César Rocha edita com seriedade e competência o Blog da Folha, que acessamos aqui na China. Pela relevância do tema, reproduzimos aqui essa análise que ele postou na última quarta-feira (independentemente de estarmos ou não de acordo com o conteúdo).
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A sobrevivência do PT no caminho de Luciano Siqueira, em 2008
Os líderes petistas de Pernambuco ainda acreditam que conseguirão estar unidos na disputa pela Prefeitura do Recife, ano que vem.
E já conversam informalmente sobre como poderiam saciar o desejo do PCdoB de lançar o vice-prefeito Luciano Siqueira candidato à sucessão de João Paulo.
Os petistas apostam em duas soluções integradas:
Primeiro, em um acordo geral no Estado para apoio aos comunistas, por exemplo, na sucessão de Olinda, já que Luciana Santos não poderá disputar a reeleição. Lá e em Camaragibe, Região Metropolitana do Recife.
Vencer em Olinda, onde o PCdoB comanda a prefeitura há sete anos, é prioridade maior que o Recife.
Segundo, haveria um acerto para estabelecer o destino de Luciano Siqueira. Ele poderia ser indicado para uma secretaria importante do governo Eduardo Campos (PSB), o que demandaria uma costura bem feita entre os três partidos (PT, PCdoB e PSB).
O PT precisa da unidade interna. Se continuarem os conflitos entre os grupos do prefeito João Paulo e do secretário estadual das Cidades, Humberto Costa, os petistas ampliam suas possibilidades de derrota.
E a derrota deixará o PT como coadjuvante na cena política estadual por muito tempo. Após a vitória de Eduardo Campos, é o Recife quem garante força e poder aos petistas.
Não é por outra razão que Luciano Siqueira e o PCdoB acompanham com atenção os desentendimentos dentro do partido aliado. Só a manutenção do racha interno pode abrir espaço para Siqueira no Recife. Lançá-lo de qualquer maneira não interessa ao PCdoB, que lutará como for possível para garantir Olinda e Camaragibe.
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