Vice-prefeito do Recife alerta que juros, câmbio e carga tributária podem sabotar PAC de Lula
A marca fundamental do governo Lula no primeiro mandato – e que prossegue no segundo mandato que se inicia – é a transição do modelo de desenvolvimento herdado para um novo projeto que tem no crescimento econômico com distribuição de renda e inserção soberana no concerto internacional como pedras de toque.
Transição é uma categoria teórica que significa, na essência, conflito e envolve uma noção de processo: o novo que deseja se impor precisa ganhar consistência e robustez, enquanto o velho que deve ser superado resiste apoiado na força acumulada ao longo de anos (ou de séculos, conforme a perspectiva do objeto da transição).
Ou seja: há um choque de tendências e contra-tendências e o resultado ninguém pode prever com certeza. Depende na evolução desse choque, que dura lapsos de tempo também imprevisíveis, e é mediada por uma correlação de forças dada.
Isso vale para todos os fenômenos da natureza, vale para as transformações na sociedade humana. Nesse caso, a correlação de forças envolve fatores de várias naturezas – econômica, técnica, política.
Isto posto, cabe anotar que o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) é o instrumento de política econômica, que hoje traduz o empenho do governo federal em avançar na transição ao novo modelo de desenvolvimento.
O PAC, como já assinalamos aqui em outra oportunidade, tem méritos inquestionáveis. Após o PND (Plano Nacional de Desenvolvimento), de 1974-1977 e do Plano Cruzado, de 1986 – após vinte anos, portanto – é a primeira tentativa de dotar o país de um programa de crescimento, diferentemente dos muitos planos de controle meramente monetário e fiscal que se sucederam desde então.
A estratégia do PAC se apóia em pesados investimentos públicos (R$ 384 bilhões dos 509,9 bilhões que o totalizam) em três direções: logística (investimentos em transportes rodoviário, aeroportuário, ferroviário e portuário); base energética (petróleo, hidrelétrica e biomassa) e infra-estrutura urbana e social (saneamento, recursos hídricos, habitação, energia para consumo individual).
O PAC está formulado com começo, meio e fim. Tem consistência. Mas enfrenta um obstáculo nada desprezível, oriundo da macropolítica econômica e que se expressa no trinômio juros altos, câmbio sobrevalorizado e alta carga tributária.
Em outras palavras: na transição do modelo herdado ao novo modelo, se o PAC é o vetor do novo que deseja se impor e superar o velho, a macropolítica econômica ortodoxa é a expressão mais nítida do velho que resiste e tenta perdurar.
Um conflito que pode ser fatal, abortando a pretendida transição. E que só pode ser solucionado pela política, depende do chefe do governo, a quem cabe decidir.
Por enquanto, teremos muita luta pela frente, a julgar pela defesa enfática da política de metas inflacionárias e de juros estratosféricos feita pelo presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, ao ser sabatinado ontem no Senado.
Meirelles fez ouvido de mercador aos que argumentaram que a projeção de inflação de 2007 e 2008 está abaixo da meta central, possibilitando um corte maior e mais rápido dos juros, como forma de estimular o crescimento econômico – isto é, de envolver a iniciativa privada no PAC.
A construção coletiva das idéias é uma das mais fascinantes experiências humanas. Pressupõe um diálogo sincero, permanente, em cima dos fatos. Neste espaço, diariamente, compartilhamos com você nossa compreensão sobre as coisas da luta e da vida. Participe. Opine. [Artigos assinados expressam a opinião dos seus autores].
28 fevereiro 2007
História: 28 de fevereiro de 1845
Acordo de Ponche Verde, assinado por Caxias e Canabarro. Anistia e alforria os escravos que lutaram na revolução. A Farroupilha é a única rebelião com quem o Império negocia. Nas outras ele reprime até o total esmagamento. (Vermelho www.vermelho.org.br)
Senado aprova em tempo recorde nova partilha do Fundo Partidário
No Vermelho: O Senado aprovou às 21 horas desta terça-feira (27) o projeto de lei da Câmara que muda as regras de distribuição do Fundo Partidário entre os diversos partidos. A matéria, que tramitou nas duas Casas do Congresso com velocidade estonteante, agora depende apenas de ser sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para se transformar em lei.
O projeto foi apresentado às pressas à Câmara pelos líderes dos partidos com maiores bancadas parlamentares – PMDB, PT, PSDB e PFL – numa reação à decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em fevereiro. As regras to TSE previam uma distribuição mais igualitária dos recursos do Fundo entre as grandes e pequenas legendas. O projeto, aprovado na Câmara e não modificado pelo Senado, prevê uma solução intermediária: aumenta as desigualdades, em relação ao critério do TSE, mas as reduz em relação à norma regressiva empregada nos últimos anos.
Protestos contra o "condomínio" - Para votar o projeto do fundo partidário ainda ontem, o Senado teve que desobstruir a pauta e votar as quatro Medidas Provisórias que impediam a votação de outras matérias. Por tramitar em regime de urgência, o parecer da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) foi dado em Plenário pelo senador Heráclito Fortes (PFL-PI).
A rapidez na votação da matéria pelo Senado gerou protestos dos senadores Marcelo Crivella (PRB-RJ), Inácio Arruda (PCdoB-CE) e José Nery (PSOL-PA), todos contrários a sua aprovação.
"Querem criar um condomínio para os grandes partidos dividirem os recursos públicos e se perpetuarem no poder?" – indagou Crivella.
Na opinião de Inácio Arruda, a aprovação da medida fere o princípio da razoabilidade e dificulta a ascensão dos pequenos partidos. Para José Nery, a iniciativa afronta a "jovem democracia construída no país" e pode asfixiar as legendas menores.
Os senadores dos pequenos partidos pediram votação nominal, mas as bancadas maiores fizeram valer sua maioria. A proposta foi aprovada por 54 votos favoráveis, quatro contrários e uma abstenção. Os recursos do fundo, que neste ano somam R$ 126,4 milhões.
Como ficarão as regras - O projeto aprovado pelos senadores estabelece que 95 % dos recursos do fundo deverão ser distribuídos aos partidos proporcionalmente ao número de votos obtidos na última eleição para deputado federal. E os 5 % restantes serão distribuídos igualitariamente entre todos os partidos com registro definitivo no TSE. Antes do tribunal mudar as regras, cerca de 98 % do Fundo ficava com as maiores legendas e era distribuído proporcionalmente ao número de votos e cerca de 2 % eram divididos com todos os partidos.
A determinação do TSE aprovada no início de fevereiro, e ainda vigente, estabelece que 42% dos recursos do fundo serão distribuídos igualmente entre todos os partidos políticos; 29% serão destinados aos partidos na proporção da representação parlamentar; outros 29% irão para os partidos que tenham elegido representantes em duas eleições consecutivas em, no mínimo, cinco estados, obtendo, ainda, 1% dos votos válidos apurados no país.
A tabela acima mostra a fatia do Fundo Partidário correspondente a cada sigla, conforme os três métodos de partilha que se sucederam ao longo deste mês: a norma regressiva usada até 2006, a distribitiva decidida pelo TSE e a coluna do meio agora aprovada no Congresso.
Bom dia, Marcelo Mário de Melo
VELHAS ÁRVORES
A Oscar Niemeyer e a todos que se mantêm
de esquerda e socialistas depois dos 60 anos
As árvores jovens se vergam
sob o tempo e o vento
podendo se quebrar
e interromper suas vidas.
No ofício de viver e crescer
elas se consomem
fincando as raízes
na terra-mãe
retesando as fibras
resistindo a impactos.
As velhas árvores
têm raízes fundas
e troncos grossos
que sustentam
a copa.
Decantando as décadas
o seu ofício é garantir
novas sementes
alimento e sombra
aos viajantes
alargando os esforços juvenis.
A Oscar Niemeyer e a todos que se mantêm
de esquerda e socialistas depois dos 60 anos
As árvores jovens se vergam
sob o tempo e o vento
podendo se quebrar
e interromper suas vidas.
No ofício de viver e crescer
elas se consomem
fincando as raízes
na terra-mãe
retesando as fibras
resistindo a impactos.
As velhas árvores
têm raízes fundas
e troncos grossos
que sustentam
a copa.
Decantando as décadas
o seu ofício é garantir
novas sementes
alimento e sombra
aos viajantes
alargando os esforços juvenis.
Conversa fiada de Meirelles
No Conversa Afiada, Paulo Henrique Amorim critica as opiniões do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, ao ser sabatinado ontem no Senado.
. A Bolsa de Xangai desabou e provocou uma queda violenta nas bolsas do mundo inteiro (clique aqui).
. Segundo o Wall Street Journal, que entende disso melhor do que ninguém, o estrondo se deve também à queda das encomendas de bens de consumo durável nos Estados Unidos e ao atentado ao vice-presidente americano, Dick Cheney, no Afeganistão.
. O WSJ também diz que isso pode ser um alerta sobre a fragilidade dos mercados emergentes – como o Brasil –, onde a Bolsa sobe sistematicamente há muito tempo.
. O Ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que se trata de uma oscilação normal e passageira (clique aqui).
. Antes fosse.
. Agora, o campeão do Festival de Besteira que assola o país (o Febeapá, do Stanislaw Ponte Preta, sempre-vivo) é o presidente do Banco Central, num depoimento no Senado.
. Disse Henrique Meirelles:
"Eu acredito que os fenômenos que estão acontecendo nos mercados mundiais a partir da noite passada... são uma boa lembrança aos mercados de que as taxas se movem em duas direções", afirmou. "Não existem movimentos unilaterais e essas apostas, se existem, podem estar erradas."
"Acho que (o comportamento dos mercados) de fato é um aviso de que nós não podemos basear a política econômica em dados de euforia momentânea. Nós temos que fazer uma política que seja sustentável a médio prazo".
. Querer justificar a política de taxa de juros com a queda da Bolsa de Xangai, francamente, só mesmo para a Comissão de Economia do Senado...
. Querer justificar o câmbio sobre-valorizado com o atentado ao vice-presidente dos Estados Unidos, francamente, só na Comissão de Economia do Senado...
. E por que não explicar assim: o Oscar de Martin Scorsese é a demonstração cabal de que a perseverança e a consistência acabam por premiar o virtuoso. Por isso, o Banco Central não muda a política, que está certa. Um dia receberemos o Oscar!!!
. Ou o presidente do Banco Central não tem como justificar a atual política, ou a política, de fato, não tem como se justificar.
. “As taxas se movem em duas direções!” Enfim, agora sabemos por que o último corte da Selic foi de 0,25 ponto e não de meio ponto. Desde Copérnico não se ouve nada tão inteligente!
. Vamos esperar para ver o que diz o Afonso Bevilaqua...
. A Bolsa de Xangai desabou e provocou uma queda violenta nas bolsas do mundo inteiro (clique aqui).
. Segundo o Wall Street Journal, que entende disso melhor do que ninguém, o estrondo se deve também à queda das encomendas de bens de consumo durável nos Estados Unidos e ao atentado ao vice-presidente americano, Dick Cheney, no Afeganistão.
. O WSJ também diz que isso pode ser um alerta sobre a fragilidade dos mercados emergentes – como o Brasil –, onde a Bolsa sobe sistematicamente há muito tempo.
. O Ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que se trata de uma oscilação normal e passageira (clique aqui).
. Antes fosse.
. Agora, o campeão do Festival de Besteira que assola o país (o Febeapá, do Stanislaw Ponte Preta, sempre-vivo) é o presidente do Banco Central, num depoimento no Senado.
. Disse Henrique Meirelles:
"Eu acredito que os fenômenos que estão acontecendo nos mercados mundiais a partir da noite passada... são uma boa lembrança aos mercados de que as taxas se movem em duas direções", afirmou. "Não existem movimentos unilaterais e essas apostas, se existem, podem estar erradas."
"Acho que (o comportamento dos mercados) de fato é um aviso de que nós não podemos basear a política econômica em dados de euforia momentânea. Nós temos que fazer uma política que seja sustentável a médio prazo".
. Querer justificar a política de taxa de juros com a queda da Bolsa de Xangai, francamente, só mesmo para a Comissão de Economia do Senado...
. Querer justificar o câmbio sobre-valorizado com o atentado ao vice-presidente dos Estados Unidos, francamente, só na Comissão de Economia do Senado...
. E por que não explicar assim: o Oscar de Martin Scorsese é a demonstração cabal de que a perseverança e a consistência acabam por premiar o virtuoso. Por isso, o Banco Central não muda a política, que está certa. Um dia receberemos o Oscar!!!
. Ou o presidente do Banco Central não tem como justificar a atual política, ou a política, de fato, não tem como se justificar.
. “As taxas se movem em duas direções!” Enfim, agora sabemos por que o último corte da Selic foi de 0,25 ponto e não de meio ponto. Desde Copérnico não se ouve nada tão inteligente!
. Vamos esperar para ver o que diz o Afonso Bevilaqua...
Versos que inspiram
"Não se desespere nem pare de sonhar/Nunca se entregue, nasça sempre com as manhãs.../
Deixe a luz do sol brilhar no céu do seu olhar!" (Gonzaguinha - Semente do amanhã).
Deixe a luz do sol brilhar no céu do seu olhar!" (Gonzaguinha - Semente do amanhã).
Inácio: cláusula de barreira fere Constituição
No Vermelho: O senador Inácio Arruda (PCdoB-CE) vai apresentar voto em separado contrário a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que restaura a cláusula de barreira. A admissibilidade do projeto será votada nesta quarta-feira (28), na Comissão de Constituição e Justiça do Senado Federal.
Segundo o senador comunista, "a emenda que se propõe ao texto constitucional insurge-se contra recente decisão do Supremo Tribunal Federal, que fulminou como inconstitucional a tentativa de estabelecer distinções no funcionamento parlamentar e em outras atividades partidárias em função de uma “cláusula de barreira”.
