Fala, presidente!
Luciano
Siqueira
instagram.com/lucianosiqueira65
Desde Temer e Bolsonaro, a mediocridade ganhou espaço nas declarações do presidente da República.
Michel Temer incrivelmente inexpressivo, embora convertido em lídimo
representante da elite paulista retrógrada e refinada. Aqui e acolá
experimentava um juridiquês entre ridículo e incompreensível, quando em público
exibindo descompasso entre a palavra e o gesto. Parecia um ator
despreparado.
Jair Bolsonaro ocupou a cadeira presidencial reverberando primarismo
desmedido mesclado com sucessivas ameaças ao sistema democrático e absurdo desrespeito
pelo povo — sobretudo na vigência da pandemia de COVID. Aquelas declarações
diárias no “cercadinho” na saída do Palácio Alvorada eram deprimentes.
Incrivelmente agradaram a uma parcela supostamente refinada da crônica
política, assentada nos principais veículos de comunicação do país. É o que se
depreende da crítica recorrente aos pronunciamentos do presidente Lula.
Em conjuntura adversa, em que pontifica a oposição sistemática do
complexo midiático dominante ao governo, analistas presunçosos quando não
deturpam, simplesmente cobram do presidente o silêncio ou a declaração quase
monossilábica!
Ora, a fala do presidente da República em qualquer circunstância por si
mesma é uma notícia. Ótimo, portanto, que seus pronunciamentos firam questões
candentes da conflituosa situação do país e da complexa cena mundial,
particularmente as implicações do tarifaço adotado pelo presidente dos EUA,
Donald Trump.
Nem sempre tem sido uma fala precisa e suficientemente esclarecedora, é verdade,
mas no mínimo chama a atenção do cidadão comum para o sentido dos
aco0ntecimenbtos e estimula o debate.
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Leia também: “Convergência necessária e possível” https://lucianosiqueira.blogspot.com/2025/08/minha-opiniao_15.html
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