30 setembro 2023

Minha opinião

Valorização do trabalho, um passo adiante
Luciano Siqueira

Os dados são animadores. Na última rodada da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada ontem, a taxa de desemprego recuou para 7,8% no trimestre encerrado em agosto (queda de 0,5% em relação ao trimestre anterior, março-maio).

Em agosto, 8,4 milhões de pessoas estavam desocupadas, ostentando menor nível desde o trimestre encerrado em junho de 2015, quando foi de 8,5 milhões.

Tudo bem.

Mais: o número de empregados com carteira assinada no setor privado alcançou 37,248 milhões de pessoas, melhor resultado desde 2015, quando registrou 37,288 milhões (excluindo trabalhadores domésticos). 

Acresce que o PIB do segundo trimestre cresceu 0,9%, três vezes maior do que previa o chamado mercado.

Na contraface desses números promissores, o número de trabalhadores do setor privado sem carteira assinada segue aumentando, perfazendo 13,2 milhões. 

Em tempo difícil - e sob a herança maldita de Temer e Bolsonaro -, todo avanço deve ser saudado; sem contudo nos confundir em relação ao tamanho da empreitada.

A economia global segue em crise. Vide a recessão na Alemanha e os percalços temporários da China e a desorganização econômica da Europa envolvida no conflito Rússia-Ucrânia.

E cá em terras tupiniquins, além dos respingos negativos dos maus ventos externos, as barreiras impostas pelo neoliberalismo resistente, via política fiscal e  monetária.

Para consolidar e desenvolver os "bons sinais", o governo Lula necessita de força, superando obstáculos do parlamento hostil e das imposições do Banco Central.

Essa força há de vir das ruas.

Quem apoia veste a camisa https://bit.ly/3Ye45TD

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