Memória curta
Segundo a coluna Repórter JC o Jornal do Commercio de hoje, Jarbas Vasconcelos fará o seu primeiro pronunciamento no Senado amanhã, dia 1 de março.
Protestará contra a falta de política de segurança e o combate à violência.
Nem parece que governou Pernambuco por sete anos e fracassou completamente na matéria.
Protestará contra a falta de política de segurança e o combate à violência.
Nem parece que governou Pernambuco por sete anos e fracassou completamente na matéria.
27 fevereiro 2007
História: 27 de fevereiro de 1933
O Incêndio do Reichtag inaugura a escalada ditatorial de Hitler. O atentado, a mando de Goering, é imputado a George Dimitrov, da Internacional Comunista, preso junto com 5 mil comunistas alemães. Dimitrov enfrenta a farsa judicial acusando seus acusadores. Termina libertado. (Vermelho www.vermelho.org.br).
Uma crítica procedente a O Globo
Na página de Luis Nassif (http://luisnassif.blig.ig.com.br/), uma crítica ao jornal O Globo que revela um viés tendencioso que se cristaliza na grande imprensa. Veja:
Faria melhor o jornal "Globo" em admitir o erro que cometeu, ao lançar suspeitas sobre o fato do Ministro da Fazenda Guido Mantega não ter dado queixa à polícia sobre o seqüestro de que foi vítima em Ibiúna.
O "Globo" entrevistou o Delegado de Polícia de Ibiúna, que informou que, como Mantega não fez a denúncia pessoalmente, a própria polícia preparou o Boletim de Ocorrência. Disse que o caso era “não usual”. Como se fosse usual Ministros serem seqüestrados.
Na carta da assessoria de Mantega, que o jornal publica hoje, fica claro qual foi o erro do jornal.Na condição de Ministro da Fazenda, Mantega comunicou o seqüestro a mais alta autoridade do estado, o governador José Serra, que acionou seu Secretário de Segurança, que acionou o delegado. Tudo de acordo com os conformes.
O repórter do "Globo" só tinha acesso ao fim da fila, o delegado.Bastaria um pouco de discernimento para não cair nessa. Por exemplo, perguntar como os Ministros Ellen Gracie e Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, procederam após terem sido assaltados. Ela foi à delegacia fazer um BO, ou as próprias autoridades estaduais se incumbiram disso?
Faria melhor o jornal "Globo" em admitir o erro que cometeu, ao lançar suspeitas sobre o fato do Ministro da Fazenda Guido Mantega não ter dado queixa à polícia sobre o seqüestro de que foi vítima em Ibiúna.
O "Globo" entrevistou o Delegado de Polícia de Ibiúna, que informou que, como Mantega não fez a denúncia pessoalmente, a própria polícia preparou o Boletim de Ocorrência. Disse que o caso era “não usual”. Como se fosse usual Ministros serem seqüestrados.
Na carta da assessoria de Mantega, que o jornal publica hoje, fica claro qual foi o erro do jornal.Na condição de Ministro da Fazenda, Mantega comunicou o seqüestro a mais alta autoridade do estado, o governador José Serra, que acionou seu Secretário de Segurança, que acionou o delegado. Tudo de acordo com os conformes.
O repórter do "Globo" só tinha acesso ao fim da fila, o delegado.Bastaria um pouco de discernimento para não cair nessa. Por exemplo, perguntar como os Ministros Ellen Gracie e Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, procederam após terem sido assaltados. Ela foi à delegacia fazer um BO, ou as próprias autoridades estaduais se incumbiram disso?
Boa tarde, Bertold Brecht
Nada é impossível de mudar
Desconfiai do mais trivial, na aparência singelo.
E examinai, sobretudo, o que parece habitual.
Suplicamos expressamente: não aceiteis o que é de
hábito como coisa natural, pois em tempo de desordem
sangrenta, de confusão organizada, de arbitrariedade consciente,
de humanidade desumanizada, nada deve parecer natural
nada deve parecer impossível de mudar
50 entidades já preparam "Fora Bush"
No Vermelho: Mais de 70 pessoas e 50 organizações da Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS) se reuniram nesta segunda-feira (26), no Centro Brasileiro de Solidariedade entre os Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz), na segunda reunião preparatória ao dia 8 de março, data que marca o Dia Internacional da Mulher e a visita de Bush ao Brasil. Maior numericamente, mais amplo e animado, o segundo encontro da CMS definiu pelo “Fora Bush e sua política, do Brasil e da América Latina” como eixo central das manifestações do dia 8.
Apoio e pressão
Para levar a cabo o principal compromisso assumido em campanha – desenvolver o país de maneira acelerada com distribuição de renda – o presidente Lula precisa de amplos apoios políticos, respaldo do movimento social e sintonia com as idéias avançadas.
Debater é preciso. Fazer a boa e construtiva pressão, idem.
Esse é um bom mote para o Bloco de Esquerda, formado na Câmara dos Deputados (PCdoB, PDT, PSB, PMN, PAN, PB e PHS) e para a CMS (Coordenação dos Movimentos Sociais).
Debater é preciso. Fazer a boa e construtiva pressão, idem.
Esse é um bom mote para o Bloco de Esquerda, formado na Câmara dos Deputados (PCdoB, PDT, PSB, PMN, PAN, PB e PHS) e para a CMS (Coordenação dos Movimentos Sociais).
O desenvolvimento no centro do debate
O PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), além da possibilidade real de pesados investimentos em infra-estrutura e da ampliação do nosso parque energético, tem o dom de colocar no centro de debate nacional a questão do desenvolvimento com distribuição de renda.
Não apenas provoca o debate, gera expectativas que se traduzem em pressão social sobre o governo.
Uma pressão positiva, para que o país cresça.
Não é sem razão que a grande mídia e porta-vozes do sistema financeiro, em conexão com a equipe do Banco Central, botam gosto ruim no PAC.
Não apenas provoca o debate, gera expectativas que se traduzem em pressão social sobre o governo.
Uma pressão positiva, para que o país cresça.
Não é sem razão que a grande mídia e porta-vozes do sistema financeiro, em conexão com a equipe do Banco Central, botam gosto ruim no PAC.
PCdoB quer ''audácia'' do governo Lula e dos movimentos
No Vermelho, hoje: A Comissão Política Nacional do PCdoB, reunida nesta segunda-feira (26) em São Paulo, aprovou um ''Chamamento do PCdoB em seu 85º aniversário'' sob o título ''Audácia''. ''Mais do que nunca é necessário que o povo trabalhador entre na política, que faça a sua política, a política maiúscula que liberta. É em nome dela que chamamos o Brasil a ser audaz'', afirma o Partido, que no próximo dia 25 complela 85 anos de sua fundação.
Leia a matéria na íntegra clicando aqui http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=13962
Leia a matéria na íntegra clicando aqui http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=13962
Excelente entrosamento
As mudanças na equipe de governo que deverão ser anunciadas hoje pelo prefeito João Paulo são um acontecimento natural e rotineiro em qualquer governo.
Mas é importante anotar que refletem, no que diz respeito ao PCdoB, o excelente entrosamento entre os comunistas e o prefeito.
Mas é importante anotar que refletem, no que diz respeito ao PCdoB, o excelente entrosamento entre os comunistas e o prefeito.
Ironia fora de hora
As declarações do senador Jarbas Vasconcelos na Folha de Pernambuco de hoje soam despropositadas e sem sentido.
Em tom irônico, ele sugere que “o país está paralisado” pela demora do presidente Lula em concretizar a reforma ministerial. Ele critica o presidente Lula pelo “pretexto de adiar porque não quer fazer (a reforma) ou está atrapalhado para fazê-la”, e que “do jeito que vai, deve se estender até o São João”.
Jarbas bem sabe que costurar a unidade e equilíbrios de forças num governo que conta com 11partifos em sua base de apoio não é tarefa simples.
Na oposição, ele bem que poderia qualificar o seu discurso. Para fazer jus ao voto que recebeu dos pernambucanos.
Em tom irônico, ele sugere que “o país está paralisado” pela demora do presidente Lula em concretizar a reforma ministerial. Ele critica o presidente Lula pelo “pretexto de adiar porque não quer fazer (a reforma) ou está atrapalhado para fazê-la”, e que “do jeito que vai, deve se estender até o São João”.
Jarbas bem sabe que costurar a unidade e equilíbrios de forças num governo que conta com 11partifos em sua base de apoio não é tarefa simples.
Na oposição, ele bem que poderia qualificar o seu discurso. Para fazer jus ao voto que recebeu dos pernambucanos.
26 fevereiro 2007
Bom dia, Carlos Pena Filho
Soneto oco
Neste papel levanta-se um soneto,
de lembranças antigas sustentado,
pássaro de museu, bicho empalhado,
madeira apodrecida de coreto.
De tempo e tempo e tempo alimentado,
sendo em fraco metal, agora é preto.
E talvez seja apenas um soneto
de si mesmo nascido e organizado.
Mas ninguém o verá? Ninguém.
Nem eu,pois não sei como foi arquitetado
e nem me lembro quando apareceu.
Lembranças são lembranças, mesmo pobres,
olha pois este jogo de exilado
e vê se entre as lembranças te descobres.
Coalizão precisa de mais de 30%
No site G1 do Sistema Globo, a informação de que a reforma ministerial de Lula atingirá apenas 30% dos postos de primeiro escalão.
Ponha dúvida nisso.
Para concretizar o governo de coalizão será necessário ir pouco mais além.
Ponha dúvida nisso.
Para concretizar o governo de coalizão será necessário ir pouco mais além.
História: 26 de fevereiro de 1969
A ditadura baixa o Decreto-lei 477: estudante considerado subversivo fica proibido de se matricular em qualquer escola durante 3 anos. O Ato Institucional nº 7 suspende eleições. (Vermelho www.vermelho.org.br).
25 fevereiro 2007
Parece provocação
No Painel da Folha de S. Paulo de hoje a informação de que o senador Jorge Bornhausen presidirá a Fundação Liberdade e Cidadania, do PD (Partido Democrático), novo nome doPFL.
Liberdade e cidadania para o senador ultra-direitista nada tem a ver com o sentido real dessas palavras.
Que coisa!
Liberdade e cidadania para o senador ultra-direitista nada tem a ver com o sentido real dessas palavras.
Que coisa!
Jarbas faz e diz o que a direita gosta e pensa
Pelo que diz e pelo que faz, o senador Jarbas Vasconcelos tem mostrado a que veio: a defesa de teses conservadoras, confirmação de sua trajetória desde que se aliou à direita em Pernambuco.
Nada mais emblemático que o seu primeiro gesto.
Relatou, dando parecer favorável, a PEC de autoria de Marco Maciel que tenta implantar a cláusula de barreira e impedir a representação parlamentar departidoshoje considerados pequenos.
Nada mais emblemático que o seu primeiro gesto.
Relatou, dando parecer favorável, a PEC de autoria de Marco Maciel que tenta implantar a cláusula de barreira e impedir a representação parlamentar departidoshoje considerados pequenos.
"Céu de brigadeiro"
O diálogo entre João Paulo e o PCdoB prossegue “sob céu de brigadeiro”, como gosta de dizer o prefeito.
Uma unidade sólida, que se reflete nas mudanças na equipe de governo.
Uma unidade sólida, que se reflete nas mudanças na equipe de governo.
Bom dia, Márcia Maia
Marítima
era àquela hora em que o mar por estar
o céu já quase rosa tem um tom entre
o verde-prata e o violeta.
havia sargaços — tantos — um manto verde
escuro sobre a areia e a maré vazante
descobria os primeiros arrecifes.
uma lua — crescente — brotava do horizonte
quando tuas mãos sorriam em minha pele
desvendando caminhos de antigamente
e debruçava-se azul sobre a janela quando
acordei — pele salgada de amor e maresia
e o eco da tua voz em minha boca.
Lições da vida política (20)
Se o objetivo é justo, não cabe jamais abandoná-lo. Ao contrário, mesmo em situação difícil, vale buscar sempre o melhor caminho tático para atingi-lo.
História: 25 de fevereiro de 1981
A foto de Lula na ficha do Dops
A Justiça Militar condena Lula e mais 10 sindicalistas do ABC, com base na Lei de Segurança Nacional, pela greve de 1980. As penas mais tarde serão revogadas. (Vermelho www.vermelho.org.br).
A disputa pelas estatais federais
Na Folha de Pernambuco de hoje, reportagem assinada por César Rocha que você pode ler ciclando http://www.folhape.com.br. Veja um trecho:
Embalados pela reforma ministerial, os aliados do presidente Lula no Nordeste travam hoje uma guerra silenciosa em torno de um conjunto de mega-estatais e órgãos federais com atuação regional. Cada um deseja manter ou receber pedaço maior, por exemplo, do Banco do Nordeste (BNB) e da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco. Só no ano passado o BNB aplicou mais de R$ 7 bilhões em atividades produtivas na Região - financiou de indústrias a projetos de irrigação. A Chesf faturou cerca de R$ 4 bilhões. E estas não são as únicas cobiçadas. A base aliada intensificou o jogo de pressão também por nacos da Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf), do Departamento Nacional de Obras contra as Secas (Dnocs) e da nova Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste.
Os principais cargos de comando das instituições federais estão ocupados hoje, principalmente, pelo PT e PSB de Pernambuco. Mas os líderes de outros estados - inclusive desses dois partidos - passaram a cobrar do presidente a sua parcela no bolo. O PMDB de José Sarney e Renan Calheiros, que já controla o Ministério das Minas e Energia, deseja assumir a Chesf. O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), também luta por espaço na diretoria da empresa. E o mesmo deseja o PMDB da Paraíba. A governadora do Rio Grande do Norte, Wilma de Faria (PSB), quer emplacar um diretor do Banco do Nordeste. No Ceará, o PSB de Ciro Gomes deseja tomar dos petistas a presidência do BNB.
