24 setembro 2023

São Paulo x Flamengo

Na final da Copa do Brasil, Dorival x Dorival
Sampaoli pode usar modelo que são-paulino adotou quando dirigiu o Flamengo
Tostão/Folha de S. Paulo

Após duas semanas de férias, tento me atualizar sobre o que aconteceu no futebol, no país e no mundo. Depois de 90 dias de ausência, a festa de reencontro do time do Vasco com sua torcida na goleada sobre o Coritiba por 5 a 1, pelo Brasileirão, foi belíssima e emocionante.

Na Liga dos Campeões da Europa, sem Messi, Cristiano Ronaldo, Neymar e Benzema, o mais prazeroso foi ver novamente o Manchester City. É a união do talento individual e coletivo, do jogo bonito e eficiente. O volante central Rodri, eleito o principal jogador da competição anterior, está cada dia melhor. Posiciona-se muito bem, inicia as jogadas ofensivas com ótimos passes, desarma e ainda faz belíssimos gols.

Casemiro, da mesma posição, também tem evoluído. Os meio-campistas são com frequência destaques das grandes equipes europeias, o que não acontece no Brasil, fascinado quase somente pelos meias ofensivos, pelos atacantes e pelas estatísticas de finalizações e de gols.

O Manchester City atua com um ponta-esquerda aberto, rápido e driblador e tem pela direita um meia-ponta armador, que conduz a bola para o centro, o que torna o meio-campo mais povoado. A seleção brasileira, nos dois últimos Mundiais sob o comando de Tite e nos dois últimos jogos pelas Eliminatórias da próxima Copa, sob a direção de Fernando Diniz, jogou com dois pontas abertos fixos, dois atacantes (Neymar e Richarlyson) e dois no meio-campo. Nessa formação, há muitos atacantes e poucos meio-campistas.

Diniz não deveria abdicar de seu sonho, desde o Audax, de jogar um futebol diferente, de muita aproximação, domínio da bola no meio-campo e troca de passes. Os grandes times unem o jogo pensado e executado, individual e coletivo, cadenciado e rápido, ousado e prudente, sístole (contração) e diástole (relaxamento), como os movimentos do coração. É a vida.

No segundo tempo do jogo do Fluminense contra o Cruzeiro, Diniz colocou o lateral e artista da bola Marcelo no meio-campo. O palco se iluminou. Quando era técnico do Real Madrid, Zidane disse que só não escalava Marcelo no meio porque o time já tinha vários craques no setor.

Neste domingo (24) acontece a final da Copa do Brasil. O São Paulo, que nunca ganhou esse título, tem um pouco mais de chances de conquistá-lo, por ter a vantagem de um gol e jogar em casa. Na primeira partida, o Flamengo jogou com Bruno Henrique e Gabigol pelas pontas, com funções também de marcação, além do centroavante Pedro. Bruno Henrique e Gabigol são atacantes para jogar em diagonal, dos lados para o centro, como acontecia na época de Jorge Jesus.

Dorival Júnior foi campeão da Libertadores e da Copa do Brasil pelo Flamengo. Na época, o time jogava com dois atacantes (Pedro e Gabigol), além de um trio no meio-campo, com Everton Ribeiro pela meia direita e Arrascaeta à frente, formando um losango. Essa é uma das principais e inúmeras opções que tem Sampaoli neste domingo.

Se o time jogar dessa maneira, será o confronto de duas estratégias: a do Flamengo usada por Dorival Júnior contra a do São Paulo dirigido por Dorival, que é diferente da que utilizava no Flamengo. Seria o duelo tático Dorival Júnior x Dorival Júnior.

O mundo e o futebol estão tão estranhos que não será surpresa se os jogadores do Flamengo, liderados por Gabigol, forem ao vestiário do São Paulo dar os parabéns a Dorival Júnior se o time paulista for campeão, como Gabigol já fez após a vitória na primeira partida.

Seria um gesto que mistura grandeza com protesto à diretoria do Flamengo, por ter demitido Dorival Júnior.

Nas águas do tempo https://bit.ly/3Ye45TD

Humor de resistência: Miguel Paiva

Miguel Paiva

Tem hora pra tudo. Ou não? https://bit.ly/3Ye45TD



No meu Twitter

O Flamengo pode até ser campeão hoje, pois o futebol se resolve no campo. Mas é incrível que o seu vive-presidente troque socos e pontapés com um torcedor insatisfeito. O nome disso é crise.

A realidade é furta-cor https://bit.ly/3Ye45TD

Minha opinião

Eram os dinossauros mais protegidos do que a gente?
Luciano Siqueira



A cada novo estudo divulgado por palentólogos - e são frequentes -, fico a imaginar que entre a busca da perfeição e a incorrência em erros ocasionais se situa a peleja histórica da Natureza, e a de nós outros seres humanos, em busca da perfeição.

Ou pelo menos do que seja mais cômodo.

Como essa descoberta de que os dinossauros eram dotados de uma espécie de almofada (ou amortecedor) em suas patas, que ajudavam a diminuir o impacto de cada passo dado pelo imenso animal, tamanho o seu peso corpóreo.

Não fosse essas estruturas supostamente carnosas, mal podiam se locomover sem que sofressem fraturas.

Os cientistas chegaram a essa conclusão a partir de simulações computacionais, cujos detalhes não sei informar e, se soubesse, provavelmente não saberia explicar.

