Por que tudo tão superficial?
Luciano Siqueira
Enfim
chegamos hoje ao dia D das eleições municipais no primeiro turno.
E o complexo midiático dominante não consegue fazer uma
cobertura jornalística digna, primando pela superficialidade.
Mais do que isso, os ditos analistas se mostram perplexos
justamente em relação à complexidade do cenário do pleito nas capitais e cidades
grandes e médias.
Ora se dizem surpresos pelo tom predominantemente paroquial
do discurso dos concorrentes, ora especulam atabalhoadamente sobre o
rebatimento dos resultados do pleito na correlação de forças na continuidade da
luta política nacional.
Esta é, de fato, uma opção das grandes empresas midiáticas:
permanecer na superfície para evitar que a população compreenda a essência da
luta política em curso no país.
Jamais missionam o projeto de reconstrução nacional encetado
pelo governo Lula, em relação ao qual fazem oposição sistemática em favor dos
interesses prioritários do capital financeiro e do agronegócio exportador.
A omissão reforça intencionalmente a fragilidade da
compreensão da luta política em curso por parte dos principais interessados, a
classe trabalhadora e o povo.
De outra parte, no campo popular e progressista os meios
pelos quais as ideias são difundidas ainda perdem para a mídia estabelecida e
as milícias digitais a serviço da extrema direita.
Isto, associado ao refluxo temporário do trabalho de base.
junto ao povo, resulta num eleitorado suscetível a pregação paroquial despojada
de conteúdo político mais avançado.
Neste cenário, contabilizados os resultados deste domingo e os que se completarem no segundo turno, faz-se necessário e urgente imenso esforço de retorno ao cotidiano da população no sentido de esclarecer, organizar e lutar.
Leia sobre a ação política pela base: https://lucianosiqueira.blogspot.com/2023/05/minha-opiniao_18.html
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