Embalados pela reforma ministerial, os aliados do presidente Lula no Nordeste travam hoje uma guerra silenciosa em torno de um conjunto de mega-estatais e órgãos federais com atuação regional. Cada um deseja manter ou receber pedaço maior, por exemplo, do Banco do Nordeste (BNB) e da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco. Só no ano passado o BNB aplicou mais de R$ 7 bilhões em atividades produtivas na Região - financiou de indústrias a projetos de irrigação. A Chesf faturou cerca de R$ 4 bilhões. E estas não são as únicas cobiçadas. A base aliada intensificou o jogo de pressão também por nacos da Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf), do Departamento Nacional de Obras contra as Secas (Dnocs) e da nova Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste.
Os principais cargos de comando das instituições federais estão ocupados hoje, principalmente, pelo PT e PSB de Pernambuco. Mas os líderes de outros estados - inclusive desses dois partidos - passaram a cobrar do presidente a sua parcela no bolo. O PMDB de José Sarney e Renan Calheiros, que já controla o Ministério das Minas e Energia, deseja assumir a Chesf. O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), também luta por espaço na diretoria da empresa. E o mesmo deseja o PMDB da Paraíba. A governadora do Rio Grande do Norte, Wilma de Faria (PSB), quer emplacar um diretor do Banco do Nordeste. No Ceará, o PSB de Ciro Gomes deseja tomar dos petistas a presidência do BNB.
O recado de Lula
No Conversa Afiada, de Paulo Henrique Amorim: . A decisão do Presidente Lula de designar Paulo Nogueira Batista Jr., colunista da Folha de S. Paulo, para representar o Brasil no FMI (clique aqui para ler entrevista do professor Belluzzo sobre PNB) é um sinal tão claro quanto o sol aos economistas neoliberais, nossos Chicago Boys, e seus fiéis seguidores na mídia conservadora.
. (Que falta faz a Miriam Leitão, provavelmente de férias...)
. Paulo Nogueira Batista Jr. é um não-neoliberal.
. Participou de uma equipe no Ministério da Fazenda do Governo Sarney que decretou a moratória da dívida externa brasileira.
. Hoje, o Brasil não deve um tusta ao FMI.
. Mas a indicação de PNB deve ter sido um vendaval que fez tremular todas as bandeiras que ficam no amplo hall de entrada do FMI em Washington.
. O FMI foi criado em Bretton Woods para desempenhar um papel muito diferente do que acabou por ser: o de guardião dos bancos americanos, uma extensão do Tesouro americano.
. (Clique aqui para ir ao verbete da Wikipedia sobre Bretton Woods).
. Hoje, o FMI passa por uma crise de liquidez: está com uma mão na frente e outra atrás. Porque, como explicou o professor Belluzzo, quase mais ninguém deve ao FMI.
. O FMI vai ter que se reinventar.
. Hoje, as economias mais perigosamente endividadas do mundo são os Estados Unidos e a China e sobre elas o FMI não ousa dar o teco.
. O FMI vai ter que se reinventar e PNB vai poder ajudar a reinventá-lo.
. Um recado do Presidente Lula – não mandar um paulo leme para o FMI – já está claro: “a era Palocci acabou” de novo.
. A indicação de Guido Mantega para o lugar de Palocci, o PAC e essa indicação de PNB indicam que a guinada ideológica que houve no segundo turno – uma inflexão à esquerda – tem coerência.
. Aqui no Brasil se tem muita dificuldade de falar em “esquerda” e “direita”, porque, se Lula for para a “esquerda”, quem irá para a “direita”? FHC, Serra – e a mídia conservadora não iria tão longe...
. Mas, a inflexão do Presidente Lula é obvia.
. E o Financial Times – o porta-voz mais eloqüente do neoliberalismo de Margaret Thatcher – já entendeu tudo: e ontem publicou um artigo para dizer que o PAC não presta e a economia do Brasil não é emergente, mas “submergente”.
. Palocci desempenhou o papel que precisava desempenhar: arrumar as contas.
. Agora, a tarefa é outra.
. Outra tarefa que o Governo deveria adotar seria devolver os Chicago Boys à PUC do Rio...
. Ou será que eles continuarão a enriquecer seus currículos no Banco Central, antes de trabalhar em bancos particulares?
. (Que falta faz a Miriam Leitão, provavelmente de férias...)
. Paulo Nogueira Batista Jr. é um não-neoliberal.
. Participou de uma equipe no Ministério da Fazenda do Governo Sarney que decretou a moratória da dívida externa brasileira.
. Hoje, o Brasil não deve um tusta ao FMI.
. Mas a indicação de PNB deve ter sido um vendaval que fez tremular todas as bandeiras que ficam no amplo hall de entrada do FMI em Washington.
. O FMI foi criado em Bretton Woods para desempenhar um papel muito diferente do que acabou por ser: o de guardião dos bancos americanos, uma extensão do Tesouro americano.
. (Clique aqui para ir ao verbete da Wikipedia sobre Bretton Woods).
. Hoje, o FMI passa por uma crise de liquidez: está com uma mão na frente e outra atrás. Porque, como explicou o professor Belluzzo, quase mais ninguém deve ao FMI.
. O FMI vai ter que se reinventar.
. Hoje, as economias mais perigosamente endividadas do mundo são os Estados Unidos e a China e sobre elas o FMI não ousa dar o teco.
. O FMI vai ter que se reinventar e PNB vai poder ajudar a reinventá-lo.
. Um recado do Presidente Lula – não mandar um paulo leme para o FMI – já está claro: “a era Palocci acabou” de novo.
. A indicação de Guido Mantega para o lugar de Palocci, o PAC e essa indicação de PNB indicam que a guinada ideológica que houve no segundo turno – uma inflexão à esquerda – tem coerência.
. Aqui no Brasil se tem muita dificuldade de falar em “esquerda” e “direita”, porque, se Lula for para a “esquerda”, quem irá para a “direita”? FHC, Serra – e a mídia conservadora não iria tão longe...
. Mas, a inflexão do Presidente Lula é obvia.
. E o Financial Times – o porta-voz mais eloqüente do neoliberalismo de Margaret Thatcher – já entendeu tudo: e ontem publicou um artigo para dizer que o PAC não presta e a economia do Brasil não é emergente, mas “submergente”.
. Palocci desempenhou o papel que precisava desempenhar: arrumar as contas.
. Agora, a tarefa é outra.
. Outra tarefa que o Governo deveria adotar seria devolver os Chicago Boys à PUC do Rio...
. Ou será que eles continuarão a enriquecer seus currículos no Banco Central, antes de trabalhar em bancos particulares?
Rumos da coalizão
No Vermelho, Eduardo Bomfim afirma, em sua coluna semanal, que o projeto estratégico do governo Lula ainda não se encontra claramente delineado em suas linhas fundamentais. Os próximos dias serão esclarecedores sobre os rumos da coalizão, a composição da equipe ministerial, o tamanho da participação do Bloco de Esquerda nas decisões políticas e administrativas do segundo mandato do presidente."
E que "há outra interrogação nessas questões, entre as demais organizações progressistas: qual a dimensão das aspirações hegemônicas no seio do Partido dos Trabalhadores. Porque, entendo eu, elas se expressaram com nitidez em episódios recentes. São teoremas da política concreta que provocam conseqüências, dependendo dos desdobramentos que venham a surgir."
Leia o texto completo clicando aqui http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=13792
E que "há outra interrogação nessas questões, entre as demais organizações progressistas: qual a dimensão das aspirações hegemônicas no seio do Partido dos Trabalhadores. Porque, entendo eu, elas se expressaram com nitidez em episódios recentes. São teoremas da política concreta que provocam conseqüências, dependendo dos desdobramentos que venham a surgir."
Leia o texto completo clicando aqui http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=13792
24 fevereiro 2007
Sol na medida certa
Na Ciência Hoje: Chegou o verão e com ele começam as campanhas de proteção contra o câncer de pele. Para prevenir os danos causados pelos raios ultravioleta (UVA e UVB), é imprescindível o uso correto do protetor solar. Mas se você tem dúvidas quanto ao tempo que pode se expor ao sol e à quantidade de filtro solar que deve passar, vai adorar um produto 100% nacional que avisa quando reaplicar o protetor: trata-se de um adesivo que muda de cor ao detectar o excesso de exposição aos raios ultravioleta.
O cientista Fábio Engelmann mostra as tintas que alertam contra excesso de raios UVA e UVB (nos tubos, nas cores azul e vermelha) e quatro protótipos dos adesivos, em diversas cores e formas, aplicados nas mãos. (Fotos cedidas pelo pesquisador).A criação é do químico Fábio Monaro Engelmann, que começou a pesquisar o assunto depois de concluir seu doutorado na Universidade de São Paulo. Para fabricar o produto, ele abriu sua própria empresa (chamada NanoBras) com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). “Visualizei essa necessidade no mercado e comecei a procurar substâncias que mudassem de cor apenas quando expostas aos raios UVA e UVB”, conta. “Testei até a beterraba, que tem uma coloração tão bonita, mas não funcionou muito bem e acabei achando um composto mais simples, barato e fácil de produzir.”
Lei a matéria completa clicando aqui: http://cienciahoje.uol.com.br/66607
O cientista Fábio Engelmann mostra as tintas que alertam contra excesso de raios UVA e UVB (nos tubos, nas cores azul e vermelha) e quatro protótipos dos adesivos, em diversas cores e formas, aplicados nas mãos. (Fotos cedidas pelo pesquisador).A criação é do químico Fábio Monaro Engelmann, que começou a pesquisar o assunto depois de concluir seu doutorado na Universidade de São Paulo. Para fabricar o produto, ele abriu sua própria empresa (chamada NanoBras) com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). “Visualizei essa necessidade no mercado e comecei a procurar substâncias que mudassem de cor apenas quando expostas aos raios UVA e UVB”, conta. “Testei até a beterraba, que tem uma coloração tão bonita, mas não funcionou muito bem e acabei achando um composto mais simples, barato e fácil de produzir.”
Lei a matéria completa clicando aqui: http://cienciahoje.uol.com.br/66607
Boa tarde, Cecília Meireles
Lamento
Aqui está minha vida.
Aqui está minha vida.
Esta areia tão clara com desenhos de andar
dedicados ao vento.
Aqui está minha voz,
esta concha vazia, sombra de som
curtindo seu próprio lamento
Aqui está minha dor,
este coral quebrado,
sobrevivendo ao seu patético momento.
Aqui está minha herança,
este mar solitário
que de um lado era amor e, de outro, esquecimento.
23 fevereiro 2007
PCdoB com Lula e João Paulo
Do encontro da direção do PCdoB, ontem (quinta-feira) com o presidente Lula ficou a hipótese da permanência dos comunistas no primeiro escalão do governo Lula, no Ministério do Esporte.
E também a possibilidade da Secretaria Nacional de Políticas para a Juventude, com status de ministério, também seja ocupada por um membro do PCdoB.
No Recife, os entendimentos entre o prefeito João Paulo e o PCdoB confirmam a presença de um comunista noutra secretaria, em substituição à de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico.
Falta apenas o prefeito anunciar o nome indicado pelo PCdoB .
E também a possibilidade da Secretaria Nacional de Políticas para a Juventude, com status de ministério, também seja ocupada por um membro do PCdoB.
No Recife, os entendimentos entre o prefeito João Paulo e o PCdoB confirmam a presença de um comunista noutra secretaria, em substituição à de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico.
Falta apenas o prefeito anunciar o nome indicado pelo PCdoB .
Todo mundo que ter carro
Na Gazeta Mercantil de hoje: O consumidor brasileiro nunca comprou tanto carro. O mercado se mantêm aquecido mesmo em fevereiro, mês tradicionalmente enfraquecido pelo Carnaval e menor número de dias úteis. Nos primeiros 15 dias do mês, o comércio de carros, comerciais leves, caminhões e ônibus novos cresceu 28% sobre igual período de 2006. Foram 91,7 mil unidades, ante 71,6 mil de 2006. Se o ritmo persistir, a indústria vai superar o resultado de janeiro, de 152 mil veículos comercializados.
"Está um negócio de louco", diz o presidente da Associação Brasileira dos Concessionários Fiat (Abracaf), Edmo Pinheiro. "Se a Fiat tivesse condições de faturar hoje todas as nossas vendas, a produção de março estaria praticamente garantida", afirma. Por conta da demanda, os estoques dos 420 pontos de revenda Fiat caíram de 20 para 10 dias. Modelos como Palio e Idea levam até 40 dias para a entrega. "Até dois meses atrás, tínhamos carros para pronta entrega; isto está cada vez mais difícil." O presidente da Associação Brasileira de Concessionárias Chevrolet (Abrac), Pedro Selene, diz que metade da produção de março já está vendida. Ele diz que a GM aumentará a produção de 32 mil para 40 mil unidades em março para tentar atender à demanda, principalmente em modelos em que já existe ágio, como o Prisma.
"Está um negócio de louco", diz o presidente da Associação Brasileira dos Concessionários Fiat (Abracaf), Edmo Pinheiro. "Se a Fiat tivesse condições de faturar hoje todas as nossas vendas, a produção de março estaria praticamente garantida", afirma. Por conta da demanda, os estoques dos 420 pontos de revenda Fiat caíram de 20 para 10 dias. Modelos como Palio e Idea levam até 40 dias para a entrega. "Até dois meses atrás, tínhamos carros para pronta entrega; isto está cada vez mais difícil." O presidente da Associação Brasileira de Concessionárias Chevrolet (Abrac), Pedro Selene, diz que metade da produção de março já está vendida. Ele diz que a GM aumentará a produção de 32 mil para 40 mil unidades em março para tentar atender à demanda, principalmente em modelos em que já existe ágio, como o Prisma.
