29 março 2023

Enio Lins opina

Mais uns minutos sobre uma dupla que vale por uma quadrilha

Enio Lins www.eniolins.com.br

 

“Estamos falando há 10 minutos sobre uma pessoa chamada Sérgio Moro e ele está sendo tratado como se fosse uma pessoa que merecesse todo nosso respeito”: Pedro Cardoso acertou na mosca, cirúrgico nesse comentário feliz.

Mas, com todo respeito, aqui serão gastos mais uns minutos sobre esse mesmo tema, mesma pauta de ontem. Não só sobre o Serginho Malandro do Mal, mas também sobre o Mito do Crime Organizado. Eles não merecem respeito, mas merecem cuidado.

Nem o bafafá sobre o “atentado a favor” de Moro baixou a temperatura e se descobriu o mito jair embolsando mais um conjunto de joias árabes – por Alá: como está rendendo a “venda” da Refinaria Landulpho Alves para os árabes presenteadores!

Mas voltemos o foco para Moro & Mito, dupla sertanoja dos grandes sucessos como “Quando o mel é ótimo”, “Joias árabes” e “É a lava-jato, pois ambos são potenciais candidatos a assaltar o voto alheio, para presidente, em 2026.

Tão vasto é esse assunto, de Mito & Moro no palco da contravenção, que merece um destrinchamento por pontos. Sigam a linha:

1) Mito & Moro armadilharam as eleições presidenciais de 2018: um prendendo o adversário do outro e o outro se vitimando com uma autofacada milagrosa;
2) Moro, sem nenhum pudor, aceitou – depois de impedir que o candidato favorito concorresse – um ministério de presente do Mito que beneficiou;
3) Mito presenteou o crime organizado com algo mais valioso para a bandidagem que uma refinaria de petróleo para os árabes: liberação de armas e munições;
4) Moro, no ministério da Justiça, não criou obstáculos para a enxurrada de armas e munições que beneficiou todas as formas do crime organizado;
5) Apesar do palavrório, nem Mito nem Moro mexeram com o PCC nem com nenhuma quadrilha poderosa a nível nacional quando estiveram no poder;
6) Apesar do amor mútuo, Mito deu um chute na bunda de Moro porque ambos queriam aparelhar a Polícia Federal em benefício próprio;
7) Segundo a mídia, o delegado responsável para apuração da autofacada no Mito seria o mesmo que investigou o “plano de atentado” contra Moro;
8) Moro saiu do ostracismo parlamentar com o “plano de atentado”, em semelhança ao resultado da autofacada salvadora do/no Mito;
9) E o mais preocupante para o Brasil: se Moro morrer num suposto atentado, Mito revive com força multiplicada por mil para 2026.
10) Resumo da opereta: Moro, cuidado com Mito; Democracia, cuidado com esses dois!

Informar-se e formar opinião própria, eis o desafio https://bit.ly/3Ye45TD

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