Manuela: país não
pode naturalizar violência como forma de intimidação
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A
ex-deputada do PCdoB, Manuela d’Ávila, se manifestou, pelas redes sociais nesta
sexta-feira (9) sobre novas ameaças que tem sofrido. Ela declarou que esteve no
Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC) nesta quinta-feira (8)
para tratar desta questão.
“Ontem
(8), fui mais uma vez no DEIC para tratar de outra leva de ameaças graves
feitas a mim e a minha filha Laura. Nosso país não pode naturalizar a violência
como forma de intimidação de quem faz política, de quem diverge”, declarou
Manuela. Ela completou dirigindo-se aos seus seguidores: “vivo sob uma nova
ofensiva de distribuição de uma fakenews nefasta sobre pedofilia nos grupos
bolsonaristas e vários de vocês encaminharam por aqui, pois recebem nos seus
grupos de trabalho, escola etc.”.
Manuela
destacou ainda que “a extrema direita inventa algo monstruoso para fazer a
monstruosidade deles parecer pequena. O problema é que o monstro que eles criam
e recriam sou eu. Muitos sugerem que eu não dê bola, mas como não dar bola para
milhares de pessoas estimulando atos violentos contra mim?”.
Por
fim, a jornalista desabafou: “Não tem sido nada fácil. Mas, como dizia Thiago
de Melo, ‘faz escuro mas eu canto porque a manhã vai chegar’ . A postagem feita
por Manuela recebeu o apoio de vários seguidores, que expressaram também seu
horror à tática usada pelas milícias digitais.
Ataques se repetem
Há
anos, Manuela é alvo de todo tipo de mentiras e ataques, em especial via redes
sociais. No início de junho, uma nova leva de ameaças recaiu sobre a comunista.
Os criminosos ameaçaram matá-la e estuprar sua filha, que tem apenas cinco anos
de idade. Uma rede de apoio e solidariedade se formou e um abaixo-assinado foi
criado pedindo justiça contra os criminosos.
“As
ameaças contra Manuela não são um fato isolado. Elas são parte central da
estratégia neofascista bolsonarista de propagar o ódio, a intolerância, a
desumanização e a naturalização da violência e da defesa do extermínio moral e
físico dos adversários. As mulheres são alvo preferencial desses ataques. A
violência de gênero, alicerçada na secular estrutura patriarcal brasileira, tem
sido um artifício para perpetuar a exclusão das mulheres da participação
política”, apontou nota do Comitê Central emitida
após estes acontecimentos.
Também
em junho, o Tribunal de Justiça do
Rio Grande do Sul manteve a condenação do
presidente do PTB, Roberto Jefferson, por danos morais, em ação movida por
Manuela e aumentou em dez vezes o valor da indenização que havia sido
estabelecido na primeira instância.
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Tema político, veja: Na luta política, todo apoio é bem-vindo https://youtu.be/v8gcgIN23b8
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