Uma excelente escolha
No Globo de hoje: O presidente Lula decidiu nomear para o FMI o economista Paulo Nogueira Batista Jr., um dos principais responsáveis pela moratória da dívida externa no governo Sarney, em fevereiro de 1987, informa Ancelmo Gois. Em março de 2005, quando o Brasil não renovou o acordo do fundo, Nogueira escreveu um artigo intitulado "Bye, bye, FMI".
Em nossa modesta opinião, trata-se de uma excelente escolha. A nota irônica dojornal O Globo, nesse caso, deve ser lida comoum elogio.
Paulo Nogueira Batista Jr. é um destacado crítico do pensamento único neoliberal. Com argumentos consistentes.
Em nossa modesta opinião, trata-se de uma excelente escolha. A nota irônica dojornal O Globo, nesse caso, deve ser lida comoum elogio.
Paulo Nogueira Batista Jr. é um destacado crítico do pensamento único neoliberal. Com argumentos consistentes.
Emprego e renda: menos mal
Uma boa e uma má notícia.
A má notícia: a taxa de desemprego permaneceu estável neste mês de janeiro, em 9,3%, em relação ao mesmo mês de 2006.
A boa notícia: entretanto, nas seis principais metrópoles do país pesquisadas. Continua ascendente a recuperação dos rendimentos, que cresceu 4,7%.
Essa linha ascendente vem desde de julho de 2005.
A má notícia: a taxa de desemprego permaneceu estável neste mês de janeiro, em 9,3%, em relação ao mesmo mês de 2006.
A boa notícia: entretanto, nas seis principais metrópoles do país pesquisadas. Continua ascendente a recuperação dos rendimentos, que cresceu 4,7%.
Essa linha ascendente vem desde de julho de 2005.
TSE: números que fazem pensar
Estatística do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgada ontem (nesta quinta-feira): nos últimos cinco anos, 203 políticos tiveram os mandatos cassados por compra de votos.
Dentre os cassados, um governador no período pesquisado - Flamarion Portela (RR), um senador, João Capiberibe (AP), quatro deputados federais, quatro deputados estaduais, 49 vereadores 96 prefeitos.
No curso de três eleições – 2002, 2004 e 2006 -, foram examinados 1.349 processos, sendo que 34 processos ainda aguardam julgamento.
Os números fazem pensar: índice de infrações elevados? Capacidade corretiva do sistema jurídico-eleitoral em vigor?
Dentre os cassados, um governador no período pesquisado - Flamarion Portela (RR), um senador, João Capiberibe (AP), quatro deputados federais, quatro deputados estaduais, 49 vereadores 96 prefeitos.
No curso de três eleições – 2002, 2004 e 2006 -, foram examinados 1.349 processos, sendo que 34 processos ainda aguardam julgamento.
Os números fazem pensar: índice de infrações elevados? Capacidade corretiva do sistema jurídico-eleitoral em vigor?
Lições da vida política (19)
Se há divergências no partido, porque não tratá-las nos fóruns próprios ao invés de discuti-las de público? Deveria valer para todos os partidos – em favor da unidade e da coesão que lhes dão solidez e credibilidade.
Bom dia, Mário Quintana
História: 23 de fevereiro de 1997
O jornal New York Times anuncia a clonagem da ovelha Dolly. Embriologistas escoceses criaram pela 1ª vez, em laboratório, um animal a partir de células de outro idêntico já existente. Renova-se o debate científico e filosófico sobre o papel do homem como transformador da natureza. (Vermelho www.vermelho.org.br).
Relatorias do PAC: vem muita luta por aí
O presidente da Câmara dos Deputados Arlindo Chinaglia (PT-SP) designou ontem (quinta-feira) os relatores das medidas provisórias que compõem o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Não incluiu nenhum deputado do Bloco de Esquerda (PCdoB, PSB, PDT, PAN, PMN, PHS), salvo o PDT, que talvez assuma a relatoria de uma MP.
Ao PSDB, o presidente Chinaglia ofereceu três relatorias. Os tucanos recusaram as três.
O deputado Fernando de Fabinho (BA), do PFL, relatará a MP 347, que abre crédito de R$ 5 bilhões à Caixa Econômica Federal para financiar investimentos em infra-estrutura.
O deputado Odair Cunha (MG), do PT, relatará a MP 351, que concede incentivos fiscais para a compra de máquinas, equipamentos e serviços em projetos de infra-estrutura.
Ainda restam seis MPs cujos relatores ainda não foram escolhidos, mas já está acordado que terão prioridade o PR, o PTB e o PMDB.
Prenúncio de muitas batalhas na câmara dos Deputados. Não apenas para aprovar as matérias relacionadas com PAC. Mas também pelo equilíbrio de forças na base governista.
Não incluiu nenhum deputado do Bloco de Esquerda (PCdoB, PSB, PDT, PAN, PMN, PHS), salvo o PDT, que talvez assuma a relatoria de uma MP.
Ao PSDB, o presidente Chinaglia ofereceu três relatorias. Os tucanos recusaram as três.
O deputado Fernando de Fabinho (BA), do PFL, relatará a MP 347, que abre crédito de R$ 5 bilhões à Caixa Econômica Federal para financiar investimentos em infra-estrutura.
O deputado Odair Cunha (MG), do PT, relatará a MP 351, que concede incentivos fiscais para a compra de máquinas, equipamentos e serviços em projetos de infra-estrutura.
Ainda restam seis MPs cujos relatores ainda não foram escolhidos, mas já está acordado que terão prioridade o PR, o PTB e o PMDB.
Prenúncio de muitas batalhas na câmara dos Deputados. Não apenas para aprovar as matérias relacionadas com PAC. Mas também pelo equilíbrio de forças na base governista.
Ciclistas reivindicam espaço
Na Carta Maior: Ao contrário do que muitos imaginam, as ciclovias não são vistas como uma panacéia pelos ciclistas. Para que a bicicleta efetivamente amplie seu espaço nas cidades, integração com outros transportes é fundamental.
Veja matéria clicando aqui http://cartamaior.uol.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=13577
Veja matéria clicando aqui http://cartamaior.uol.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=13577
22 fevereiro 2007
Interpoética atualizada
Recebemos por e-mail as atualizações da INTERPOÉTICA, editada em um esforço voluntário de Cida Pedrosa e Sennor Ramos.
Vale conferir: Delmo Montenegro fala sobre o livro, Música Possível de Fabiano Calixto.
Novos poetas no Cardápio de Poesia: Maximiano Campos, Benedito da Cunha Melo, Deolindo Tavares, Marcus Accioly, S. R. Tuppan; Marcos Passos (São José do Egito), José Pereira Andrade e Marcelino Brígido de Castro (Bodocó); Virgílio Siqueira e Maurício Ferreira (Ouricuri).
Novos poetas no Cardápio de Poesia: Maximiano Campos, Benedito da Cunha Melo, Deolindo Tavares, Marcus Accioly, S. R. Tuppan; Marcos Passos (São José do Egito), José Pereira Andrade e Marcelino Brígido de Castro (Bodocó); Virgílio Siqueira e Maurício Ferreira (Ouricuri).
Des-privatizar os jornais?
Paulo Henrique Amorim no Conversa Afiada: Se você analisar a sustentabilidade dos jornais como um negócio, o que se pode dizer é que há uma tempestade negativa à frente deles.
. O número de leitores está em queda.
. Os anúncios estão em queda.
. O modelo de negócios deles não funciona: há um risco de que não se sustentem.
. Porém, a democracia precisa de uma imprensa livre, objetiva. A imprensa livre é critica para o regime democrático.
. Se a livre iniciativa não funciona, como ter uma imprensa livre?
. É preciso pensar em novos e diferentes modelos de negócios.
. Por exemplo, nos metrôs de Nova York começaram a aparecer tablóides de graça. A publicidade não os sustentou. Os tablóides, então, se tornaram um serviço público.
. Vamos pensar na BBC; na NPR (a National Public Radio, dos Estados Unidos); em jornais alemães e no Guardian da Inglaterra, que são trusts; na C-Span americana.
. Há 1.700 jornais diários nos Estados Unidos e há uma mudança – para pior – no apetite por noticias, em jornais.
. Os anúncios estão em queda.
. O modelo de negócios deles não funciona: há um risco de que não se sustentem.
. Porém, a democracia precisa de uma imprensa livre, objetiva. A imprensa livre é critica para o regime democrático.
. Se a livre iniciativa não funciona, como ter uma imprensa livre?
. É preciso pensar em novos e diferentes modelos de negócios.
. Por exemplo, nos metrôs de Nova York começaram a aparecer tablóides de graça. A publicidade não os sustentou. Os tablóides, então, se tornaram um serviço público.
. Vamos pensar na BBC; na NPR (a National Public Radio, dos Estados Unidos); em jornais alemães e no Guardian da Inglaterra, que são trusts; na C-Span americana.
. Há 1.700 jornais diários nos Estados Unidos e há uma mudança – para pior – no apetite por noticias, em jornais.
Versos que inspiram
"A nossa mensagem de coragem/É que traz um canto de esperança" (Vinicius de Moraes - Hino da UNE).
Petrobrás vira top global de sustentabilidade
Na Gazeta Mercantil: Queda na emissão de poluentes e nos vazamentos de óleo, menor consumo de energia e um sofisticado e transparente sistema de atendimento a fornecedores. Estes foram alguns indicadores que, em quatro anos, tiraram da Petrobrás a pecha de empresa poluidora e a tornaram referência mundial em ética e sustentabilidade na indústria de petróleo. É o que aponta um estudo feito pela consultoria espanhola Management & Excellence (M&E), que, em 386 indicadores, mediu o desempenho das companhias em governança corporativa, transparência, ética, responsabilidade socioambiental e sustentabilidade. A brasileira foi a segunda mais bem colocada num ranking com as gigantes mundiais do setor, pouco atrás da Shell, mas à frente da Totalfina e British Petroleum. "A Petrobrás foi a que mais evoluiu nos últimos três anos", diz William Cox, diretor da M&E.
Empresa menor toma 50% do crédito
Na Folha de S. Paulo de hoje: Pequenas e médias empresas abocanharam metade do crédito destinado às pessoas jurídicas pelos grandes bancos privados brasileiros em 2006. Bradesco, Itaú, ABN Amro e Unibanco emprestaram R$ 74,8 bilhões às pequenas e médias empresas brasileiras, volume 25% superior ao de 2005. Apenas os quatro bancos responderam por 58% do crédito total destinado às empresas. O Santander, outro dos grandes bancos que já divulgou o balanço final de 2006, não publicou os dados de acordo com o porte dos tomadores de empréstimos. As operações de empréstimo cresceram de forma generalizada no país no ano passado. Mas os dados divulgados até agora demonstram que o crescimento, no caso de pessoas jurídicas, é mais acentuado no segmento de pequenas e médias em todos os quatro bancos. O maior dinamismo da concessão de crédito para empresas menores fez com que elas fechassem o ano praticamente empatadas com as grandes em participação no total da carteira: elas ficaram com 49,7% do total de empréstimos, contra 50,3% das grandes empresas.
"Confissões de um quase ex-folião"
Nosso artigo semanal no Blog de Jamildo (ex-Blog do JC), publicado hoje:
Pra começo de conversa, com a devida permissão do editor deste Blog do JC, um trecho de artigo da lavra desse modesto escriba, publicado no livro “O Vermelho é verde-amarelo” (Editora Anita Garibaldi, 2005):
O carnaval de Pernambuco é ímpar. A começar pela tradição, palmilhada por uma história guerreira. Pois foi com muita luta que os pernambucanos, recifenses em particular, conquistaram o direito de ganhar as ruas e fazer a folia - conforme nos ensina, dentre outros, a pesquisadora da Fundação Joaquim Nabuco Rita de Cássia Barbosa de Araújo, autora do belíssimo artigo “Carnaval do Recife: a alegria guerreira” (revista Estudos Avançados – USP, abril de 1997).
No final do século XIX e início do século XX, só às elites era reservado esse direito — que desfilava suas alegorias e clubes de máscaras, cabendo à ralé apenas o papel de expectadora. E foi enfrentando proibição legal e muita repressão policial que os trabalhadores, a gente pobre da cidade, literalmente abriram alas e puderam brincar. Daí a natural associação entre diversas agremiações carnavalescas e a categoria profissional dos seus integrantes, revelando traços de união entre a luta por direitos corporativos e a pugna pela liberdade de participar dos folguedos. Vassourinhas, Pás Douradas, Lavadeiras, Lenhadores e tantos outros surgiram dessa simbiose lúdico-combativa.
Provavelmente aí se encontram as raízes do caráter absolutamente democrático do carnaval que aqui se realiza. No Recife, em Olinda, nas demais cidades litorâneas e interioranas, o pernambucano cai no frevo ou se deixa envolver pelo batuque eletrizante do maracatu, livre e espontaneamente, nas praças e nas ruas. Não precisa pagar.
Aqui certamente não vingaria um carnaval argentário como o do Rio de Janeiro, realizado no Sambódromo, do qual o povo foi afastado (como se queixa Oscar Niemeyer em entrevista recente) pela discriminação econômica. Nem se poderia imaginar o Elefante de Olinda ou Pitombeira dos Quatro Cantos protegidos por cordões de isolamento e impondo a compra daquela espécie de bata que se vê em Salvador. A massa "freveria" de novo e iria à guerra pelo sagrado direito de viver suas fantasias, dores, sonhos, amores, tristezas, esperanças e alegrias no ambiente de liberdade conquistado há um século.
Feita a transcrição, o leitor bem que poderia perguntar por onde andou o autor dessas linhas, que não foi visto no Galo da Madrugada, no Marco Zero, na Praça do Arsenal, nem nas ladeiras de Olnda?
