relevante, contudo, acompanhar e refletir sobre a obra de autores que têm caracterizado o horizonte intelectual em que vivemos como próprio de um novo paradigma para as ciências. Na UFBa temos um projeto recente apoiado pela FAPESB dedicado a essa temática.
Ciência e tecnologia são forças produtivas diretas e cada vez mais centrais no processo da produção. No Brasil, em que estágio estamos e que perspectivas se abrem após 7 anos de governo Lula?
O Brasil acumulou nos últimos 50 anos um grande capital em desenvolvimento científico gozando hoje de uma posição confortável no cenário internacional. Alguns frutos desse investimento sistemático podem ser visíveis mesmo em esforços tecnológicos como o da exploração do petróleo, da indústria aeronáutica ou na produção agrícola. Os cientistas não gostam de alardear o apoio que têm recebido, afinal precisam de mais recursos e apoio institucional, mas é fato que os dois governos Lula têm revelado compreensão do papel estratégico da ciência e tecnologia promovendo políticas públicas de apoio a essas áreas. A gestão dessas políticas tem também sido favorecida pela escolha acertada de dirigentes para a execução das mesmas. Agora, a ciência e tecnologia no Brasil enfrentam os problemas que derivam de um país com fortes desigualdades sociais. A debilidade e o caráter exclusivista de nossa educação básica limitam o desenvolvimento científico e tecnológico do país. Somos os melhores no futebol porque toda criança brasileira aprende em casa a jogar futebol. Podemos ser melhores em ciência e tecnologia se a educação básica melhorar fornecendo os bons cientistas e engenheiros de amanhã.