O fato é que, obviamente, meu peso é infinitamente menor do que os saurópedes (opa! Isso quer dizer dinossauros quadrúpedes) e assim mesmo sinto falta de algo sob a planta dos meus pés que amortizem o desgaste físico em minhas pouco pretensiosas caminhadas matinais.

Uso um tênis muito cômodo. Mas ainda o considero insuficiente.

Parece luxo. Ou dengo mesmo, pois segundo Andréas e Steven Salisbury, da Universidade de Queensland, e Olga Panagiotopoulou, da Universidade Monash, cientistas que publicaram artigo sobre o tema na revista científica Science Advances, saurópodes como o brontossauro e o titanossauro, que inclusive viveram um bom tempo em terras hoje pertencentes ao Brasil, caminhavam com altivez e capacidade de resistência.

Sem terem a quem reclamar.

Hoje, os humanos contam com imenso arsenal científico e tecnológico que tanto nos ajuda a caminhar, como oferece uma gama de dicas e artefatos destinados a melhor posicionar o corpo em cada situação.

Assim mesmo enfrentamos bursite, artrite e artrose e outras tantas anomalias que atrapalham a lubrificação das articulações e levam ao sacrifício de músculos e ossos para além da conta. 

Os citados cientistas australianos supõem que embora os saurópodes provavelmente tenham sido animais plantígrados (a planta do pé tocava totalmente o chão, como nós seres humanos), o esqueleto de suas patas era digitígrado (a ponta dos dedos tocando o solo, igual a cachorros e gatos).

Daí a almofada carnívora para aliviar a pisada.

Bem que poderíamos, quem sabe com a ajuda da inteligência artificial que tanto furor causa nos dias que correm, construir algo na planta dos nossos pés que se assemelhasse a essas tais almofadinhas daqueles gigantescos animais pré-históricos.

Caminharíamos mais confortavelmente. Ou não?

Assim caminha a humanidade https://bit.ly/3Ye45TD

Indústria da defesa

Indústria de defesa recebe R$ 238 mi dos ministérios da CT&I, da Defesa e Finep
É o maior volume de subvenção econômica já destinado à indústria de defesa pelo FNDCT
Cezar Xavier/Vermelho

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), em colaboração com o Ministério da Defesa e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), celebrou uma parceria histórica nesta quinta-feira (21). O acordo contempla a contratação de 22 projetos de inovação, desenvolvidos por 25 empresas brasileiras do setor de defesa, totalizando R$ 238 milhões em investimentos provenientes do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). Este montante representa o maior volume de subvenção econômica já direcionado à indústria de defesa pelo FNDCT.

A ministra Luciana Santos, titular do MCTI, enfatizou a importância do fomento à base industrial de defesa para garantir a segurança das terras indígenas, da população e do território nacional. Além disso, ela destacou que investimentos na indústria de defesa impulsionam as exportações de produtos de alto valor agregado e a geração de empregos qualificados, contribuindo para manter talentos no país. Luciana também ressaltou a estreita colaboração entre empresas do setor de defesa e instituições de ciência, tecnologia e inovação, especialmente aquelas ligadas às Forças Armadas.

Os 22 projetos selecionados pela Finep abrangem diversas áreas e tecnologias, incluindo propulsão aeroespacial, defesa cibernética e veículos não tripulados. Esses investimentos prometem melhorar as capacidades operacionais das Forças Armadas, fortalecendo a soberania nacional.

O ministro da Defesa, José Mucio Monteiro, afirmou que este edital representa um marco histórico para fortalecer a Base Industrial de Defesa, estimulando o avanço tecnológico e fortalecendo a parceria entre os setores de defesa, indústria e academia. Ele também enfatizou a relevância do setor de defesa, responsável por 4,8% do PIB brasileiro e por 2,9 milhões de empregos diretos e indiretos no país.

Celso Pansera, presidente da Finep, destacou que esta iniciativa representa a retomada dos investimentos e da industrialização no Brasil. Ele enfatizou a maturidade do sistema de Base Industrial de Defesa e o potencial das Instituições Científicas e Tecnológicas (ICTs) envolvidas nesses projetos, o que promete impulsionar significativamente a capacidade do Brasil de produzir e exportar produtos.

Essa iniciativa também está alinhada com uma das missões estabelecidas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI) para a elaboração da nova política industrial, que visa a incentivar tecnologias de interesse para a soberania e a defesa nacionais. A ministra Luciana Santos enfatizou que o MCTI e a Finep estão totalmente comprometidos com a implementação dessa nova política industrial, e o anúncio desse volume recorde de recursos de subvenção econômica demonstra esse comprometimento.

Esta parceria representa um avanço significativo na capacidade de inovação e na segurança nacional do Brasil, ao mesmo tempo em que fortalece a indústria de defesa do país e promove o desenvolvimento tecnológico e econômico.

Pelas estradas da vida https://bit.ly/3Ye45TD

23 setembro 2023

Fotografia: História

 

Borís Ignatóvitch/Levantando a bandeira sobre o Reichstag


Na palma da mão, os sonhos do mundo https://bit.ly/3Ye45TD


No meu Twitter

61% dos brasileiros veem militares envolvidos em irregularidades sob Bolsonaro, diz Datafolha. Índice vai a 69% entre os mais ricos e a 70% entre moradores do Nordeste. Péssimo para a imagem das Forças Armadas, que precisam ser fortalecidas em seu papel constitucional.

A multiplicidade de situações https://bit.ly/3Ye45TD