A quem interessar possa (e deve interessar a quase ninguém), fica registrado que esse modesto vice-prefeito do Recife inteirou o sexto ano longe da folia. Está ficando quase ex-folião.
Por uma razão muito simples. O comum era vestir bermuda e blusa e se misturar na multidão. Compartilhar a alegria geral. Mas o cargo de vice-prefeito impõe uma liturgia que tira toda o tesão. Obriga-nos a cumprir roteiro oficial, monitorado por seguranças e serimonialistas e ainda agüentar ébrios e outros nem tanto, que insistem em tratar de política em plena algazarra.
Melhor retirar-se com a família para uma praia distante, trocar a maravilhosa festa por caminhadas à beira-mar, leitura leve e boa música. E retornar na quarta-feira de cinzas com energias renovadas e disposição redobrada para substituir por alguns dias o prefeito-folião, pois solidariedade também faz parte.
Pra começo de conversa, com a devida permissão do editor deste Blog do JC, um trecho de artigo da lavra desse modesto escriba, publicado no livro “O Vermelho é verde-amarelo” (Editora Anita Garibaldi, 2005):
O carnaval de Pernambuco é ímpar. A começar pela tradição, palmilhada por uma história guerreira. Pois foi com muita luta que os pernambucanos, recifenses em particular, conquistaram o direito de ganhar as ruas e fazer a folia - conforme nos ensina, dentre outros, a pesquisadora da Fundação Joaquim Nabuco Rita de Cássia Barbosa de Araújo, autora do belíssimo artigo “Carnaval do Recife: a alegria guerreira” (revista Estudos Avançados – USP, abril de 1997).
No final do século XIX e início do século XX, só às elites era reservado esse direito — que desfilava suas alegorias e clubes de máscaras, cabendo à ralé apenas o papel de expectadora. E foi enfrentando proibição legal e muita repressão policial que os trabalhadores, a gente pobre da cidade, literalmente abriram alas e puderam brincar. Daí a natural associação entre diversas agremiações carnavalescas e a categoria profissional dos seus integrantes, revelando traços de união entre a luta por direitos corporativos e a pugna pela liberdade de participar dos folguedos. Vassourinhas, Pás Douradas, Lavadeiras, Lenhadores e tantos outros surgiram dessa simbiose lúdico-combativa.
Provavelmente aí se encontram as raízes do caráter absolutamente democrático do carnaval que aqui se realiza. No Recife, em Olinda, nas demais cidades litorâneas e interioranas, o pernambucano cai no frevo ou se deixa envolver pelo batuque eletrizante do maracatu, livre e espontaneamente, nas praças e nas ruas. Não precisa pagar.
Aqui certamente não vingaria um carnaval argentário como o do Rio de Janeiro, realizado no Sambódromo, do qual o povo foi afastado (como se queixa Oscar Niemeyer em entrevista recente) pela discriminação econômica. Nem se poderia imaginar o Elefante de Olinda ou Pitombeira dos Quatro Cantos protegidos por cordões de isolamento e impondo a compra daquela espécie de bata que se vê em Salvador. A massa "freveria" de novo e iria à guerra pelo sagrado direito de viver suas fantasias, dores, sonhos, amores, tristezas, esperanças e alegrias no ambiente de liberdade conquistado há um século.
Feita a transcrição, o leitor bem que poderia perguntar por onde andou o autor dessas linhas, que não foi visto no Galo da Madrugada, no Marco Zero, na Praça do Arsenal, nem nas ladeiras de Olnda?
A quem interessar possa (e deve interessar a quase ninguém), fica registrado que esse modesto vice-prefeito do Recife inteirou o sexto ano longe da folia. Está ficando quase ex-folião.
Por uma razão muito simples. O comum era vestir bermuda e blusa e se misturar na multidão. Compartilhar a alegria geral. Mas o cargo de vice-prefeito impõe uma liturgia que tira toda o tesão. Obriga-nos a cumprir roteiro oficial, monitorado por seguranças e serimonialistas e ainda agüentar ébrios e outros nem tanto, que insistem em tratar de política em plena algazarra.
Melhor retirar-se com a família para uma praia distante, trocar a maravilhosa festa por caminhadas à beira-mar, leitura leve e boa música. E retornar na quarta-feira de cinzas com energias renovadas e disposição redobrada para substituir por alguns dias o prefeito-folião, pois solidariedade também faz parte.
Boa tarde, Márcia Maia
Prestidigitação
sou a que se perdeu
a ausente
e embora esteja quase
sempre aqui
aparentemente presente
não sou eu a que me vêem
— tu e toda essa gente —
mas o esboço
a sombra
o rastro
ou talvez apenas o reflexo
nas águas turvas de junho
da que fui
quando o inverno era ainda
uma improvável e longínqua
possibilidade
Mudança de comando
Na Folha Online: O presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou nesta quarta-feira a escolha dos novos três comandantes das Forças Armadas que estarão à frente do Exército, Marinha e Aeronáutica em seu segundo mandato. Lula assinou decreto nomeando o general Enzo Perry para o comando do Exército, o brigadeiro-do-ar Juniti Saito para o comando da Aeronáutica, e o almirante Júlio Soares de Moura Neto para o comando da Marinha. Os três foram escolhidos com base no critério de antigüidade de cada uma das Forças Armadas.
"Lula não é Chinaglia"
Nossa coluna semanal no portal Vermelho, publicada toda quinta-feira. Eis o texto de hoje:
Nesta quinta-feira o presidente Lula deve conversar novamente com dirigentes do PCdoB e do PSB acerca do novo ministério. Às vésperas do carnaval, ouviu o PDT. E amanhã, sexta, deve dialogar novamente com o PT. Estes seriam, segundo o noticiário, os últimos lances de uma costura política destinada a concretizar o governo de coalizão.
PCdoB, PSB e PDT, como se sabe, juntamente com PAN e PHS, constituem um bloco parlamentar à esquerda que procura se diferenciar do PT reagindo ao viés “hegemonista” do partido do presidente e buscando um relativo equilíbrio de forças na composição governista. Qual a leitura que o próprio Lula faz desse movimento ninguém sabe. Talvez se venha a saber quando ele apresentar o novo ministério.
Gato escaldado tem medo de água fria, a gente escuta isso desde criança. E observa frequentemente na política, quando o “gato” é suficientemente maduro e experimentado para evitar cair em esparrela pela segunda vez.
Uma esparrela em que o presidente Lula se deixou enrolar foi justamente a montagem da estrutura de governo do primeiro mandato. Excessivamente petista, de cabo a rabo. Dos ministérios e empresas estatais aos cargos federais situados nos estados. Poder em demasia para um só partido num governo de frente nunca dá bom resultado. Mais ainda quando o partido em tela não tinha experiência acumulada no metier e quis transportar certas práticas sindicais equivocadas para o governo da República.
Amargou, o presidente, todo um cortejo de distorções e de expedientes “aloprados” que além de prejudicar a sua gestão, quase o faz perder o pleito de outubro.
Agora, entretanto, as circunstâncias são outras. Nem o PT pode contar mais com um alinhamento quase automático por parte do PCdoB e do PSB, nem pode dobrar facilmente o PMDB, agremiação centrista de larga experiência no poder. Terá que compartilhar o governo, sim, com estes e mais o PP, o PR e o PDT, pelo menos.
Nisso, o presidente inevitavelmente contrariará o seu próprio partido, que bem gostaria de repetir o desenho do governo anterior, concentrando em si mesmo as responsabilidades ditas estratégicas, e de quebra impondo limites ao bloco de esquerda. Tal como agiu o presidente Arlindo Chinaglia (PT-SP), da Câmara dos Deputados, que ao distribuir cargos da comissão especial encarregada de examinar as matérias relacionadas com o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), privilegiou o próprio PT e o PMDB, tentou atrair os bons préstimos do PFL e do PSDB e escanteou os três principais partidos do bloco de esquerda, PCdoB, PSB e PDT.
A sorte do bloco de esquerda, e do Brasil, é que Lula não é Chinaglia. Pelo menos é o que se espera.
Nesta quinta-feira o presidente Lula deve conversar novamente com dirigentes do PCdoB e do PSB acerca do novo ministério. Às vésperas do carnaval, ouviu o PDT. E amanhã, sexta, deve dialogar novamente com o PT. Estes seriam, segundo o noticiário, os últimos lances de uma costura política destinada a concretizar o governo de coalizão.
PCdoB, PSB e PDT, como se sabe, juntamente com PAN e PHS, constituem um bloco parlamentar à esquerda que procura se diferenciar do PT reagindo ao viés “hegemonista” do partido do presidente e buscando um relativo equilíbrio de forças na composição governista. Qual a leitura que o próprio Lula faz desse movimento ninguém sabe. Talvez se venha a saber quando ele apresentar o novo ministério.
Gato escaldado tem medo de água fria, a gente escuta isso desde criança. E observa frequentemente na política, quando o “gato” é suficientemente maduro e experimentado para evitar cair em esparrela pela segunda vez.
Uma esparrela em que o presidente Lula se deixou enrolar foi justamente a montagem da estrutura de governo do primeiro mandato. Excessivamente petista, de cabo a rabo. Dos ministérios e empresas estatais aos cargos federais situados nos estados. Poder em demasia para um só partido num governo de frente nunca dá bom resultado. Mais ainda quando o partido em tela não tinha experiência acumulada no metier e quis transportar certas práticas sindicais equivocadas para o governo da República.
Amargou, o presidente, todo um cortejo de distorções e de expedientes “aloprados” que além de prejudicar a sua gestão, quase o faz perder o pleito de outubro.
Agora, entretanto, as circunstâncias são outras. Nem o PT pode contar mais com um alinhamento quase automático por parte do PCdoB e do PSB, nem pode dobrar facilmente o PMDB, agremiação centrista de larga experiência no poder. Terá que compartilhar o governo, sim, com estes e mais o PP, o PR e o PDT, pelo menos.
Nisso, o presidente inevitavelmente contrariará o seu próprio partido, que bem gostaria de repetir o desenho do governo anterior, concentrando em si mesmo as responsabilidades ditas estratégicas, e de quebra impondo limites ao bloco de esquerda. Tal como agiu o presidente Arlindo Chinaglia (PT-SP), da Câmara dos Deputados, que ao distribuir cargos da comissão especial encarregada de examinar as matérias relacionadas com o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), privilegiou o próprio PT e o PMDB, tentou atrair os bons préstimos do PFL e do PSDB e escanteou os três principais partidos do bloco de esquerda, PCdoB, PSB e PDT.
A sorte do bloco de esquerda, e do Brasil, é que Lula não é Chinaglia. Pelo menos é o que se espera.
Rabelo: "não vamos reivindicar, vamos ouvir o que Lula tem a dizer"
Transcrevemos, em dois tópicos, a entrevista do presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo, ao jornal O Globo, referida em matéria no portal Vermelho, acerca do encontro que a direção partidária terá com o presidente Lula nesta quinta-feira.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva dá seqüência às negociações para a constituição do novo governo nesta quinta-feira (22) em reuniões com PSB e PCdoB, mas enfrenta problemas diante das reivindicações do PT. Para os aliados comunistas, a “voracidade” dos petistas por cargos no governo causa obstáculos para realizar uma reforma ministerial que agrade todos os partidos.
O PCdoB, que hoje ocupa o Ministério do Esporte, promete não apresentar uma lista de reivindicação a Lula na reunião desta quinta-feira. Espera ouvir o que Lula tem a dizer. Em entrevista ao portal da Globo, nesta quarta-feira (21), o presidente do partido, Renato Rabelo, disse acreditar que a definição do espaço do partido já está definida e não deve ser incrementada.
De certo, apenas que o ex-presidente da Câmara, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), não aceitará um cargo no primeiro escalão. “Antes da eleição para a presidência da Câmara, foi oferecido ao Aldo um ministério para ele desistir da disputa. Agora, não cabe ao Aldo ocupar um cargo no governo. O Aldo não aceitaria um cargo no governo”, disse enfaticamente Renato Rabelo.
O PCdoB, que hoje ocupa o Ministério do Esporte, promete não apresentar uma lista de reivindicação a Lula na reunião desta quinta-feira. Espera ouvir o que Lula tem a dizer. Em entrevista ao portal da Globo, nesta quarta-feira (21), o presidente do partido, Renato Rabelo, disse acreditar que a definição do espaço do partido já está definida e não deve ser incrementada.
De certo, apenas que o ex-presidente da Câmara, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), não aceitará um cargo no primeiro escalão. “Antes da eleição para a presidência da Câmara, foi oferecido ao Aldo um ministério para ele desistir da disputa. Agora, não cabe ao Aldo ocupar um cargo no governo. O Aldo não aceitaria um cargo no governo”, disse enfaticamente Renato Rabelo.
Vida própria, sem ruptura
O PCdoB passou a adotar maior distância e independência em relação ao PT depois da eleição para a presidência da Câmara, na qual o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) promoveu diversas manobras para evitar a qualquer custo a reeleição do então presidente da Câmara, Aldo Rebelo, que acabou perdendo o posto para o petista Chinaglia por uma pequena diferença de votos.
Para Renato Rabelo, o PT se comporta como um partido majoritário e hegemonista. E questiona a condição de partido grande, como gostam de se autoproclamar os petistas. “Parece que dentro do governo o PT se vê como se fosse um partido majoritário, mas há uma defasagem em relação a isso. E os partidos aliados reagem a essa condição para mostrar que há um desequilíbrio. Não é fácil montar um governo quando um partido tem uma visão exclusivista e hegemonista de poder”, afirmou Rabelo.
Rabelo concorda o fato de o PT ser um dos maiores partidos do país, mas rejeita a tese de o partido ser a principal força de interlocução com a sociedade. “O PT atua no governo como se fosse um partido majoritário, mas não teve nem 15% da votação total para a Câmara. Isso não é um partido grande, pode ser considerado o maior partido, mas não é majoritário. Seria se tivesse 30% ou 40% da votação. E isso ninguém consegue no Brasil”, afirmou o presidente comunista.
