"A situação era tensa. Um grupo de operários chegou à
porta do cotonifício Crespi e conclamou os trabalhadores a aderirem ao
movimento grevista, que tinha se iniciado havia dias. A polícia, decidida a não
permitir piquetes, interveio violentamente. O saldo do conflito: um morto. A
vítima chamava-se José Ineguez Martinez, era sapateiro e tinha apenas 21 anos.
Depois deste dia São Paulo não seria mais a mesma. Numa fria
manhã de julho, dia 11, uma multidão de cerca de 10 mil pessoas caminhou
lentamente pelas principais ruas da cidade paralisada, numa última homenagem ao
operário assassinado. As bandeiras vermelhas e negras tremulavam entre choros e
sentimentos de vingança. A São Paulo proletária estava nas ruas, nunca se tinha
visto aquilo antes." (Do artigo “A greve geral paulista de 1917 e os seus
reflexos no movimento operário brasileiro”, de Augusto Buonicore) Leia mais http://migre.me/wIMZU
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