Eis o governo de coalizão!
Finalmente a reforma ministerial está acontecendo. Quase a fórceps, é verdade. Seja pela cautela (justificada) do presidente, seja pela complexidade das negociações no interior de dois dos principais partidos da base governista, o PT e o PMDB.
O fato é que, bem ou mal, o desenho do ministério se parece mesmo com um governo de coalizão. Tem PT, PMDB, PR, PP, PTB, PSB, PCdoB; e, tudo indica, também o PDT, que deve ter um de seus quadros indicado para a Previdência.
O PT permanece muito forte no ministério, embora deixe de controlar todas as cadeiras mais próximas ao presidente, na hipótese do ministro do Turismo, Walfrido Mares Guia (PTB), se transferir para a Articulação Institucional.
O PMDB é contemplado com cinco ministérios: aos das Comunicações e das Minas e Energia, assumirá o comando das pastas da Integração Nacional, da Saúde e da Agricultura.Mais alguns detalhes, ou seja, a confirmação de alguns ministros e a substituição de outros (dois ou três), e a composição do segundo governo Lula estará concluída.
A partir daí o foco das atenções estará na ocupação do comando de algumas empresas estatais estratégicas.
Resta lembrar a plataforma dos sete pontos que deu conteúdo aos compromissos de campanha de Lula (e deve ser referência para a unidade da coalizão), explicitada sobretudo no segundo turno do pleito de outubro.
Os sete pontos dão nitidez às consignas “desenvolvimento com distribuição de renda e valorização do trabalho; educação de qualidade para todos; integração do subcontinente sul-americano e inserção soberana do Brasil no concerto internacional”.
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