Para inserir sua opinião, clique sobre a palavra "comentários", abaixo. Você tem a opção de assinar gratuitamente o blog e toda vez que postar seu comentário sua assinatura será imediata. Ou use a use a opção “anônimo”, porém assine ao final do texto para que possamos publicar o que você escreveu. Para enviar um e-mail clique aqui: lucianosiqueira@uol.com.br
Para Renato Rabelo, o PT se comporta como um partido majoritário e hegemonista. E questiona a condição de partido grande, como gostam de se autoproclamar os petistas. “Parece que dentro do governo o PT se vê como se fosse um partido majoritário, mas há uma defasagem em relação a isso. E os partidos aliados reagem a essa condição para mostrar que há um desequilíbrio. Não é fácil montar um governo quando um partido tem uma visão exclusivista e hegemonista de poder”, afirmou Rabelo.
Rabelo concorda o fato de o PT ser um dos maiores partidos do país, mas rejeita a tese de o partido ser a principal força de interlocução com a sociedade. “O PT atua no governo como se fosse um partido majoritário, mas não teve nem 15% da votação total para a Câmara. Isso não é um partido grande, pode ser considerado o maior partido, mas não é majoritário. Seria se tivesse 30% ou 40% da votação. E isso ninguém consegue no Brasil”, afirmou o presidente comunista.
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História: 22 de fevereiro de 1958
Estréia no Teatro de Arena, SP, Eles não usam black-tie, de Gianfrancesco Guarnieri (1934-2006). A peça, sobre a vida e a luta dos operários, é da safra cultural semeada pelo CPC da UNE. (Vermelho www.vermelho.org.br).
21 fevereiro 2007
A batalha da informação
No Blog do Emir: A mídia latino-americana é cada vez mais igual, de um país a outro: age como um bloco político e ideológico de direita, cada vez mais homogêneo. Faz oposição cerrada, em bloco, em países como o Brasil, a Argentina, a Bolívia, a Venezuela, o Equador. Isto é, se opõe frontalmente ao processo de transformações em curso no continente.
Mas cada vez mais podemos contornar esses órgãos – que cada vez mais parecem ser redigidos por uma única pessoa, assemelhando-se todos entre si – e buscar fontes alternativas de informação e discussão. A necessidade de informação local pode nos levar a assinar um jornal, mas podemos informar-nos pela internet. Assim, contribuímos para a irresistível decadência de tiragem dos jornais, que este ano descerão da casa dos 200 mil exemplares diários, e deixamos de "financiar" suas campanhas direitistas.
Para ler o texto na íntegra clique aqui http://cartamaior.uol.com.br/templates/postMostrar.cfm?blog_id=1&post_id=98
Mas cada vez mais podemos contornar esses órgãos – que cada vez mais parecem ser redigidos por uma única pessoa, assemelhando-se todos entre si – e buscar fontes alternativas de informação e discussão. A necessidade de informação local pode nos levar a assinar um jornal, mas podemos informar-nos pela internet. Assim, contribuímos para a irresistível decadência de tiragem dos jornais, que este ano descerão da casa dos 200 mil exemplares diários, e deixamos de "financiar" suas campanhas direitistas.
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Ficha de leitura: Guimarães Rosa e o dom de escrever
"Quando escrevo, repito o que já vivi antes. E para estas duas vidas, um léxico só não é suficiente. Em outras palavras, gostaria de ser um crocodilo vivendo no rio São Francisco. Gostaria de ser um crocodilo porque amo os grandes rios, pois são profundos como a alma de um homem. Na superfície são muito vivazes e claros, mas nas profundezas são tranqüilos e escuros como o sofrimento dos homens." (Transcrito no site http://www.tvcultura.com.br/aloescola).
O samba Terra-Lua
Na Ciência Hoje: Em tempos de carnaval, Adilson de Oliveira destaca em sua coluna um desfile celeste que acontece há bilhões de anos. Graças à atração gravitacional que exercem uma sobre a outra, a Lua e a Terra realizam movimentos que lembram a dança do mestre-sala e da porta-bandeira.
Quando o Sol, a Lua e a Terra estão praticamente alinhados, a região não iluminada da superfície lunar é que fica voltada em direção à Terra, o que caracteriza a fase da Lua nova. Continuando a sua dança, o mestre-sala – a Lua –, após aproximadamente sete dias, atinge uma posição em que a metade de sua superfície iluminada pode ser vista pela porta-bandeira – a Terra –, ocorrendo a fase de quarto crescente, na qual apenas um quarto da face da Lua pode ser avistado da Terra.
Veja a matéria completa clicando aqui http://cienciahoje.uol.com.br/66571
Versos que instigam
"Eis o melhor e o pior de mim/O meu termômetro o meu quilate" (Marisa Monte - Show-Bom)
Lições da vida política (18)
As grandes conquistas são fruto de árduo, penoso e perseverante trabalho cotidiano orientado para o objetivo estratégico.
Bom dia, Pablo Neruda
O teu riso
tira-me o ar, mas não
me tires o teu riso.
Não me tires a rosa,
a lança que desfolhas,
a água que de súbito
brota da tua alegria,
a repentina onda
de prata que em ti nasce.
A minha luta é dura e regresso
com os olhos cansados
às vezes por ver
que a terra não muda,
mas ao entrar teu riso
sobe ao céu a procurar-me
e abre-me todas
as portas da vida.
Meu amor, nos momentos
mais escuros solta
o teu riso e se de súbito
vires que o meu sangue mancha
as pedras da rua,
ri, porque o teu riso
será para as minhas mãos
como uma espada fresca.
À beira do mar, no outono,
teu riso deve erguer
sua cascata de espuma,
e na primavera, amor,
quero teu riso como
a flor que esperava,
a flor azul, a rosa
da minha pátria sonora.
Ri-te da noite,
do dia, da lua,
ri-te das ruas
tortas da ilha,
ri-te deste grosseiro
rapaz que te ama,
mas quando abro
os olhos e os fecho,
quando meus passos vão,
quando voltam meus passos,
nega-me o pão, o ar,
a luz, a primavera,
mas nunca o teu riso,
porque então morreria.
Ausência do Estado faz de Pernambuco palco de crimes e resistência
Na Carta Maior: Livro mostra que, no estado em que uma mulher é assassinada por dia, faltam delegacias e órgãos de combate à violência. Em resposta à ausência do poder público, sociedade civil se organizou em rede e hoje monitora todas as agressões.
Veja matéria completa clicando aqui http://cartamaior.uol.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=13565
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História: 21 de fevereiro de 1945
Soldados brasileiros no topo do monte, já ocupado
Os pracinhas da FEB (Força Expedicionária Brasileira) vencem o mau-tempo, a lama, a metralha alemã e tomam Monte Castelo, na 4ª investida, ajudando a romper a Linha Gótica. (Vermelho www.vermelho.org.br).
16 fevereiro 2007
Tarso enche linguiça. E a imprensa gosta
Cá na província, no plano meramente municipal, a gente vive isso, imagine quando se trata de mudanças no ministério. Todos sabem que haverá mudanças, que é necessário cumprir rodadas de negociações com os partidos coligados e que não se pode antecipar definições antes de concretizados os entendimentos, sob pena de desencontros que podem ser fatais.
Mas a imprensa precisa informar. E pressiona por informações antecipadas, que os próprios repórteres e editores não estão disponíveis.
É aí que entram os boatos, acolhidos com tanta facilidade por repórteres sequiosos de escreverem qualquer coisa que faça algum sentido.
Entram em cena também os diversionistas – aqueles escalados pelo governante para literalmente encherem lingüiça enquanto os entendimentos prosseguem. Diversionistas tratam de despistes.
O ministro Tarso Genro parece ser o escalado de Lula para a tarefa. Diariamente fala coisas que têm sentido mas que nada esclarecem sobre a futura composição do ministério. É o papel que lhe cabe.
Hoje os jornais registram uma declaração de Genro que entra para antologia do mister: “Não se trata de uma revolução ministerial, mas uma reforma que tem por objetivo estabilizar a coalizão de governo e dar cumprimento ao PAC.”
Mas a imprensa precisa informar. E pressiona por informações antecipadas, que os próprios repórteres e editores não estão disponíveis.
É aí que entram os boatos, acolhidos com tanta facilidade por repórteres sequiosos de escreverem qualquer coisa que faça algum sentido.
Entram em cena também os diversionistas – aqueles escalados pelo governante para literalmente encherem lingüiça enquanto os entendimentos prosseguem. Diversionistas tratam de despistes.
O ministro Tarso Genro parece ser o escalado de Lula para a tarefa. Diariamente fala coisas que têm sentido mas que nada esclarecem sobre a futura composição do ministério. É o papel que lhe cabe.
Hoje os jornais registram uma declaração de Genro que entra para antologia do mister: “Não se trata de uma revolução ministerial, mas uma reforma que tem por objetivo estabilizar a coalizão de governo e dar cumprimento ao PAC.”
15 fevereiro 2007
"A parte do bolo que cabe a cada um"
Nossa coluna semanal no portal Vermelho. Veja o texto.
Estavam os dois a discutir a pujança da economia brasileira. O mais jovem, recém-diplomado pela Fundação Getúlio Vargas, argumentos e dados na ponta da língua. O outro, alguns quilômetros mais de estrada - trabalhou no IPEA e foi economista-chefe de um banco de investimentos antes de se dedicar à vida acadêmica e a serviços de consultoria -, mais comedido em suas avaliações.
- Garanto que o Brasil agora vai longe. Os fundamentos de nossa economia são sólidos – sentenciou o mais jovem.
- Eu diria que os fundamentos são relativamente sólidos, no atual quadro da economia mundial – ponderou o mais velho, procurando sublinhar a sua opinião com a entonação da voz.
- Não só isso, cara. Nossa capacidade de atrair investimentos externos nunca foi tão grande.
- Investimentos externos, você sabe, a gente tem que qualificar.
- Isso mesmo. Estou falando de investimentos produtivos. O que falta é o nosso povo tomar conhecimento disso.
(A essa altura, na entrada do restaurante onde tinham marcado o almoço de trabalho, vêem um jovem com crachá do SENAI).
- Vou te mostrar – continuou o recém-formado pela Fundação Getúlio Vargas. – Amigo, permita que eu te dê uma informação do seu interesse?
- Pois não, senhor.
- Você sabe que a rentabilidade sobre o patrimônio, quer dizer, o lucro líquido sobre o patrimônio, hoje no Brasil é um grande fator de atração de investimentos estrangeiros?
- Sei não, senhor. Esses assuntos são muito complicados.
- Mas devia saber, rapaz. Deu ontem na Gazeta Mercantil, um jornal que vocês trabalhadores deviam ler. Na média total das empresas de capital aberto, a rentabilidade subiu de 14,6%, em 2003, para 20,1% no ano passado. É fantástico! O México, por exemplo, em 2005 se igualou ao Brasil, a taxa deles é de 20,8%. Sabe qual é a dos EUA? Apenas 14, 8%. Isto quer dizer mais produção, mais emprego!
- Tudo bem, moço. Sabia dessas coisas não. Tomara que tenha mais emprego mesmo, estamos precisando. Mas o senhor sabe dizer o tanto que influi o salário da gente nisso tudo?
- Como assim, rapaz?
- Pra atrair esses gringos o tamanho do salário da gente entra na conta?
- É, você está tocando num ponto que eu não sei esclarecer no detalhe, mas pesa, sim. Sabe como é, salário baixo quer dizer custo de produção baixo, a gente tem que oferecer essa vantagem também, não acha?
- Acho não, doutor. Vá me desculpando, mas o trabalhador brasileiro merece ser valorizado, é o que penso – respondeu o aluno do SENAI, já se afastando.
Os dois entram no restaurante e logo se sentam à mesa em que discutiriam alternativas de investimentos com um grupo holandês.
- Pois é, amigo. O cara do SENAI tem razão. É preciso ver a parte que cabe a cada um. Os trabalhadores têm direito à sua parte.
Estavam os dois a discutir a pujança da economia brasileira. O mais jovem, recém-diplomado pela Fundação Getúlio Vargas, argumentos e dados na ponta da língua. O outro, alguns quilômetros mais de estrada - trabalhou no IPEA e foi economista-chefe de um banco de investimentos antes de se dedicar à vida acadêmica e a serviços de consultoria -, mais comedido em suas avaliações.
- Garanto que o Brasil agora vai longe. Os fundamentos de nossa economia são sólidos – sentenciou o mais jovem.
- Eu diria que os fundamentos são relativamente sólidos, no atual quadro da economia mundial – ponderou o mais velho, procurando sublinhar a sua opinião com a entonação da voz.
- Não só isso, cara. Nossa capacidade de atrair investimentos externos nunca foi tão grande.
- Investimentos externos, você sabe, a gente tem que qualificar.
- Isso mesmo. Estou falando de investimentos produtivos. O que falta é o nosso povo tomar conhecimento disso.
(A essa altura, na entrada do restaurante onde tinham marcado o almoço de trabalho, vêem um jovem com crachá do SENAI).
- Vou te mostrar – continuou o recém-formado pela Fundação Getúlio Vargas. – Amigo, permita que eu te dê uma informação do seu interesse?
- Pois não, senhor.
- Você sabe que a rentabilidade sobre o patrimônio, quer dizer, o lucro líquido sobre o patrimônio, hoje no Brasil é um grande fator de atração de investimentos estrangeiros?
- Sei não, senhor. Esses assuntos são muito complicados.
