08 junho 2021

Na defensiva

Bola murcha
Luciano Siqueira

 

Do escrete canarinho, que vem desempenhando um ótimo papel dentro das quatro linhas, mantendo-se invicto no torneio classificatório para a próxima Copa do Mundo, esperava-se uma atitude altiva diante da inesperada realização da copa América em território brasileiro.

O oferecimento do presidente Jair Bolsonaro, em conluio o presidente afastado Rogério Caboclo, da CBF, para que assim acontecesse a partir da desistência da Colômbia e da Argentina, justamente em razão do agravamento da pandemia, produziram um sentimento de revolta que, segundo o noticiário, reunia o técnico Tite, a comissão técnica e o conjunto dos atletas.

Após a vitória contra o Equador, o capitão da seleção, Cassimiro, em entrevista à TV, acenara com uma postura coletiva altiva.

Afinal, vivemos no país mais uma fase de agravamento da pandemia, o que torna visivelmente inconveniente a realização aqui de um torneio dessa magnitude, mesmo sem comparecimento do público aos estádios.

Entretanto, anuncia-se agora que o nosso escrete aceita realizar os jogos da Copa América, a partir do próximo dia 13, em terras tupiniquins.

O argumento, segundo o noticiário, é de que a mudança de opinião antes esboçada se dá em razão do afastamento do presidente da CBF Rogério Caboclo, acusado de assédio moral sexual por parte de uma funcionária da identidade.

Então, o problema não era a Covid-19, era o Caboclo.

Os craques brasileiros apenas ensaiaram belas jogadas e e um gol de placa, mas nos ofereceram uma bola murcha. 

Lamentavelmente.

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Você já viu? https://youtu.be/DxWIVP9GgG0

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