- Mas devia saber, rapaz. Deu ontem na Gazeta Mercantil, um jornal que vocês trabalhadores deviam ler. Na média total das empresas de capital aberto, a rentabilidade subiu de 14,6%, em 2003, para 20,1% no ano passado. É fantástico! O México, por exemplo, em 2005 se igualou ao Brasil, a taxa deles é de 20,8%. Sabe qual é a dos EUA? Apenas 14, 8%. Isto quer dizer mais produção, mais emprego!
- Tudo bem, moço. Sabia dessas coisas não. Tomara que tenha mais emprego mesmo, estamos precisando. Mas o senhor sabe dizer o tanto que influi o salário da gente nisso tudo?
- Como assim, rapaz?
- Pra atrair esses gringos o tamanho do salário da gente entra na conta?
- É, você está tocando num ponto que eu não sei esclarecer no detalhe, mas pesa, sim. Sabe como é, salário baixo quer dizer custo de produção baixo, a gente tem que oferecer essa vantagem também, não acha?
- Acho não, doutor. Vá me desculpando, mas o trabalhador brasileiro merece ser valorizado, é o que penso – respondeu o aluno do SENAI, já se afastando.
Os dois entram no restaurante e logo se sentam à mesa em que discutiriam alternativas de investimentos com um grupo holandês.
- Pois é, amigo. O cara do SENAI tem razão. É preciso ver a parte que cabe a cada um. Os trabalhadores têm direito à sua parte.
Bom dia, Hilda Hilst
Alcoólicas
É crua a vida. Alça de tripa e metal.
Nela despenco: pedra mórula ferida.
É crua e dura a vida. Como um naco de víbora.
Como-a no livor da língua
Tinta, lavo-te os antebraços, Vida, lavo-me
No estreito-pouco
Do meu corpo, lavo as vigas dos ossos, minha vida
Tua unha plúmbea, meu casaco rosso.
E perambulamos de coturno pela rua
Rubras, góticas, altas de corpo e copos.
A vida é crua. Faminta como o bico dos corvos.
E pode ser tão generosa e mítica: arroio, lágrima
Olho d'água, bebida. A Vida é líquida.
(Enviado pela amiga Selenia).
História: 15 de fevereiro de 1966
Morre em combate na Colômbia o jovem padre guerrilheiro Camilo Torres. (Vermelho www.vermelho.org.br).
"Muitas quebras-de-braço ao mesmo tempo"
Nosso artigo de toda quarta-feira no Blog do JC
“A ciência e a arte de atender a todos e não satisfazer plenamente a ninguém”. Este poderia ser o título de um bom tratado acerca da escolha do primeiro escalão de um governo que se sustenta numa frente formada por amplo e diferenciado arco de forças políticas. O tratado, salvo engano, não existe – e se existisse bem que poderia repousar sobre a mesa de cabeceira do presidente Lula nos dias que correm.
Pois enquanto nós simples mortais já estamos envoltos, uns mais, outros menos, pelos sons e sensações do carnaval, o presidente da República mergulha na primeira rodada de conversações com os partidos que o apóiam – movimento que tudo indica ultrapassará os dias de Momo e se estenderá até a virada de fevereiro para março. Até lá, ele tem de considerar com atenção e abertura os mais diversos pleitos, desfazer fantasias e chegar a uma solução que se assemelhe a uma orquestra afinada. Ou a um time bem entrosado.
Pois este será o ministério do PAC. Haverá de ser composto com um olho na capacidade técnica e empreendedora dos escolhidos e o outro no respaldo político de cada um.
O diabo é que tal como numa orquestra, ou como num time de futebol, todos os postos são importantes, mas alguns são mais importantes do que os demais – pela força real, mediada pelo tamanho do orçamento a gerir, e pela visibilidade política. Nenhum partido pleiteia ministérios de menor importância. Exemplo do PDT recém-chegado à base governista (e participante do bloco parlamentar na Câmara junto com o PCdoB e o PSB, mais PAN, PMN e PHS), que apresentou a Lula as opções “mais sintonizadas com a simbologia do partido”, no dizer do seu presidente, Carlos Lupi: Minas e Energia, Transportes, Trabalho e Previdência.
Na reunião do seu diretório nacional, em Salvador, no último fim de semana, o PT já havia relacionado os ministérios dos quais não pretende abrir mão: todos os considerados estratégicos, incluindo alguns que hoje estão ocupados por gente de outros partidos, como o das Cidades.
Já o PMDB saiu do encontro com o presidente, anteontem, anunciando que terá pelo menos quatro dos principais ministérios.
Ontem, foi o PP que disse ter garantias do mesmo presidente Lula de que permanecerá no comando do ministério das Cidades. E PSB, PCdoB e PTB, que estão, respectivamente, no da Ciência e Tecnologia, Esporte e Turismo, não dão mostras de que desejam sair e ainda almejam ampliar seus espaços.
Assim, há apetite de sobra para ministério de menos. Como nenhum pleito deve ser visto como ilegítimo, significa enfrentar muitas quebras-de-braço ao mesmo tempo. Exige muque e habilidade – do próprio presidente.
“A ciência e a arte de atender a todos e não satisfazer plenamente a ninguém”. Este poderia ser o título de um bom tratado acerca da escolha do primeiro escalão de um governo que se sustenta numa frente formada por amplo e diferenciado arco de forças políticas. O tratado, salvo engano, não existe – e se existisse bem que poderia repousar sobre a mesa de cabeceira do presidente Lula nos dias que correm.
Pois enquanto nós simples mortais já estamos envoltos, uns mais, outros menos, pelos sons e sensações do carnaval, o presidente da República mergulha na primeira rodada de conversações com os partidos que o apóiam – movimento que tudo indica ultrapassará os dias de Momo e se estenderá até a virada de fevereiro para março. Até lá, ele tem de considerar com atenção e abertura os mais diversos pleitos, desfazer fantasias e chegar a uma solução que se assemelhe a uma orquestra afinada. Ou a um time bem entrosado.
Pois este será o ministério do PAC. Haverá de ser composto com um olho na capacidade técnica e empreendedora dos escolhidos e o outro no respaldo político de cada um.
O diabo é que tal como numa orquestra, ou como num time de futebol, todos os postos são importantes, mas alguns são mais importantes do que os demais – pela força real, mediada pelo tamanho do orçamento a gerir, e pela visibilidade política. Nenhum partido pleiteia ministérios de menor importância. Exemplo do PDT recém-chegado à base governista (e participante do bloco parlamentar na Câmara junto com o PCdoB e o PSB, mais PAN, PMN e PHS), que apresentou a Lula as opções “mais sintonizadas com a simbologia do partido”, no dizer do seu presidente, Carlos Lupi: Minas e Energia, Transportes, Trabalho e Previdência.
Na reunião do seu diretório nacional, em Salvador, no último fim de semana, o PT já havia relacionado os ministérios dos quais não pretende abrir mão: todos os considerados estratégicos, incluindo alguns que hoje estão ocupados por gente de outros partidos, como o das Cidades.
Já o PMDB saiu do encontro com o presidente, anteontem, anunciando que terá pelo menos quatro dos principais ministérios.
Ontem, foi o PP que disse ter garantias do mesmo presidente Lula de que permanecerá no comando do ministério das Cidades. E PSB, PCdoB e PTB, que estão, respectivamente, no da Ciência e Tecnologia, Esporte e Turismo, não dão mostras de que desejam sair e ainda almejam ampliar seus espaços.
Assim, há apetite de sobra para ministério de menos. Como nenhum pleito deve ser visto como ilegítimo, significa enfrentar muitas quebras-de-braço ao mesmo tempo. Exige muque e habilidade – do próprio presidente.
Debate distorcido sobre a segurança
Na Carta Maior: Com PFL na linha de frente, Congresso começa a votar mudanças na legislação. Especialistas alertam para exageros: segundo o Instituto São Paulo Contra a Violência, só 1% de jovens com menos de 18 anos se envolveu em homicídios.
Veja matéria completa clicando aqui http://cartamaior.uol.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=13535
Veja matéria completa clicando aqui http://cartamaior.uol.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=13535
13 fevereiro 2007
Olinda encontra financiamento privado sem perder festa democrática
Na Carta Maior, por Carlos Gustavo Yoda: Primeira capital brasileira da Cultura, Olinda fixa-se no cenário carnavalesco como a mais emergente festa popular do país. Políticas públicas simples e a busca de apoio da iniciativa privada não descaracterizaram a Folia do Momo mais participativa e democrática do Brasil.
O carnaval de Olinda, assim como o de Recife e de outras cidades pernambucanas, tem origem em uma antiga festa pagã européia, conhecida como Entrudo. E já no início do século XX o gosto popular pela Folia de Momo nasceu com a fundação de diversas agremiações, algumas que permanecem até hoje. Segundo o jornalista e carnavalesco, José Ataíde, foi em 1977 que o Carnaval de Olinda assumiu este aspecto eminentemente popular que o caracteriza hoje. Neste ano, foram abolidos da folia olindense a comissão julgadora, a passarela e o palanque das autoridades.
Para ler a matéria na íntegra clique aqui http://cartamaior.uol.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=13505
12 fevereiro 2007
História: 12 de fevereiro de 1886
Flagrada e processada (mas absolvida) senhora torturadora de escravas, e assassina de uma delas, em Botafogo, Rio de Janeiro. (Vermelho www.vermelho.org.br).
O novo ministério e o PMDB
O presidente Lula cuida agora de novo ministério. Começa pelo PMDB. O PMDB é um importante aliado: de orientação centrista, possui bancadas fortes no Senado e na Câmara, pode ser o fiel da balança em importantes votações.
Além disso, predominam no PMDB posições “desenvolvimentistas”.
Resta saber como Lula enfrentará os pleitos dos peemedebistas que os colocam em conflito com o PT, que no encontro de Salvador, no último fim de semana, reiterou o desejo de controlar os ministérios de peso estratégico.
Além disso, predominam no PMDB posições “desenvolvimentistas”.
Resta saber como Lula enfrentará os pleitos dos peemedebistas que os colocam em conflito com o PT, que no encontro de Salvador, no último fim de semana, reiterou o desejo de controlar os ministérios de peso estratégico.
A internet vai acabar com os jornais?
No Vermelho, por Pedro de Oliveira: O editor de um dos jornais mais importantes dos EUA, Arthur Sulzberger do The New York Times, declarou na semana passada (8/02) em entrevista ao jornal israelense Haaretz que não tem certeza se a edição diária do seu jornal continuará sendo impressa daqui a cinco anos. Acrescentou, em seguida, que não estava preocupado com o fato. “O fundamental”, segundo ele, “é se concentrar no melhor modo de operar a transição da folha impressa à Internet”. Este debate já está na pauta da mídia mundial há algum tempo.
Para ler o artigo na íntegra clique aqui http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=13274
Para ler o artigo na íntegra clique aqui http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=13274
11 fevereiro 2007
A poeta que não sabia amar
De personalidade complexa, cristalina e sem artifícios, a autora de "Qadós" continua sendo lembrada três anos após sua morte. Na revista Cult, por Antonio Naud Júnior:
Mesmo atualmente com suas obras completas (40 livros em 19 volumes) sendo publicadas pela Editora Globo, e seu arquivo no Cedae da Unicamp, disponível para pesquisas, a escritora paulista passou anos em luta contra o esquecimento, o desdém do público e da crítica. De ascendência ibérica do lado da mãe e franco-alemã do lado do pai (os Hilst vieram da Alsácia, região entre a França e a Alemanha), nasceu em Jaú, no interior de São Paulo, em 21 de abril de 1930, estudou Direito na Faculdade do Largo do São Francisco, sem nunca ter exercido a profissão, e lançou o seu primeiro livro em 1950, "Presságio". Lia em francês, inglês e espanhol, mas não falava nenhuma língua muito bem. De rara beleza, comportava-se na juventude de maneira avançada, numa desregrada vida boêmia, escandalizando a sociedade paulista e despertando paixões sem futuro. Em 1966, depois da leitura de "Cartas a El Greco / Raport Catre El Greco", a última obra do grego Nikos Kazantzakis, escrita em 1956, resolveu abandonar essa vida fútil, procurando sentir mais a cintilância do invisível e definindo menos a realidade. Mudou-se para a Casa do Sol, transformando completamente seu cotidiano, passando a enxergar entidades e tendo vivências fora do corpo. Publicou uma série de obras em ficção e poesia (seu teatro, bastante ruim, permanece inédito), destacando-se a obra prima "Fluxo-Floema" (1970), "Qadós" (1973, o livro favorito dela), "Da Morte. Odes Mínimas" (1980) e "Amavisse" (1989). Em 1992, escandalizou o mercado editorial e seus leitores fiéis com "O Caderno Rosa de Lori Lamby", uma pequena e risível novela supostamente pornográfica.
Leia o artigo na íntegra clica ndo aqui http://revistacult.uol.com.br/website/site.asp?edtCode=639D8C94-8DD4-41D4-A737-DF70A9862DF4&nwsCode=0B625CB8-88A5-42CB-B543-6AA3A425D5E1
10 fevereiro 2007
Valor do frevo
Não foi um ato qualquer, praticado apenas por dever formal.
Ao se reunir na sexta-feira última, na sacristia da Igreja São Pedro dos Clérigos (Pátio de São Pedro), e deliberar que o frevo passa a fazer parte do registro do Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil, o Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural do Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (IPHAN) contribuiu para afirmar nossas raízes culturais.
Ao se reunir na sexta-feira última, na sacristia da Igreja São Pedro dos Clérigos (Pátio de São Pedro), e deliberar que o frevo passa a fazer parte do registro do Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil, o Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural do Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (IPHAN) contribuiu para afirmar nossas raízes culturais.
Bom dia, Ledo Ivo
Soneto presunçoso
Que forma luminosa me acompanha
quando, entre o lusco e o fusco, bebo a voz
do meu tempo perdido, e um rio banha
tudo o que caminhei da fonte à foz?
Dos homens desde o berço enfrento a sanha
que os difere da abelha e do albatroz.
Meu irmão, meu algoz! No perde-e-ganha
quem ganhou, quem perdeu, não fomos nós.
O mundo nada pesa. Atlas, sinto
a leveza dos astros nos meus ombros.
Minha alma desatenta é mais pesada.
Quer ganhe ou perca, sou verdade e minto.
Se pergunto, a resposta é dos assombros.
No sol a pino finjo a madrugada.
Coisa esquisita
De Marco Bahé, no Blog Acerto de Contas: Não sei, não. Mas me pareceu estranha a notícia que eu li hoje na Agência Brasil - órgão de informação do Governo Federal. Está escrito lá que a Comissão de Constituição e Justiça do Senado já pode votar na próxima semana a proposta de emenda constitucional que trata da cláusula de barreira. Isto porque o senador pernambucano Jarbas Vasconcelos (PMDB) foi relator da tal proposta e já deu o parecer favorável.
A estranheza vem da rapidez de Jarbas para avaliar um assunto tão importante. Ele recebeu o projeto para avaliar há apenas três dias. Já leu o projeto, avaliou e deu parecer… Honestamente, não que eu seja defensor da morosidade que impera no Poder Público, mas aí também já é demais.
Quem sabe tenha ajudado na rapidez do relatório, o fato da emenda ser uma proposição do também senador pernambucano Marco Maciel (PFL).
A estranheza vem da rapidez de Jarbas para avaliar um assunto tão importante. Ele recebeu o projeto para avaliar há apenas três dias. Já leu o projeto, avaliou e deu parecer… Honestamente, não que eu seja defensor da morosidade que impera no Poder Público, mas aí também já é demais.
Quem sabe tenha ajudado na rapidez do relatório, o fato da emenda ser uma proposição do também senador pernambucano Marco Maciel (PFL).
Destino das nossas exportações
Na Folha de S.Paulo de ontem: Pela primeira vez na história, o Brasil exportou mais a países em desenvolvimento do que a países desenvolvidos. No ano passado, o valor das exportações do Brasil para os países em desenvolvimento somou US$ 67,8 bilhões. Para os desenvolvidos, US$ 67,2 bilhões. Do total de US$ 137,5 bilhões exportados pelo país no ano passado, praticamente a metade, 49,3%, destinou-se aos países em desenvolvimento, e 48,9%, para os desenvolvidos. O restante, 1,8%, é de "operações especiais", como consumo de bordo em navios e aviões.
História: 10 de fevereiro de 1980
Mário Pedrosa, Olívio Dutra e Lula no encontro do Sion
Mil pessoas, sindicalistas, intelectuais, líderes rurais e religiosas, aprovam no colégio Sion, São Paulo, manifesto de fundação do PT. (Vermelho www.vermelho.org.br).
Lula e o PMDB
Na Folha de S. Paulo de hoje: Se endossar, ainda que discretamente, a permanência de Michel Temer no comando do PMDB, atendendo aos apelos de seus neo-aliados na sigla e do Campo Majoritário petista, Lula fará um estrago difícil de consertar em suas relações com José Sarney e Renan Calheiros, peemedebistas desde sempre aliados ao Planalto. Se, por outro lado, o presidente optar por satisfazer a dupla, bancando a candidatura de Nelson Jobim, atiçará a fúria dos deputados do PMDB, que já começam a perder a paciência com a demora em receber as devidas compensações pelo patrocínio dado à vitória de Arlindo Chinaglia. Tudo isso com o PAC no meio para ser votado. O dilema embute mais risco de prejuízo do que o enfrentado na eleição da Câmara.
*
Nosso olhar sobre o assunto, cá do posto de observação na província: E Lula tem que se meter nas eleições internas do PMDB? Parece que não.
*
Nosso olhar sobre o assunto, cá do posto de observação na província: E Lula tem que se meter nas eleições internas do PMDB? Parece que não.
09 fevereiro 2007
Frevo: cem anos de resistência popular
No Vermelho, por Audicéa Rodrigues: Gênero musical genuinamente pernambucano o frevo nasceu no Recife no seio das classes trabalhadoras, que no final do século XIX se organizaram em agremiações carnavalescas denominadas “clubes pedestres” e passaram a ocupar os espaços urbanos antes dominados apenas pelos chamados “clubes de alegoria e críticas”, que abrigavam as oligarquias locais e pretendiam mostrar um carnaval “bonito, inteligente e culto”, no qual não havia espaço para os pobres.
É nesse clima de embate que surge o frevo como expressão máxima do Carnaval popular e de resistência, refletindo as mudanças sociais que começavam a ocorrer e estabelecendo uma nova correlação de forças entre os trabalhadores urbanos e a elite intelectual e econômica de Pernambuco.
Segundo a antropóloga Rita de Cássia Barbosa de Araújo, da Fundação Joaquim Nabuco, a partir de meados do século XIX, a melhoria das condições urbanas do Recife, como calçamento, saneamento e iluminação, despertaram a cobiça das classes dominantes que se mostraram interessadas em ocupá-los não só para as tarefas cotidianas, como também para as suas manifestações religiosas, cívicas, políticas e pelo Carnaval.
Veja a matéria completa clicando aqui http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=13184
A sensata opinião de Manuela
No Jornal do Commercio de hoje, por Joana Rozowykwiat: Bastante cuidadosa com as palavras, a deputado federal gaúcha Manuela D’Ávila (PCdoB), uma das mais disputadas personalidades da nova geração do Congresso, disse, ontem, que o bloco formado por PCdoB, PSB, PDT, PAN e PMN defende a “abertura de espaços políticos para outras forças”. A parlamentar, no entanto, ressalta que isso não representa um distanciamento do PT. “O bloco pode ser uma alternativa eleitoral, mas não necessariamente longe do PT”, afirmou, sem querer antecipar o debate sucessório. Manuela chegou ontem à noite ao Estado, para participar dos festejos de aniversário do frevo e da Conferência das Mulheres, do PCdoB.
A parlamentar, que visita Pernambuco a convite da prefeita Luciana Santos (PCdoB),fez questão de frisar que o bloco é governista, embora vá agir com independência, discutindo internamente e com opiniões próprias. “Queremos mais espaço para nossas opiniões na Câmara. Os partidos com poucos deputados, muitas vezes, são tidos como dispensáveis ao debate. No bloco somos muitos, não podemos ficar fora dos debates”, conta. De acordo com ela, o objetivo primeiro dos partidos é ajudar a gestão a realizar ações previstas no plano de governo. “Temos quatro anos para fazer muita coisa. Não é prática nossa acelerar o processo sucessório”, enfatizou. Em seguida disse que o bloco “dará um pouco de pimenta às relações eleitorais”.
A parlamentar, que visita Pernambuco a convite da prefeita Luciana Santos (PCdoB),fez questão de frisar que o bloco é governista, embora vá agir com independência, discutindo internamente e com opiniões próprias. “Queremos mais espaço para nossas opiniões na Câmara. Os partidos com poucos deputados, muitas vezes, são tidos como dispensáveis ao debate. No bloco somos muitos, não podemos ficar fora dos debates”, conta. De acordo com ela, o objetivo primeiro dos partidos é ajudar a gestão a realizar ações previstas no plano de governo. “Temos quatro anos para fazer muita coisa. Não é prática nossa acelerar o processo sucessório”, enfatizou. Em seguida disse que o bloco “dará um pouco de pimenta às relações eleitorais”.
Aparência e essência
“Se a aparência fosse igual à essência, para que a cuência?”, perguntava Karl Marx em meados do século XIX.
Mudou a aparência, e a essência? – perguntamos nós, hoje, diante da mudança de nome do PFL para Partido Democrata.
Pel,o que andam dizendo os pefelistas, não passa de artifício de marketing.
Mudou a aparência, e a essência? – perguntamos nós, hoje, diante da mudança de nome do PFL para Partido Democrata.
Pel,o que andam dizendo os pefelistas, não passa de artifício de marketing.
Explosão de vendas de notebooks
No Conversa Afiada: O diretor da área de informática da Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica), Hugo Valério, disse em entrevista ao Conversa Afiada nesta quinta-feira, dia 08, que o Brasil deve vender cerca de 1,4 milhão de notebooks em 2007 (clique aqui para ouvir).
O crescimento da venda de notebooks foi de 116% em 2006, enquanto a venda de desktops subiu 42%. “Se essa proporção de crescimento se mantiver em 2007, talvez a gente esteja fechando com algo em torno de 1,4 milhão notebooks”, explicou Valério.
Ele estima que a venda de PC’s (desktops e notebooks) cresça até 25% em 2007 e atinja 10 milhões de unidades. Os PC’s chegam a cerca de 19% dos lares brasileiros.
O crescimento da venda de notebooks foi de 116% em 2006, enquanto a venda de desktops subiu 42%. “Se essa proporção de crescimento se mantiver em 2007, talvez a gente esteja fechando com algo em torno de 1,4 milhão notebooks”, explicou Valério.
Ele estima que a venda de PC’s (desktops e notebooks) cresça até 25% em 2007 e atinja 10 milhões de unidades. Os PC’s chegam a cerca de 19% dos lares brasileiros.
Bom dia, Adalberto Monteiro
Concha e Molusco
Molusco frágil,
carente,
o que seria de mim
sem ti,
oh! casulo meu?!
Julgas que te protejo.
Quando adormeces,
fazes de mim um lençol.
Do meu tórax,
um travesseiro.
Julgas-te frágil canoa
atracada a um forte cais!
- De início, que diabo
seria feito dos portos
sem as embarcações?
Que sentido teriamos aeroportos
sem os aviões?
Vês aquela minúscula
Vês aquela minúscula
mancha na imensidão azul?
Sinto –me assim:
uma andorinha em ti.
Lembras-te daquele pequenino
peixe saltitando
desesperado
na areia da praia?
Olha o céu...
Vês aquela estrela tão franzina
tão...
sem importância,
que só com caridade se vê?
Ao me perceberes
deste-me brilho,
atributos.
Deste-me consciência.
Contigo no censo da existência
passei a compor
a constelação da vida.
Confesso-me:
Confesso-me:
um ente espantado,
espantalho errante,
um vaga-sem-lume
na escuridão.
Só o amor imenso da família
poupou-me do manicômio.
Por gostar de rajadas de vento frio
Por gostar de rajadas de vento frio
e chorar solitário
nos morros
e feito mar,
inchar e murchar
segundo o luar,
julgo-me descendente
do lobo.
Que seria feito
Que seria feito
deste confuso ente,
sem o ungüento do teu sexo?
Sem a caríciade tua pele?
Sem a proteção da loba
na qual te transformas
quando me atacam,
ou quando minha própria fragilidade
me conduz
ao ridículo,
ao escárnio?
Teria perecido,
sem dúvida.
08 fevereiro 2007
História: 9 de fevereiro de 1967
O general Castelo Branco sanciona a nova lei de censura da imprensa, alcunhada Lei Rolha, sob protestos de intelectuais, artistas e jornalistas. (Vermelho www.vermelho.org.br).
Manutenção do bloco de esquerda exige paciência e dedicação
No Vermelho: ''Esta é uma obra de engenharia política que irá repercutir e já está repercutindo na Casa e sobretudo para a sociedade brasileira''. As palavras do líder do PCdoB, Renildo Calheiros, define a formação do bloco de esquerda formado pelo PSB, PDT, PCdoB, PAN, PMN e PHS, que reafirmou a união de suas bancadas na Câmara dos Deputados em ato realizado na manhã desta quinta-feira (8).
Tradição de Luta - O discurso de Renildo Calheiros também focou na construção política do bloco. Ele destacou a união como ''fato político relevante, que reúne as melhores tradições de luta do povo brasileiro''.
Ele disse que o bloco tem 75 parlamentares, super qualificados, respeitados dentro e fora da Casa, igual aos outros dois – PT e PMDB. Renildo lembrou que como o bloco de direita – PSDB, PFL e PPS – que já se desfez, o mesmo acontecerá com o bloco de centro-esquerda, formado pelo PT e PMDB, ''por que falta a eles consistência programática, o que o nosso tem''.
Calheiros insistiu que não se pode regulamentar demais o bloco. ''É uma construção política, só vai adiante se contar com paciência e dedicação; deixar de lado as vaidades e fazer concessões para ir adiante, afirmou.
Para o líder comunista, ''precisamos do movimento para qualificar a nossa ação parlamentar, o que prevalece são as proposições que aglutinam ou ela não irá adiante. A negociação, o entendimento serão sempre necessários, mas sem o bloco reduzimos o nosso papel político e a nossa influência nas decisões que aqui são tomadas''.
Para ler a matéria completa clique aqui http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=13150
Tradição de Luta - O discurso de Renildo Calheiros também focou na construção política do bloco. Ele destacou a união como ''fato político relevante, que reúne as melhores tradições de luta do povo brasileiro''.
Ele disse que o bloco tem 75 parlamentares, super qualificados, respeitados dentro e fora da Casa, igual aos outros dois – PT e PMDB. Renildo lembrou que como o bloco de direita – PSDB, PFL e PPS – que já se desfez, o mesmo acontecerá com o bloco de centro-esquerda, formado pelo PT e PMDB, ''por que falta a eles consistência programática, o que o nosso tem''.
Calheiros insistiu que não se pode regulamentar demais o bloco. ''É uma construção política, só vai adiante se contar com paciência e dedicação; deixar de lado as vaidades e fazer concessões para ir adiante, afirmou.
Para o líder comunista, ''precisamos do movimento para qualificar a nossa ação parlamentar, o que prevalece são as proposições que aglutinam ou ela não irá adiante. A negociação, o entendimento serão sempre necessários, mas sem o bloco reduzimos o nosso papel político e a nossa influência nas decisões que aqui são tomadas''.
Para ler a matéria completa clique aqui http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=13150